terça-feira, 8 de dezembro de 2015

lua de mel



O conhecimento liberta, contudo não separa da Realidade. A loucura separa, entretanto não liberta. A imaginação liberta e separa! A imaginação é um perigo e uma vantagem!
Sartre, Jean-Paul (1905-1980).

Na experiência estética, a imaginação manifesta ainda, o acordo entre a natureza e o sujeito, numa espécie de comunhão cuja via de acesso é o sentimento. O sentimento acolhe o objeto, reunindo as possibilidades do eu numa imagem singular. É toda nossa personalidade que está em jogo, e o sentimento despertado não é o sentimento de uma obra, mas de um mundo que se descortina em toda sua profundidade, no momento em que extraímos o objeto do seu contexto natural e o ligamos a um horizonte interior. Esse sentimento, portanto, “não é emoção, é conhecimento”.
Dufrenne, Mikel (1910-1985).

Um sensitivo é um embaixador de Deus na Terra. Contudo, nem todos são elevados para merecerem o nosso crédito. “Existirão muitos profetas, mas em nem todos deves confiar!”. O sensitivo sente o que a imaginação intui. Esse é o nosso futuro e essa é a próxima Seleção Natural da espécie humana.
Algum palestrante num Centro Religioso.


Kaká ontem entrou em algum buraco de minhoca em seu sonho. Disse que já havia armado a rede de pesca. Felipe o atacou fingindo fosse um zumbi, na tentativa que o menino acordasse e partisse para o quarto dele, na outra casa. Eu estava rindo na cama ao lado. Seria essa a felicidade? A tal felicidade que a amiga Izildinha me falou? Apegar-me as tais coisas simples? As brincadeiras lúdicas, as dimensões dos sonhos, ao ter os irmãos tão próximos? Não é o suficiente, não é! Está numa canção que aprendi francês na voz de Carla Bruni! É uma expressão francesa e não vou buscar agora pesquisar para traduzi-la. Mas a nossa cabeça manca de nós! Talvez não seja a melhor das referências, mas as referências valem a pena e são realmente aprendidas quando mexem com o nosso sentimento, e naquele momento foi o necessário para que eu entendesse em tão bela língua.
Eu penso em como você está distante, penso em como queria entrar nesse buraco negro e ti ver do outro lado da sala e todo o resto do mundo desaparecesse para que a gente pudesse conversar e acertar os nossos ponteiros. Não vai acontecer nessa Terra, meu amor? Nesse corpo, nessa consciência, para que eu escorregue de novo a mão em seu rosto e lhe de um beijo na face? Onde as frases se completavam como se não fosse a gente dizendo? Em que espaço a gente estava naquele momento? Como aquilo foi possível? Como aquela semana existiu na Terra?
Eu penso agora em você desenhando a freira com a foice na mão, a expressão do que você me contou naquele telefonema fora de hora de como foram os seus anos morando no convento em São Paulo. Contou também das disputas que estavam acontecendo no grupo da internet e eu nem tava ligando para aquilo que pareciam as rodas e cartas da infância, mas agora numa rede mais ampla e numa idade de maior competitividade. Penso que você estaria com medo que eu me interessasse por aquilo e não prestasse a devida atenção no seu diálogo. Eu estava era muito doido naquela época e escrevendo, escrevendo muito. Mas eu ouvi cada detalhe da sua fala e aquilo mexeu comigo.
Eu já disse antes: ninguém pode ter essa empatia com alguém que não dividiu a infância primeva. Tudo está de certa forma ligado. As pessoas é que ainda não estão “ligadas” disso.
Então pergunto ao meu anjo guardião: Vocês gravaram tudo aquilo em outro planeta? Porque eu terei que ver de novo! É a minha única suplica, porque não devo vê-la mais nesse Tempo e nesse estado de coisas. Então aquela foi a forma perfeita da nossa Obra, e eu a quero para mim! Eu a quero gravar, crivar na Estrela de Luz!
Aquilo acabou e nós não somos os únicos nessa Terra. Eu mereço mais que essa lembrança. A outro alguém por ai e lerá o que eu estou escrevendo. E eu estou limpo de nós para recebê-la! Leia, entenda e venha!
Eu estou cansado. Eu não sinto Cristo porque você não está do meu lado. Todos não entendem e parecem todos serem os nossos inimigos. Eu os quero todos fora dessa nossa vida por um tempo, e a nossa lua de mel será por um século pelo que eu tenho feito por eles que não me amam. Ou me amam errado, me amam de forma egoísta e essa merda já me prejudicou por mais que eu mereça aguentar! Fora isso, eu sou o meu maior inimigo! Eu não consigo conter o meu sentimento dentro do meu corpo, eu me confundo e deixo você escapar.
Se eu tenho conhecimento disso, é porque eu sei que isso vai acontecer! E não terá ninguém olhando! Não terá ninguém nublando o nosso sentimento! Até lá, carregarei essa coroa de espinhos porque eu vislumbro onde é o fim dela, e é feliz! Eu somente agradeceria muito se fosse nesse estado em que estou hoje.
Por favor me encontre. Tenho dinheiro para duas passagens para Suíça. Um pouco para o começo. Não dá para ir para outra dimensão, mas dá para sumir do meio dessa dor e confusão. Dá para ser feliz!
Você conhece o meu nome, eu não conheço o seu, mas nós podemos nos entender. Você me entende?
8 de dezembro de 2015.

sábado, 5 de dezembro de 2015

CARTA AO PADRE



CARTA AO PADRE

This song was made to be written in English. Please, anyone in the future with Dylan`s capacity translate it into poem. Thank You.


Deixe-me lhe contar uma história de Amor, Padre
Essa batalha aconteceu na esquina da Dom Bosco com a Angélicas
Numa cidadezinha arcaica e ambígua chamada Americana. Deus sabe o que faz e as coisas nesses lugares ínfimos serão diferentes daqui para frente.
Eu disse batalha porque essa guerra é mais antiga do que vossa senhoria possa conceber.
Eu e o meu irmão julgamos um crime no Paraíso. Acho que o veredicto não agradou nem ao inocente e nem ao réu.
Contanto eu disse que era uma história de Amor, e o será.
Eu vim de longe buscá-la. Ela representa uma falange (porque nós nesse estágio somos uma falange e não um único ser com caráter próprio) e eu a chamarei Magdala.
A minha falange é a dos Artistas e dos Pensadores.
Mas o que nos resume é o Amor. Magdala vem sofrendo um preconceito cruel e estúpido desde a época de Cristo e eu vim buscá-la. Nós vamos sair dessa Terra juntos, vocês querendo ou não.
Ela é infinitamente Amor maior que eu sou, milhões e milhões de vezes maior porque suportou muito mais violência e nunca os odiou por isso, portanto é difícil trazê-la para perto para que eu possa senti-la.
E quando trago-a para perto o efeito é catastrófico porque o meu corpo tende a não suportar. É um grau de consciência como o do professor Charles Xavier do X-Men. Entretanto, como a personagem do romance gráfico, eu encontrei uma vacina para controlar essa consciência suprema. Ela se chama Saphris 5 miligramas.
Eu ainda não consigo compreender isso tudo, contanto eu fiz uma proposta: vocês a deixam livre, acabando com o sofrimento dela nesse corpo atual, e eu me distancio e paro de vos ferir com o nosso Amor.
Existe certa intuição que esse casamento acontece na França. O evento vai estar em outro grau de vibração, todos que nos causaram mal são convidados, mas poucos o verão. E claro, como posologia, estou tomando o Saphris 5 miligramas nesse exato momento porque eu sei o que me causa quando balanço o Universo divulgando esse tipo de texto.
Eu sei o que é real. Meus irmãozinhos, um pescando e o outro no whatsapp, são reais. Eu entrar num rio gelado para extrair areia e vender por trinta conto o metro são reais. Eu ter feito inúmeros trabalhos irrelevantes na vida me coloca no grau de saber muito bem o que é real. Entretanto, meus queridos, não sei se isso vai vos fazer bem ou mal: a realidade que vocês conhecem chega a ser uma ofensa e espúria ao que existe ai fora.
Está bem assim Padre. O Sr. Pode por gentileza lê-lo na Cerimônia.
Hora de tomar a dose, não porque eu precise, mas porque a consciência mana escapa do meu corpo e antes de eu terminar a minha Missão, não posso ser considerado incapaz de viver nessa sociedade de homo sapiens, chega a beirar a ironia esse tal sapiens. Engolindo o comprimido. Podem vir!