sexta-feira, 26 de outubro de 2018

CORPO DE CENA NO DOCUMENTÁRIO DE EDUARDO COUTINHO – O POTENCIAL DO CORPO NA VIRALIZAÇÃO DO VÍDEO NA ERA DIGITAL


CORPO DE CENA NO DOCUMENTÁRIO DE EDUARDO COUTINHO – O
POTENCIAL DO CORPO NA VIRALIZAÇÃO DO VÍDEO NA ERA DIGITAL


Projeto de iniciação à pesquisa de mestrado em Divulgação Científica e Cultural.
Apresentado ao Instituto de Estudos da Linguagem, ao Labjor e ao Nudecri
- UNICAMP 2018 -


Resumo
Essa proposta de projeto de pesquisa visa comparar o corpo como meio de
comunicação, enquanto dirigido por um documentarista profissional, ao corpo
apresentado por uma youtuber. Vivemos na era da comunicação digital globalizada, da
qual derivam, entre um maior, ou um menor, grau de elegância do comunicado, na
medida em que concordam harmonicamente, o meio – corpo, com a mensagem -
pensamento e emoção. Para tal, abordaremos o processo de construção das personagens
no documentário Jogo de Cena (2007) de Eduardo Coutinho, em comparativo ao vídeo,
feito ainda no hospital, via a paciente Carla Simone de Castro, que denunciou ter sido
vítima de uma trombose cerebral por conta do uso de anticoncepcionais hormonais, e
viralizou no YouTube. Selecionamos esses dois objetos de estudo, pois temos como
objetivo analisar aqueles que expressam declarações de humanos contando as suas
experiências pessoais, sem estabelecer ou julgar no caso da Carla, porém levantaremos
autenticidade àqueles que venham a ser encenado como verdade ou fake. Propomos uma
elucidação do que resta-nos, na condição humana atual, caminhar numa corda bamba
constante nesses extremos de corporeidade e espiritualidade, aspecto melhor observado
em cena. Elucidar que para além da vida biológica e do DNA, nós nos enquadramos
como vivos e autênticos por essa aura quente e lúcida, o pensamento e o sentimento,
que constantemente expressamos e nos envolve enquanto animarmos o corpo.

Palavras – chave: Corpo; Autenticidade; Encenação; Viralização.


Abstract

This research project proposal aims to compare the body as a medium of
communication, while directed by a professional documentary to the body presented by
a youtuber. We live in the age of globalized digital communication, from which a
greater or lesser degree of elegance of the communication, insofar as they harmoniously
agree with the medium - body, with the message - thought and emotion. To that end, we
will cover the process of constructing the characters in Eduardo Coutinho's Playing
(2007), in comparison to the video, made in the hospital, of the patient Carla Simone de
Castro, who reported having been a victim of cerebral thrombosis on account of
hormonal contraceptive use, and viralized on YouTube. We select the two objects of
study, because we aim to analyze those who express human statements telling their
personal experiences, without establishing the judgment in the case of Carla, but we will
raise authenticity to those who will be staged as fake or truth. We propose an
elucidation of what remains for us, in our present human condition, to walk on a
constant tightrope in these extremes of corporeality and spirituality, which is best seen
on the scene. To elucidate that beyond biological life and DNA, we fit in as living and
authentic by this warm and lucid aura, thought and feeling, which we constantly express
and envelop as long as we animate the body.

Keywords: Body; Authenticity; Staging; Virtualization.


1. Introdução e Justificativa

1.1 Introdução

O site americano de compartilhamento de vídeos mais popular da web, o YouTube,
surgiu em 2005 e já em 2006 foi comprado pela Google. Em 2008 a Google lançou o
Android, sistema operacional gratuito mais usado nos smartphones. Portanto, para
qualquer ser humano da atualidade criar um vídeo de qualidade favorável com possível
divulgação global, somente é necessário um celular e um wi-fi ou qualquer outro ponto
de conexão bem próximo.
Porém, surgem algumas indagações nesse contexto da viralização de vídeos. No caso
específico que abordaremos nesse trabalho, qual seria a nossa autonomia, enquanto
espectador, para perceber se o relatado pelo youtuber é verdade ou fake? Desse modo,
propomos abordar qual o papel do corpo no vídeo de YouTube, concentrando-nos
naqueles que propõem a formação de determinada opinião. Os proponentes atuam ou
estariam falando relatos verdadeiros vividos?
A representatividade do corpo está diretamente ligada ao histórico do cinema como arte,
uma arte de linguagem autêntica e única, conseguindo a tão almejada separação do
palco do teatro. Consideremos a palavra aqui objeto para o corpo, quando no
surgimento das imagens em movimento, a expressividade corpórea apresentou-se como
potencia e problemática, pois com o mesmo determinismo de força, roubou a cena toda.
O cinema trouxe algo ainda não experimentado nas demais artes até então, como na
pintura ou na literatura.

O corpo humano mostrou-se bem cedo um dos objetos principais da
representação cinematográfica, seja por meio de uma analogia
pictórica (a pesquisa da figuração correta e expressiva do corpo, nu ou
vestido), seja na filiação teatral (o corpo como suporte e motor da
ação dramática). (AUMONT; MARIE, 2006, pag. 64).

Na França o termo mise-en-scène foi atribuído ao trabalho de quem estava em cargo de
dar representatividade ao corpo dos atores e atrizes, bem como ao todo de signos
enquadrado pela câmera, o cenário, criando as primeiras escritas em cena. Mas foi
somente no pós guerra, na década de 1950, com o conceito de cinema de autores
propagado pelos artigos da Cahiers du Cinéma e da Présence du Cinéma, que surgiu o
termo e o cargo direção - metteur-en-scène, assim surge a diretora do filme ou aquela
responsável pela mise-en-scène, e assim filmar adquire um aspecto de cinema autoral,
tendo alguém responsável por figurar com autonomia o corpo, quem aferi a plasticidade
ao encenado, muitas vezes e poeticamente permitindo quase o pincel ou a caneta com
que a diretora, dada a capitação de gestos e cenários através da câmera, fez o cinema a
arte de “captação de momentos de graça e de verdade, por comportamentos e gestos
reproduzidos “tais e quais”, graças à virtude de veracidade da câmera”. (AUMONT,
MARIE, 2006, pag.64).
Devemos agora nos perguntar se é ético que exista essa autonomia de alteração no
aspecto do momento da captação pela câmera para o documentarista. Para além,
observando até qual ponto, na imagem gravada da própria presença e da abordagem da
pesquisadora em cena, alteraria a autenticidade do depoimento do entrevistado. Para tal
propomos um compare da youtuber com uma obra do documentarista brasileiro
Eduardo Coutinho.
Para quem teve a oportunidade de observar, nos filmes de Coutinho, os enredos seguem
uma sequência lógica, estrutura concisa que o autor estabeleceu formando um conceito,
muito semelhante ao qual desejamos abordar nos vídeos youtuber. Os documentários de
Coutinho eclodem a questão e o conceito de depoimento documental realista (e.g: visão
cientifica de um relato antropológico), ainda que com a autonomia autoral dos
participantes em cena.
O corpo como meio é magistralmente abordado pelo cineasta brasileiro Eduardo
Coutinho. Caberá concentrar-nos na reflexão desse projeto, o documentário Jogo de
Cena (2007), para abordarmos o corpo como receptivo de mensagem dramática ou
simplesmente comunicação de um relato, ainda mesmo, quanto seria possível
diferenciar esses dois aspectos na direção de Coutinho, em contraponto ao vídeo na
massificação youtuber, autores que utilizam o site YouTube para propagar conteúdo
conceitual.
Como podemos ler na definição dada, a mise-en-scène “é corretamente utilizada, por
exemplo, a propósito em formas de cinema em que não há, propriamente falando, nem
cena, nem atores, nem texto a ser dito, por exemplo, o documentário ou o filme caseiro
amador (AUMONT; MARIE, 2006, pag. 80).
Tendo dito isso, esse projeto propõe analisar a autenticidade de vídeos de supostas
declarações de situações de fatos vividos por seus autores e autoras, divulgados no
YouTube, dando ênfase aos que envolvem relação com alguma denuncia ou critica
social e tentando estabelecer se a autenticidade emotiva destes seria a provável causa da
viralização dos mesmos nas redes. Como demonstra COMOLLI (2008), o conceito de
auto-mise-en-scène sugere a liberdade através do qual o humano, enquanto filmado,
produz sua própria mise-en-scène, e isso converte na construção compartilhada, em um
produto final que seria a mise-en-scène do filme.
Ainda que muitos dos youtubers não tenham estudado para atuação, seria ingênuo não
discernirmos que eles cresceram vendo o como fazer. Quem foi adolescente de 2005
para frente, aprendeu bem a dominar os diferentes aspectos de corporeidade cênica,
dependendo daquilo que queiram dizer e para quem dizem, ainda que isso aconteça de
modo natural, pois essa geração digital cresceu assistindo ao digital. Somente o fato de
dizer para alguém oculto que eles almejam esteja na rede para assistir, já os coloca
como falante em alguma outra vibração de estado. É como se existisse uma grande
platéia atrás de uma cortina e a abrangência do esperado aplauso ou o like é infinita.
A proposição inicial é abordarmos o caso do vídeo que deu origem a página “Vítimas de
anticoncepcionais. Unidas a Favor da Vida”. Tomamos conhecimento do vídeo na aula,
e pareceu-me justo tentar contribuir à elucidação instigada pela Profª. Manica: tentar
compreender o porquê algo tão emotivo e até agressivo na sua autenticidade, passou
pelo posicionamento da audiência, de quem pudesse ver e ainda quisesse permanecer na
zona de conforto e fora do problema, e pôde se viralizar tanto?
O vídeo deu origem em uma página no Facebook que reuni atualmente milhares de
seguidoras e seguidores. A página foi criada em 2014 pela doutora em psicologia Carla
Simone Castro, que sofreu trombose venosa cerebral bilateral, ficando noventa dias sem
enxergar, em decorrência do uso do hormônio drospirenona. LAUNE (2015).
O objetivo geral dessa proposta de pesquisa é esclarecer e desmistificar algumas
encenações de vídeos fakes na rede. Tem sido declarado por profissionais no ramo
médico que as fake news geram problemas de calamidade social, como a não aderência
da população à vacinação, prevenção que tem comprovada eficácia em muitos países
inclusive no nosso. Nosso propósito como pretensos jornalistas científicos é minorar
esse sofrimento.

1.2 Justificativa

A importância da nossa proposta justifica-se na abordagem do corpo em cena para
entender a viralização digital. Vemos o corpo como algo inerte ao conteúdo que se
comunica até que se comunique. O corpo seria um símbolo e não um signo. O que daria
a veracidade e autenticidade de uma comunicação gravada é o fundo do conteúdo do
material de conhecimento que deve ser analisado com a expressividade do corpo para
conseguir o afastamento de ciência e discernir o objeto que se assiste. Portanto o
julgamento de qualquer ser humano por seu entorno físico, sem deixá-lo se expressar, é
uma atitude, para além de incompleta, injusta por si só.
Cabe aqui uma breve elucidação do que disse Gérard Genette nessa citação: “(...) para
Platão o campo da lexis (maneira de dizer; oposta a logos: o que é dito) se divide em,
imitação propriamente dita: a mimesis, e a simples narativa (diègèses)” (AUMONT;
MARIE, 2006, pag. 78). Com relação à atuação no documentário, a mimesis (imitação),
e a diegese (narrativa simples), conviveram em boa forma nos filmes do cineasta
brasileiro Eduardo Coutinho.
No livro A personagem no documentário de Eduardo Coutinho, Cláudio Bezerra
descreve sobre a última fase do cineasta:

A personagem atual de Coutinho é, portanto, de natureza performática
e revela a teatralidade como uma segunda natureza humana,
semelhante ao performer da arte da performance. Se constitui como
um ser mutante a partir dele mesmo, de suas experiências de vida e da
relação com a equipe nas filmagens, escavando, de improviso, o
imaginário e a memória do presente, em associações livres. O
acontecimento fílmico produzido por Coutinho faz da imagem-câmera
dos seus documentários um espaço virtual, onde as pessoas realizam
performances de suas vidas. (BEZERRA, 2013, pag. 409).

Como disse o sociólogo Erving Goffman no livro A Representação do Eu na vida
cotidiana: “para Eduardo Coutinho, o que interessa são suas histórias imaginárias”, pois
Coutinho acreditava não haver um verdadeiro, se não aquele representado diante de
diversas situações sociais (GOFFMAN, 2001).
Continuando com a nossa ênfase na descrição do corpo em cena, citamos trecho do
ensaio para a revista Rebeca, do professor Fernão Pessoa Ramos:

É nas especificidades do movimento e da expressão do corpo em cena,
nas diversas modalidades de interação com o sujeito que sustenta a
câmera, que recortaremos o conceito de mise-en-scène para articulá-lo
ao campo documentário. É na ação do corpo em cena, do corposujeito
da tomada (para e pela câmera, lançando-se, enquanto imagem
futura, ao espectador e sendo por ele determinado), que iremos atingir
o coração da mise-en-scène para fazê-lo pulsar dentro da estilística
documentária. (RAMOS, 2012, pag. 16-53).

A relação entre o sujeito que filma e aquele que é filmado, resta em uma linha tão tênue
de respeito e entrega, quanto daquele que se apresenta em cena consigo mesmo.
Permite-lhes caminhar entre ética e fins do produto; em saber até quanto ir do imitado
ao simplesmente narrado, sendo que atuar com eficiência seria provável convergir os
dois lados, espírito / corpo, com perfeição e sem extremismos.
O fato ganha complexidade quando o analisamos a luz do conceito de auto-mise-enscène,
criado pela pesquisadora Claudine de France e sistematizado por Jean-Louis
Comolli. A auto-mise-en-scène afirma que o humano, quando filmado, observa a
presença daquele que o filma e se apresenta para o encontro como quando arruma-se
para gala. Ela traz seus hábitos; gestos; reflexos e posturas e emotiva as circunstâncias
do espaço-tempo. O processo pode ocorrer de forma consciente ou inconsciente, mas é
sempre um elemento determinante no produto final.
O corpo como meio de comunicação somente existe como tal enquanto animado. Como
na animação digital mesmo, o corpo é um código. Fora a energia que nós lhe damos por
nosso espírito inteligente e emotivo, o corpo se torna código inerte e inexpressivo e
fadado a decomposição. Cremos que todos nós que leremos essa proposta tenhamos
visto algum corpo sem vida, um cadáver. É natural morrer e basicamente pode-se passar
até um sentimento de gratidão ao vê-los ali, pois se estamos velando é porque não é a
nossa hora de ser velado ainda. Significa que ainda temos tempo de resolver aquilo pelo
qual nos sentimos responsáveis nessa existência. É a vida e assim vem sendo, longos e
longos séculos de uma relação conturbada com o fato mais natural e incontornável que
é: todos iremos biologicamente falecer.
Entretanto, a questão é que observar o corpo sem vida, sem estar motivado pelo viés do
nosso intelecto e ao nosso sentimento, é observar alguma outra coisa morta e não mais a
pessoa que há horas atrás estava ao nosso lado, tomando café conosco. Isso porque o
corpo está, como se diz em cena, sem vida, sem expressão. Ser considerado vivo é
estabelecer atitude com o meio, onde cada um de nós expressa não só o nosso intelecto,
mas também o nosso sentimento. Por isso justifica-se a nossa proposta, elevar como
viés de importância social a veiculação de bom conteúdo e de veracidade científica para
elucidar a audiência. Dessa forma, elaborar uma estrutura que possa desmascarar o falso
nas noticias da rede pela técnica de atuação de Eduardo Coutinho tem essência de
elucidação.
Como última elaboração para encerrarmos o discurso de justificativa, diremos que as
tribos indígenas desse país como constam em estudo de antropologia, deram nomes para
coisas do espírito junto com coisas do corpo. Por boa parte no conceito de
conhecimento cientifico ocidental, vem sendo negligentemente descartado e não
discutido ou nomeado a veracidade do que nos anima. Propomos se seriam as formas de
autenticidade por vídeos caseiros no YouTube uma tentativa de perpetuar para história a
o espírito, a vida do corpo pelo espírito na emoção amadoramente gravados no corpo de
cena da youtuber.

2. Objetivos

2. 1 Objetivo Geral

Esse projeto propõe analisar o corpo da cena, comparando o documentário Jogo de
Cena (2007) de Eduardo Coutinho, com o vídeo de Carla Simone de Castro, fundadora
da página no Facebook “Vítimas de anticoncepcionais. Unidas a favor da vida”.
Temos como objetivo principal elaborar uma estrutura que possa minorar a
problemática das chamadas fake news, analisando no corpo em cena, até quanto é
possível elucidar a audiência das atuações; das encenações ou das simples narrativas da
comunicante no vídeo do site YouTube.
Através de entrevistas da audiência selecionada, veremos se a audiência percebe quando
as atrizes estão em atuação (atuar sobre o corpo com propósito e intelecto), estão
imitando (imitação em cena, cópia simples de alguém visto), ou por fim, estão criando
uma narrativa simples de memórias pessoais vividas.
Afinal, viver seria sempre um bom bocado de atuação no corpo, consciente ou
inconsciente, e a intencionalidade de controle emocional e propósito são parte do
quadro de ser adulto, saber portar-se. Entretanto, como fica isso na globalização digital
das youtubers?

2.2 Objetivos Específicos

2.2.1 Analisar, através de entrevistas com 10 estudantes, sendo 5 mulheres de artes
cênicas, e 5 de mulheres que não são atrizes, as reações das mesmas em relação ao
documentário de Coutinho. Iremos abordá-las, logo após a exibição, com um
questionário sobre a afetação das expressões do corpo em cena. Desse modo
pretendemos ter uma base estruturada no documentário realizado profissionalmente, se
o filme ainda mantém o impacto proposto pelo diretor, que foi causar reflexão nessa
dúvida entre autentico e encenado.
2.2.2 Esclarecer se a autenticidade de empatia verdadeira causou a viralização do vídeo
de Carla Simone de Castro. Pretendemos para isso saber da autora as estatísticas do
tempo de repercussão e se ela moveu alguma ferramenta de marketing para propagação.
Ainda se ela auferiu algum propósito de aprender comunicar-se, depois da repercussão
do vídeo, ou se manteve somente na autenticidade de narrar novos fatos ocorridos para a
comunidade e audiência da página dela no Facebook.
2.2.3 Identificar se a rede mundial está como determinismo social, permitindo que, fora
do propósito empresarial de vender-nos como audiência, nos garantir um contraponto de
formarmos grupos com interesses comuns aos nossos e que sejam voltados às boas
causas como a página “Vítimas de anticoncepcionais. Unidas a favor da Vida”, e além,
ver a rede como um meio de conviver com pessoas que temos melhor afinidade, ás
vezes, melhor que no nosso sangue – família, quando demonstramos nosso melhor que é
a verdade além do corpo biológico. Encontrar pessoas afins; ter quanto mais seguidores
se puder; isso deveras importa na geração que cresce na atualidade digital, o quê eles
observam no que entendem como audiência? Demonstraremos que a divulgação por
vídeos de relatos vividos tem dado a geração youtuber, não só um mercado e profissão,
mas uma possibilidade de autenticidade que os faz, com um smartphone e conexão,
pertencerem a grupos com melhor empatia uns pelos outros, às vezes, ainda maior em
conhecimento comum, que o convívio próximo permitiria.

3. Desenvolvimento de pesquisa

3. 1 Fundamentação Teórica
Percebemos nesse momento que essa proposta de pesquisa surge quando eu estava
preparando-me para outro projeto em outra instituição em janeiro de 2018. Uma das
referências bibliográficas era Henry Jenkins e logo que percebi do que se tratava,
debrucei-me sobre dois de seus livros, Cultura da Convergência (2008) e Cultura da
conexão - Criando valor e significado por meio da mídia propagável (2014).
A pesquisa de Jenkins, naquilo que humildemente nos cabe nessa proposta agora,
sintetiza-se na pergunta: “o que acontece quando muitas pessoas tomam decisões ativas
para colocar conteúdo em movimento, passando adiante uma imagem, uma música, um
vídeo clipe para amigos e familiares ou para redes sociais mais amplas”?
Como a própria pergunta sugere, a maior parte do que está sendo compartilhado no
momento atual é entretenimento, tendo notado Jenkins, no começo de jornada e
pesquisa, ao estudar o fenômeno pelas comunidades de fãs. Os conhecidos fandoms
estiveram entre as primeiras a adotar a prática da propagabilidade.
Ainda não obstante, muito daquilo que Jenkins diz a respeito da propagação de
conteúdos de entretenimento “também se aplica, e cada vez mais, ao branding e à
publicidade, a mensagens políticas, religiosas e a uma imensa variedade de materiais, e
converge ao multidimensional do atual ambiente de mídia”. (JENKINS; GREEN;
FORD, 2014)
Um best-seller de 1990, A Vida Digital (Being Digital), de Nicholas Negroponte,
traçava um nítido contraste entre os “velhos meios de comunicação passivos” e os
“novos meios de comunicação interativos”, prevendo o colapso da radiodifusão
(broadcasting) em favor do narrowcasting (difusão estreita), e da produção midiática
sob demanda destinada a nichos: Em certo ponto, Nicholas sugere que nenhuma lei será
necessária para abalar os conglomerados, pois os impérios monolíticos de meios de
comunicação de massa estariam se dissolvendo numa série de indústrias de fundo de
quintal. E continua “os atuais barões das mídias irão se agarrar a seus impérios
centralizados amanhã, na tentativa de mantê-los”. Cita a escassez de forças da lei para
conter a torrente: “as forças combinadas da tecnologia e da natureza humana acabarão
por impor a pluralidade com muito mais vigor do que quaisquer leis que o Congresso
possa inventar”. (NEGROPONTE, 1995)
Algumas vezes, as novas empresas falaram em convergência, mas aparentemente
utilizaram o termo querendo dizer que os antigos meios de comunicação seriam
completamente absorvidos pela órbita das tecnologias emergentes.
George Franklin Gilder, outro revolucionário digital, rejeitou essas idéias:

“A indústria da informática está convergindo com a indústria da
televisão no mesmo sentido em que o automóvel convergiu com o
cavalo, a TV convergiu com o Nickelodeon (do inglês nickel (moeda
de cinco centavos de dólar) e do grego odeion (teatro coberto), o
nickleodeon era uma pequena sala de cinema que, nos EUA do início
do século XX, cobrava cinco centavos de ingresso), o programa de
processamento de texto convergiu com a máquina de escrever, o
programa de CAD convergiu com a prancheta, e a editoração
eletrônica convergiu com o linotipo e a composição tipográfica.
(GILDER, introdução de JENKINS; GREEN; FORD, 2014)

Para Gilder, o computador não tinha vindo para transformar a cultura de massa, mas
para destruí-la. A propagabilidade desmesurada barrou esse sonho de revolução digital.
Agora, a convergência ressurge como um importante ponto de referência, à medida que
velhas e novas empresas tentam enxergar o futuro da indústria de entretenimento. A
convergência de mídias é, nesse sentido, um conceito antigo assumindo novos
significados.
Cabe-nos perguntarmos-vos se o espírito seria a convergência do pensado no que
percebemos do corpo quando há expressão? Como bem notou o diferencial de Eduardo
Coutinho, Amir Labaki afirma em seu livro Introdução ao Documentário Brasileiro:
“Coutinho se afastou do retrato de grupos sociais, marca do documentário moderno,
para se debruçar sobre o encontro com indivíduos que encenam diante das lentes do
documentarista.” (LABAKI, 2006)
Coutinho sabia que a simples presença da câmera altera o comportamento do sujeito que
ele filma, como mostra Fábio Andrade no livro O canto dos mortos – As canções de
Eduardo Coutinho: “Na medida em que a pessoa pode representar para a câmera, isso
passa a ser interessantíssimo também. Como ela representa para a câmera? Que papel?
Que figura? E que personagem ela quer representar para a câmera?” (2013, pag. 23)
Jogo de Cena (2007) se passa no teatro como cenário. O enredo do filme documentário
reúne depoimentos pessoais de mulheres, confundidos com o trabalho de atrizes que
encenam essas mesmas histórias. Realizado no auge da maturidade de Coutinho,
podemos percebê-lo testar os limites de seu método ao se debruçar na natureza da
representação. O espectador é levado a refletir no que vê e na verdade da fala, em um
complexo jogo entre 13 corpos que atuam no filme de diversas formas: pessoas comuns
dividem suas vivências com o diretor; atrizes conhecidas do grande público, que logo
nos revelam estar interpretando um papel – mas que, em alguns momentos, podem
representar a si mesmas; atrizes desconhecidas encenam histórias de outras mulheres
que também aparecem no filme, confundindo o espectador acerca da duplicidade
daqueles relatos; e, por fim, uma atriz interpreta o depoimento de uma mulher que não
entrou na montagem final e o conclui com a célebre frase “E foi isso que ela disse”.
Neste ponto, o trabalho do diretor russo Constantin Stanislavski volta a ser essencial
para compreendermos a encenação. Em seus estudos, Stanislavski aborda a idéia de que
o ator poderia reviver sentimentos, através de estímulos interiores e exteriores, para
compor a personagem. Trata-se de compreender que, mesmo encenando um papel, o
ator interpreta a si mesmo, variando entre uma infinidade de objetivos e circunstâncias
dadas pela dramaturgia, revolvendo nos escombros da sua memória afetiva.
Mecanismo não muito diferente daquele experimentado por um não-ator que se dispõe a
contar-se diante da câmera. Ao compartilhar um capítulo de sua vida, uma personagem
real deve recuperar certos aspectos dessa experiência. Quais são os elementos
selecionados pela memória? Como seus cinco sentidos retomam as sensações
provocadas pelo acontecimento narrado? Que gestos e feições são construídos para
provocar, no espectador, a materialização daquele episódio? E quais elementos
ficcionais são acrescentados aos fatos? (STANISLAVSKI, 2011)

4. Procedimentos de pesquisa

O trabalho de pesquisa se dará em três fases: 1. Pesquisa documental - levantamento
bibliográfico e análise fílmica dos objetos de estudo propostos; 2. Entrevistas
semiestruturadas; 3. Análise do material coletado e redação da dissertação.
Na primeira fase, basear-nos-emos nos trabalhos de autores como Henry Jenkins, Jean-
Louis Comolli, Erving Goffman, Constantin Stanislavski e Nicholas Negroponte, para
discutirmos as temáticas de corpo na tecnociência das redes sociais digitais, com
perspectiva focada nos Estudos da Informação, Comunicação, Tecnologia e Sociedade.
Na segunda fase, entrevistaremos 10 espectadoras que serão identificadas através da
observação da interatividade na sessão dos filmes (ver anexo estrutura da entrevista).
Serão selecionadas 5 estudantes de artes cênicas e 5 mulheres que trabalham em outras
áreas, de acordo com a disponibilidade de cada uma. Ainda na sessão de comentários
das entrevistas, identificaremos na se as mesmas compartilhariam o vídeo analisado.

5. Coleta e análise de dados

O método de análise dos resultados será alcançado convergindo o aprofundamento
teórico do tema da pesquisa e da revisão da literatura acerca da atuação profissional de
cena e da propensão da audiência a propagabilidade dos vídeos propostos.
Nossa pesquisa relaciona-se com o viés qualitativo na área dos Estudos da Informação,
Comunicação, Tecnologia e Sociedade. Para harmonizar o plano de análise, o
relatório/dissertação será dividido em três eixos temáticos que conduzirão a reflexão: 1.
O corpo de cena está como objeto de atuação profissional ou como autenticidade do
comunicado?; 2. Redes sociais digitais e a propagabilidade de conteúdos se colocam
permissivos ao discernimento entre veracidade ou fake analisando o corpo?; 3. Propor
conceitos e atitudes de conteúdo que surtirão efeitos de bem na sociedade brasileira, a
partir do compartilhamento elucidado de experiências autenticas e ligadas à medicina.

6. Resultados esperados

Tendo os resultados para analise, nas três fases da pesquisa, daremos uma abordagem
atual e revigorada para o melhor discernimento do problema da autenticidade ou não
autenticidade a expressão corporal na propagabilidade das fake news.
Através da perspectiva da análise da corporeidade, pretendemos conferir maior
responsabilidade a audiência que estará ciente do conteúdo que compartilha.
Considerando a delimitação da unidade-caso, e após a coleta de dados, será feita a
análise e interpretação dos dados, para a redação do relatório/dissertação de mestrado.

7. Plano de trabalho e cronograma de execução
O projeto de pesquisa será executado no período de 18 meses, compreendendo seis
trimestres. As etapas propostas para execução serão conquistadas como na tabela:
Meses
Atividades 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Disciplinas x x x x x x x x x x x x
Revisão
Bibliográfica
x x x x x x x x x x x x x x xc x
Trabalho de
Campo
x x x x
Análise de
Dados
x x x x x x
Elaboração de
Relatório de
Qualificação
x x x x
Redação da
Dissertação
de
Mestrado
x x x x x x x

8. Referências bibliográficas

ANDRADE, Fábio. O Canto dos Mortos - As Canções de Eduardo Coutinho. In:
OHATA, Milton (org). Eduardo Coutinho. SESC São Paulo. Cosac Naify. Pag.649 -
657. 2013.
AUMONT, Jaques, MARIE, Michel. Dicionário teórico e crítico de cinema. Trad.:
Eloisa Araújo Ribeiro. São Paulo. Papirus Editora. 2006.
BEZERRA, Cláudio. A personagem no documentário de Eduardo Coutinho.
Campinas – SP. Papirus. 2014.
COMOLLI, Jean-Louis. Ver e Poder – A inocência perdida: cinema, televisão,
ficção, documentário. Trad.: Augustin de Tugny; Oswaldo Teixeira; Ruben Caixeta
Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
GOFFMAN, Erving. Representação do Eu na Vida Cotidiana. Tradução de Maria
Célia Santos Raposo. São Paulo. Editora Vozes, 2001.
JENKINS, Henry; FORD, Sam; GREEN, Joshua. Cultura da conexão - Criando valor
e significado por meio da mídia propagável. Trad.: Patrícia Arnaud. São Paulo:
Aleph, 2014.
JENKINS, Henry. Cultura da convergência. Trad.: Suzana Alexandria. São Paulo:
Aleph, 2008.
LABAKI, Amir. Introdução ao documentário brasileiro. São Paulo. Ed. Francis,
2006.
LAUNE, Fernanda. Vítima do anticoncepcional. Disponível em:
https://www.dm.com.br/cotidiano/2015/12/vitima-do-anticoncepcional.html. Acesso em
10/03/2018.
NEGROPONTE, Nicholas. A vida digital. Trad. Sérgio Tellaroli. São Paulo.
Companhia das Letras. 1995.
RAMOS, Fernão Pessoa. “A mise-en-scène do documentário”: Eduardo Coutinho e
João Moreira Salles. In: Rebeca – Revista Brasileira de estudos de cinema e
audiovisual, v. 1, n. 1, 2012, p. 16-53.
SEGATTO, Cristiane. Quando a pílula anticoncepcional é a pior escolha. Revista
Época, 2015. Disponível em: https://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/03/quandopilula-
anticoncepcional-e-pior-escolha.html. Acesso em 28 de agosto de 2018.
STANISLAVSKI, Constantin. A preparação do ator. Trad.: Pontes D Paula Lima. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
STANISLAVSKI, Constantin. A construção da personagem. Trad.: Pontes de Paula
Lima. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
STANISLAVSKI, Constantin. A criação de um papel. Trad. Pontes de Paula Lima.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995.


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COMO JOGAR LUZ SOBRE A CEBOLA REVELANDO-NA CAMADAS COLETIVAS INDEPENDENTES SEM CHORO E MANTENDO O ALTO MAGNETISMO

Artigo Tutorial



COMO JOGAR LUZ SOBRE A CEBOLA REVELANDO-NA CAMADAS
COLETIVAS INDEPENDENTES SEM CHORO E MANTENDO O ALTO MAGNETISMO









Augusto César Cavalcanti de Souza
e-mail: acantizza@gmail.com
Aluno especial da disciplina Tópicos Atuais em Ciência e Cultura, Laboratório de Estudos
Avançados em Jornalismo Científico, LABJOR – Unicamp
2018.2
Prof. Drs. Daniela Tonelli Manica e Antônio Carlos Rodrigues de Amorim


RESUMO
Esse artigo pretende, com humilde proposta de tutorial, amenizar num tom de lírica científica,
embora lúdica e literária, através da observação das camadas físicas de uma cebola, revelar
com respeito de distância, porém um tanto alinhado aos estudos da antropologia,
desmistificar algumas camadas ideológicas de produção de conteúdos perniciosos na
sociedade pelas coletividades ditas independentes. Ainda como possível sugestão reflexiva,
surgiu-nos como adendo uma etnografia do universo.
Palavras-chave
Coletivos independentes; estudos culturais; filosofia etnográfica da criação artística.

ABSTRACT
This article intends, with a humble tutorial format, to soften in a tone of scientific lyric, albeit
playful and literary, by observing the physical layers of an onion, revealing with respect of
distance, but somewhat aligned in the studies of anthropology, to demystify some ideological
layers of the production of pernicious contents in society by the so-called independent
collectivities. Still as a possible reflective suggestion, we came as an addendum to an
ethnography of the universe.

Keywords
Independent collectives; cultural studies; ethnographic philosophy of artistic creation.


1. - WHAT CAN WE LEARN FROM AN ONION?
A cebola cresce da camada menor para maior e começa estragar da maior para menor.
A cebola faz humanos lacrimejarem sem a presença autêntica da expressão dos sentimentos
destes.
A cebola, quando bem requentada com a energia, impede que muita carne grude na crosta.

2. - COMO DESCASCAR CEBOLA A DOIS NO DECK ZERO
CENA - Dois tripulantes dialogam. A mulher e um homem, durante o sidejob (horaextra
sem legítimo ganho extra para trabalhadores do mar estabelecido por
contrato temporário e internacional) no convés. A mulher diz, ao vê-lo chorar,
em frente das cebolas que devem descascar:
- Homens são mesmo uns fracos, estou nesse deck zero há mais tempo e, não derramei sequer
uma lágrima. Quantas cebolas tu descascaste, chorão?
- Tu não entendes? Tu não enxergas? Estou com saudades de casa!
- Aquilo que tu chamas de teu, tua casa? Seria a tua casa um lugar de paz? - Argue a mulher.
- Sempre! E saibas tu, lá as cebolas são dos quintais que bem conheço!
- Saibas tu, o teu reino é uma arapuca para ti e para os teus, e quando vosso empréstimo
acabar, a tua divida sorverá maiores prantos.
- Essas ondas estão me matando. - Diz o homem, segurando a cabeça entre as mãos.
- Aproveitas para vomitar os teus vícios, homem fraco. – Ensina a dama.

3. - O MEDIA TRAINING PARA FOCAR O SPOTLIGHT NA FRAUDE
Media Training entendemos aqui como a ferramenta coorporativa para que as pessoas
públicas sejam eficientes em seu propósito, quando se expõem à platéia; em entrevistas ao
vivo ou gravadas, e ainda, sobre as diferentes plataformas digitais existentes que permitem o
uso de linguagem.
Na comunicação oral, seria o treino de condensar o falado na comunicação específica e
eficiente das idéias, numa bem elaborada ordem para um determinado propósito. Advento
fundamentado com os conhecimentos recentes da fonoaudiologia com a linguística, e, não
deixa de ser a gramática básica para uma coach comprometida em êxito.
Linguagem é algo com ordem. Caso tu não sejas compreendida naquilo que apresenta, ou
virou produto, que após visto vira lixo, proporciona prazer, contudo, não tem capacidade de
condensar no histórico da audiência: ideologia temporal delimitada pelo modismo,
entretenimento.
Antagônico aos produtos, que não obedecem à ordem das culturas, há a linguagem de ordem
formal que é a antropologia do sentir, portanto de sugestões e não respostas claras, pois
sugere raciocínio reflexivo, que é a arte conceitual: o sentimento da ciência de existir; a língua
da ordem da marca profunda do universo no histórico planetário durante os ciclos do globo.
Prontos para começarmos? Vamos jogar luz nas camadas e despetalas?
Nossa tentativa no decorrer desse discurso é ser duro, contanto, ao mesmo tempo afagar de
esperança, enquanto expomos algumas reflexões sobre onde seria, no histórico da Terra, que
a criação artística legítima se diversifica da média temporária e ideológica, demonstrando-se
como reflexo da língua do universo.
Entender ainda se foi pela individualidade da criadora, mulher que cria inserida em
determinada cultura, ou pela cultura determinante de cada nação, que detém os meios de
ensino e de produção do mercado, e as disponibiliza para utilidade da mulher criadora,
impondo-se como limite ao que estaria para sua disposição em meios para criar.
Cultura da Terra aqui se inscreve como determinado conhecimento agregado ao sentimento
que passa de gerações em séculos e milênios de determinada nação e, que tem ordem, apesar
de se renovar em ciclos, tomando nova forma sobre mesma essência, até que as grandes
transições planetárias ocorram. Dividimos aqui em transições cíclicas terrenas menores e
transições universais maiores.
As transições universais seriam como a etnografia do universo. O Ciclo que renova em força de
massa e energia em grande escala os planetas. A cultura do universo é a ordem que rege a
universalidade das Leis e é infinita e imutável. Ela alimenta cada diferente cultura de cada
reino no infinito universo, permitindo que cada um desses dê a forma temporal que lhe é
peculiar em adiantamento sobre essas Leis.
O que os coletivos independentes têm demonstrado absurdamente é não entender, ou
enxergar, nem uma mínima quanto à outra máxima, possibilidade dessas perspectivas de
cultura.
Em tudo assim parece e estamos. Podes ti observar?
O quê consegue com isso as pessoas que agem assim?
Uma total desordem individual e cívica e uma fraquíssima qualidade no que produzem.
No caso, aquilo que se chama de independentes enquanto coletivos visam, enxergam e
aproveitam, seria agregar, para não demandar em colapso psíquico pessoal e particular em si
mesmo, uma fila enorme de seres que se encontram ou se portam desvencilhados daquele
histórico que comentamos e, em fantasia de pertencimento de grupo, lhes abstraem a força
de grupo num universo maior de consciência, essa sim, coletiva ainda que independente.
Eles vibram no grau peculiar da camada da cebola que mais se estraga, a mais exterior, pois se
esquecem da profundidade daquilo que são formados, se agarrando ao ideológico perecível,
impondo-se como verdade num ciclo destruidor de cultura e individualidades passageiras e
supérfluas, fúteis até, criando propostas publicas desvencilhadas de ordem e
comprometimento, consigo mesmo e com os demais.
Toda a geração jovem está assim dispersa. Mínimos são os que escapam do encanto da
serpente. É somente ver aqueles que não são idealistas ou da área das humanas, e necessitam
abertamente da voz profética, dos nem tão profetas, coachs, para se comprovar a liquidez da
geração.
E gurus hão de todo tipo para guiar aos que perambulam sem voz própria, porque a sociedade
conseguiu lhes apagar o histórico de cultura com propostas de caráter libertário e orgulhoso
de temporalidade marcada.
A sociedade líquida pôs os conceitos culturais num liquidificador, porque realmente muito
desses conceitos ainda existem somente por convenção, por serem repetidos como papagaios
sem contexto histórico consistente e, ainda sem lógica, não servem mais para o ciclo que a
Terra entra nesse instante.
Contudo, não aceitar que o próprio planeta tem um histórico para que as coisas se mostrem
como estão, à vista agora, nesse instante de transição planetária, quando mostrados nas
sombras para a luz por viés de dor na desordem e da corrupção pessoal e cívica, nós podemos
ainda aceitar que estamos na nossa possibilidade máxima de argumentar com raciocínio lógico
os melhores conceitos do passado, para construirmos um presente possível, em forma nova na
capa de reforma sobre o corpo do conceito do caráter imutável e universal.
É o caminho para salvarmos o nosso lar, para somente depois nos compartilharmos, aos
demais lares, se formos capazes e aptos nisso. Não agir assim, arrancando a trave dos seus
olhos antes do dos outros, é ser oportunista com o temporário e criar um temporal de
ideologias coletivas independentes, fora da ordem universal.
Não há nova ordem, ela sempre foi e sempre será como é. Se não fossem assim, civilizações
que passaram por esse planeta não teriam adquiridos em conhecimento ou deixado feitos
ainda maiores que os nossos com toda a tecnologia que temos. Abra sua mente e enxergue.
Dessa forma iniciamos o nosso Media Training.
Serão cinqüenta minutos de imersão no limbo. Sim vamos à merda. Estejas feliz, tem quem
passe uma eternidade lá e não quer sair. No caso aqui proposto, em cinqüenta minutos estarás
livre, para sair do coletivo independente e ser luz própria, ou para satisfazer-se com o cheiro
estragado dessa camada hipócrita que nem ti mais aguenta. Tá pronta! Então repete comigo:
não é a vida que faz isso comigo, sou eu quem faço isso comigo! Vamos, diz alto para você!
Batendo no peito: não é a vida que faz isso comigo, sou eu quem faço isso comigo...

4. - DEDICATÓRIA
Pra ti que está cansada de se passar por uma propagadora de cultura de massa do fracasso,
entretanto que sabe, no profundo, que estás entre aproveitadores temporários das camadas
podres, procurando pelo sucesso e pelo aplauso.
O apodrecimento só não faz chorar enquanto coletivo, porque a massa podre entorpece.
Passe um mês ou menos cheirando o charco que propagas aos demais e veremos quem escuta
a linguagem, a língua do sentimento de pertencimento que não está aí contigo agora, na
passageira lisergia temporária.
Entretanto, sentes a profunda e seja arrebatada no histórico do universo nas suas costas.
Compreendas: aqui é o jardim da infância, então não aches que conheces o alfabeto.
Conheces a língua da oportunidade. Nós vos apresentamos um guia ao sentimento de
conjunto e ordem das galáxias.
E a tua guerra interna fará ver que o quê disputa a tua volta e é poeira pra cobrir o que já foi
um réptil e agora é fóssil.
Vamos do interno para o externo, apesar da luz que vês ser do material externo para o interno,
e mesmo que no começo negues ao ler, e só porque tens falta de costume e ainda temes
aquilo que é fato.
Spot! And Action!

5. - NÃO OBSCUREÇA O VOSSO CENTRO DE FORÇA COM A MESQUINHA CAMADA QUE A TORNA POPULAR.
Comecemos o tutorial para quem torrou o saco e quer fugir dessa roubada coletiva
mesquinha.
Utilizo mesquinho aqui como: não ter caridade de empatia real com o sofrimento do outro,
não si por no lugar do outro, querendo usar o conhecimento e o sentimento mais elevado em
momento que os demais, somente para satisfazer o domínio próprio ou o do grupo, porque
não arrumou o próprio lar e agora pensas em salvar o planeta na marra quando ninguém lhe
deu essa função.
Não sejas popular, sofras um pouco ou quanto aguentes sozinho.
Tipo no jardim da infância, - Vá para o banquinho e reflitas sobre os seus erros.
A bomba propulsora que nos faz brilhar para que nos enxerguemos, dentre tanta dissonância
nesse planeta, é o nosso coração.
Des-obscureça do vosso pulsar cardíaco toda a mesquinhez de bons sentimentos aparentes da
Terra; tenhas como único caminho para a vossa secular luz resplandecer para fora do coletivo
a si mesma, e brilhe na luz do espaço.
Assim nós iremos te ver.
Assim nós desejamos vos buscar.
Assim nós sentimos.
Sede a luz daquilo que planejaste quando nos víamos no Regimento.
Sede a porta-voz da arte com seu sentimento e o conhecimento, vossas qualidades profundas
que são regidas por milênios interplanetários, porque faz e és parte na língua da criação.
Fale!
Fale alto, ainda que, e, em silêncio.
A vibração do sentimento sincero, sem a hipocrisia dessa pátria, não precisa de cordas vocais
para ser ouvida, muito menos de qualquer media ao alcance da matéria; ciência ou tecnologia.
Busque em ti a justiça contigo mesma e comeces falar.
Avante!

6. - SOBRE AS CAMADAS DA CEBOLA E QUEM DÁ FORMA AS CULTURAS
Não tomemos as coletividades da Terra, do Brasil, como exemplos de projeto ao que está fora
daquilo que enxergamos do céu à noite, ao nosso lado, daquilo que produz luz própria.
A noite escura, ainda que não sem estrelas.
O astro solar é uma imensa cebola gasosa e em cada camada vibra um tipo de explosão e
energia. É a matéria em estado continuo de transformação magnética e nós sentimos e vemos,
não tão nítido, como de fato é.
Escreveremos desenvolvimento como ensaio, como proposta de palestra e iremos traduzir
essas camadas de energia solar nas camadas de níveis de percepção humana de entendimento
de linguagens.
A língua que falamos dá nome às linguagens ao nosso redor e, portanto, língua é o começo da
cultura. As linguagens locais da Terra, culturas quais pedimos para pertencer ou vibramos na
mesma energia e, contudo, estamos onde estamos e não somos vitimas de estarmos onde
estamos.
As penas da Terra são deverás de lógica interessante. No que vale dizer as pessoas
consideradas de risco, são punidas por tempo de separação total ou integral da sociedade por
um tempo determinado. Pena de morte; olho por olho dente por dente, que eu me pergunto:
aumentar o horror em sofrer qualquer uma destas penas, em menor ou maior grau, tem
evitado que humanos continuem propagando desarmonia e crimes acontecendo?
Digo isso porque como homem estive conversando com a minha encarregada de trabalho
voluntário Sandra, disse-lhe que gostaria de começar sentir uma legítima empatia às mulheres
e escrever.
Sim, é de fato uma prova de maior coragem enfrentar essa jornada na Terra como mulher.
Ainda nos dias de hoje, o é. Entretanto não há do que se victimizarse, já que se pediu
anteriormente para que assim fosse.
O fato de um homem agredir, abusar, matar uma mulher, não será minimizado por dizer que o
crime é feminicídio, infelizmente, na tentativa de torná-lo hediondo. Atentar contra a vida de
qualquer demais humano é hediondo em si.
Basicamente um crime de vida tem como causa primeira a não empatia. Tentar fazer isso que
agora mesmo fizemos, os escritores o fazem, se projetam numa outra existência, se com
empatia, excelente, deixe a frieza para as demais profissões.
Empatia, se por no lugar do outro, entender a outra escala de energia que não a sua, se
conectar com quem for possível e desvencilhar daqueles que não forem.
Temos que começar entender melhor as camadas de energia dos seres que nascem para
criarmos um conceito real de educação científica e moral. Dar base para que uma família não
permaneça na miséria completa e abandono da sociedade, os meios para que a mesma possa
suprir o ser que chega de amor e carinho.
Se nós vemos e sentimos isso, o amor dentro de nossa casa, nós queremos que o outro sinta o
mesmo, certamente, pois não se é feliz com alguém sofrendo. Se nós não vemos isso dentro
de nossas casas e ainda assim quisermos levar amor aos demais, muito provavelmente nós
seremos oportunistas.
É da família que vem a educação que levaremos para o resto dessa existência e é ali, numa
célula familiar consanguínea ou não, tanto faz mesmo o nome de sangue para quem vibra
amor universal, que nós podemos, como justo, compartilhar a nossa luz, a luz do nosso
coração com empatia, se já somos de melhor consciência evolutiva.
Todos que estão entendendo essa apresentação têm essa luz e podem levar aos demais lares.
Sem fama e sem coletividade independente. Cada qual com a sua capacidade de amar.
Querendo ou não, as nações da Terra estão divididas por povos milenares de correlação de
mesma energia. Há exceções obvias que são aquelas mulheres que optam por maiores
desafios que garantem melhor mérito se bem sucedidas. E há a exceção das exceções entre
todas as fronteiras que são aqueles mestres que adquirem o máximo de empatia por entender
o sistema, se abstém delas mesmas tendo que viver na Terra, e vibram na alta escala daquilo
que vem de fora, literalmente limpando a barra.
Não são ativistas nem hackers, são humanos tentando limpar a atmosfera para os demais
ouvirem a música celeste.
Sinceramente é triste dizer que na matéria soam-nos sozinho, por uma longa noite escura, mas
não sem estrelas.
Na acústica dos demais seres populares e para vós, esse é um tutorial para iluminação no grau
que cada um puder, entretanto, quantos os fizermos que pratiquem um bem no dia em que lêlo,
dar-nos-emos por unidos na Lei.

7. - COMO AS CAMADAS QUE VIBRAM MENOS GANHAM O SEU PEDAÇO DO REINO TERRENO
Ideologia.
Palavra com signo que é a casca mais rasa de uma idéia e conceito que já foi profunda.
Profundidade para uma idéia, diz que a mesma já foi passada de tempos cíclicos, através do
conhecimento e do sentimento dos nossos seres antepassados, conceito de raiz, embora num
outro contexto, e se mantém em pé por serem ainda semelhantes conceitos, mais ou menos
elaboradas e grifadas, no rude que a matéria permite, na língua da criação.
Idéias profundas formam-se por todos os mestres, a língua de todas elas, e se renovam ao
nascer perpetuo das mesmas.
E do outro vértice, quem são os mestres das ideologias?
As camadas mesquinhas.
Geralmente aquelas que não resolveram os sentimentos no lar, de onde começa a pátria do
coração, do lar, da família para as demais camadas. Lembrem-se da cebola que cresce de
dentro para fora e começa-se estragar de fora para dentro.
E como as mesmas coletividades decidiram sobreviver? Já que falavam a mesma língua,
uniram-se em grupos ou casas coletivas, ditos independentes, promovendo produção
independente de mídia e projetos sociais.
Transformam em ideologia partidária idéias sem fundo, seu falso messianismo para melhorar a
vida global, a ideologia líquida que o sem signo de tempo de conhecimento e sentimento
guarda em destemido baixo valor temporário, e esbarram-se numa linguagem oportunista se
amparando numa dor geral mal solucionada.
Ideologistas. É o que sois.
Faltam-vos um tempo de solidão nessa existência, para não confundir o vosso barulho com o
dos que sinceramente vão até ti em busca de melhora de vida, seja ela qual for.
Deixem que falem, entretanto, afaste-se logo destes.
Esses não limparam os corações como tu podes fazer, de modo que levam a ti aquilo que não
resolveram em suas casas e famílias, para as ruas, para as casas de falsa harmonia,
disfarçando-nos a dor em meta de salvar o planeta. A boa e velha transferência.
Pode ser que venha a se apagar o passado da Terra, das civilizações anteriores a nós, e
também espero que o mesmo não se dê por um colapso atômico, de fato que demonstremos
aos mentores que podemos sim mudar por nosso esforço, no tempo deles e, jamais no nosso.
Até isso se dar, a Terra sim tem cultura. E cada povo tem cultura, e garantimos que tendo
educação moral nos lares, nenhuma característica cultural será transmitida na marra, ou,
capaz de se impor ao comportamento de identidades profundas no ser, que são naturais e que
já as sejam dela mesma trazida.
Reparemos nas crianças que tem uma família equilibrada em luz. As mesmas jamais escolhem
ou irão escolher gostar de maquiagem ou futebol em vídeo de youtube por imposição social ou
dos pais, o que sim seria crime hediondo. As mesmas fazem essas escolhas naturalmente, e
ainda, se não se encontram satisfeitas com a sexualidade que imaginaram ter, quando as
começam experimentar na prática, somente são recriminadas daquilo que resolvem adquirir
como comportamento a partir dali, primeiro dentro de casa, que é onde realmente importa
em coração manter-se em harmonia.
Quando o lar não aprendeu amar, amar com empatia, se por no lugar e na felicidade do outro,
existe sempre com dor, jamais como ajuda humanitária.
O comportamento que a cultura impõe, ou comportamento de grupo, é sempre o
comportamento ideológico. Causa danos sim, mas não são danos profundos.
O comportamento profundo adquirido condiz primeiro com a família em que nasceste e que te
recebeu, segundo a pátria em que nasceste. Daí reflitas tu e repares na vossa vila, depois na
Terra como um todo e etc.
É um sistema em ordem, se algo está sem harmonia é tu, e como existem muitos como ti,
muita sociedade a ti se parece nesse momento.
Aprenderá perfeitamente aquilo que estás fazendo aqui na Terra, caso ti observes nessa
perspectiva da língua universal. Sim, a vossa vibração é feita de cultura, cultura da menor
camada do lar à maior do planeta. Quando tu saires de todas essas menores, verás as tuas
camadas intimas no sistema, e a partir deste ponto, tu podes ti colocar como iniciado à
iluminação e em contato com a língua da criação.
Tudo que é imposto são ideologias, rasas como um refugo e esgoto social.
O que é profundo resta no ser, tem histórico, está aqui para ser reformulado e não liquefeito.
São as ideologias partidárias o que vossas exorbitâncias orgulhosas transmitem como um vírus
mascarada de liberdade.
Vós sois a parte mínima de uma estrutura e estivestes tentando mudar o complexo na
porrada, porque vossa vida é infinitamente pior aos daqueles que almejam melhorar contigo.
Deixe para quem tem caráter fazer o equilíbrio com naturalidade, joguem limpo.

8. - O CHORO NA REDE
As redes sociais mostram uma estrutura interessante naquilo que desejamos discorrer.
Bits e pixels são puro magnetismo para existirem como linguagem.
No que nos denota entender, em rede, um grupo social se une por compreender a mesma
linguagem, ou grupo de semelhantes linguagens.
Há sim separatismo no digital, e como o comportamento em rede com o digital vem sendo
definido como o meio de saber o que é ser humano, ao menos vem pondo em debate a moral
humana no contexto digital.
Só estaremos em paz conosco, após notarmos que a cultura o conhecimento separam sim os
humanos em grupos, como analfabetos, menos letrados e mais letrados, afins de mesmo
gosto, é infinito o leque como são infinitas as mulheres, mas nossa paz é notar que existe um
porquê de cada ser estar no momento em que está como está. Existe ordem. O que não
minora nosso dever em sociedade de amenizar, no possível e ainda naquilo que os demais
permitam ou estejam preparados, o sofrimento dos grupos em situações de risco e exclusão
de toda forma, permitindo-lhes adquirir o progresso de educação e consciência na escala do
tempo deles em relação ao tempo da profunda e infinita língua das Leis eternas.
Achava muito interessante quando pessoas me questionavam, “nossa você adiciona pessoas
que tu nem conheces” (perceba que isso só é incomum porque eu não sou uma empresa
vendendo uma mercadoria o que tornaria tudo normal, pois daí vale tudo). Contudo no nosso
caso nós estávamos encontrando semelhantes em energia e melhorando a audiência.
Entretanto, não iremos começar resolver pela rede em que habitamos, porque se aqui já
percebemos isso, é porque aquilo que escolhemos como lar, agora são completitude
harmônica no amor e, não a desordem da hipocrisia, e desta forma, resolverá pelos lares
daqueles que realmente necessitam, dando-lhes capacidade de autonomia de progredir em
sentimento e em intelecto.
Tirar da exclusão só com dinheiro é dar-lhes divisa, pois grana não é língua. Dinheiro cria essa
bolha de divisas privadas que agora estoura em nosso convívio, porque dinheiro não significa
nada.
Dinheiro por dinheiro cria mais ódio e mais ideologistas, porque dinheiro em si não guarda
signo. Para ter signo é necessário que o dígito signifique.
Faças o melhor uso das redes sociais, é a nossa opinião.
Por mais que estejamos cedendo muitos dados aos monopólios das empresas de tecnologia,
todas estarem colhendo vossos rastros, enquanto ainda não sabemos declaradamente se é
somente para favorecer tal ou qual presidente, e o mercado oportunista, em si.
Entretanto, cremos que até agora, nós que não devemos, não tememos. Ditado cultural e
sábio que subverto ao dilema ético digital.
Tu vais vibrar nas camadas mais interessantes no planeta na rede, bem rápido, sem risco
instantâneo, se fores esperto.
Observas lá a minha página e vibremos em rede.
A rede é feita de magnetismo e energia, além obvio, do algoritmo da empresa.
Use do sistema com sabedoria e com a cultura de hacker do bem.
Poderíamos gentilmente nos conectar?


9. - À GUISA DE CONCLUSÃO
A idéia de George Soros e seus chegados não soam mal não, no que diz pretender uma
sociedade sem fronteiras e com mais liberdade para as diferenças culturais interagirem. A
princípio parece um relacionamento social humano de melhoras no relacionamento social e na
economia, entretanto, questione-os se eles gostariam de começar isso em seus privados
quintais e lares?
Creio que a resposta, por atitude, é não, né?
Então, pensemos que quando a ação de bem não condiz com o nosso particular, isso é
oportunismo.
Bem como, a idéia de coletivos de trabalhos independentes não é ruim. Se a convivência
pessoal de todos vocês vivendo junto estiver em harmonia, creio que é um excelente caminho,
sendo que outra grande chaga da sociedade é a propriedade privada, onde um homem ou uma
mulher delimita o seu pedaço do caos e diz que dali para dentro é seu. Aí quando tu casas, tu
colocas alguém para dentro e diz que é seu. Começa ai a encrenca familiar e tendo sido assim
deverás por grandes ciclos, andas como andas o celibato.
O triste é que só tenho visto grupos coletivos que vivem em harmonia, enquanto nas cidades,
quando estão em baladas frequentes que acontecem atravessando fronteiras, embora ainda
embalados por alguns aditivos. Aliás, pelo histórico no website, foram com a aderência de
grande publico aos festivais de música que começou tudo. Sinceramente isso não é família.
Não defendo aqui ligação de sangue para ser família, mas a consanguinidade deverás diminuiu
muito a relação egoísta de sociedades menos equilibradas e obvio trouxe novos desafios.
Quando tu nomeias que alguém é vossa propriedade a coisa desanda.
Quando tu não perguntas para tua “alma gêmea” se você também é “alma gêmea” para ela,
não levando em consideração a aspiração do outro, a coisa desanda.
Enfim estamos indo para o caminho certo. Sem fronteiras, mas com verdades essenciais
devendo ser declaradas de um para outro, doa o que doer.
Verdades do propósito particular de cada qual, em toda relação com a Terra, e, assim, com o
seu cônjuge, filho, amigo ou passeante corriqueiro no dia-a-dia.
O Sol é uma cebola, nós também somos.
O astro Sol tem escalas de camadas gasosas energéticas, nós também os temos.
Nós produzimos luz e recebemos luz na medida da escala em que vibramos.
Pessoas se agregam e multiplicam na, e, pela linguagem as quais pertencem em estado
momentâneo para ouvir e abstrair do mesmo ouvindo sua origem estelar.
Cultura é feita de linguagens. A linguagem não nasce das mesmas formas de produção.
As formas de produção de cultura são separadas?
Sim são.
Portanto, as expressões humanas, sejam elas quais forem, serão de classificação e graus
separados por energia expressiva. Alguns irão compreender agora, outros daqui algum tempo.
E não somente quando menciona forma das pessoas criativas inseridas na cultura, também há
forma ao acesso aos meios de produção. Numa arte como cinema, isso fica deverás claro, pois
produzir precisa de equipe e meios de produção, os quais envolvem investimento grande e
ordem de conduta, dependendo daquilo que queiras como produto final.
De forma que se uniu para dar voz ao que se chamam coletivos independentes, e da união dos
coletivos independentes organizados, vieram as agencias de mídias Independentes, e ganha-se
uma determinada e robusta força de ação e mercado, sim, todo mundo precisa de dinheiro de
fato, é o básico de progredir sustentar-se financeiramente. The Soros is my Shepherd, I shall
not want.
Assim, de fato, para que nós não piremos em voar de centro a centro dessa Terra, sem ainda
nos encontrarmos, intuímos que se todos necessitaram da grana, não somos independentes, e
para tu quem vai esse tutorial, se a nossa língua não é coletiva o suficiente para formarmos
uma banda e grupo, resta-nos saber qual o propósito do meio ao qual nós iremos ajudar e
contribuir. Ao mesmo tempo em que aprendemos com as demais pessoas, envolvidas em
mesmo propósito, utilizando-se por direito e com deveres, dos meios de produção deles.
Numa Universidade é possível encontrarmos pessoas que estão realmente interessadas em
atitude e, tem meios para propor e divulgar ciência, que estão preocupadas em entender e
melhorar a sociedade, sem criarem só política partidária.
Em uma instituição social séria, aqui geralmente será ligada a algum artista, esportistas, de
muita referência aos demais, às vezes legais de seguir, outras nem tanto.
Ainda as instituições menores serão diretamente ligadas em alguma corporação privada, e no
maior, ou, nosso caso de escreventes, as menores instituições certamente dependem de
financiamento público (prefeitura, governo do Estado, governo Federal) e privado, por
doações de empresas menores.
O grande fato interessante está que as sérias não escondem isso, sendo que tanto
Universidades como instituições sociais tem que passar por grande burocracia de aprovação e
registro das verbas e fixar isso em quadro para o conhecimento dos associados. Claro, há
irregularidades, estamos na Terra. Ás vezes, irregularidades até sem muito dano para que a
coisa funcione, sistema Brasil, mas sendo regulamentado, torna mais “chato” no mínimo ser
corrupto.
Queremos acreditar que existem também coletivos independentes sérios que vigem na lei e
justiça, e nos colocamos dispostos a visitá-los, caso surja o convite, e seremos amigos de alma,
quem sabe?
Não somos adeptos de absolutamente nada que vá tirar a possibilidade de alguém que nasce,
a partir de agora, ter um prospecto melhor para vencer nessa vida, que absolutamente tem
muitas provas pessoais e externas de superação.
Diminuir essa prospecção maior de melhora, desestimulando-nos, é exatamente isso que a
corrupção faz.
A corrupção somente existe em sociedades hipócritas, visto que se mostra de cordeiro em pele
de lobo. Pois, como tu podes prestar o serviço de melhoria socioeconômica, quando na mesma
moeda com o que desvias em maior parte do montante que vem para o apoio ao outro, tu
estás prejudicando infinitamente um número maior de vidas das quais tu dizes, ou mostras
para mídia, ajudar e favorecer?
Isso é bem grave e hediondo. Como dizem para as crianças no jardim: “que feio”!
Pois bem, no momento acreditamos que o serviço que uma pesquisa de Universidade e uma
instituição social entregam, nos lugares íntegros, é em demanda um bem enorme para a
população, geralmente em saúde e educação. Além de ser um ambiente, até o momento, mais
maneiro que outros que conhecemos
Se as pessoas em necessidades que usam dos serviços prestados nesses dois centros
propagadores, caem em inércia e vício de não progredirem, aproveitando-se de victimizarse,
cabe a elas melhorar de moral, porque nas sociedades distantes em que ninguém sofre, não
são feitas e construídas o alicerce sem esforço, ainda mais com um dos lados se colocando
como vítima.
Precisamos urgente de algo que extirpa a guerrinha ideológica que se criou nesse Brasil,
colocando pobres contra ricos, homem contra mulheres, hétero contra homo, e tudo mais do
que se tem sido posto como moeda de troca em favorecimento de uma conduta de vitimismo
para a glorificação de oportunistas momentâneos.
Em ordem, nas diferenças de estado físico como se apresentam os seres, não há momento
sem que prevaleça a conduta da ordem do espaço matéria e universo sobre a capa individual
de cada um.
Precisamos urgentemente de diálogo aberto e raciocínio lógico na sociedade brasileira,
sociedade de múltiplas etnias em genética, o que favorece a colocação do Brasil neste planeta.
Realmente é muito mais prova nascer como mulher nessa Terra, sendo que as paixões dos que
estão como homens, ainda são exacerbadamente materiais e oportunistas enquanto
temporárias, mas querendo ou não admitir, cada qual aqui vivente vem e aceita a forma ao
qual vibrava quando era luz sem matéria.
Absolutamente em escala de amor.
Sem a empatia que é o fruto da caridade que é o fruto do amor, não rola estabelecer qualquer
linha de diálogo, porque seres que são, sim, absolutamente diferentes em sentimento e
inteligência, nunca irão se entender sem se colocar no lugar do outro com amor. A genética é
particularmente parecida, entretanto o caráter, aqui e agora, muito pouco, ou nada, são
parecidos.
Mudaremos como o sugerido no pensar? Esforço individual contra as sombras para que não
exista o oportunismo, para não tomarem vantagem dos menos evoluídos por motivo absorto,
como jogos do poder e do dinheiro.
Sejamos professores sociais em atitude de sociedade avançada e desenvolvida que queremos,
e jamais impositores de ideais sem contexto sobre a ordem das Leis. O discurso que regem
aquilo que para nossa vista ainda não vibra a luz por nosso magnetismo.
E entender que há ordem.
Nós não estamos fora do universo, nós somos regidos pelo universo.
Portando, saias dessa de ti colocar como vítima.
Lute pelo seu progresso naquilo que tu és agora, momentaneamente estás como: mãe; pai;
filho; filha; mulher; homem; gay; trans; queer; negro; branco; nacionalidade x,y,z..., rico;
pobre; patrão; funcionário; com deficiência aparente; sem deficiência aparente e etc.
Entenda toda essa multiplicidade, maior ainda com que fizemos expor, como o jogo da vida
que ainda não te explicaram e que é cíclico.
Que o tabuleiro das regras não é o que tu vês de fato, e foram criados sim por aqueles que
criaram o seu peão.
Você, sendo tu na cor que estiver na partida, portando ou não deficiência aparente, criou o
tabuleiro que enxergas e que muda de ciclo sem que escolhas fazendo com que ti, no que
consegues, permaneças vivo e se esforce por mudar, para garantir-se entre os que
compartilham da tua má sorte material, e o fim continua como recomeço. Mais ou menos nos
entendemos?
Que continuadamente continua criar tudo isso?]
Nem ouso dizer que posso explicar a capacidade de ordem e harmonia dessa Energia, para
escrever aqui qualquer metáfora sem soar como injustiça.
Saibas que enquanto tu fores vítima, continuará num ciclo de victmizarse para depois
victimizar alguém outro. Ordem, manter se colocando como guerra e não como perdão, por si
mesma e pelos demais, sugere como melhor caminho?
Quem causa-nos a temporária dor, nos estão ensinando pela dor, porque eles mesmos são a
dor neles infinitamente maior que causam a ti, e quem nos garante que não fomos nós, em
outro ciclo, que hes causamos essa dor que eles agora descontam em nós? Ordem.
Pois a ordem de momento está como está, porque a ordem maior o permite, para o nosso
progresso, se bem o entendemos e aceitamos, pedimos perdão e saímos do ciclo pernicioso.
Não é fácil com dores profundas, mas não se victimise nunca.
Na baixa energia do sentir-se vitima, há grupos querendo a vossa energia, e se tu se alinhar
com os mesmos, não reclames depois a tua dor de desapontamento ao perceber que o
independente e coletivo é fora de uma ordem maior de amor.
Brilhes por ti mesma.
Brilhe pelo Criador do Universo e faremos um planeta regenerado, se ainda der tempo.
Grato pela cordialidade da presença no evento.


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