SAUDAÇÕES
Gente vem até mim em empórios, rock e afins
E declamam a sua fraude encostados em meu ouvido. Não tenho mais idade para teatros a céu aberto. Quando me disseram do fundo do seu coração alguma verdade que faça sentido, compramos um doce e eu me transformo em cupido.
SAUDAÇÕES
Sei que você está mentindo, meu amigo
E quando o vosso ego desinflar
E percebermos o tamanho dessa babaquice e idiotice
Nós nos daremos um abraço real e poderemos rir deste mundo fraudulento em que um dia você pretendia reinar
Ninguém forma um reino de verdade ainda se importando com a vila
E amizade para mim é ouro.
CAPÍTULO 4, Deixando os sentimentos às claras.
Tom Sauer arregalou os seus olhos saltando da mesa como se fosse buscar a última dose de anfetamina da boca “apareceu uma perereca!” Eu, Philip Morris e a Amabile soltamos boas risadas. Depois fiquei quieto enquanto o casal trocava confidências e carinhos. Dean chegou com o seu Santo Graal de vodka, sentou-se, pediu uma fanta laranja e após uma frase de Philip disparou irônico “deu para perceber porque você terminou com ele”. Foi o começo de tudo que gostaria que fosse ouvido como a Nona sinfonia de B. Depois de alguns assuntos aleatórios, peguei um guardanapo para escrever o esboço do que você está lendo agora. Dean literalmente profetizou a cena toda para Philip e Amabile ficarem juntos. Ele foi profundo. Amabile e Philip entenderam. Amabile disse “vocês nunca viram ele se divertir de verdade”. Aquilo foi profundo e era a mais pura realidade. Dean chamou a mim e ao Tom para sairmos da mesa. Eu fui. Tom ficou. Dean ficou revoltado com aquela situação. Eu disse Quem sofre não quer ver ninguém feliz, Dean. O comportamento dos humanos em sociedade está nos revoltando por completo, porque era a hora de Philip e Amabile ficarem de fato e foi proposital Tom ter ficado lá empatando para que isso não acontecesse. Philip saiu para fumar com a gente, James Dean explicou toda a situação novamente. Philip falou “Se você está numa mata e vê a mesma árvore duas vezes o quê significa?” Dean respondeu “que você está andando em círculos”. Philip disse “que você está perdido”. Dean foi profundo, não tenho vocabulário para reproduzir. Philip e Dean se abraçaram. Olhei para Philip e disse Se for para te ver feliz como você está agora, desejo nunca mais te ver naquele lixo do Fennegans, bebendo no meio de um bando de otários. Philip entrou. Nós ficamos bem enojados, nos despedimos e saímos com o carro do Dean. “Tom Sauer é um cabaço” Dean repetia compulsivamente. “Nunca vi Philip tão bem como ele está hoje. Mas ele é um moleque. E o Tom é um cabaço.” Eu disse É Darwin, Dean, Os mais fracos se unem para sobreviver. À noite acabou romântica. Dean ganhou uma marmita de carne de panela da sua namorada para jantar. Eu tive lições preciosas do que busco e me falta na vida.
Sinto-me feliz com lances simples
A fumaça voando no vento
Quer coisa mais feliz que saber que você expira e a fumaça desenha no vento.
Sinto-me feliz com o cabelo da moça voando no vento
E uma certa inveja, porque as minhas mãos não desenhariam bem assim essas mechas no ar.
Quer coisa mais feliz que cabelo, fumaça e pulsar.
Saber que Deus respira e desenha no infinito para que possamos nos consagrar.
E além: eu sei que você sabe que vale a pena.
CAPÍTULO 5, A conversa com o italiano.
Cheguei ao HotWheels cedo. Pressenti que a turma ia dar o cano logo ali, cada um inventando a sua fraude, excluindo Philip e Dean que foram com as suas namoradas, ou, enfim, você me entende. Terminei de redigir o Poema que postei no Instagram e Zas, vi Giancarlo degustando um Gin tônica três mesas a frente. Eu ia tirar um bom papo dali e tirei. Ciao Carlo, posso cederti qui? “Per favore”. Vamos direto ao ponto. Falei para Carlo da Luna ser a próxima África global. Ele disse não acreditar. Mudei de assunto “ffanculo”. Começamos falar de cardápio. Carlo satirizou um restaurante que se posa de chic na Villa e os seus frequentadores. “O cazzo toma um Lambrusco que custa um euro na Europa, é uma porcaria pagando que está sorvendo ouro, vai tomar no cu, daí”. E fora entramos nos QR codes. “O dia que uno tre estrelas Michelin atender com QR code, tiro o chapéu, vaffanculo!” Carlo quebrou a mão esses dias limpando o quintal. Foi feio. Elogiou o hospital municipal da Vila, porque não conseguiu a cirurgia no convênio. “Os bons médicos ganham mais no serviço público”. Aí vem o interessante, o que está por trás das startups bilionárias. Falei que o Uber deve ter sido inventado por moleques. Carlo disse “eu não acredito!” “Moleques podem ter tido a ideia genial, mas como você fala com alguém que monitora satélite?” “Pega o telefone e liga?” Eu entendi no ato. “Como que o Facebook espalha servidor no mundo inteiro?” Carlo tinha razão, há muito dinheiro e poder por cima. Terminamos a conversa com Carlo contando de um amigo astrofísico formado numa universidade milenar italiana que vive a vida fumando um beck e vendendo brinquedos para bambini na frente das igrejas da Itália em missas de domingo. Que noite de muitas cervejas e cigarros com bom papo do caralho.
Quase todas as manhãs tenho um compromisso
Sentir se fica melhor ver o sol nascer, como se fosse a primeira vez, ou se cai melhor um bate papo com o Cristo.
Todas as manhãs, desde que você veio,
Me sinto omisso nos meus sentimentos, e percebo se o seu cheiro vem de você ou se é o primeiro contato do paraíso.
É estranho isso de primeiro. Dizem que no início era o Verbo
Entretanto, o meu substantivo invólucro
É a sua respiração quente no meu rosto.
Então, se fica melhor ver o Cristo da janela de um bate papo descontraído numa primeira manhã
Eu te pergunto se você quer ser a maçã que a Eva comeu
Ou o meu lábio no seu?
De modo que penso se antes veio a respiração, ou se foi o seu sopro que me fez amarração.
Poderia ficar em silêncio ao teu lado até que uma galáxia completasse o ciclo em torno do universo
E perceberíamos que o tempo é um diâmetro inequívoco
Quando se nasce ao colocar o dedo num umbigo.
Qual Lei rege a nossa espera?
CAPÍTULO 6, A carta enviada à Fabiana.
Fabi, sei que sou um stalker para você. Que fui obsessivo e até psicótico, mas foi injusto você ter me pintado com essas cores e tintas na frente das suas amigas. Fiquei amargamente constrangido e envergonhado. Estava conversando com o Carlo, o engenheiro italiano, numa destas tardes no HotWheels, entre o gin e as cervejas, e concluímos que 99% daquelas pessoas todas ali, bebendo, comendo e se catando são vazias, tipo, que não se dá para manter uma conversa profunda com nenhuma delas. Não queria te enxergar dentro destes 99%. Se eu fiz o que fiz e como fiz, tive os meus motivos imaturos, o meu emocional de momento fragilizado e sublimado numa paixão doentia por você. Mas você não pode me reproduzir e desenhar para as demais amigas com gritante falta de profundidade, seduzida pela raiva por minhas atitudes e pela emoção momentânea do rolê. Se aquelas mulheres lessem uma ou duas mensagens longas que te escrevi, elas iriam compreender do que estou falando, não é verdade? Esse é o meu jeito de amar. Você não aceitou, alguma tarde destas, uma outra aceita. Então, não me fode com as demais mulheres, okay? Deveria ter avisado vocês, você e para a sua família, as razões de ser necessário, aos meus sentimentos e ao meu equilíbrio ébrio bloqueá-los, porque estava me fazendo mal e eu iria te ver não só na sua página como na deles. Iria beber e fumar até o meu cérebro derreter, te acompanhando a distância na porra do Instagram. E apesar de um poeta ser 90% coração, os demais 10% de cérebro fariam falta. Dean cita a terceira lei de Newton e eu aceito as consequências pelo que fiz no passado. Toda ação provoca uma reação. Aliás, já que toquei no assunto, você provavelmente deve ser a única amiga em comum que não deu para o Dean. Este deve ser o seu lado da verdade no que ele me diz. E a gente não conversar sobre isso aqui, onde a gente se encontrar, me faz entender que você também é o lixo das outras 99% das pessoas no Fennegans e no HotWheels, ou em qualquer beco da Vila, em que se esquece que toda verdade tem dois lados, não é? Pois, então, em nome de carinho que sabemos que trocamos a distância, me apresente melhor numa próxima oportunidade.
Com todo o meu sentimento para ti, desejo que esteja tudo, ao mais, bem entre nós. See ya soon.
É a hora da Corrente de Maria. A sensibilidade emana do cálcio dos meus ossos até a proteína da minha pele. Acordei entre a lama da chuva da noite, galhos e folhas, comi uma das minúsculas frutas amargas que salvaram o meu organismo da desnutrição. Veio um índio e me deu as mãos “não é a hora ainda, Pagé”. E apareceu uma rainha indiana com cheiro de Dama da Noite e incenso “Você era Faraó no Egito antigo e eu uma das suas mulheres” “Depois fomos ciganos na Espanha e dançávamos felizes no centro das vilas. Eu te amo incondicionalmente, levante-se”. Pássaros começaram a cantar. Havia voltado de uma EQM. Eu vi papagaios, pensei em Ceci e Peri. Pensei em Jim Morrison no deserto viajando no ácido. Chamei eles para mim e eles atenderam. Os espíritos da mata me ensinaram a trazer todos de quem eu precisava para sobreviver ao meu lado. E aqui estou eu para te contar, minha amiga e meu amigo. Porque aconselho ser próximo a quem sobreviveu ao surreal da energia da solidão de uma natureza introspectiva, nua e selvagem à que me virar as costas.
Uma cama confortável, lençois limpos, a segurança dessas paredes e do teto sobre as nossas cabeças , roupas novas no armário, a consciência equilibrada e tranquila, o cheiro do café da fazenda, a água limpa sorvendo na garganta, um chuveiro quente e o banho revigorante da manhã, o trabalho que goste e realize com esmo, sentir a sola dos nossos pés no azulejo frio do chão, a bicicleta que sonhávamos e que nos transportará à lugares incríveis, o vento encanado do quarto à cozinha passando pela sala, acordar antes do despertador, respirar essa saúde inspiradora é a nossa vida leve. Would ya like to join us?
CAPÍTULO 7, O boêmio que trabalha.
Dean disse novamente “a sua literatura vive do caos!” A gente tomou uns tragos, como se fala no Sul, e colocamos os panos em águas mornas. Algumas meninas chegaram perto e fingi, com a cara que o Dean detesta, que eu estava em outro mundo. Estava pensando na paz. A grande realidade que confesso é o meu desejo árduo em deixar de lado este caos em que eu mesmo me jogo. Com a minha imaginação e com a minha timidez intrínseca ao meu caráter, eu me coloco no desejo do inacessível. Mas como na música do imenso Chico, o boêmio agora trabalha. Paguei as contas de casa hoje. Paguei a fatura do cartão de crédito. Acordo todos os dias antes das 6:00 e chego ao trabalho, no mínimo, 30 minutos antes do horário. Paguei a anfetamina. O que desejo frisar é que sou um homem bem responsável e honesto com os meus compromissos. Eu sei e arco com os meus compromissos. E eu sei o que eu quero. Mas alguém que queira e valha a pena o compromisso está mais difícil que pescar camarão numa quadra de tênis. Philip Morris diz que alguma hora dará certo. Os santos vão se bater. Estou de acordo com isso e disse ao Morris Desejo que não seja somente quando eu desencarnar. Nós rimos.
Devagar, no ritmo de Deus, estou conquistando o que desejei. Foi naquela noite em que encostei a cabeça no travesseiro em desespero e eu rezei e o sinal veio. Dali para frente, respondi a mensagem e entrei num restaurante famoso da cidade. Estou no apartamento que aluguel, é grande, arejado e confortável. Fica no centro, o que facilita muito a logística e as saídas. Comprei roupas novas e de qualidade. Estou orçando a bike, a quinta rainha da minha vida. Pago as minhas contas antes da data do vencimento. O trabalho me faz bem, porque eu faço bem e é dinâmico e sem burocracia. E eu penso, por que não vender essa imagem e deixar que os de fora me queimem com o seu veneno invejoso? Porque o que é de fora não me importa mais. E quem realmente vier para perto, saberá enxergar e reconhecer que conquistas que são simples para tantas pessoas, para mim são um desafio e um ganho enorme para uma vida que só cabe a mim como responsabilidade. E está sendo absolutamente maravilhosa de ser vivida, no ritmo de Deus. Que assim seja.
Posso falar com você?
Claro, é uma honra, Helena.
E ainda sabe o meu nome.
Você me disse aquela noite no HotWheels, lembra?
Certo. Vamos direto ao lance. Sei que você está a fim da Thais, e concordamos que vocês podem ficar se você me arrumar o seu amigo.
Só dizer qual.
Aquele que estava com você no HotWheels. O de boné.
Vou ligar para ele de vídeo agora. Você diz ou eu digo?
(Eles se falam em vídeo, as partes se ajustam)
Já que está tudo arranjado entre as partes, será que eu poderia ter um adiantamento? (Ele olha para a Thais que estava quieta até esse momento).
Você é louco, cara.
Enquete. O homem trabalhador que arca com as suas responsabilidades vale mais que o homem herdeiro que é imaturo e irresponsável. Mas 99% das mulheres bonitas não sabem disso.
Argumentos. E o homem herdeiro que trabalha? Isto, na minha opinião é uma utopia. Seria uma realidade distópica se ele soubesse as verdadeiras dificuldades da vida. É mais raro que ele seja maduro, que encontrar o 1% das mulheres bonitas que reconhece isto aqui descrito. Provavelmente nasceram na Europa.
A real é que o que eu tenho para te oferecer nunca te interessou. Você nunca deu atenção. Por exemplo, andar com um carro dormitório pela Europa toda, isso para mim é segurança. Agora para você, segurança é um cartão 💳 de crédito ilimitado, e isso eu não posso te dar. Então, é o nosso ponto final.
Ela já recebeu cantadas de caras que ela nunca mais precisaria trabalhar na vida. E ela não aceitou, não. “Aguarde! Ela ainda não está velha e acabada o suficiente!”
Acordamos os anjos com o calor dos nossos corpos colados, mas de fato, a casa está abafada. Levanto sorrateiro e abro a porta da sacada com a da lavanderia e o vento corre acalmando os meus pensamentos e soletrando a paz na nossa alma, a sua ainda desdobrada. Acendo o incenso na sala de visitas e na sala de jantar, seguro um graveto de palo santo queimando na mão direita e quando entro no quarto, a chama com a fumaça entornam e emulsam a cor do seu cabelo dourado. Você tem o cheiro melhor à das substâncias. Me lembro, na hora, quando vivemos na Irlanda lutando pelos campos por nossas vidas atrás de batatas. Você me disse, eu me lembro “não gosto de homens com a boca grande” “e nem de barba” eu retruquei na batalha A barba posso resolver A boca teremos que saber, empiricamente testando. Aqui estamos novamente, a chama ilumina você toda e eu me pergunto se é o vento, a cor ou o seu calor que me tornam assim sensível numa segunda feira em que tenho roupas para lavar. Largo tudo e te abraço. Um cão late na rua e não sei mais aonde vão as minhas mãos entre você e o mausoléu do meu sangue correndo, porque você é um território onde ando pela primeira vez.
Ando e olho as luzes das sacadas dos edifícios. Penso que cada luminária acesa é uma sinapse e que as pessoas de dentro são neurotransmissores. E penso em qual destes apartamentos está você, com os seus pés descalços no piso, apagando e acendendo os interruptores. Se a nossa cadeia de sentimentos for um prédio um dia, não desejo ser nem a cobertura e nem o térreo. Só rezo ser o frio do chão na sola dos seus pés para lhe dar alento no final do expediente. Saberia que estou perto, nem muito alto, nem tão baixo, mas só ao seus pés.
As pessoas não pensam no milagre que é ter nascido. Havia 4 milhões de probabilidades e te tocou a ti. As pessoas não pensam o porquê então com quem vão gastar o seu precioso tempo. Mas se você não pensar nisso, vá tranquilo, o mercado vai te enveredar e você gastará o seu tempo pagando contas e comprando coisas e se quedará um velho acabado. Porque você não compra com o dinheiro, você compra com o tempo que gasta para fazer o dinheiro, o tempo da sua vida. Dê mais valor as conversas e amizades verdadeiras, aos amores verdadeiros, porque os gregos sabiam contar o tempo como experiência adquirida e não como datas e meses e anos passando.
Na boa, estamos quites. Inflei o seu ego à lua, você se acha a rainha do universo no meu mundo. Em troca, você me deu vários textos que escrevi e adoro. C’est la vie, mon Chéri.
Às vezes eu sonho que você não colocará mais o queixo em meu ombro.
Sei que é um devaneio ingênuo e egoísta da minha parte, porque o seu queixo e o meu ombro foram feitos por Deus para exercer alguma outra função
Que não ligar os meus versos e você a mim.
Mas a sublime função de uma festa é a de te tirar a atenção neste papo cabeça, tronco e membros, e focar nos seus objetivos mais sublimes, tipo o estudo e a carreira.
Porque a sua liberdade foi feita por você e Deus para exercer a minha paciência.
O que me faz um corpo aguardando o velar da tua voz.
O que me faz desejar uma babá para o seu filho e uma veterinária para os seus dois gatos
Porque o seu queixo e o meu ombro foram feitos para exercermos o que convém em nosso livre arbítrio
Sem impor a atenção ao resto.
Quando puder, deixe-me te ouvir.
Vi uma fotógrafa imantada com sons voláteis
Sofro de sinestesia de sentidos
Quando falo próximo a você
E observo a sua boca molhar
Sinto que ela tem o gosto da pêra madura.
Você já sabe que eu fui na feira
E que no meu inconsciente você é tipo uma freira.
Então vamos ornar o nosso templo sentindo muito pelos que não sentem como nós.
Porque nos meus milhões de sentidos falta a tua permissão de ser como somos ao nosso lado.
O Cronos e a Afrodite.
Talvez eu erre o casal do mito, mas eu sei que são deuses, e perante os deuses, fica melhor soltetrarmos letra após letra a verdade de sentir que essa distância tem o gosto de quero mais.
A primeira cerveja desceu como uma flecha atirada no centro do dardo, e penso agora como há tantas pessoas em tantos meios nos dizendo o sentido das nossas vidas. Para mim, o sentido da vida é sentir com verdade. Se você gosta, diga que gosta. Se você está mal, diga que está mal. Independente da resposta, porque algumas perguntas são feitas mais para Deus que para as pessoas. Por isso eu não devo olhar muito nos olhos. Eu simplesmente escrevo, é o que sei fazer e quero alguém do meu lado que me permita essa liberdade. Mas se vale o conselho, diga a verdade sempre, porque senão o seu corpo vai falar e é o espírito mostrando quem manda. Por exemplo, a sua presença desceu como um dardo atirado na flecha, porque a ponta do que era eu sumiu no seu corpo. E agora sou o espírito liberto de jogos pedindo para te ver mais uma vez.
Você escreve só para mim ou para “todas”?
Os direcionados são para você, os outros vão para o “público”.
E se eu quiser somente os “direcionados” a mim na sua vida.
É uma cobrança injusta.
Por quê?
Porque apesar de eu disfarçar bem, eu me importo com o público.
Posso ter os meus na intimidade?
O quanto quiser, se estivermos falando de criação.
Você é muito besta né.
Mas com certeza sei que vale a pena. Você atravessa o oceano para ficar com o cara.
Quem disse que a gente ficou?
Qualé, você me julga muito baixo se ficar com esse papo furado.
Você não acredita na amizade entre homens e mulheres?
Nos que já se pegaram eu acredito. A não ser que estejamos falando de uma mulher feia com um homem bonito ou vise e versa. O que não é o caso.
Você perde muita oportunidade de conhecimento sendo assim.
Estou sendo verdadeiro. Aliás, quando você quiser ter uma experiência comigo…
Nem em mil vidas isso vai acontecer.
Na milésima primeira você vai perceber a perda de tempo que foram todas as outras sem mim.
Queria ter a sua autoestima.
E eu você.
Então é simples: não dê tempo para eu pensar em nenhuma outra.
E como eu vou fazer isso?
Toda mulher experiente sabe como fazer isso.
A gente não está falando de sexo oral, né?
Que fique nos autos que foi você quem tocou no assunto.
CAPÍTULO 8, Vem dançar Kuduro.
Estávamos novamente, eu e o Tom Sauer, no Fennegan’s, tomando umas brejas, ouvindo rock e tentando azarar as gatas. O Tom ao vivo, eu pelo zap e pelo Insta. O Sauer veio ao meu ouvido me incentivando a chegar na Bárbara, porque ela estava me olhando. Bárbara estava um pouco alta pelo salto, mas ainda assim, no meu entender, muito gostosa. De uma hora para outra, fiquei meio incomodado com aquilo, e feliz ao mesmo tempo, porque a banda e o Fennegan's entraram de colaboradores nas minhas fotos e isto só significa uma coisa: seguidoras. Fui até o balcão do bar e encontrei Bianca e a psicóloga que me esqueci do nome. Estava conversando com a Bianca, olho para o lado e vem James Dean. Eu o apresento, ele as cumprimenta, e ele sai. Tom Sauer o seguiu. Troquei mais algumas frases com a Bianca e fui atrás dos dois. Encontro a dupla na maior resenha séria do lado oposto do bar. Cheguei perto. Surgiu na roda um exemplar espetacular de mulher e cumprimentou James Dean. Ela ficou sem graça, se não o fizesse, e cumprimentou eu e o Tom também. Suellen. Suellen é nome de deusa de pub. Chamei Tom Sauer para dar uma volta e deixei o Dean no tablado predileto dele. Eu estava curioso em saber o que tinha acontecido, porque aquela leoa faminta caçou Dean e Dean estava em perigo. Fui curtir o rolê. Encontro Dean no fumódromo e já disparo Puta que pariu, que mina gostosa cara! E aí? Dean disse “aí nada. A mina perguntou porque eu não olhava nos olhos dela, eu falei, porque eu estou olhando para os seus peitos. E disse mais, que se a gente ficasse seria só aquela vez, que eu não ia ligar no outro dia, aí cara, eu puxei ela para perto de mim e ela falou “que isso?” É o meu pau duro!” “Estou louco para te comer, mas não posso.” E eu dava risadas. Depois na porta da saída azaramos umas cocotas. A psicóloga que esqueci o nome se despediu de mim. Dean disse “você é um cabaço! A mulher te dando mole, parece ser maior responsa e você esnoba, você caga para ela! O que te interessa é o caos!” E eu dava risada.
Essa é a história do demônio e do santo
Não fui eu quem contei. Está grifada nos autos das paixões ancestrais.
Primeiro, que se mostre e identifique nesta narrativa que o demônio, nas letras antigas, significou sempre como gênio.
O santo, tendo como premissa predileta que é querido por todos, nunca soube ler os seus sinais de quando deve avançar adiante.
Sem corromper ao sacrifício, te puxar para o corpo.
Mãos no rosto, toque na cintura, são lapsos de realidade abruptamente ultrapassadas, mas usuais, às vezes, aos anjos.
O mesmo velho medo bloqueando os sentidos e a sensibilidade, nos dois, para interpretar o momento exato em cruzar a linha da proximidade promíscua para a linha da realidade factual.
Bocas próximas, olhares nos olhares e bloqueio.
O santo poeta se deleita em ficar ao teu lado,
Elogiar o teu estilo gótico.moderno caído ao reinado,
Alguma princesa às avessas, quem sabe.
Só que em dezenas de vezes, na antiguidade remota da nossa memória coletiva, a história teve um final feliz.
O santo cuida.
O demônio zela.
Porque você se alimentou com a refeição que te ofereci, o que significa um avanço primoroso no entendimento
Que tanto faz, tanto fez,
We shall give it a try!
CAPÍTULO 9, Problemas.
James Dean, não quero problemas no Fennegan's está noite! O Sr. Vá com calma. Dean disse, debochando “Quais tipos de problemas?” Todos! E nós dávamos risadas.
Eles estão se beijando. Pausa.
Por que você está diferente?
Eu li o que você escreveu para o Ivan.
Sobre?
Sobre eu estar confundindo as coisas e você estar saindo com alguém. Por que não me disse?
Cara, não foi bem assim. O Ivan me disse umas coisas de você e vocês são amigos…
Meus amigos são os meus dois cachorros vira-latas e o meu cartão 🗃️ de crédito. De resto, eu desconfiaria no que ouvi.
Por que você tem que pensar tanto. A gente tá aqui junto, não tá bom?
O seu entendimento de “juntos” é diferente do meu.
Você não pode ser assim. E que lance é esse de amigo cartão de crédito. Que coisa horrorosa de falar.
Então, eu pago as minhas contas adiantado, diferente de muito cara, que pagou de rico para você e te pegou, não faz.
Eu vou embora.
Apaga as luzes e fecha a porta.
Uma vez você disse que procura nos homens que você sai algo que você não tem. Então deveria ver em mim caráter e virtude.
E como você pretende me esquecer?
Fácil. Olhando para dentro e criando. Algo do qual estou habituado.
Que reste declarado no início desta narrativa que eu sobrevivo e me alimento criativamente do caos. É sabido que sempre tratei o caos com cortesia, e quando você endorsa o problema em carinho, o problema se torna você. À medida que eu ganhei a Melissa por insistência, obviamente deixava esclarecido para o maior leigo que aquilo não iria vingar além de poucos dias. Mas nós fomos nos acostumando, as pessoas achavam bonito, entretanto, por dentro, eu e a Mel estavamos destroçados. O que eu quero dizer é que a Mel toma remédio para tudo um pouco. Eu também tomo e quem não toma? Entretanto, no meu caso isto de químicos está bem resolvido e na Mel ainda é uma montanha russa de humor desequilibrado e posicionamento de vítima. Mandei ela tomar no cu umas quinze vezes somente hoje e sairei de novo para beber. É claro que ela fica com outros nesses intervalos, mas quem sou eu para julgar, sendo que comecei a narrativa me expondo que cortejo o caos em mil cortesias. Na moral, estou de saco cheio destas nossas postagens em cafés, restaurantes, lugares bonitos com sorriso no rosto. Vou propor a Mel para a gente postar a nossa cara depois da transa, onde ela parece uma boneca de borracha e eu viro o corpo e a cara e durmo, ou saiu do quarto para assistir algum esporte na televisão. Na moral, eu farei isso hoje. Nos dá um like?
A consagração acontece em mim a cada momento que eu não penso em nada.
Fiz três pedidos. Alguém ao meu lado que me faça rir. Alguém ao meu lado que me torne leve. Alguém ao meu lado que me permita pensar menos.
Tudo que machuca foi deixado para trás e podemos agora abraçar o novo futuro que enlaça a nossa alma.
Dois.
Estávamos novamente no Fennegan's e o Dean chegou no meu ouvido “Meu garoto, olha para esse cara aí, que babaca de primeira!” Por que, Dean? “Porque amizade entre homem e mulher não existe! A não ser que o cara é viado!” E nós dois dávamos risadas.
Chegamos no HotWheels e pegamos duas brejas geladas e brindamos como de costume. Dean me falou “Antes eu entrava com cem fichas, cara. Agora, entro com zero. À medida que ela me for dando retorno, vou colocando fichas.” Eu disse Concordo em gênero, número e grau.
E por que você vai cortar a mina de tudo? Continua com a amizade!
Eu não vou idealizar um sentimento a distância, cara. Não de novo. Já sofri o suficiente com isso. Aprendi a lição. E eu deixaria de enxergar outras minas interessadas em mim, então é o que tenho que fazer.
Talvez você não tenha sofrido tanto quanto ela sofreu, pensou nisso.
Adoraria ouvir a conversa e a história da boca dela.
Provavelmente vocês não aguentariam, não neste momento.
Vemos a lua e a penumbra das folhas de dois coqueiros. A câmera desce em movimento lento até uma corredeira de água límpida e dourada. O foco vai para um casal sobre uma pedra. A mulher diz.
Vamos morar aqui?
Do quê você está fugindo?
Eu sinto uma paz abençoada neste lugar.
Do quê você está fugindo, Amanda?
Como assim?
Porque eu já fugi por muitos anos e quando percebi que não era o lugar e sim eu, aquietei o meu coração aventureiro e parei.
E foi para aonde?
Onde estou hoje. Um apartamento que adoro, um emprego que faço bem e ao seu lado.
Então, diz que nós voltamos.
Sim. A toda hora. A cada segundo que respiro. Você está no átomo deste meu sossego.
Eu acredito.
Café Alto da Canastra, quente de manhã, o cheiro e a memória da fazenda Olhos D’Água, o cantar dos pássaros nos acordando, o canto do galo, os pães de queijo assando no forno, o bolo de fubá molhado, o doce de leite com queijo fresco, são estas especiarias mineiras, a mansidão e a quietude mineiras na fala e nas atitudes
As cores diluindo a energia no horizonte da vista
Como o paieiro que amortece os meus sentidos
Enquanto sinto que Você é a mais disposta em vir comigo
Lendo a sua mensagem no Instagram agora cedo
Lugares que considero te levar um dia
É louco isso de bucólico e tecnologia
Porque desejo que permaneça assim:
O extraordinário do cheiro e do gosto e do memorável de tudo que vivi na natureza
Com o tech das grandes metrópoles que cruzei nos continentes desenvolvidos
Até agora
Mas seja o nosso depois ao futuro
De volta
Com o simples acordar do toque ao teu lado
O prazer pela simplicidade do beijo verdadeiro num amanhecer de quarta feira
O trabalho ao qual sinto-me responsável
O apartamento ao qual sinto-me estável
E a irresponsável certeza que me perco no gosto do desenho na sua pele.
Você concorda e aceita esta dita?
Nada faz você perceber melhor quem realmente importa e quais são as prioridades de uma vida do que ficar doente. Só quero me fazer entender que de modo algum essa é uma narrativa de apologia a doença. A maioria das pessoas, com razão, têm receio e pavor da doença. Mas para quem ficou internado e convalesceu, adoecer foi um presente de Deus. Adoecer é um paliativo para nós separarmos o joio do trigo. Nenhum pai e mãe quer ver um filho doente, isso é uma lei. Tenho atendido muitos idosos e reparado que é nesta idade da evolução que se ebulem ou apagam os verdadeiros amores. O dia anterior, passei a tarde e a noite na UPA da Cillos. Fui fazer o teste do COVID e deu negativo. Venho percebendo há um tempo que sou um espírito que aure do ambiente a energia do que preciso. E ficar emocionalmente equilibrado num ambulatório me fez demasiado bem. Porque geralmente o hospital é onde se nasce e onde se morre “e assim chegar e partir são só dóis lados da mesma viagem” e é bastante energia sentir ali. Somos privilegiados vivendo em um país que tem o SUS, e entendo isso agora como uma não ironia “para quem não tem o Einstein, agradeço ao SUS”. Tomei uma injeção de corticoide, suei na cama, e como você pode perceber, estou melhor e insone. E lembre-se sempre disso: adoecer e convalescer, ter que permanecer constantemente se tratando, é uma dádiva divina. Separa o joio do trigo. Numa encarnação de provas e expiações, onde invariavelmente, hora ou outra, você e quem você ama irá passar por isso, é bom ter o amparo de valores e de virtudes essenciais de prioridades e simplicidade, nesta hora da provação. Grato ao Dr. Lucas e a equipe de enfermagem que me atendeu e acolheu a tarde passada. Grato ao Brasil por manter, meio aos empurrões, é certo, mas temos o SUS. Um dia todos terão um Einstein. Que assim seja.
Você tem que aprender a rir no caos, brother.
Do quê você está falando?
Que eu já demonstrei a todas as mulheres deste lugar o que me interessa e o que não me interessa, e eu sei o que eu quero!
Então chama ela para cá, Poh.
Mano, quer uma frase de escritor: é uma premunição demoníaca dar o primeiro beijo numa mulher num fumódromo. Depois se o negócio vingar, vocês vão se lembrar disso para o resto da vida!
(Ele ri)
E um fumódromo de paredes pretas, ainda por cima. Está vendo: aprender a rir no caos. Agora se vocês não estão a fim que vingue, voltamos no terceiro parágrafo. Eu não estou interessado, okay!
Então você não está interessado em 95% do rolê?
E eu tenho certeza que as outras 5% vieram bem acompanhadas. Por isso, causei confusão com a minha gerente preferida no universo… e é melhor eu ir embora.
Não sei se vai dar certo, mas a primeira intenção sempre tem que ser algo bom.
E por que você acha que isso importa?
É só o que importa, BB. O resto é papel e encenação para os outros.
Me contaram certa vez que as obras de arte, Ellen,
E isso foi há um tempo, na sala da Federal, quando ainda não existia para mim as suas costas e o seu cabelo
E olhei pela janela da sala de aula e vi no reflexo do lago uma árvore com tronco entrelaçados desenhada no fio d’água
Ondulado no vento e na superfície
A água atingia um desenho impressionista e me tocava o corpo que pude me sentir molhar na cadeira
Pela luz
Pois por eventos físicos é que se traçam as memórias emotivas.
Obviamente, me dirijo aos verdadeiros artistas, daqueles que morrem famintos nas calçadas
Cujas obras têm aura.
Se você for a Barcelona você vai entender.
Você faz alguém talentoso passar a penúria, o frio e a fome
E depois de anos se alimenta da energia que sente ao deparar-se com a obra.
Uma Sagrada Família poderia alimentar um batalhão, para quem sabe sentir o efeito da luz.
Eu olho o seu penteado e ele tem traços expressionistas, Ellen
Deveria estar diferente agora o que eu sinto pelo todo
Mas desta vez é bom compreender que você é totalmente livre
Absolutamente simpática a quem chega
Vive em camadas claro obscuro
E que tem uma resposta a minha conversa que dá gosto de quero mais.
Eu não sei o que você tem a ver com tanta viagem que já fiz
Mas você é o melhor caminho de uma tarde de domingo
Mesmo fazendo eu compreender que tenho que aguardar o tempo que a nossa energia conecte-se e se torne tão simples e complexa como os caracois das suas mechas nesta fotografia.
Para que a dádiva de ter te conhecido se transforme em aura para uma plateia eruditamente caótica.
Isto pode levar anos ou segundos.
…
Era uma vez, num reino encantado:
O que estou dizendo é que vocês parem de substituir uma pessoa por outra, feito adolescentes, por confrontar e friccionar sentimentos por outros.
“Explica melhor.”
Na minha humilde opinião, em relacionamento, o que faz valer a pena é a intimidade. Aquilo que reina de íntimo entre duas pessoas ser manejado com o compromisso de alguma continuidade. Isto é sentir e entrega. Abrir mão de pejorativas anteriormente formadas para aceitar e sugerir opiniões. Estarem de mentes e corações abertos para sentir parecido naquilo que sentiram com outro alguém que realmente gostaram, e vivenciar que a mudança agregou valor à memória afetiva anteriores e ao presente agora vivido com mais maturidade.
“Todo mundo só quer transar.”
De certa maneira é evolução, também. Mas continuo acreditando, mesmo tendo quebrado a cara algumas vezes, que a conexão e a intimidade são fundamentais para sentir o que, na minha opinião, é realmente evoluir com alguém próximo. Intimidade é absurdamente mais amplo que o sexo.
“Sentimento tá em falta, né?”
Sentimento é trabalho. Vocês tem que aprender a ser do bem, e os exemplos do bem ser bem sucedido, no planeta, são poucos e raríssimos. Tenho convicção que o bem ganha em algumas frentes, mas perde no quesito relacionamento. Porque o bem não exige. O bem aguarda pacientemente ser aceito e querido.
“Você cobra fidelidade?”
Fidelidade não é cobrança quando você sente que está conectado e não existe razão alguma para fazer outra pessoa se sentir ruim e mal.
“Você se enjoa fácil da pessoa, não é?”
Não quando é desafiante e também complexo a cada santo dia. Por isso me atrai a mulher que enfrentou de tudo um pouco na vida, e que bravamente continua sendo sentimental e romântica.
“Vamos mudar de assunto?”
Por mim tudo bem.
“Vou num barzinho aconchegante agora à noite, você quer ir?”
Nos vemos lá!
Você foi orgulhosa.
“Eu pensei que você fosse igual a todos os outros caras que vem de conversa mole no Instagram…”
Fiz o possível e absolutamente o impossível para você entender o contrário. Mas o sentimento que eu te ofereci nunca te interessou. Você gosta de outras coisas!
“Tipo?”
Tipo que a minha primeira frase no Insta é que a minha profissão é garçom. Você odeia a ideia! Mas eu tenho vida muito melhor e honrada que centenas de playboys que você venera! Tipo que você fica andando com um monte de menina linda para se exibir, mas na hora de ter com quem contar, você não tem ninguém em quem confiar! A sua vida é um lixo! E você também é!
Estávamos, uma outra noite, eu e Dean no Fennegan's bebendo até a nossa verdadeira alma se expor para fora. Dean me notou chateado, com o pé apoiado na parede e fumando, e me questionou o que se passava:
Sabe, cara, eu sei o que eu quero e é um enorme dilema filosófico para a mente a gente saber o que realmente quer…
Por que, irmão?
Porque o que eu quero não está aqui. A não ser que eu a tire daqui. E vai ter que entrar de corpo e alma 100%, entendeu.
Dean bateu no meu peito e disse:
Eu sei que você não está se referindo ao lugar, está se referindo a vocês dois. Eu não consigo, mas você consegue!
Você veio fragmentada, como as peças de um quebra cabeças na superfície da mesa da sala de jantar, e, à medida que o sol foi nascendo no horizonte chuvoso, os raios das primeiras luzes e cores montaram o seu rosto no meu sonho. Não posso esconder que acordei assustado, pois não é hábito ao meu descanso, colocar peça por peça num coração ainda dormente, a boca num pescoço tão cheiroso. De fato, os sonhos têm sentidos que só as crianças, os sobrinhos e os netos, acordando de manhã numa energia audaz, conseguem enxergar a figura antes dela pronta. Assim eu te vi e te vejo: um lapso, um lampejo de um inconsciente que clamou por teu nome há tempos. Assim eu te monto a cada mensagem trocada na realidade mais paralela do nosso tempo e passo a vez para te desejar bom dia. São factíveis a natureza de que te quero, como a gota que caí do teto no meu copo.
O que me faz supor que ela se comporta diferente quando você está presente. Aquela felicidade responsável. E isso causa ciúmes, em quem está com ela, e na geral. As emoções dela mudam, os olhares para você são com certa ternura, ainda que imantado pelo desejo, ela passa as mãos nos cabelos, ela tem aquele certo descuido de se mostrar vulnerável, mesmo não querendo baixar a guarda, entendeu? Você é foda, cara! Porque os outros chegam, xavecam, beijam, e eu não estou entendendo o porquê, ainda assim, com o contato físico, esses tolos não conseguem metade do que estou presenciando que você, com o seu jeito pacato e modesto e distante, tá conseguindo fazer aqui e agora. O marketing ensina este processo, você mexe devagar com a emoção dela. E isso fixa, fideliza. Se ela se lembrar, na hora em que está introspectiva, quem causou (?) Com quem gostaria de estar agora (?) A probabilidade que a sua imagem venha na mente e no sentimento dela é enorme. Aproveita a energia boa a seu favor e chega junto! Você não tem nada a perder!
Qual foi o brinquedo que você mais gostou na infância?
É tão bobo. Ela diz. Acho que foi um sapinho que eu colocava a minha mão dentro e ele mexia a boca como um ventríloquo. Meu pai ganhou na barraca de tiro em um parque de diversões.
O seu pai sabe atirar. Informações importantes (rs).
_ eles dão uma pausa _
Eu acho que estamos vivendo dentro de um trem fantasma.
Como assim? Ela indaga.
Lembra que o carrinho do trem ia andando nos trilhos por salas escuras, e monstros, fantasmas e caveiras apareciam dos lados e do teto?
Sim. Mas não entendi onde você quer chegar.
A nossa memória e a nossa cabeça são o trem e, se pensamos demais, só aparecem essas sombras para atrapalhar.
Você me considera uma sombra?
De modo algum. Você é a luz que aparecia com o sol no fim do brinquedo.
Que lindo!
_ uma outra pausa _
Você acha chato se eu lhe disser que tive outros namorados e que nem sempre foi legal assim?
Não acho, não. São as partes do mosaico da sua vida e que te trouxe até aqui com a pureza de me ouvir contar anedotas.
Você sabe quanto tempo leva para uma mulher dizer eu te amo para um homem?
Não.
O tempo de quantos gozos ela teve numa noite.
_ pausa longa _
Quando foi a primeira vez que você me disse mesmo? (rs)
Quando a gente sonhava um com o outro a distância. Estava escuro. Você nem me ouviu, não é?
Eu estava nas trevas. Mas tinha um zumbido sim. O da tua mão sobre a minha no meu corpo.
Pois é. Foi ali que eu te disse.
Percebi a luz quando fechei os olhos.
Então vem!
Perdão, foi no calor da emoção.
Corta essa, porque eu posso pensar um bocado de coisas do que você fez agora. Que você não ligou a mínima de a gente ter se beijado agora a pouco. Mas na verdade você não liga a mínima para você mesma. Você nem sabe quem você é.
Cara, isso é normal. Leva as coisas menos a sério.
Pois é, se você quer ser tratada como objeto, como coisa, é normal. Mas eu não trato. E não gosto que me tratem assim.
Eu não sabia que tinha ficado com um homem tão maduro.
Bom que notou. Sinal que tem um pouco de empatia na sua cabeça oca.
Você vai anotar o meu whatsapp?
É óbvio.
Poderia tirar uma foto da sua tatuagem?
“A âncora ⚓ no braço?”
O trevo 🍀 no tornozelo.
“Você é observador.”
Pode acreditar que sim.
De modo inciso desejo que pudéssemos conversar
Alinhar alguns pontos que se tornaram desentendimento
Estou com uma vontade enorme de chorar
Mas vou sufocar as minhas lágrimas e abraçar Deus
Tive várias vezes com o gatilho no dedo
Mas sufoquei a emoção e abracei Deus
Sufocarei as palavras que não nos permitimos nos dizer
Por essa retórica introspectiva
Subornando a minha vontade pelo silêncio
Da escrita.
Só desejo uma conversa que eu tenha um par
Para que eu possa formar em mim aquilo que deve ser empatia
Sem qualquer chantagem emocional e tampouco a manipulação
Eu queria você ao meu lado agora
É só.
Você tem o Instagram de influencer!
“E o seu? De quê é?”
Artista. Palhaço também é artista 🎨.
“Vamos lá, eu sei que você me curte. E como fica isso?”
A gente pode conviver… com essa peculiaridade constrangedora.
“Ou?”
Ou ir pra casa!
Uma ducha é desligada e as poucas gotas que caem são como pontadas de uma máquina de costura tocando o azulejo molhado. Estamos num banheiro claro e, visto do espelho, o pé direito dEla pousando no carpete é como o do próximo passo de uma bailarina no tablado. Ela se observa pelas costas dele e tira alguma aderência úmida das sobrancelhas, esbarra de leve, mas ainda quente, no dorso e ombro do seu homem para retirar um estojo de maquiagem da gaveta do armário. Molha a ponta do indicador levemente na água sorvendo da torneira e toca-o na folha do vaso de uma suculenta. Caminha até o quarto com a toalha cobrindo o corpo. Um gato rajado se aninha nas pernas dEla. Ela se inclina para afastar o intruso. Não demora para se vestir, enquanto ele a observa pelo entre vão das portas passando a loção pós barba, no rosto e no peito. Ela escolheu as roupas de baixo amarelo e preta, uma calça social, uma camisa, um blazer vermelho. Ela volta ao banheiro e se aproxima. Tem o melhor cheiro de uma manhã de página em branco, sendo escrita numa máquina de escrever de museu. Se maquia no tempo linear de uma vela que queima, olhando o espelho por sobre o ombro dele, enquanto ele coloca uma calça jeans e um cinto preto, em frente a Ela. É uma disputa de quem resiste ou quem sai primeiro. Ela ganhou. A vemos sentada numa cadeira de balanço pendurada ao teto acendendo e tragando o cigarro mais aguardado do fumante: o primeiro do dia com o café quente. O homem caminha do quarto à sala com a mochila nas costas. Eles se olham, se lançam no ar um olhar e um beijo como o tecido costurado pelas gotas da água de suas bocas no ar e a nossa cena se encerra. O dia aguarda o trabalho e prontos como uma flecha para o merecido reencontro vespertino.
Hoje atendi uma cliente especial no meu modo de enxergar. Ela estava inteiramente elegante, acompanhada de mais três mulheres tão elegantes quanto, entrou e veio simpática na minha direção e me cumprimentou com um beijo no rosto. Esta é a introdução ao que desejo relatar. Minha meta é ser autônomo ou empresário, sendo lícito, que pertenço a raça da maioria dos mortais, aos quais Deus deu a cruz do trabalho para arcar com os nossos famosos boletos e um tanto de entretenimento. Tirando raras exceções, as pessoas com quem convivo têm horários flexíveis. Não sei se fizeram por merecer, mas têm. Fato este é que quero ter os dias para acordar sem despertador, quero ter os dias em que posso almoçar com alguém até tarde e que independe de ser numa folga, entendeu? Eu considero nobre a vida digna que tenho, poucas destas pessoas conseguiriam o mesmo em tão pouco tempo de “reabilitação social”. Brilhante seria conseguir isto com a escrita e com as fotografias. Mas, em retórica e portando-me com respeito à cliente do beijo, estava polindo talheres e falei para a Jamis que chegou do meu lado: Valeu o meu dia! Jamis sarcástica disse: “Ela é feia.” Eu, denegrindo a minha imagem como de costume, falei: Feio sou eu de sunga fluorescente na praia. A mina é linda! (e assim acaba o meu desabafo).
Façamos a seguinte suposição, nobre amigo. Um homem é demasiadamente afortunado, ele tem domicílio e é residente num condomínio de luxo paradisíaco em uma praia. O homem não é feio e as joias, as roupas de grife, os carros o tornam o centro das atenções junto de pares como ele que residem no mesmo local. Entretanto esse homem tem um sonho, como excelente sonhador. Ele abandona esse refúgio de proteção e status de tempos em tempos, aluga um carro popular, escolhe um emprego de prestador de serviço em cidades ao redor do país tentando conhecer amizades verdadeiras e um grande amor, um amor para a vida toda. Agora suponhamos, nobre amigo, que quando nos referimos a esse condomínio paradisíaco, estaremos nos referindo a uma colônia espiritual ou até mesmo a uma nave dessas que sabemos que existem no universo. Esse novo homem, quando dorme, retorna em desdobramento a esse lugar onde o seu espírito liberto tem a sua total capacidade intelectual e virtudes libertas da matéria. Lá ele tem amigos com a mesma capacidade e mulheres que o amam pelo que ele é por completo. E ele retorna ao corpo quando acorda como outro simples mortal sem as capacidades da erraticidade. Mas ele sonha, como um bom sonhador, em encontrar o amor verdadeiro no reino e na vila material e planetária e apresentar para essa vivente em nuvens de ilusões, imagens e status o seu mundo espiritual onde ele reina absoluto. Você compreende, nobre amigo, a dualidade que esses homens vivem todo santo dia?
Quem se adapta tem melhor possibilidade de sobrevivência. Ouvi que o senado está votando o fim da escala 6x1. Minha opinião, se eu não for demitido, óbvio, é bom e justo se aprovado. A regularidade para uma parte dos brasileiros que tentarei expor é trabalhar 40 horas semanais em escala 5x2. Não parei para entender as minhas horas, mas na atualidade folgo toda segunda-feira e tenho um domingo por mês de descanso. Alguma sugestão em meus ouvidos me faz entender, descartando as infindáveis horas extras dos executivos de multinacionais, que quanto mais se estuda, menos se trabalha. Estou errado nesta suposição? Porque se eu estiver, por gentileza, me corrija. Pode ser que o certo seja colocar: quanto mais responsabilidade você gerencia, menos você “pega no pesado”. Tenho que falar de mim então. Caso você queira abrir o meu currículo Lattes, você vai encontrar centenas de especializações em dezenas de Universidades pelo mundo, porque na pandemia os cursos estavam abertos. Eu estou no lugar errado? Acho que não. Me adaptei à uma profissão que não envolve burocracia e que executo bem. Gostaria de descansar 2 dias como os “bem formados”? Obviamente que sim. E tento encaminhar a minha vida profissional para tal. É errado pensar, na ala “peão” ♟️ , que quanto mais trabalho, mais ganho. Isso só é certo se pensado em como um dia ser o dono ou o autônomo. No âmbito da adaptação, a falta de estudos neste país, promove uma base de pirâmide que está sujeita ao tempo que favorece aos outros e não a si mesmo. No interior da Itália os comércios e restaurantes fecham 4 horas para o almoço. É errado? Para a sociedade que convive e está acostumada, não. Então retorno ao que eu disse: quem se adapta tem melhor possibilidade de sobrevivência. Vale para os empresários e vale para os funcionários.
Oi, tudo bem? Você corre, que legal? De qual equipe você participa?
“Você está me seguindo? Não vai funcionar, porque eu estou num nível avançado.”
Me tornaria recordista dos 100 metros rasos para chegar ao seu lado.
(rs) “Aposto que se você me conhecer, você desiste nos 10 primeiros metros. A minha vida está uma confusão só.”
Eu adoro o caos. E suado melhora ainda mais.
“Você guarda um segredo?”
Claro. Do quê estamos falando?
“A minha ex-mulher é a personal da equipe.”
Mais que cisma hein.
“E o quê eu faço?”
Corre. Lola, corre.
Sinta-se à vontade e em casa. Só um momento, tenho que acender a luz do celular que essa porra de sensor desta escada não está funcionando.
“Parece filme de suspense.’
Pois é.
…
Você quer uma água? Um chá? Um café da fazenda?
“Não. Acho que tou bem. Como assim, ela diz olhando a cozinha. Você não tem nem geladeira e nem fogão?”
Ainda não. Trabalho em um restaurante, lembra? Almoço no trampo e trago marmita para o café janta.
“Meu Deus!”
Além do mais, eu me alimento da energia do apê e das plantas. (Ela ri).
…
“Tá, deixa eu te dizer uma coisa. Eu já fiquei com homens e foi horrível sempre.”
Eu nunca fiquei com homens, então nunca foi horrível.
“Não é brincadeira.”
Certo. O que eu posso te garantir é que o meu lado direito do cérebro, é esse o da emoção, não é? É substancialmente desenvolvido.
“E o que mais?”
Que a grande maioria, e foram poucas, das mulheres que fiquei eram do tipo não me toque não me rele, e aprendi dar uma certa atenção ao tempo, às carícias, ao silêncio e aos detalhes.
“E vai tentar me seduzir como?”
Treino é treino, jogo é jogo!
“Você tem sorte que estou feliz que o meu time venceu hoje.”
E eu não quero nem saber se o gol foi com as mãos ou com a cabeça.
(Risos) “Cala a boca vai. E vem aqui.”
O vento passando pelo seu rosto pela manhã
Remete-se a cada fragmento da memória
E ao promontório onde nós concedemos
Ao primeiro lábio das nossas vidas.
Você nem tem trinta e me revela o sonho de viver na gringa
Não penso um segundo e digo: vamos planejar!
O vento fragmenta os nossos medos
Voltamos a dormir lado a lado
A primeira vida dos nossos lábios
E eu rezo em silêncio que veneno nenhum te faça perecer, rainha
Nós vamos onde você quiser
Porque o nosso promontório é a nossa veia com o mesmo santo nome:
Souza.
Não sou o melhor, nem pretendo sê-lo. Quero pertencer à equipe e contribuir para que os restaurantes em que trabalho sejam bem comentados. Mas, retomando, eu não sou o melhor porque eu não sou garçom, eu estou garçom. Eu sou filósofo, poeta e fotógrafo. O melhor professor que tive na UFSCar disse-me uma vez: “Eu ensino filosofia, e não à filosofar”.
É tal intrínseca parte da sabedoria que fere um pouco a ignorância, e a ignorância se defende como aprendeu, no lar, nas ruas e nas cidades baixas. Saber pensar com argumentos sólidos, saber escrever com precisão de sentimentos, saber fotografar com enquadramento são dons! E dom não se adquire tão cedo e sim nas tantas vidas que eu vivi até essa ambígua de sentidos de agora.
O entendimento raso e limitado da maioria dos terráqueos faz com que quem não tem o dom, tenha o dinheiro, e daí vem a admiração e o respeito da ignorância pelos mesmos espúrios celebridades.
Entretanto é sábado, vamos ao ponto, estou bem afim de ter um Porsche ou algo veloz semelhante. Então, sendo que a minha conta de Facebook e Instagram estão monetizadas, a prece do momento é que a gata entenda de editoração e algo do gênero tráfego pago, e perceba que se eu viralizar em um conteúdo, um único, rainha, todos os outros explodem em uma cadeia de eventos. Daí nós viajamos pelo planeta, alugando os melhores carros que existirem, ou a pé, ou de trem, voando, de bike, aliás, coisa que já fiz bem feito e a ignorância não admite com bom olhos, mas admite o dinheiro no bolso. E nós vamos ter, meu amor.
Porque o Bem resolveu se mostrar. O bem prova todo o dia que é responsável no que tange às contas, que tem roupas novas e consegue sair quantos dias quiser sem pedir um centavo à qualquer que seja. Deu pra calar um bocado a plateia, não foi?
Você lapida o sentimento
Não ao ponto de não deixar ninguém entrar.
Você se torna seletivo
Não ao ponto de não deixar ninguém entrar.
(Essa é a regra).
Nós terminamos na gringa, mas nós começamos aqui mesmo.
Deus não te nega nunca aquilo que você mais precisa.
Entretanto, preste atenção, vá com cautela. Não corte o seu pulso esquerdo com a nicotina.
O que os seus amigos sabem fazer é te por para baixo quando você está próximo ao que você mais precisa. Preste atenção nisso.
Você conhece ela por fora, não por dentro. Deus te dará a oportunidade de gostar da estética e do interior. Não se perca! Tenha paciência e sabedoria.
Ela nunca ficará de verdade com alguém que está na profissão de garçom. Pode ficar por diversão, mas nunca ficará de verdade. Aprenda!
“Está andando com as pessoas erradas, meu jovem”.
A pessoa certa está entre as pessoas erradas. Ela só não sabe disso ainda.
Caminhando ao lado dos canais de Amsterdam, cheguei ao barco do sábio guru e disse: Tá chegando o momento crucial da minha vida, mano, que eu vou cagar pro mundo
E eu quero estar preparado
Porque será bonito quem assistir eu e ela de mãos dadas e com o dinheiro no bolso
O mestre me respondeu: “Você merece tudo do melhor”.
E eu fumei embaixo d’água por uns 5.000 metros, mais ou menos, a profundidade do tesouro que vos será revelado.
Traz um copo pra ele, moça.
Eu não bebo, grato.
Eu não deveria beber, eu tomo uns remédios que o meu pai me prescreveu por debaixo dos panos…
É, você não deveria.
Você é sempre assim?
Só quando estou intimidado.
O que a sua ex fez que te deixou marrento?
Não é a minha ex. Ela só se assustou com o meu histórico.
E qual o seu histórico?
Fuga por excesso de inteligência.
Ela não gostou da fuga ou da inteligência?
Acho que da inteligência. Ela curte outras coisas.
Tipo?
Você sabe. Use a sua.
Num beco escuro
Numa praça vazia
Você sabe que eu ficarei com você. Porque lá não há ninguém nos vendo, não existem os olhos da sociedade julgando o que eu quero no meu íntimo.
Essa é uma guerra de um soldado só
Será vencida sozinha e comemorada numa mesa para dois, num lugar muito distante de tudo e de todos, que se chama consciência de felicidade plena.
O perfume amadeirado toma conta da sala e ela é dignamente elegante em seu vestido longo.
Eles cagaram para mim! Sabe o que eu ia ganhar? O leito e uma maca com eles dizendo: “você vai sair dessa”.
E não foi assim com os seus irmãos?
Não e não, claro que não foi!
E como você vai resolver isso com você mesmo?
Estou resolvendo. Atualmente levo uma vida independente. Eu tou cagando pra eles! Não tenho obrigação alguma para com eles.
Você sabe que não é verdade… isso com você…
Mas será!
Hoje atendi um amigo no Gourmet. Não nos víamos há anos, mas assim são as coisas. Um abraço emocionado e verdadeiro resolve as contas como quando saímos pescar traíra no meio do braquiára alto. Eu peguei uma filhote, olhei para o peixe e disse: “pequena, mas voraz! Chama a sua mãe!” E eu nunca esquecerei a sua risada depois disso. Fazer churrasco no campo, jogar truco de madrugada, viajar deitado na caçamba da Ranger uns 400 km, almoçar arroz com dois “zóio” frito, contar estórias de terror esperando as estrelas cadentes cruzarem o céu, zoar as nossas meninas (rs) e sumir de manhã de ressaca com o cachorro Elvis, que foi um dos meus melhores confidentes e sumiu, depois desse efeito, por três dias… é o que vale, não é, irmão? Abraço! Volte sempre!
O que quer que façam
Ou aquilo que ocorre
O fato de você continuar sendo uma pessoa de bem
Te faz melhor que muitos.
A gringa respeita o seu trabalho, seja ele qual for, porque o que importa são o caráter e as virtudes de quem você escolhe compartilhar uma experiência nesta Terra.
A sociedade de primeiro mundo tem a mente aberta e não faz uma leitura de outro ser humano pela primeira palavra pejorativa que escuta de terceiros.
Isto não altera o fato de que a atração física é involuntária. Não escolhemos por quem nos sentimos atraídos, porém é possível tomarmos uma decisão racional do que fazemos a partir deste ponto.
Porque é bem fácil perceber quem são os pares mercenários do terceiro mundo e levar uma vida só até encontrar o que vale a pena separar como companhia extraindo do limbo a verdade.
Está é a regra do meu clube da luta.
Eles estão atrás da bancada do buffet. O restaurante vai abrir em alguns minutos, não há muito tempo.
Tenho uma pergunta para você Íris.
Pode falar.
Você acha que eu posso estar equivocado em pensar que ela não está mais comigo pelo motivo da categoria do meu trabalho e sim porque ela tem medo de se apaixonar por alguém tão enigmático e com o self, o conhecimento interior, tão inatingível para outrem?
Hum, acho que pode ser sim, hein.
Estou feliz.
Estou feliz por você estar feliz.
Na minha melhor e humilde concepção de crítico literário, algo que estou longe de ser, a maior ilusão de conto de fadas criada é “cinquenta tons de cinza”. Se apaixonar por um sadista bilionário que bate em você é bem mais fácil à se apaixonar por um pobre que chega bêbado em casa e te mete a mão na cara. Depois o romântico incurável e iludido é esse que vos escreve, né não?
Ontem trabalhei no Bar do Adrianinho.
Foi sensacional! Mas estava tão cansado que faltaram as fotos e os vídeos. Enfim, haverá a próxima!
Vida longa, Adriano!
Deus nos ensinou ter perseverança e paciência, regra para prosperar de modo correto e contínuo em tudo nessa vida!
Assim será, que assim seja!
O que mais gosto nela?
É que ela me deixa sozinho
Não bastasse, ela faz sentir-me sozinho
Quando ela está por perto, sabe?
Quando conto quantas hastes há na grade
Quantas nuvens passam pelo céu
Quais os tons do branco encardido da parede
Com o medo de estar equivocado no que irei dizer ou como gostaria de tocá-la
Sem saber do que gosto
Ou se ainda vivo
Como quando prestes a cruzar uma rua, imagino um carro vindo para cima de mim
Ela senta-se na cadeira de repouso, ao lado da rede
E me deixa absorto nessa solidão genuína
De uma ansiedade alienante
Sem me interromper com um olhar, um beijo ou um pico
Porque sei que ela estará ali quando eu voltar
E nós iremos nos entender no modo que estabelecemos à nós dois como amor
Porque a solidão foi o que mais me deu força
Nesta vida passageira em que sou o aprendiz do desprezo
O que mais me deu escrita nesta estrada
E ela percebeu isso com o respeito da distância
A distância equilibrada da nossa posição hierárquica na plêiade espiritual.
Entendeu? Nenhum de nós dois necessitamos sair de casa para aliviar a mente, porque existe esse respeito pelo som que não se propaga no vácuo da nossa única introspecção.
(A espera pela volta é um prato que se come eximiamente temperado).
O relato de hoje, no restaurante, vai para um amigo de infância. É a segunda vez que o atendo e, na primeira oportunidade, conheci a família dele também, a sua mulher e os três filhos. Que hecatombe de sucessões afetivas na minha memória, porque nos conhecemos com a idade do menino mais velho dele, pode ser que assim seja, não tenho certeza. BBB (e não é o programa estupido de TV) se tornou um empresário bem sucedido, estes dias estava num programa conhecido, entre outros empresários, palestrando sobre as conquistas e a vida, estas coisas. E com o sucesso vêm os ataques, contudo ele se defendeu bem do último que se tornou público. Fico muito feliz que ele se refere a mim como o cara mais inteligente do colégio. A gente se divertiu um bocado, cara, e me encontro saudoso de momentos daquele tempo de ensino. Depois nos distanciamos por anos, nada que a boa educação não recupera em minutos. Vida longa BBB, sucesso e voltem sempre!
É o que eu estou te dizendo, não tenho mais a responsabilidade e me desvencilhei do peso massacrante de ser apontado como o motivo de um orçamento doméstico e de uma administração pífia de finanças pessoais fracassar.
Sem dúvidas! Estou muito feliz por você!
Então, quer começar a natação comigo? Acho que o meu amigo não vai.
Será?
Mal não fará.
Quanto?
180 por mês, duas vezes por semana.
E está no nosso orçamento?
Muito. E até sobra.
Eu sei nadar bem. Só não sei se te acompanho.
A gente tenta. Quanto mais a gente praticar, melhor chegamos juntos!
Tá. Manda mensagem pro professor aí. É para começar sexta?
Sextou debaixo d’água!
Vou te dizer o que ser laranja causa: primeiro, a felicidade. Segundo: a expectativa e terceiro, a frustração.
Como assim.
A felicidade, porque você recebeu o primeiro pagamento. Depois a expectativa se você receberá a segunda parcela. E terceiro a frustração por você não receber mais.
É como no jogo, né? A adrenalina de ganhar uma vez faz com que você não perceba tudo o que perdeu até ali.
Exatamente.
E o namorado da Fabi participou disso?
Sim, ele era laranja do prefeito.
E ela sabia?
Não só sabia como largou dele quando ele não ganhou.
Que vida de merda, hein?
Pra você ver.
Você nunca se apaixonou de verdade, não é?
Se apaixonar te deixa vulnerável. Não quero ficar vulnerável a qualquer lixo.
Pois eu sabia! Você só se apaixona por você mesmo!
Melhor que ficar vulnerável a bandido!
Você é o príncipe da perfeição!
O que eu mais vejo é paixão e benefícios!
Você não sabe de nada!
Foi conveniente para você, admita! Namorar com gente sem caráter!
Tenho pena de você!
Eu sinto o mesmo.
Desejo que você enxergue o restaurante como um palco. Eximindo as primeiras formalidades, Ela entrou lá hoje. A gente se olhou e pareciamos dois rolos de feno num campo verde irlandês na estrada para Kinsele. Rolamos as primeiras formalidades e o vento soprou leve. “Sejam bem vindos pai, mãe, tia, irmão e cunhada”. “Fiquem à vontade”. A encrenca começa agora, porque era indisfarçável o misto de desejo e ódio de nos ofender-nos, ou qualquer outro lance mais agradável, ali mesmo no meio do fluxo.. Existem certas portas, no início de qualquer relacionamento, que quando abertas nunca retornam a fecharem. A gente se ofendeu muito, sabe? Foi leve, como o vento lá de cima, entretanto, duro para sensibilidades rasas. Mas eu disse que era um palco, agora que relato com a long neck e o cigarro aceso nas mãos e em cada gole vejo o meu outro foco jogando videogame no sofá da sala da irmã em São Paulo. Que trágica e belíssima sinfonia é a vida. Porque o meu desejo opta sempre pela mulher vivida. E o caos provoca a minha escrita como um ônibus que partiu a cinco minutos da estação de lugar nenhum que leva ao coração de um poeta. E quem eu escolho, não me escolhe. Porém, um anjo torto me informa ao ouvido que está próximo o evento de que nem sempre será assim. Finito. E que assim seja.
Olhe pela janela, está neblina! Ela disse, mexendo com a mão direita entre os cabelos.
Eu gosto de neblina. Acho que gosto de tudo no tempo.
Posso te perguntar uma coisa?
Diz.
O que você sabe do Carlos Alberto?
Um cara bom de lábia, experiente, bem estabilizado. Por quê?
A gente saiu.
Ah, esqueci de dizer: é honesto! É um progresso na sua vida.
Por quê você bloqueou ele?
Coisa nossa.
E se eu te disser que a gente está se apaixonando.
Fico feliz e quero ver o quanto dura.
Você é bem louco, sabia?
Você encontrou o que você acredita e procura?
Talvez eu tenha encontrado, e daí? O que tem você a ver com isso?
Então a nossa resposta a sociedade foi dada!
Se soubéssemos ler os pensamentos nós compreenderíamos que “o mundo gira como a fumaça expelida sobre o cano de uma doze recém disparada”. Era isso que ele almejava dizer quando chegou no quintal da casa de campo e disparou os três tiros com a espingarda batendo no ombro e que acabaram acordando a sua mulher.
Você está louco? Os meus pais estão dormindo lá em cima.
Pois que acordem. É dia de reis!
O que aconteceu?
Só mais um pouco da estupidez humana.
E você precisa matar… esquilos, sei lá, porque os seres humanos são estúpidos?
Não, não preciso. Ele repousa a arma no tronco de uma cidreira. Vamos conversar comigo andando em volta do lago. Eu estou cansado.
Eu também estou cansada. Por isso estava dormindo, é o que você deveria fazer.
Voltei a ter aqueles sonhos de desejar um câncer.
Pois eu também.
Me cansa extremamente tentar ser compreendido.
Então não tente.
E o que eu devo fazer?
Se subtrai e confia.
Por que você não bebe? Você está com algum problema?
Não gosto. E o álcool te tira a capacidade da real avaliação das situações.
Boa. E o que você avalia agora?
Que não vale a pena.
O que não vale a pena?
Discutir com gente que não tem argumentos o suficiente para ouvir.
Com o perdão da sinceridade das minhas palavras, moça,
Eu nunca terei um filho no Brasil.
Quem tem, ou não tem o dinheiro suficiente para pensar, ou tem o dinheiro o suficiente para manter numa bolha.
E onde é bom?
Onde tem educação e saúde de qualidade asseguradas.
Quando a gente embarca?
Os fatos a seguir narrados, a contragosto daquilo que eu desejaria tivesse acontecido para que eu te contasse com destemida classe, neste insustentável instante do meu silêncio, realmente aconteceram, vírgula por vírgula, do modo como te escrevo. E eu peço minutos da sua atenção, porque pode ser importante para nós. A gente estava no carro, ela se sentou no banco da motorista, a bolsa dela entre nós dois, apoiada no console do câmbio, ou algo assim, e de maneira torrencial, começou a soluçar e a chorar.
Ela me olhou, perguntou porque eu fiquei de repente tão estressado e me disse:
“Pago as minhas contas em dia e não devo um centavo pra ninguém nem pra banco, porque me criei uma mulher.
Se a minha família não reconheceu isso, lavo as minhas mãos, só lamento por eles e não são mais problemas meus.”
A gente se abraçou e eu não quero mais ser amigo dos meus inexistentes leitores. Fim.
O que me indica que o seu atraso nas respostas mostra que você está falando com no mínimo mais uns cinco homens e responde a cada um deles quando lhe é conveniente e na hora que quer.
“É o que você acha?”
Se você não me explicar, eu posso achar qualquer coisa. E esse é um achismo com lógica, não é?
“E se eu te disser que eu não estou bem nesse momento da minha vida.”
E se eu te disser que eu estou aqui a todo momento para entender e te ajudar.
Deixa eu ouvir se estou entendendo. Você supôs que te chamar para um café numa terça feira à tarde foi uma cantada?
“É que soa como algo meio sério.”
Encher a cara num bar é algo mais descontraído, seguindo o seu raciocínio?
“Não é a proposta, é como foi dito.”
E como deveria ser dito?
“Algo menos polido.”
Nossa que palavra bonita “polido”. É raiz latina. Eu não esperava essa, porque convidar para um café é a educação europeia, algo que você não deve estar acostumada.
“Não precisa falar assim e eu não queria que você ficasse bravo.”
Eu não estou bravo, estou com pressa.
“Pra onde? Pra quem?”
Comer a pizza do capô com o meu irmão.
(Ela se aproxima do rosto dele)
“Vem mais perto.”
(Eles estão à distância de uma língua, um do rosto do outro. Ela lambe do queixo do cara até o lábio superior dele, e fala):
“É a educação brasileira. Você não deve estar acostumado! Pode ir agora.”
Num talk show a apresentadora pergunta:
“O que você mais gosta no seu homem?”
Com certeza o fato que a gente pode conversar por um dia inteiro, semanas, meses, sem contar as horas e os ciclos dos planetas, e eu não enjoo nunca. E quando ele não tem do que falar, ele inventa. E o que ele inventa, eu acho ainda melhor!
Ela tem um lance, sabe? Que está próximo do amor divino. Não sei se você irá me compreender, mas só comecei a entender disso quando a gente já estava há uns três anos juntos. Porque é algo difícil de acreditarmos que é real no começo. Como eu posso me fazer compreensível? É uma fala “que a manteiga derretendo na casca do pão de manhã, é como a Terra demonstrando o seu carinho pelo meu cheiro matutino”. É a atitude de se estar ali completa quando a mão toca o meu cabelo molhado e o orvalho do simples toque aguarda que o tempo o seque. Ou conversar com os mendigos no Natal pela manhã declarando poesias para mim e eles a aplaudirem como a plateia mais dedicada do planeta e ela se curva em agradecimento. Eu a amo como o sangue que não correria pelos meus vasos, se eu fosse um crustáceo. Mas haveria uma ostra onde esculpida a pérola da honra da presença de um espírito tão elevado ao meu lado, eu tiraria a pérola com a boca para colocar no dedo dela. É mais ou menos isso.
Um dia a gente ia se encontrar, com a chuva e bem próximo ao New Year’s Eve. Eva, a vida é engraçada de olhos fechados, talvez fosse um verso que troquei agora por te ver. Que fase! Foda-se a maçã mordida. A gente coloca uma quarta parede que também se pronunciou “muro” e nos tratamos educadamente como se o meu sangue outrora não houvesse congelado quando te via andante na noite. Foi bom te servir, sem dúvidas foi. O meu gerente me viu viajando e disse “que foda foi essa?” Não cara, é que é uma das mulheres por quem fui mais apaixonado na vida! “Você quer me foder me beija! Se concentra e vai trabalhar!” Viver é fácil de olhos fechados. Volte sempre! E traga as suas amigas, muito bem vindas.
Quando o palco perder a luz
E o seu ego for estraçalhado como uma particula sugada por um buraco negro
Você irá perceber o quão nobre, enquanto simples,
Era o meu sentimento por ti.
(Sei que as letras abaixo são o mais puro rancor maturado nas veias envelhecidas e amortecidas dos cômodos empoeirados da minha memória coletiva, e que você remexeu, e que não refletem a beleza da cena do orvalho flutuando na luz da luminária da rua da minha sacada, e o que seria a minha calma e o tempero para te levar para longe vence, que não refletem que pessoas têm histórias e não kilometragem, mas o casal que me visita essa madrugada em casa outorga que devo postar para não desenrolar num câncer. Assim está)
Essa mina já rodou
Tá velha para o que ela quer
Tentou zerar o cronômetro na Europa e nem europeu levou a sério
Aqui no Brasil acha príncipe igual o “L”
Monta um palco, um cenário, leva em ópera, na Disney
E chuta fora em quatro, cinco meses.
Mas eu tou numa fase bem mais eu, sou honesto, trabalho, pago as minhas contas
E como vos disse, seria incapaz de ser infiel em todos os sentidos a uma mulher que me der amor e valor
Ela que se foda
Tem mulher me dando mais atenção e merecendo mais o que eu sinto
(Sinceramente uma conversa teria me impedido, mas a sinceridade não convém com tumores).
Um moleque chega ao Concededor de pedidos e dita o seu desejo: “Que na próxima vida, Sr., eu nasça filho de herdeiros justos e que eles morram cedo.”
Adoro o apartamento em que vivo, e que não é meu, porque eu não tive apoio para estar pagando algo meu, o que é melhor, porque iremos conquistar o Nosso num país desenvolvido em que vale a pena 🪶 viver.
Ela vinha andando pela rua, o cabelo preto liso preso pelo óculos de sol, porque ela precisa teclar no celular e o reflexo ofuscaria a vista neste janeiro ensolarado, então um rapaz chama a atenção dela do outro lado da esquina. Eles aguardem instantes preciosos e se cumprimentam. Ouvimos o diálogo a seguir.
Às vezes me encontro na Arte da Felicidade de Shopenhauer, tentando vencer a corrente sendo íntegra.
Os alemães são foda, né?
Não só, mas o que importa é que não aceito mais quem aparenta ser para subtrair o outro.
E quem aparenta ser?
Meninos escrotos.
Você é feliz por saber que uma fraude dura pouco.
Às vezes me deixo levar só para curtir.
Então está de acordo?
Nem um pouco. Sou eu quem uso no que me favorece.
Mas você tem a consciência de encontrar a conexão com integridade?
Absolutamente!
Logo ali na frente tem um sorvete “íntegro” bem bom! Você quer tomar um comigo?
Adoraria!
Mas os alemães são foda, concorda?
Sim. Arthur e os compositores…
Por que você acha que eu não chegaria falar com você?
Porque deixei você de mão beijada para uma manipuladora, pois precisava dormir e trabalhar bem no outro dia.
Mas isso não é nada do fato de eu estar aqui na sua frente e querendo te ouvir.
Se cada ser encarnado na Terra tivesse um demônio de Fausto com quem dialogar, eu aceitaria que, de fato, as coisas estariam entrando na linha do bem.
Você está correta em ter responsabilidade e tem mais, o que aconteceu depois não foi muito além de que você presenciou.
Eu acredito em você! Eu confio em você!
Então, para não enlouquecer como o pensador, diga para o seu Demônio ir trabalhar um pouco ao invés de te perturbar!
É o que fiz, mas o trabalho não foi criado para as sombras.
Hoje eu agradeço por me comunicar bem com o público, estabelecendo conexões verdadeiras de empatia com as pessoas, superando o diagnóstico de bipolaridade e transtorno esquizoafetivo. Hoje agradeço, porque farei o exame admissional numa empresa estabelecida e notória, no ramo alimentício e na região de Americana, onde poderei declarar sem receios as medicações que faço uso e do meu tratamento contínuo com o meu Médico há quase quinze anos. O celular em que escrevo e faço as fotografias me foi comprado a vista por S., meu ex patrão, e o paguei a prazo em seis meses, com os trabalhos nas fazendas, e S. sabia, como o atual chefe A., das limitações que eu deveria superar para fazê-lo. Estabelecer relações de confiança num planeta em estado de espíritos hedonistas e narcísicos, num mundo tão superficial e pouco altruísta, é uma absoluta dádiva! Esses lances me deixam demasiadamente feliz! Esse fim de semana atendi F. e a D., mulher dele, e ambos foram de uma simpatia íntegra sem igual em muitos comigo. F. teve uma história que me inspira, parecido com a do meu atual patrão A. no CV Gourmet. Ele é dono atualmente de um dos rolês mais badalados da cidade, que aliás, venho frequentando bastante (rs), e começou lá como garçom. Cara de poucas, espontâneas e sábias palavras, que transmite que conquistou na vida, principalmente pessoal, porque eu também troco alguns reels e afins com a D. e consigo perceber que é uma companheira para ele de extremo valor nesta estrutura administrativa de sucesso e adquirida com esmo e pulso firme. Quando escrevo, os episódios que exponho, demonstram por si que tenho saudáveis relacionamentos de empatia com os demais, porém é difícil expressar tanto sentimento enquanto a vida vai acontecendo, no dia a dia “real”. É preciso filtrar, refletir e depois falar sobre o que acontece. Estou feliz e quero compartilhar. Obrigado vida! Como diz o Coletivo SHN daqui de Americana.
Há algo provável que você está tomando banho de mar na outra esquina do meu sonho
Mergulhando na margem oposta do rio
Entre búzios e ostras, na boca de um covil.
A campainha da minha casa toca, é a realidade Maria atrás de um cartão
Que não sabemos onde está, é em vão!
O antigo correio nunca facilita para nós!
O antigo correio nunca facilita para nós!
Estico o cabo para que aborde o arsenal
Navego até o seu whatsapp, porque almejo gutural entrar na mesma margem que a tua.
Percebo que de concreto exponho uma pele crua!
Tanto faz o que interrompa a trova
Porque a vela está nova e exposta
Por tal sentimento que ignora a massa
A energia tem duas métricas de existir
E uma delas sou eu e você!
A energia tem duas métricas de existir
E uma delas sou eu e você!
There is something likely that you are bathing in the sea on the other corner of my dream
Diving on the opposite bank of the river
Among whelks and oysters, at the mouth of a den.
The doorbell rings at my house,
it's reality Maria behind a card
That we don't know where it is, it's in vain!
The old post office never makes it easier for us!
The old post office never makes it easier for us!
I stretch the cable so that it approaches the arsenal
I navigate to your WhatsApp, because I gutturally long to enter the same shore as yours.
I realize that in concrete I expose a raw skin!
It doesn't matter what interrupts the thunder Because the candle is new and exposed
For such a feeling that ignores the mass
Energy has two metrics of existence
And one of them is you and me!
Energy has two metrics of existence
And one of them is you and me!
Me leve de volta ao dia que conheci a irmã de Dean. Ela estava chapada como uma pipa. Conversamos sobre Houston e quis saber, irônico, se ela era alguma funcionária secreta e do alto escalão da NASA. Ela riu e isso foi legal. Mas se tratava de mestrado e doutorado na Universidade de Houston. E como eu disse, Nina estava alta como uma pipa, e esse que vos escreve é um cavalheiro, acima de qualquer suspeita. Na medida da batida do transe a minha única alternativa em aceitação à inteligência e ao conhecimento é subir no céu e perscrutar todos os contatos da irmã de James Dean. Dean ficou puto da vida, não comigo, mas com a irmã. Fomos embora. Avante NASA.
Ela me perguntou:
“Ele é um cara bom?”
Depende, você quer ganhar os cem metros rasos ou uma maratona?
“Como assim”?
Você está procurando vitória rápida, tipo explosão ou algo contínuo e de superações progressivas?
Ela riu com um sorriso maravilhoso.
“Começou como cem metros (rs) agora eu quero maratona (rs)”!!!
Então te aconselho demonstrar e deixar claras as suas intenções.
“Obrigada, gato!”
As luzes brilhavam no Éden como se eu nunca tivesse voltado de uma boa viagem de ácido
Os homens e as mulheres falavam dentro dos meus ouvidos e da minha mente
Ela veste cinza 🩶 o menos é mais pálido
Fosco com a força de mil luas e nas estrelas cadentes
Não sei como é isso, mas a emoção e a felicidade
Faz a gente dentro de sentimentos absurdamente
Estrondosos para os empresários
Por isso escolho ganhar o meu pão
Seguindo austero com a bandeja na mão
E tiro do riso uma maneira de te trazer inteira minha
Semente do mesmo tipo de trigo.
Ele entra no estado do êxtase às 07:28
Logo após bater o cartão ponto
Uma chuva de gotas de prata, expelidas através do armarinho do Gigio
Onde está a luva amarela
Onde dorme a luva amarela
Lhe atinge no peito e aumenta o seu brilho
Ao passarem o pano no piso ele sabe o dia promete
“As mesas que falam”
São as mesas que falam
Ele atende aquela pequena e questiona se ela deseja uma Gota na boca
O pai dela nega a viagem
Mas eles não necessitam dormir, porque já estão sonhando
Eles não necessitam dormir porque já estão sonhando
Então a bandeja levanta voo das mãos
Atravessando todo o céu do Gourmet
E dela saem pequenas naves que olhando nos olhos dele, dizem:
“Atender nos deixa altos”
Atender nos chapa.
É como se não existisse algum desagrado no planeta
Enquanto ela come um carpaccio no boteco
Porque as coisas são como são, sabe?
Tem o corte do cabelo negro com as pontas e traços sobre a orelha que observo depois que ela me convidou para sentar.
Que desenho descreveria um restaurador dos ourives desta alma?
Obra tal que me faz perceber o risco de uma simples risada descontraída sobre a refeição
Porque não cabe a ela entender que não falo mais de comida, ou de corte ou de pontas e design
Nem mesmo o timbre da risada dela
Sendo que dentro de quem conta
Está tecendo um excesso de narrativas
De uma conversa que ainda não foi nem de perto
A sorte da mostarda com mel no lábio que come.
“Eu nunca perco: ou eu ganho, ou eu aprendo.” Li essa frase esses dias e faz total sentido para o momento de maturidade da minha vida. Pessoas como eu colocam bastante peso de significado emocional em algumas decisões e atitudes. Por exemplo, quando me mudei para Europa planejamento ficar por lá e formar uma vida ali. As coisas não saíram tão bem e voltei arrasado, nada me curava. Eu pensava nos relacionamentos que vivi e em como poderia ter sido diferente se… e esse “se” é danado quando a gente não tem maturidade para compreender os planos de Deus para nós. Eu só pensava que tinha perdido. Ontem aconteceu algo bom. Fui trabalhar no outro restaurante do meu patrão, cobrir uma folga ou falta. Como é bom mudar! A gente aprende. Não fica preso aos hábitos e costumes que outrora existem. Pessoas podem fazer dum ambiente sem a vista para a cidade um extraordinário lugar de trabalho. Como as pessoas podem “cagar” em tudo transformando qualquer lugar, tipo até um lodge numa floresta do Canadá em uma desastrosa e desagradável experiência. Eu facilito o processo e a vida de quem convivo, disso posso me orgulhar. Por isso sou escolhido para estar na “bagagem” quando diversas companhias planejam viagens ou trabalhos. Você considera que você também seria escolhido? Pense um pouco sobre.
Dos autos: convites em boteco.
“E aí, boralá no Fennegans hj?”
Nem fodendo, tenho que acordar cedo amanhã! Não sou dono e nem herdeiro! Dono, ainda, herdeiro, nessa vida, não!
“O louco, mano, acompanha a moça!”
Terei que pedir licença e desculpa, mas não dá! Ela que entenda que eu evoluí. Ano passado, nesta época, estava cortando os pulsos, jogado na casa da família, querendo que uma mulher sentasse num café comigo. Provavelmente ela não foi, porque eu não fingi que só tinha o dinheiro pro café!
“Tá explicado. Bem explicado e bom! Abraço!”
Aquele abraço.
O que você fez foi insegurança!
Não! Foi seleção. Não a seleção natural que estou acostumado a ver, mas seletividade consciente. Eu escolhi!
Escolheu presentear com algo caro alguém que você nem pegou! Burrice. Um dinheiro que você poderia investir, gastar com você! Cara, se vocês não tiveram algo físico, vocês não tem nada!
Isso não é verdade!
Ela vai pegar, virar as costas e não dar a mínima.
Tá legal, então me ensina fazer como você: tem dinheiro a rodo, monta um cenário de fantasia para elas, tem algo físico, que vamos lá, em casos assim não vale de nada, fica cá menina linda cinco meses e joga fora! Daí pula para outra e refaz a mesma peça! Não quero isso para a minha vida! Posso errar, mas erro consciente com os meus valores!
Não vá dizer que não te avisei!
Pode deixar.
São seis horas da manhã, os sinos da primeira missa do dia badalam na igreja próxima ao apartamento, como se tocassem os dedos na melodia de cada gota restantes do banho rejuvenescedor, fazendo movimentos acústicos, no corpo dele. Elas escorrem, com o cheiro e a cor da fórmula química da paciência.
Ela ainda dorme, e o melhor sermão de incentivo ao trabalho no domingo é tentar saber qual será a primeira frase da sua boca quando lhe vier dar um beijo no rosto e na testa.
“Você está cheiroso, Ela balbucia sonolenta. Qual sabonete é esse?”
Eu estou. Você é. Senador seduction.
“Hum delicia. E ela sabe que ele tem que ir, mas ora em seu ouvido. “Fica mais um pouco.”
Cinco minutos.
“Eu morreria se fossem três.”
As frases de inteligência rápida o deixam tão maluco que ele pretende jogar tudo para o alto para irem viver de pastorear ovelhas em algum campo sagrado.
Quando compartilho todo e qualquer post, reels e inbox, estou só, e somente só, tentando conhecer PARES para o meu intelecto e desenvolvimento artístico. Que fique bem claro. Sou absolutamente exato quando é um xaveco. Ponto.
Sabe oráculo
Pedi tanto tempo alguém para participar comigo nos domingos de manhã
Escolher a nossa música cult
Rir do meu jeito caótico de colocar as roupas no amaciante e no sabão líquido
Em não saber se as plantas estão aguadas o suficiente…
Em arrumar o fogãozinho no lugar escolhido
Tomar um suco e comer o pão… sabe?
ORÁCULO
Participa com Deus, meu jovem.
Você já teve problema com bebida?
Pelo contrário! Tive alegria em excesso, e até alegria em excesso é problema.
É mania, né?
Exatamente.
Leve, Guto, leve
Vai com a leveza
Não chega com a bagagem que você pensa que fosse
E somente deixe que seja.
Penso assim, ele não me cumprimentou na saída.
“Nossa que babaca! Como foi isso?”
O Caio cumprimentou ele, eu fui dar a mão, ele virou às costas (rs) tipo assim.
“Babaca. Por que eu só pego caras babacas?”
Acontece. Eu só pego minas fúteis.
“Dura pouco!”
Com o seu também ❤ ️!
Existe um país que visitei com um outdoor na entrada de cada cidade escrito “nunca queira parecer o que você não é, porque é muito constrangedor, quando nós que somos, descobrimos que você não é”. Assusta de primeira, mas entrei e fui logo aceito com uma caneca de cerveja e dezenas de queijos e salgados dos Bálcãs. Na segunda noite na vila, convidei uma nativa para jantar na casa que aluguei. Ela, obviamente, aceitou. Ao entrar, quis saber o que me levava aquelas bandas. Eu só respondi, cansei da mentira. Nós transamos e foi íntegro. Ela disse que não poderia ficar até o amanhecer. Volto a esse momento e lugar na memória várias vezes para me recordar de onde pertenço. Assim que fechamos os nossos olhos, a realidade se apresenta como as asas nos meus pés.
Lembra como quando você me disse “tudo é experiência” e eu estava vulnerável como uma lebre no campo alvejado por você águia e me apeguei em cada gota da sua saliva dentro da minha boca numa memória em círculos entrelaçando a razão da minha capacidade de não ser mais eu mesmo?
Pois bem, você levou a minha energia, mas, depois de um tempo, voltei mais forte do teu corpo e seus cheiros e seu vocabulário exato e agora posso me armar de próspero argumento com as mulheres que estou conhecendo.
Não stalkeio qualquer uma delas, não persigo, se é o que você pensa ainda pelo que te fiz ao contrário uso uma energia que recuperei que atrai.
Lembra como quando você me disse “você está viajando” é a melhor lembrança que tenho da paixão desmesurada do que nunca foi você.
O descompasso do tempo em certas situações erradas faz a gente pulsar fora do compasso e do ritmo, contudo alinhei a minha escala com o sol e tu com as trevas.
O que sinto neste instante da memória dos teus sentidos perto de mim é vasto em experiência nova e em outras cavidades com conteúdo que desço em rapel numa caverna com uma lagoa azul no fundo onde me encontro com o em si.
Agora eu sei “nunca foi para ser” mais que qualquer sonho que qualquer outro sonha porque você é fácil.
E o que permanece é o complexo gosto de quem acordou ao meu lado esta manhã.
Sem mais.
A mulher tem que experienciar o luto pelo fim do relacionamento, passar pela fase da aventura, resolver ficar um tempo sozinha e daí, somente daí, depois de vivenciar isso tudo, optar por ficar com alguém.
Eu não disse o contrário do que você está me dizendo, só acredito que elas pecam e tropeçam neste terceiro período. Parece que é uma época que ninguém suporta a solidão e a solidão, a solidão é tão engrandecedor quanto necessária.
Eu não posso te dizer muito, mas te digo que você, sendo íntegro quão você é contigo mesmo, aquilo que você procura vai bater na sua porta. E vocês não precisarão nem abrir, porque vão se agarrar da escada, do corredor ao quarto.
Creio que você está certa.
Eu tenho absoluta certeza.
Oi.
Oi.
Nossa, faz dois meses que não entro aqui! Ela diz sorrindo.
Entrei domingo,
No super bowl, né?
Isso. Não entendi nada do jogo, mas foi bom. Ela riu.
E você está só no cantinho aí bebendo um drink de leve?
Sim. E fazendo making-of. Ela riu mais uma vez.
Escuta o que vou te dizer, porque sei o que irá acontecer. Mulher tem intuição e é de bom juízo sempre acreditar!
Pois diga.
Você vai ser catado, e ela frisou o catado, por uma mulher muito rica, dessas que nem liga para dinheiro, ela será bem bonita, vai gostar demais de você, com certeza, e isto é certo como água limpinha na fonte!
Amém.
Eles trocam beijos. Ela se despede.
Deixa eu te contar uma anedota. Vi o filhote de pomba tremendo de frio no parapeito da sacada. Eu o peguei com cuidado e devolvi no ninho. A mãe e o outro filhote voaram. A menos preparada, que resgatei, sucumbiu ao medo, ficou no ninho e voará só quando estiver na hora dela. Falando sobre mim, o medo me tira de várias ciladas.
“Mas também não te dá a chance de acerto!”
Acredito que sim.
“Você não está errado. Só investe certo nas mulheres que não servem para você!”
Continuo concordando.
“Acho que a mulher que é para você entrará no seu restaurante. Você mesmo dissertou sobre isso, lembra?”
Sim, me lembro bem.
“Só aguardarei em paciência para assistir o vosso triunfo.”
Agradeço.
Se o cara não tem o menor comprometimento na vida profissional dele, como é que ele terá comigo?
Ele coloca dinheiro dentro de casa?
Pra um caralho, não é disso que se trata. A vida do cara é vazia de propósito, de sentido, o cotidiano do cara é passatempo, você acha que eu quero perder o meu tempo com um moleque desse?
Não é a figura que ele mostra?
Como assim?
Carrão, roupas de grife, casa e apartamento com área gourmet?
Ah vá, que se dane, o cara não moveu uma palha, um suor, para ter tudo isso! E falar pra você, ter dinheiro de verdade quando precisa, ele não tem!
E qual o seu plano, amiga?
Já fiz. Acabei com o sanguessuga por mensagem e já tenho em vista um boy aí.
Mesmo?
Poh gata, só do cara ter emprego de segunda a sexta, tipo das 08:00 às 17:00 já está garantido mil por cento de progresso, né?
Vá com calma.
O suficiente. Pra um caralho essas crianças barbadas do meu lado.
A cada vez que um relacionamento meu dá errado, penso e a minha vontade é sair correndo pelas estradas como Forrest Gump. Mas dessa vez ficarei estático, eu com a minha conduta. Ficarei, porque iremos morar, eu e você, estáticos onde a gente escolher e manteremos uma vida boa. E serão as melhores conversas e você terá as melhores composições. Tipo, nós fugiremos de todos sem sair do lugar. Pode crer? É claro, isso é alguma metáfora: a gente irá para muitos lugares irados! Não é uma fuga, é uma promessa!
O que você teria feito se herdasse muito dinheiro?
Teria estudado nas melhores Universidades do planeta, arranjado um bom casamento e tocado o barco?
Qual modelo de barco?
É modo de falar, sua anta!
Ah, tá.
Escuta aqui, queridinho, qual o seu propósito de vida?
Ou eu serei garçom em algum lugar decente do planeta, ou eu terei o meu negócio? Tá bom para você, danadinha?
Não. Ela sorri dizendo, mas pelo seu beijo, por hora serve.
A minha hora de lazer é impagável.
Eu faço débito!
Você sabe que ele é alcoólatra, não sabe, Miga?
Sim. Como todos os bons escritores foram ou são. Mas ele tá vencendo para permanecer um pouquinho mais neste inferno codinome Terra.
Hoje no restaurante, tenho que narrar com a virtude de Dostoiévski, se Deus me conceder algum talento, estava em frente ao Matheus, meu colega e também garçom, e me veio à mente uma das dezenas das frases que postei. Eu viro para ele e falo “estou com uma frase na ponta da língua”! Ele diz: pode falar!
Quem não fez para ganhar Tem medo de perder.
Virei como se tivesse saindo de um palco, com os dois pratos que recolhi da mesa, em êxtase e ao fazer o movimento brusco para trás, acertei em cheio os pratos no peito de um cliente que entrava no deck! Bahn! Os pratos se moeram em mil cacos pelo chão. Correu Dani, Jamile e eu pegar vassoura, pá e pano de chão, um caos!
Matheus olhou para mim e somente disse:
Olha aí o que a sua frase fez!
Você tem noção do quanto eu te amo quando a gente dança fazendo mímicas na atmosfera dando diretrizes para os anjos: “não se aproximem tanto”?
O amparo do vazio da nossa sociedade pela dose fugaz de dopamina, adquirida sem o devido esforço necessário para uma sensação saudável de recompensa, destruirá a nossa sociedade como fez com o Império Romano.
Estava novamente com Dean num happy-hour ultra violência dos sentidos no Majestic Ocean e permaneci calado até que o famigerado começou a contestar a minha literatura. Entramos mais adiantados no interessante do diálogo:
Você acha que vai te fazer bem o monótono, o tédio de um relacionamento sério? Porque é isso que é um relacionamento, cara: um total e boçal tédio!
Respondi sem titubear, é tudo que mais quero e almejo! Você acredita mesmo que essa vida de barzinho leva alguém a qualquer coisa?
Posso até concordar, mas como fica a sua literatura?
Evoluí! Amadurece! Porque não irei mais expor desabafos, irei criar por puro amor à imaginação, à literatura! É o que mais desejo! Maturidade na minha vida pessoal e criativa!
Então encontre uma mulher que admira este seu lado! E não somente como você chupa e come ela!
Pode crer, Sr. Dean.
Porque ela gosta de cara que esbanja, e cara que esbanja é gente podre que ganha dinheiro fácil. É o perfil, Man. E ela sendo fácil para esse tipo de homem, vai fácil também!
O perfil que eu vejo é que ela é bem gostosa!
Por enquanto! Ela está velha! O tempo é um bastardo inglório!
Puts! Que lance de sorte!
Misericórdia! E agora?
Ah, pelo menos eu vi as suas tatuagens, né?
Vamos embora desta merda, agooooraaaaaa!
Ainda bem que você falou.
(After beijo).
Escuta aqui “olha no meu olho quando eu falo com você!” Até quando você vai ficar se escondendo atrás da sua arte para não me dizer “agora” o que você quer dizer?
Do que você está falando?
Você sabe muito bem do que eu estou falando! Você vai para a sua casa escrever e esconder deste presente aquilo que você deseja ou você pode me beijar agora “olha para mim!”
Não me ferra, okay, não você!
Eu não preciso fazer isso, porque você mesmo faz, cara!
Eu não estou afim.
“Olha no meu olho e me diz que você não está afim!”
A idosa passa uma mesa, duas, três. O acompanhante mais novo sugere educadamente onde ela quer sentar-se, ela ranzinza alguma coisa e finalmente escolhe. Viro para um colega ao meu lado e digo:
Eu não terei paciência, cara. Comigo vai para casa de repouso ou para o asilo, porque é a terceira lei de Newton “toda ação provoca uma reação!”
Olho por olho, dente por dente!
Porque você sabe, não vou aguentar mais sem ela do meu lado. Porque você sabe onde eu posso chegar com ela me apoiando e essa vida enfadonha tá se tornando perigosa o suficiente…
Você tem dinheiro. É o suficiente… mas realmente não compra quem gosta de nós.
Em que porra de mundo você vive? Pessoas que “gostam” de nós é para que o dinheiro mais serve. 98% dos problemas de companhia no planeta são resolvidos com grana! Cash! Os demais 2% são melindrar e blá blá blá…
Que adianta ter dinheiro e não ter saúde?
Você compra uma cadeira de rodas e uma sonda de ouro! É digno!
Você é um babaca! Por isso ela te largou!
E você é outro rico podre que nunca trabalhou na vida!
O vaso com as sete ervas foi para a área aberta e se restabeleceu. Essa é a parte disto que vale ser lida. Caso você entenda algo sobre psicologia, eu só gostaria de te fazer ciente que tenho esquizofrenia o que me coloca numa situação impossível de idealizar. Você pode dizer, como? É óbvio que tenho na alma um ideal de mulher que eu quero como companhia, não tenha dúvidas? Mas quando ela chega próximo, ela fala e age, o que pressupõe, para alguém com transtorno esquizoafetivo, que são símbolos inteiramente novos e puros de preconceito, um conceito pré concebido. E o engraçado é que estou disposto a aceitar essa naturalidade do relacionamento como um flerte nos nossos sentimentos de quem ama de verdade e com pureza, realmente. Você nunca entenderia o que é servir alguém que você desejou tanto, em textos e vasos cambaleantes, pretendendo viesse e se mostrasse nestes símbolos novos que seriam o que ela é e foi, você nunca entenderá. Porque percebo neste instante que possivelmente este seja o medo de quem supostamente se abriria para alguém tão inteligente e puro. O outro lado pode ser feio. Isso assusta um bocado, eu sei. E a caralha toda é que estou fora do tempo de quem eu preciso, porque eu me matei em outra vida. Mas eu ouvi hoje “no fim tudo ficará bem”. Eu alertei que era para você ter parado logo após a linha da planta na brisa. Agora não é mais tempo.
Dr., esta é uma benção de notícia!
Não é a melhor informação que eu gosto de dar…
E quanto tempo eu tenho? Só para eu saber o quanto eu posso comemorar!
Não sou motivo suficiente para que você mude.
Família desestruturada é patrimônio ruindo!
Estou aprendendo experiências práticas no trabalho que agregam valor e qualidade na minha qualificação profissional. Trabalho com colegas que são experientes no que fazem. E aprendo. Eu escuto e aprendo o que vale ser replicado. O melhor no que faço é que eu posso fazer no lugar que escolhermos. E quanto melhor eu me tornar na prática de servir, melhores escolhas teremos pelo planeta. Já trabalhei em praias paradisíacas que são o sonho de fuga de qualquer ser humano normal. Fuga é uma palavra boa aqui, porque estou pretendendo Ela novamente pelo amor que nunca me foi demonstrado por quem deveria ter dedicado, com atitudes, uma partilha e participação da sua vida à mim. É a lei de Deus que a minha família tivesse tido tempo para isso. Para observar e entender. Um tempo para estar presente, um tempo para um carinho. Se eu sou carente? De um modo bem diferente que você me entende, sim eu sou. Mas não pretendo A Mulher comigo somente pelo bem que eu sinto ao lado dela, sendo categoricamente egoísta. Quero que eu amadureça! Mude! Que a minha concepção das realidades e atitudes sejam condizentes com alguém que concretiza o Amor sólido, e propaga a solidez real numa corrente contrária de uma sociedade ruída e liquefeita em valores. Pode ter absoluta certeza que no grau de intensidade que dedico, eu nunca tive retorno o suficiente. E esta chave mudando na minha mente, naturalmente a minha literatura cresce. O que ja é enorme, explode, meu bem! E Ela saberá para quem mostrar o que criarmos nesse relacionamento solidificado em transparência. Uma vez publicado, você nunca, nunca, eu disse nunca, nos alcançará onde nós estaremos!
O que é a morte para você?
Quando você tem algo a perder é muito. Quando você descobre que não perde nada é um passo. Só uma mudança de perspectiva e de valores. Pro melhor, se você for do bem, pode ter certeza!
Agora que escureceu, e a vida se tornou quieta nos meus ossos, é o aviso da estrutura que posso começar a sangrar.
Não preciso fazer prece, antes de sair de casa, para que ela chegue, porque Deus sabe desse pedido a cada instante que respiro.
Em pormenores de segundos nos ponteiros, a naturalidade do posicionamento dos astros traduz que em dois passos os seus olhos tocaram os trópicos da alma dele e é assim que começo o livro. Uma página aberta nos sete pontos cardeais para corações com sensibilidade. Esta é a história de um vazio preenchido, completo de aventura, ondas e camadas de esperança. Dedicada a quem esperou com paciência.
Sempre foi e sempre será alguma espécie de mensagem para ela. Mesmo que estejamos mutilados em energia díspares no tempo. Mas, como num cordão fomentado num amor milenar, por analogia, se eu sinto o bater da asa, ela recebe o vento na cútis.
Um escritor ganha um prêmio bastante relevante no meio literário e no seu discurso de agradecimento a família dele descobre onde ele mora. A certo momento, a mulher do escritor o chama na casa e diz que ele precisa atender. Uma idosa na cadeira de rodas com um homem mais jovem amparando está na porta de entrada. Ela não consegue falar, somente estende o livro com a contracapa aberta em direção ao escritor. O homem diz que ela quer uma dedicatória. O escritor escreve: “Você deveria estar aqui … “. Eles viram e saem. A idosa e o homem são a mãe e o irmão do escritor.
Talvez eu possa ter descrito sobre isso, mas eu me casei com dez anos de idade com a menina que eu gostava da rua. Tipo, teve festa e tudo. A gente trocou muitas cartas e, como era de lógica, terminamos, assim como o vento pára de soprar nos jardins, aquilo que era brincadeira lúdica, por algum motivo besta. Contudo, o legal é que numa conversa desta noite e já adultos, eu daria colares de ouro para ler uma sequer das nossas cartas agora, o dinheiro da minha conta de luz, eu daria e entregaria, porque óbvio, queimei todas as analógicas mensagens. Inclusive as fotos. Como disse Cazuza, idade vai idade vem, terminar é um museu de muitas novidades.
VERNISSAGE DE CORAÇÕES PARTIDOS.
Quando nasci, um anjo ainda em verniz secando, me disse: “Vai Augusto! Procurar você na vida”.
Eu me encontrei naquela primeira carta tirada da gaveta que tinha o cheiro dela recém saída do banho.
E sei que você chorou naquela foto que tinha o cheiro dele recém acabado a ginástica da manhã.
Aquela nossa viagem de final de ano, que se houvesse justiça nos sentidos, teria a extensão do universo em cada toque de carinho pós sono.
O fogo queima o suporte e o aparato do momento, bloqueia e queima, entretanto sobra uma brasa na memória que deve ser soprada com a renovação da mente aberta, curvando-se para Quem pintou o anjo que me abriu a porta da Terra.
E convém lembrar: anjo de verniz molhado recém nascido pelas mãos do Maior. Ele diz o que lhe vem à boca!
Aquele bebê chorando a falta no berço esquecido. Um luto não amadurecido e úmido e solitário para o cérebro ainda mal formado.
Quem sobra para chamar? Deus?
Acreditamos que eu possa estar fazendo uma correlação com Édipo, mas estaríamos errando.
Uma analogia de um filme pseudo erótico com um coelho queimando na panela, como a minha mãe me explicou o episódio, naquele dia que espiei do corredor na sala.
A psicanálise julga uma interpretação do que leio por completo sobre mim sem qualquer preconceito e é ponderavelmente ótimo.
Correlação e simples analogia.
O anjo recém reproduzido pelo artista estava certo, porque me encontrei, e, não tendo fundo o meu sentimento, foi em quase tudo, e, até em você.
E não senti falta de mim quando você não estava, pois eu era preenchido e protegido por um verniz molhado sobre um coração seco chamado anestesia.
Sei muito sobre mim, porque sou a total procura em tudo e todos, e a empatia é dosada pela razão.
Sendo de boa dita não iremos sugestionar mais nada.
Só te basta saber que o meu lar está limpo em sentidos para te receber com a pureza da benção do novo.
E amo saber que você sabe.
Arte se encontra em alguma instância fora da realidade. Se você toma um soro intravenoso provavelmente a última coisa que você quer saber são os desenhos de Michelangelo.
De modo que eu honestamente peço perdão pela intensidade dos meus impulsos
É que não sei a que vim e nem até onde vou
E cabe o exagero no meio do que existo.
É um maldito mundo de valores trocados
Trocados por uma mesa de apostas
Correndo num streaming vazio
É por isso que irei para onde a minha mente e vida
Esteve mais à vontade numa mata com soldados reais me guardando de sentinela com o meu amor
É um maldito mundo que não importa da onde vem o que coloca o combo de vodka na mesa e a droga na língua dela
Porque se você leva a vida correta e não tem como proporcionar este deleite você derrete como um sorvete comprado no inverno
Porque você não tem casas e apartamentos dados por pais
Porque você segue andando nas ruas para adentrar num emprego pífio que não mostra status
É um maldito mundo de valores trocados
Mensurado por uma mesa de apostas
Aparecendo num streaming vazio
Onde o esperto joga bem
Mesmo não durando dois minutos numa conversa
E é por isso que eu vou onde ninguém nos pega
Onde a minha mente me desloca aonde ela quer me levar
Porque é um maldito mundo
De streaming vazio
Numa mesa onde você é a aposta descartada no próximo lance maior
E nós vamos onde ninguém nos atinge.
Quando estivemos aqui antes
E o castelo tinha a razão de ser em suas paredes
Eu te tirei do rei. Não foi um roubo, porque era como o destino queria que fosse
Era como queríamos que fosse
E montamos nosso lar numa cabana distante.
O rei furioso te encontrou naquela manhã tão bela por aquele campo de cetim
Ele te exilou numa prisão nefasta
Que eu não aguentei o que era a nossa felicidade
E me joguei no mar furioso nos rochedos.
Eu desejaria que eu fosse especial agora
Mas esta distância só me mostra o quão você foi mais forte
Que eu só gostaria de saber onde está o seu castelo
Que eu te roubaria de novo.
É vantajoso defender a rainha, o bispo, a torre, o rei quando você está do lado privilegiado do tabuleiro!
A minha família me ensinou que eu não teria nenhuma vantagem…
Qual foi o seu primeiro carro?
Não é do que se trata…
Quantos currículos você enviou na vida antes de ter trabalhado na empresa que é ou foi da sua família?
Tá bom! E você fez uma excelente faculdade!
De graça porque passei…
E alguém te manteve lá durante a graduação!
Muito mal, mas sim.
Então você também teve a sua chance de ser a ala privilegiada!
Com uma grande diferença, a de que sem ser peão, até hoje eu não teria nada do que me faz “rico” em cultura. E você adora defender o reino porque eles te garantem ter o privilégio (e não conseguir) postar ser culto para um público medíocre.
O som da floresta que não dorme
É estrondoso por quem usou galhos e lama como leito
Enquanto tentava rezar numa língua que não fosse confusa a Deus
E sei que não sou confuso a você, Pai
Ter andado tanto por essa vida
Procurando quem eu chamarei de família
E que nós dois sabemos que as minhas unhas e dentes protegem como aquele homem que se protegeu sozinho
Quem eu amo.
Fale comigo Deus. Fale comigo.
Na boa, meu irmão, ficar em bar até de madrugada quando se tem mais de vinte e cinco anos de idade é pra quem pode e nunca levou quem faz a nada, então não me enche a porra do meu saco quando eu preciso dormir para ir trabalhar, estamos de acordo?
Um transeunte chega para mim e um amigo com a namorada pedindo uns trocos para comprar um Corote. Nós não damos. O meu Bro vira e fala: “tá vendo, ele só quer tomar uma como a gente!”
Com a diferença que eu vendo oito horas do meu dia para pagar a minha cerveja!
“É porque você é trabalhador!”
Tentem me fazer entender o que há nisso! Nenhuma mulher fica do seu lado porque você é trabalhador! Vai se fuder!
(E ficamos os três quietos).
Ele é assessor de “fulano de tal”...
Tá, bandido! E o que mais?
É só o que sei, mas ele é um homem honesto!
Bandido que sustenta os seus luxos enquanto é o suficiente, e o que mais?
Nossa! Você sabe ser simpático com quem está com você!
Parafraseando Bukowski, sou solitário, então sou autêntico quando fico com você, porque faço por escolha e não por companhia.
A real é que pouca gente sabe o que é segurar uma pessoa morta nos braços. Nós somos uma geração fraca! Por isso espero que algo dez, vinte, um milhão de vezes melhor que o COVID venha na nossa sociedade.
Se me dão a honra de compartilhar este vislumbre
Ela está vestida no melhor estilo grego clássico 🏛️ com uma trança lindíssima nos cabelos
É assim que somos quando dormimos.
O sol havia brilhado os seus primeiros raios da manhã
Algumas gotas de café sorveram da xícara no meu colo
Mesmo não vendo onde você estava
O meu coração me respondeu “perto!”
Porque senti os cheiros e as cores.
É assim, meu bem, quando a gente venera
Pois o Amor requer o esforço
No lugar que a veneração
Somente requer sentidos.
“Bom dia!”, doce desejo realizado
Um Pai que se é amado
Não abandona o seu filho sozinho
Nesta manhã, a trança dela foi o meu ninho.
Ela é bem gostosa e diz:
Nossa, você vai jogar a argolinha do paieiro no chão, e o meio ambiente?
Que proporção faz isso com milhares de empresas e fábricas jogando toneladas de resíduos na natureza?
Mas cada um tem que fazer a sua parte!
Na boa, vai se fuder o seu meio ambiente e você junta se o problema é a argola do meu paieiro! Essa é a minha parte!
A lista de fatores que direi para alguém especial de alguém especial que se me lerem, saberão sentir para eles.
Moro em um apartamento alugado, tenho pouca, mas boa mobília, em dois meses me livro da multa. E vender e me livrar deste pouco para uma tentativa melhor a dois, são dois palitos.
Isto é sobre coragem e crença.
Viver embaixo do teto de uma família que te oprime é uma barra que já foi pesada demais. Então, coragem e crença. E por que continuar desse modo?
Porque eu digo isso.
Se eu estiver com uma Mulher que eu admiro e que me disser que não suporta mais Americana, que não suporta mais a família dela, que não suporta nem mesmo o passado dela aqui,
São menos de dois palitos para eu assumir a bronca e resolver o que tem para ser resolvido e ir embora para onde planejarmos.
Dá para saber que é a pessoa certa para fazer isso?
Não dá!
Mas dá para sentir que ela te admira o suficiente para o eterno enquanto dure e que dure para sempre.
Coragem e crença!
Bom é fazer filho,
Não requer muito esforço e é desnecessário amor
Você vai arrumar uma distração e terá em quem por a culpa
O governo cuida.
Ela balbuciou com um bico nos lábios “eu jogarei os dados!”
Me sinto envergonhado por senti-la pouco quando ela está assim deslumbrante
Porque senti-la por inteira quando a gente colheu maçãs no campo do meu Pai
Me faz enrubescer o tempo perdido
Nestes dias que o número e o desenho caíram no meu colo
E não foi necessário dizer se eu precisava atacar
Porque já era uma guerra ganha em sua totalidade
Quando o molhado nos lábios surdina mente tornou a dizer:
“Me tome com a honra concedida que somente o seu cavalheirismo sabe saciar!”
É admirável a corrente de ar fria
Porque não sendo natural aos demais
A mim e a você, é irreparável o estrago, no nosso silêncio, do calor deste corpo colado.
Ele olhou bem nos olhos semi-abertos do irmão dele no chão, esfacelado pelo drone que acabava de explodir. Segurou-o um pouco com a mão direita abaixo do pescoço e disse com ódio “antes você do que eu! Eu não vim para Paz! Eu vim para Guerra!”
Ele estava com o soro pingando por uma veia mal furada no ambulatório do postinho, olhou para a mãe dele que o aguardava impassível e disse “olha toda essa gente horrível! Pobre serve para ser carne moída num mercado satânico e na fila da UPA! Não presta para nada além disso!
Quando eu tiver um restaurante, se entrar feno para gastar lá dentro ou um ser humano, terão o mesmo valor e tratamento.
A senhora já me ensinou que sem dinheiro nenhum relacionamento se sustenta. Foi uma lição para vida toda, fique em paz.
Quando os cortadores de palmito me carregaram numa maca improvisada, chegando na casa, foi uma das cenas mais próximas do paraíso que a divina providência me proporcionou sentir. Tinha um lago, tinha água corrente, pássaros voando e uma cor de sol em tudo impressionante.
É só porque eu sei que entrarei nesse paraíso onde Você cuidará de mim no começo porque estarei debilitado e quando eu melhorar proporcionalmente Você estará dançando ao lado da fogueira com um músico de bandolim próximo e tudo terá o gosto da vida.
É o som na tonalidade do seu cabelo e da tua pele no sol da manhã que mais me faz crescer em instância de completude. Quando um homem se distancia da natureza, ele perde o sentido de viver.
Tem cena de filme que faz você sentir exatamente onde você estará daqui uns anos, ou como se conta o tempo lá.
A minha cena eu não assisti, eu escrevi.
Deveria fazer sentido você ao meu lado.
Mas não faz, não é?
Não.
E o que as pessoas fazem para fazer sentido?
Elas compram! Elas parcelam! Elas sentam em restaurantes!
Ela não é só o teto de vidro, ela é inteira de vidro.
Como eu sou.
Entretanto somos luz
E aquilo que aparenta quebrar o nosso sentimento
Transpassa na estrutura e explode no momento.
A parte mais gratificante do atendimento é o improviso. Ao mesmo tempo que posso dizer que existe uma quebra da fala como no teatro, o que é explicitamente real é o tratamento. Tanto o tratamento do garçom com o cliente, quanto do cliente para com o garçom. Hoje eu fui atender uma mesa para oito lugares e somente tinham sentado dois clientes. Eles estavam sem comanda e eu precisava levar a comanda. No que eu fui buscar a comanda, uma outra mesa para seis lugares me chamou. Como tinha havido contato entre olhos, um contrato que não se deve quebrar em atendimento, fui até essa mesa. A cliente queria um copo com gelo. Falei “só um momento”. Mas eu já tinha a outra mesa da comanda para atender. Não consegui avisar ninguém da equipe para levar o copo com gelo. Fui a outra mesa concluir o atendimento e voltaria, mas, lei de Murphy, todos os demais clientes da mesa sentaram-se e pediram as suas bebidas. Quando acabei o atendimento, olhei para a mesa do copo com gelo e a cliente estava com o suco pelo fim. Foi um erro. Admito que sim. Mas, como num improviso de palco, uma “fala” interrompida pode ser admitida como uma apresentação melhor da próxima vez, não é? Perdão sempre bem vindo e tentarei resolver a situação que agrada e enaltece a todos numa próxima oportunidade. Bora pra luta! Até amanhã Gourmet.
Os garçons da minha época aprenderam na base da “malandragem”. Hoje isto é um contraponto em qualquer equipe. Uma equipe boa tem que fazer o restaurante, como um todo, fluir bem. Não há mais necessidade de ser “malandro” em um trabalho gratificante que é somente fazer o certo e o barco navegar, como um todo, para tudo funcionar em conformidade e excelência, certo?
Sempre a melhor escolha em opção de trabalho é trabalhar para um verdadeiro líder que inspira, vocês não acham?
Ninguém dobra alguém que cresceu de baixo e tem a vivência do trabalho e do negócio. Ele ou ela vêem o que todos pensam que os mesmos não estão enxergando.
Quando os funcionários do restaurante estão almoçando, os atendo com o mesmo ou até maior respeito, porque aquele é o momento que temos para desfrutar, e não sei se onde eles possam sair, em suas folgas e férias, serão tratados tão bem. Não acham uma atitude correta?
Marcar o nome de seu negócio como um lugar que contrata, aceita e favorece as diversidades religiosas e de gênero. Essa é uma estratégia atual que está garantindo sucesso ou não?
Tenho quase certeza que me auferiram um teste ontem no trabalho. O cliente me perguntou se eu tinha água. Respondi que sim. Ele me disse “qual?” Respondi que tinha em garrafa de vidro e garrafa pet de plástico. O cliente me perguntou “qual a marca?”. Apesar de eu servir a água da Prata todos os dias, foi uma pergunta tão fora do esperado que me deu branco. O cliente me disse “tá bom” e já emendou “você tem Schweppes light?” Respondi “não, somente a tradicional, Senhor… aquela lata verde amarela”. Ele falou “tá, traz uma Coca pra gente.” Em hoteis em que eu trabalhei a empresa algumas vezes contratou funcionários para se passarem por clientes para ver como o atendimento está indo. Meu patrão atual estava almoçando naquela hora e eu contei o ocorrido para ele. De pronto ele me disse quais eram as águas que vendemos. A real é que atender é realmente uma improvisação, mas há alguns critérios necessários e saber com o que trabalhamos no dia é fundamental. Saber o nome de tudo no buffet inclusive, o sabor do chá do dia, que bebida falta, são diferenciais imprescindíveis para um bom atendimento. E sempre, não saber é atraso, porque você terá que parar o atendimento para se informar na hora! E eu prometo melhorar nisso. Bora para luta.
Um beijo de cumprimento quebrou absolutamente a minha quarta parede no trabalho. Ela entendeu a mensagem do “invisível”, com certeza. Entre as coisas que conversei com a hostess do restaurante Yara, logo após o cumprimento, ela me disse numa hora “Cara, se eu fosse a sua namorada, eu ficaria com ciúmes”. A gente riu. Depois me lembrei que a mulher do beijo inesperado no rosto está no meu grupo de literatura do WhatsApp. Realmente, sendo assim, foi uma quarta parade real e muito bem quebrada.
Recebi três vezes um feedback negativo do meu patrão de uma recorrência de um padrão que faço no trabalho. Tentarei elucidar o padrão para que eu possa melhorar e entender, certo? Quando eu tiro o pedido de uma, duas às vezes três mesas, eu volto recolhendo os pratos e talheres usados do salão e toma tempo até levar e descartar os alimentos e separar na área de limpeza. E é desse tempo que se trata. A maioria dos nossos clientes, de dia de semana, está na sua uma hora de almoço da empresa e nós não podemos atrasar nas bebidas. Entretanto, nós estamos numa equipe de no mínimo três garçons e garçonetes no salão e acredito que se conseguirmos alinhar a comunicação e a logística entre nós, é possível deixar o salão com aparência limpa e organizada e conseguir entregar as bebidas a tempo. É necessário um pensamento do todo de conjunto e colaboração. Mas, se o andamento não se alinhar nesta performance construtiva, farei como o patrão quer e me atentarei na entrega das bebidas das mesas que eu atender. Bora bora.
Considero que tive uma atitude errada hoje no trabalho. Algo que envolve a higiene ambiental e a aparência. Vi a equipe comentando de um rato morto na calçada de entrada, porém não vi o danado do bicho quando cheguei. Mas, sabendo que ele estava lá estirado, antes de ter começado a passar o pano no salão para depois ter limpado a calçada, deveria ter limpado a calçada, ou ao menos o ratito que estava denegrindo a nossa imagem. Tudo em ordem agora e restaurante absolutamente limpo. Bora bora!
Para a conquista de relacionamento relevante em sentimentos e importância, no nosso grau evolutivo, temos que sustentar a fase do apego. Sem o apego não se criam vínculos significativos de troca de experiência e convívio, mesmo que posteriormente advenham os incômodos e as desilusões que aparentam o fracasso. Viver de verdade caminha lado a lado com a possibilidade de fracassar. É necessário entender todo o retorno do que investimos num relacionamento como crescimento espiritual.
Era noite ainda, escuro. Não tinha uma xícara de café para suprir energia e força ao meu corpo. O som dos seres da mata ao redor de tudo. Dois urubus chegaram perto do meu corpo esfacelado de fraqueza e frio. Arranquei um galho da árvore para usar de muleta, espantando também as aves. Eu tinha que caminhar. Deus guiou os meus passos me desviando dos perigos sobre os gravetos a cada instante. Toda a minha sobrevivência se resume a Deus.
Atender é o maior barato! Os clientes têm as reclamações mais inusitadas do planeta e é nosso dever contorná-las com simpatia. Para alguns o ambiente está frio, para outros quente. Para alguns o tempero está ideal, para outros não. Como dizem: nem Jesus agradou a todos! Uma de nossas clientes não voltou mais porque sentaram na mesa que ela havia reservado com a sua bolsa. Uma perda? Sim. Ainda mais que pelo boca a boca, ela comentou o ocorrido para outras pessoas. Um cliente insatisfeito fala para no mínimo umas cinco pessoas da sua insatisfação. Entretanto, se oferecemos em sua grande parte um trabalho com excelência para muitos, o negócio continua! Bora bora!
A hora e o momento de fumar no trabalho. Um dilema? Nem tanto. Se você é do setor operacional, e ainda por cima do atendimento, esse horário é antes de bater o cartão ponto na entrada, na meia hora de almoço nos dias da semana, como no meu caso, e em cinco minutos no fechamento. Deveria ser assim, mas como todos sabem e esperam, a parcela da equipe que não fuma fica incomodada. Vício não é uma coisa boa para ninguém, então, para não gerar atrito, às vezes fica melhor segurar essa vontade. Mas é uma hora tão desestressante no fechamento? Paciência. Aguarda e confia. Bora bora!
Aparência. Um tópico importantíssimo para quem trabalha com atendimento. Vi garçom ser mandado para casa porque não estava cheirando bem. No navio, fui mandado para afeitar a barba com dois minutos para descer a cabine e retornar no último deck de escadas porque a mesma estava um pouco alta. A dica é, vá de acordo com o local em que você trabalha, mas vá bem. Desodorante e perfume, nem tanto e nem tão pouco. Alguns lugares não aceitam perfume para mexer com alimentação, pois o cheiro da comida tem que reinar e há funcionários que erram na essência, né não? Uniforme bem alinhado sempre. Para quem é solteiro e mora sozinho, às vezes é difícil passar. Mas estenda bem no varal batendo a roupa que fica aceitável. Unhas aparadas e sanas. Barba, agora é um quesito interessante porque há diversos estabelecimentos aceitando de buenas enquanto outros são bem criteriosos no aparo estilo exército, como nos navios. A sociedade está bem mudada em aceitação de alguns padrões e parâmetros, então, repetindo: nem tanto e nem tão pouco, okay? Esteja na medida do agradável a todos. Bora bora!
Você me pergunta se eu dormi embaixo do mar? A resposta é sim. No navio, o deck 1 onde estava a minha cabine era abaixo da linha da água. Se me incomodava aquilo? Chegávamos na cabine tão cansados que dormíamos como bebê. E tem outra: a lavanderia, onde lavávamos os nossos uniformes era um abaixo da onde estávamos. Sendo assim, lavar as roupas era mais arriscado que dormir ao lado de Nemo.
Secagem do café. Lembra aquela cena de novela das pessoas empurrando o rodo sobre o fruto? Pois esquece. Há algumas fazendas de café orgânico que ainda podem usar esse procedimento para não “ferir” os frutos. Mas na fazenda em que trabalhei era feito por uma motocicleta adaptada em triciclo. E quem pilotava? Esse que vos escreve. Quer coisa melhor que o ar puro batendo no rosto, a paisagem, os pássaros em volta cantando, ver a chuva chegar lá longe, e ainda secando um fruto que virará a bebida deliciosa na mesa das pessoas? O café que ajudei a produzir chama-se Alto da Canastra (ah é: eu via, da moto, a Serra da Canastra MG!) e tenho muito orgulho do que fizemos. Bora bora!
Você sabe o que é um Mav ou um Vamatex? São teares. Por que eu sei? Fui supervisor de produção em uma têxtil de médio porte por dois anos. Eu chegava, via os panos que estavam batendo nestes teares, e com a lista de pedido, programava o pano que ficava e o que saia da produção do dia. Numa têxtil a gente até se acostuma com o barulho. O problema maior é a poeira. Aprendi muito ali e foi onde fiz dinheiro para ir para Europa. Bora bora!
Quantos pneus utilitários cabem numa carreta? De dois mil a dois mil e quinhentos. Como eu sei? Fui auxiliar geral na Manserv logística dentro da Goodyear de Americana SP. Depois de seis meses passei para empilhadeira, o que foi uma atitude irresponsável minha porque cometi alguns acidentes, graças a Deus nada grave e sem vítimas. Talvez por isso eu não passei no processo seletivo da Goodyear. Com o diagnóstico de algumas doenças e necessário e responsável não mexer com algumas máquinas. Bora bora!
Costão do Santinho. Não fui um bom funcionário. Eu bebi em serviço e tomei um gancho de três dias. Sabe como é, ilha da magia, praia, sol e alegria. Sem sarcasmo, o álcool é um vício pernicioso e destruidor. Não bebo desde 2017. Foi quando tomei Venvanse, um remédio para TDAH e decidi parar. Voltando ao Costão, fui contratado para o restaurante mais refinado do resort, o Vitória, mas eu não estava com o psicólogo e emocional bons para suportar a pressão e a cobrança daquele restaurante. Essa é a aula deste relato. Às vezes temos a oportunidade, mas devemos pedir para entrar num setor operacional de menos cobrança e responsabilidade até estarmos devidamente preparados. Bora bora!
Horário de folga no navio? Temos intervalos durante o trabalho. Às vezes, acontece um “off” que é um intervalo maior. Mas sim, é possível conhecer vários lugares bacanas! Você aprende e se acostuma a dormir menos à tarde para passear mais. Existem duas posições que tentei voltar onde os intervalos são melhores: fotógrafo e atendente de loja. Adaptação, essa é a chave do sucesso sendo tripulante ou não, concordam? Bora bora!
Transferência. Gera ansiedade, obviamente, mas conheço com quem irei trabalhar e confio na minha nova equipe. O líder dos restaurantes sabe o que faz, e se ele me escolheu para trabalhar ali agora é para o melhor da empresa e, também, para o meu melhor. Um lugar que consigo me adaptar em perfil, atitude e qualificação e não o decepcionarei. A partir de hoje estarei atendendo no Tijuca, Americana SP. Bora bora!
Liderança. Um bom líder é aquele que com bons exemplos e atitudes quer ver toda a equipe subir. Vi lugares bacanas fecharem por valorizar e dar posição de gerência a quem não quer ver ninguém ir para frente, ir para cima. Vocês sabem do que estou falando? Tenho certeza que sim. E tem os piores, aqueles que nunca chegarão a gerente e querem fazer todos ficar no mesmo nível. Porque toda empresa tem quem quer fazer o negócio e as pessoas envolvidas prosperarem juntas e tem quem não quer, né não? Saiba a quem seguir e faça o seu melhor e o correto sempre, sempre! Em algum lugar para você, você será visto! Estamos juntos! Bora bora!
Warning. Aviso, advertência. No navio qualquer atraso gera um warning. Três warning geram um aviso do capitão. Três avisos do capitão é desembarque onde quer que você esteja. Vocês podem imaginar o que aconteceu? Tomei todos os possíveis. Desembarquei em Nice, na França, fiz escala em Londres e bem vindo Brasa de novo. Não me orgulho, mas pelo menos falei com o capitão do navio por três vezes, né não. O meu terceiro warning com ele foi por estar embriagado. Como eu disse e reintero: álcool é uma droga liberada e das mais sorrateiras, perniciosas e horríveis na vida de um ser humano. Estou fora e livre dessa! Bora bora!
Cabines para tripulação. Geralmente são para dois lugares. Mas no navio que trabalhei tinha até três ou quatro tripulantes por cabine. Tem ar condicionado, frigobar, uma gaveta cofre para guardar o pagamento que é feito em espécie, um banheiro com ducha, um armário para guardar os uniformes e pertences. São apertadas sim, mas você aprende a fazer reuniões, vulgo festa, e namorar também. Aliás, casais de tripulantes que embarcam juntos fazem um trâmite entre os funcionários e dormem na mesma cabine. O mínimo, né não?
Lavanderia no navio. Existe a que funcionários lavam e passam somente os uniformes da empresa, e aquelas máquinas de lavar, como na gringa, para a gente lavar as nossas roupas pessoais. Não era pago. Geralmente tem fila nos horários de pico, mas acontecem boas conversas nessa hora. Bora bora!
Inglês. É a língua falada no navio entre a tripulação. Os sotaques mais diversos e absurdos.
Ser garçom e ter TDAH, é possível? É difícil, mas não impossível. Eis um que vos fala. Algumas atividades são mais fáceis para nós que outras. Nas operacionais saímos melhores. Às vezes, me esqueço de algumas coisas que prometi levar para o cliente, separar as bebidas é difícil para mim e no atendimento me distraio quando várias mesas me chamam. Mas tendo vontade e gostando do que faz, sendo educado e com sorriso no rosto, resolve-se tudo. Eu sou muito feliz com o que faço e trabalho feliz! Então, TDAHs pelo mundo, não tem desculpa, é arregaçar as mangas e bora bora para luta!
Raciocínio lógico e comportamento prático são habilidades difíceis de realizar por alguém que é extremamente criativo? A resposta é sim, contudo o desafio me encanta. São essas duas técnicas que me faltam para dar um bom atendimento no restaurante. O Tijuca Restaurante tem muita rotatividade de clientes todos os dias e tenho que me adequar ao ritmo. As pessoas confiaram em mim, me deram a oportunidade que eu posso fazer e farei! Raciocínio lógico e comportamento prático. Tenho que me avaliar em maneiras mais eficientes de induzir o meu cérebro para o que é preciso resolver. Existe uma ordem correta da logística da entrega das bebidas e da retirada dos pratos e copos usados das mesas. Uma sequência lógica de importância de ação e uma atitude comportamental prática. E eu irei me adequar e manipular o meu cérebro criativo com essa ordem lógica e prática. Bora bora!
Comunicação participativa. Para que o restaurante, e acredito que em todo meio corporativo, funcionem de modo adequado é fundamental uma comunicação eficiente e clara entre a equipe. Isso vai de olhares e gestos e isso vai de palavras. Vocês concordam que essa atitude básica de se comunicar é um ponto chave que está difícil hoje em dia? Ainda mais com a geração do teclado? E começa fora do horário de trabalho. Por exemplo, combinamos de ir caminhando eu e o meu colega Guilherme, nós nos comunicamos se iremos estar no ponto marcado todos os dias. Se eu faço um procedimento diferente dos demais nas minhas responsabilidades no restaurante, tenho que comunicar o porquê estou fazendo e se a gerência está de acordo. Comunicação eficiente e participativa evita os desentendimentos e facilita o trabalho fluir. Bora bora!
Organização. Um trabalho bem feito deve ser organizado. Ainda mais o nosso setor de restaurante que envolve higiene e limpeza. Vamos lá, contar um pouco da rotina e do dia a dia. A nossa escala da manhã, para quem está na equipe do salão, se divide em três setores de funções. Quem lava os banheiros arruma também o espaço kids. Quem rala o queijo limpa também o buffet e repõe as embalagens das Marmitex. A dupla que varre e passa o pano no chão, baixa as cadeiras, limpa as mesas e arruma as papeleiras, os saleiros e as pimenteiras deixando preparado para o atendimento. Vocês concordam que sem organização a coisa não anda? A regra básica é: pegou num lugar, devolva no lugar! Essa regra não falha para evitar confusão. Depois, no fechamento, polimos talheres e pratos, retiramos e lavamos o buffet, quem zera o salão tira as papeleiras, saleiros e pimentas das mesas, subimos as cadeiras e retiramos os lixos e Bora bora!
Trabalhar com inteligência. Trabalhar com inteligência não é ser esperto em cima de ninguém é acima de tudo respeitar a hierarquia de funções do lugar e fazer com excelência tudo que lhe for solicitado. Isso vai desde a limpeza até o atendimento. Dê o seu melhor! Há sempre alguém de cima olhando e você será visto! Bora bora.
Agilidade e equilíbrio. O trabalho de garçom fundamentalmente depende destas duas habilidades. Desde o levar das bebidas e copos na mesa até a retirada dos mesmos. É tudo muito dinâmico e com o tempo você se profissionaliza e acostuma com o ritmo. É igual dirigir, daqui a pouco você está fazendo bem sem perceber, ok? Bora bora.
Atendimento ao cliente. No começo, eu como muitos, tinha medo e dúvida de chegar na mesa dos clientes. É normal, okay? Comunicação com pessoas que nunca vimos não é algo tão simples quanto parece. Sejam o mais educados que puderem que os clientes entenderão o seu desconforto como respeito e algo bom. Tem cliente chato? Tem sim. Mas não são a maioria. Fiz muita amizade e continuarei fazendo com diversas pessoas de diversos países em que atendi. De novo, a comunicação empática com os clientes é uma prática que se adquire com o tempo! Vá com calma e seja um “lord” em educação. Aí está a regra de ouro, certo? Bora bora.
Admitir um erro. Admitir um erro é uma atitude louvável e admirável no trabalho e na vida! Lembro-me quando trabalhava na Manserv, dentro da Goodyear de Americana, haviam alguns tipos de pneus que tinham uma marcação especial feita por equipamentos e para “facilitar” o embarque alguns funcionários faziam essa marcação manualmente na porta de embarque. Um gerente alto da empresa descobriu e perguntou quem fazia aquilo. Ninguém, eu disse ninguém, admitiu que realizava aquela prática ruim. Os nossos exemplos de liderança são péssimos neste nosso país, vocês não acham? Se os nossos líderes da nação são corruptos, por que nós não podemos ser? É assim que o funcionário pensa, não é? Mas nós não podemos ser corruptos em nosso caráter porque é errado e só assim mudamos algo no Brasil, okay? Bora bora!!
Recursos humanos. Estão há algum tempo mais para recursos desumanos, vocês não acham? Nada que você faça no trabalho, e também na vida, em prejuízo de alguém irá te trazer algo bom. Pode ser que em curto prazo alguém ganhe algo em troca da “malandragem”, mas ao longo prazo é uma péssima atitude de trabalho que somente atrai prejuízo a quem o pratica. Poderia citar “n” exemplos nos trabalhos que passei de situações assim maldosas que visavam me prejudicar e acabaram mal aos que intencionavam essa prática. Caí de dois ou três empregos por causa disso, sim cai. Contudo acredite: há sempre uma porta aberta onde o seu bom caráter e desempenho serão vistos e reconhecidos. Bora bora!
Se existe preconceito da ala operacional com colegas de trabalho com escolaridade superior, melhor conhecimento e cultura? Vamos começar explicando que se você é bem formado ou formada e não desempenha com excelência as suas funções operacionais, isto não se torna um preconceito e sim um conceito de que este ramo não é realmente o seu lugar. Agora, se você desempenha com total qualidade as suas funções, apesar de ter estudado, a resposta à pergunta do início é sim! Existe um conceito formado na ala operacional que as pessoas com curso superior não pegam no pesado. Mas, mostre o seu melhor trabalho que a equipe vai com o tempo confiar em você, okay? Bora bora!
Um dos grandes benefícios de trabalhar no Tijuca Restaurante em Americana é que tem todo um vitral com vista para o movimento da cidade. Às vezes, surpreendo-me distraído com o som de algum carro possante, e quando acalma, lá pelo fim das atividades, gosto de arrumar o salão observando um pouco da tranquilidade da tarde passando. É bom se sentir livre pelo simples detalhe de uma paisagem. E tenho certeza que os nossos clientes concordam, né não? Bora bora!
Trabalhar mais que os seus colegas de trabalho. Se você tem a capacidade e deseja ser promovido, saiba que você irá trabalhar mais que os seus colegas de trabalho. Tem uma lógica nisto. Se você faz bem feito e rápido o que precisa ser feito, é óbvio que a gerência irá escolher mais você para fazer. Fica normal se tiramos da cabeça que estamos sendo passados para trás e explorados pela equipe. Na verdade, estamos pensando em subir quando a grande maioria fica confortável em ficar no mesmo nível. Trabalhe muito e trabalhe bem! Bora bora.
Salário. O valor do seu salário deve ser avaliado na equiparação das suas responsabilidades e produtividade aos demais funcionários na empresa com o mesmo cargo que o seu. Por exemplo, há algumas funções, como fazer as marmitas e atuar no caixa, que eu não realizo e os meus colegas de função fazem. Não seria justo eu ganhar o mesmo que eles, não é? Qualquer pedido de aumento deve vir justificado com aumento de responsabilidade e ou produtividade, senão não se justifica. A regra essencial é: quanto menos você fizer os seus superiores terem dor de cabeça e trabalhar no operacional, mais você sobe! Captou? Bora bora.
A maioria das pessoas comuns associa remédio controlado ou como sendo para dormir ou como sendo para dar ânimo. Aqui existe um erro e uma certa ignorância no que conheço. Remédio controlado é para te manter equilibrado. E equilíbrio é o que 99% da humanidade está necessitando, não é mesmo? Outra analogia pejorativa e ignorante que fazem: a pessoa não consome álcool porque ela toma remédio. Poderia citar “n” pessoas que eu conheço que fazem uso de medicamentos controlados e consome álcool. Eu não bebo porque não quero e porque me faz mal. Bora bora.
É bom para a sua carreira fazer freela de garçom? Em como tudo, têm os seus prós e contras. Um dos agravantes, no meu conhecimento, é que nos primeiros dias é tudo novo e confuso e assim parece que você está fazendo corpo mole ou é um funcionário relapso com as suas responsabilidades. A melhor parte de fazer freelancer é melhorar a sua rede de contatos. A gente acaba conhecendo muita gente boa e nova no “rolê” do freela. Importante: não conte com a paga de freelancer no seu orçamento doméstico, sendo que esse é um dinheiro esporádico e não fixo nos seus ganhos, okay? Esta noite é dia de um novo trampo! Bora bora!!
Comunicação com o cliente. O seu modo e a maneira de se dirigir ao falar com o cliente, no meu entendimento, tem que ser assertivo. O que isso quer dizer? Não deve ser muito formal e nem espontâneo demais. A regra clássica é ser objetivo, mas nem tanto, porque há uma interação inesperada de momento. Lembre-se: cliente não é amigo que você recebe na sua casa. E você tem que ser imparcial na sua conduta e educação no atendimento. Não é porque o cliente é o fulano de tal ou a mulher é espetacularmente bela que irei ser diferenciado. As pessoas todas que entram num restaurante merecem o seu total bom atendimento e cortesia independente de quem sejam. Concordam? Bora bora.
Com quem ficar de verdade. A educação transforma tudo na vida de uma pessoa. A educação familiar de valores e exemplos, a educação escolar que disciplina e a educação da experiência de vida que testa e lapida o caráter. Mas vamos lá, com quem ficar de verdade? Tentei namorar europeias com o ideal que elas fossem eruditamente educadas e num certo tom, país civilizado, pessoas civilizadas, né não? Porém a realidade não se demonstra assim, não. As pessoas são factíveis de maldade e traição onde quer que elas nasçam se elas não forem de um bom caráter. E o ser humano está mundialmente fraco em valores elevados e caráter. Então, com quem ficar? A regra geral é conhecer a pessoa antes de ter filhos. No namoro você saberá com quem está lidando. Nas primeiras frases ou conversa você já sabe, né não? Mas, às vezes, não respeitamos os sinais e colocamos os pés pelas mãos. Encontrem uma pessoa bem educada nestes três parâmetros que escrevi lá em cima, é a minha dica. Entretanto, no fim, dá tudo certo, okay? Tudo só passa de experiência na escola Terra. Bora bora!
Número das mesas. Uma das primeiras coisas que um garçom deve saber quando faz um freela ou quando chega pela primeira vez no restaurante que irá trabalhar é o número e a disposição das mesas no salão. Se a gerência for boa ela irá indicar o garçom para que ele aprenda logo com outras atividades como limpar as mesas e colocar as papeleiras. Toda a organização de um bom atendimento no começo depende de se localizar bem no salão para poder entregar certo os pratos e as bebidas. Servir é bem divertido porque inclui várias habilidades para quem o pratica. Saber se posicionar no espaço é uma delas, até para não trombar nos colegas de trabalho e nos clientes, móveis e objetos. Bora bora.
MANUAL DO GARÇOM
por Acantiza
COLEÇÃO PARTICULAR DE ARTE
por Acantiza
Ordem de entrega e retirada de pratos e bebidas da mesa. O que irei dizer é formal, possivelmente a etiqueta do serviço esteja ultrapassada para a nova geração, mas pode ser um diferencial para o negócio seguir um pouco a formalidade. Quando houver crianças, idosos e adultos mulheres e homens em uma mesma mesa, é agradável e ordenado servir as crianças primeiro, depois os idosos, depois as mulheres e por último os homens. Se houver um casal numa mesa, sirva primeiro a mulher. Os pratos e as bebidas se servem pela direita do cliente, sempre que possível. Os pratos e as bebidas também se retiram da mesa pela direita do cliente. Geralmente, retiramos todos os pratos juntos, quando todos já terminaram a refeição. Os copos se retiram sempre com o auxílio da bandeja. Nunca se serve a sobremesa com louças sujas na mesa. É claro que temos que nos adaptar com o método do local em que trabalhamos, mas esta é a conduta formal que aprendi. Bora bora!
Serviço de vinho. Primeiro você pergunta para a pessoa que compra o vinho quem presente na mesa irá beber com ele ou com ela. Ou o auxiliar de garçom traz as taças ou você mesmo traz e coloca a direita dos clientes que irão beber. Você apresenta a garrafa com o rótulo voltado a pessoa que comprou a garrafa. Para abrir, alguns lugares deixam apoiar a garrafa na mesa, outros não. O ideal é não fazer barulho quando extrair a rolha. A pessoa que comprou pode querer cheirar a rolha, então, você vai servi-la um pouco do vinho para ela degustar, aprovado a bebida por ela, você irá servir todas as demais pessoas na mesa nas taças até pela a metade mais ou menos e, por último, servir a pessoa que comprou o vinho. É isso! Vocês conheciam este método? Bora bora.
Quando eu estiver na espiritualidade, naquela casinha simples e aconchegante com a natureza exuberante em volta, quero encontrar-me na presença de todos os cachorros que tivemos. O Negão, a Lina, o Benji, a Petit, a Tati, os pastores alemães, os do sítio do meu pai e alguns novos. E nós iremos rir, regurgitando da nossa atual e real felicidade, um estado de completo êxtase, encarando tudo que pensei que era problema na Terra, como um grande aprendizado Divino. Soa como o paraíso para você?
Os europeus têm um comportamento de resposta que não se importa se você irá se magoar. Eles dizem o que tem que dizer “na lata”. Por exemplo, se eles são convidados para um casamento importante e não querem ir, eles irão dizer não, sem pensar que podem magoar a família ou os amigos. Não sei se essa conduta se desenvolveu porque eles passaram por muitos perrengues e não tem tempo e motivos para “mimimi”. Sei que quando passei na Europa, por essas e outras, estava voltando para casa. Foi o que senti mesmo, porque me comporto assim no Brasil e me consideram um estranho. Alguém mais se vê deslocado e se sente assim constrangido nesta pátria Brasil?
Ser garçom e intelectual é uma contradição? Sabe, uma vez li a frase de um grande e sábio pensador que dizia mais ou menos assim: há vida inteligente fora dos muros da Academia. É possível sim ter um trabalho operacional e ser um pensador. Produzo conteúdos literários e de conhecimento que têm base em muitos livros e referências de cultura e arte erudita que colecionei até o momento que vivo. Além do mais, o trabalho de garçom me ajuda desenvolver diversas habilidades físicas e também intelectuais que eu não aprenderia dentro de uma sala de aula. O que é necessário, no âmbito da palavra, é fazer bem um trabalho que te dá satisfação e paga as suas contas, independente da notoriedade do título ou do lugar. Concordam comigo? Bora bora.
Trabalho e música. Depende da atividade, caso não incluam riscos de acidente ao funcionário e para empresa devido a atenção redobrada, considero que nas demais funções operacionais, o trabalho rende e é mais eficiente quando feito com alguma música ambiente. Fones de ouvido, para operacional, prejudicam um pouco a qualidade porque um superior ou alguém pode te chamar e você não ouvir e fica bem chato requerer a atenção na comunicação. Celulares não são indicados porque tiram a atenção com as mensagens que chegam a qualquer hora, não é? Se até os animais crescem melhor e comem bem mais felizes com a música ambiente, por que seria diferente com a produtividade em um trabalho operacional? Você concorda comigo? Então, bora “bailar” e pegar no pesado! Bora bora.
Estava pensando sobre a fonética e o corpo. A língua nativa e o corpo. A pronúncia nativa de, por exemplo, thing em inglês somente acontece colocando a língua do corpo entre os lábios. Isso porque a fonética do “th” em inglês meio que impõe, mesmo que com gentileza, essa postura ao corpo humano. E como uma criança americana aprende corporalmente a falar assim? No meu entender ela não aprende, simplesmente acontece. A frequência molda o corpo. E para mim se dá o mesmo quando saímos com alguém que fala a mesma língua que a gente (aqui você entende o que quero dizer com mesma língua, não entende?) O “barato” simplesmente acontece porque a frequência molda os corpos para que ambos se entendam. E da mesma forma, fica difícil separar, a distância, porque os corpos agora sabem dizer o”th” de ambos com a língua entre os lábios. Ficou muito confuso?
Não existe causa para vagabundo. Existe dinheiro!
Para a maior parte das pessoas em um relacionamento, não importa saber a procedência do dinheiro, importa ter as contas pagas. Felizmente, para as pessoas de bem, este comportamento tem um prazo fixo. Quando a mulher ou o homem de bem descobre que o dinheiro não vem de uma forma lícita ou que envolve esforço e conhecimento, o relacionamento termina.
Quem você procura?
“Ela é a razão para eu agradecer a cada manhã por eu ter sobrevivido”. (Ponto).
“Contrate caráter. Treine habilidades”.
Manter funcionários com bom caráter na sua empresa significa prosperidade ao longo do tempo. Na ala operacional e no Brasil, na grande maioria das vezes, o trabalho é a oportunidade do funcionário se deparar com valores de caráter que são mister virem dos donos e da gerência como exemplos de uma conduta correta de atitudes através da responsabilidade com o patrimônio da empresa e do tratamento para com os demais. Muitas pessoas no nosso país são desfavorecidas de bons exemplos e valores altruístas dentro do lar. Porém, boas atitudes e novos e corretos exemplos como conduta corporativa transformam e fazem todo o sentido e a diferença na produtividade e na saúde, no âmbito geral desta palavra, no quadro humano dos funcionários. Quem concorda? Bora bora.
Alguns amigos me questionaram se eu quero ser gerente. Acredito que é um caminho lógico para quem quer ser o dono de um empreendimento no futuro. Mas a resposta correta é que lido com as minhas responsabilidades de garçom com o pensamento de gerência. O que isso significa? Basicamente que desenvolvo o que tenho que fazer com o pensamento voltado no todo da empresa. Coisas simples levam a resultados inesperados e incríveis! Se os banheiros estiverem limpos e em ordem, os funcionários e os clientes se sentirão bem, e isso gera alegria e lucro para a empresa. Se o espaço kids está limpo e organizado, as crianças gostam e os pais as trazem gerando mais lucro para empresa. Se eu atendo com felicidade no que faço evitando os erros, o cliente percebe, fica bem e volta. É assim que funciona, concordam? Gerenciar é só um fator. É melhor aprender a seguir as regras do ambiente primeiro. Faça bem e com amor. As pessoas estão vendo. Bora bora.
Escrever bem não é somente sobre pôr as palavras em regras. É sobretudo sobre o sentimento. Às vezes, quando me entretenho profundamente escrevendo, me esqueço que existe a gramática. É quando somente prepondera o sentimento no meu intelecto e no meu corpo. E este, é o maior tesão.
Há um ponto nas cores do inverno em que se formam imagens interessantes na nossa percepção e memória. Às vezes, toda a verdade se resume em um sorriso despretensioso em nossa direção. São cenas em movimento que gravam além da atitude a esperança que pulsa no coração agora rejuvenescido por uma mise en scène de cunho particular e talvez místico. Ela colocou as mãos em seus cabelos castanhos negros e entrelaçou um coque como se fosse a espiral de um tubo bem formado numa onda do mar ou ainda o broto no centro de uma espada de São Jorge ou alguma outra planta ornamental crescendo. Ela fez a cena num espaço de plano cartesiano, mas em mim, chegou a tocar algum céu. A luz do sol vindo pela janela formou uma camada de mistérios clamando revelações ditas no ouvido por todo o seu corpo. Despejei em meus lábios um gole do café na xícara presenteada por minha mãe. Aquele quadrado era maior que o nosso toque. Um real enquadramento para alguma abstração contemplativa. Foi um nó bem dado entre ela e o meu sonho. Aquele movimento ampliou em mim a beleza da tal moça, como as cores do frio causam cor ideal à luz nas coisas antes foscas. Um remédio para o caos cinza em que estava. O tempo redime em sentidos antes amedrontados pelo compromisso do trabalho em virtude da atenta observação de alguma certa paz na vida. Há tempos não ficava o domingo assim em casa.
Economia dos produtos de limpeza pelos funcionários de um restaurante. Esta atitude demonstra respeito e comprometimento com a empresa em que trabalhamos. Quando tratamos os produtos oferecidos pelo restaurante como faríamos em nossa casa é um ótimo princípio para que nos vejam com bons olhos. Aliás, a logística da gerência por manter o estoque sem excessos, mas sempre com o material necessário para o trabalho é um ponto fundamental para fechar no azul as contas da casa. O quê pensa sobre? Bora bora.
O SOMMELIER DE VINHOS ALCOOLISTA
Esta linha tênue do desejo tão próximo na boca e distante ao mesmo tempo pelo cuspe é que me fará ser próximo ao melhor se eu me formar nesta especialização. O coito interrompido daquele prazer do álcool na memória e próximo ao sangue em troca pelo conhecimento profundo da bebida somente ao paladar na indicação certeira ao cliente. Amo muito tudo isso e combina comigo! Ter e não ter! O caos! E você, o que acha?.
Se há algo que gostaria de ensinar nos autos dos meus quarenta e dois anos é que a gente não ganha em todas as frentes nesta vida.
E que as conquistas não seguem um padrão linear na linha do tempo de pessoa para pessoa.
Não quero vangloriar fatos que variam da responsabilidade de cada ser, mas por exemplo, irei dizer da minha profissão.
Comecei fazendo uns bicos no buffet em São Carlos, depois passei por uns quatro restaurantes em bons lugares e atualmente estou aqui.
Aqui tem dificuldades, aqui possivelmente não era sonho no tempo da faculdade,
mas Aqui me permite estar absolutamente saudável em estado físico e psicológico para conquistar com sacrifício as coisas que mobíliam uma casa, Aqui me permite pensar numa viagem por ano sem muito luxo, Aqui me permite o afastamento de pessoas interesseiras e o mais importante: Aqui me permite estar me sentindo muito bem para escrever e fotografar, a minha atividade culta que não gera faturamento.
Quanto tempo passou para eu estar neste momento?
Para alguns, muito. Para outros, nem saberão do que estou dizendo.
Para mim
Passou tempo suficiente para eu entender o real Valor.
Ontem a tarde intui novamente a nossa casa na espiritualidade.
Numa mesa pequena forrada por uma toalha ornada em tricô tem mel 🍯 que as abelhas produzem próximo a casa.
A temperatura não é fria e nem quente. É o ideal para um vinho tinto.
Escuto as crianças da vila brincando em volta do laguinho.
Você entra com as flores recém colhidas e uma enfeitando o seu cabelo.
Acendo um cachimbo com as ervas que plantamos.
Continuo ditando o romance.
Saí sem estabelecer expectativas para um corpo quente numa noite fria. E também porque queria beber a cerveja gelada do Jah, um bar caído ao estilo praia. Entrei cedo, é verdade, minhas testemunhas, mas o que será narrado da mesa para dois em que sentei é de interesse global. Uma mulher de sei lá seus trinta anos chegou com roupas alegóricas e movimentos de dançarina até próximo a minha mesa, ela olhou por cima do ombro e perguntou se poderia sentar-se. Disse que sim e perguntei o nome dela. Ela disse “Igraine”. A partir daquele momento comecei a reparar que ela era bonita. Falei, Tá bom Igraine de Excalibur, o que a traz até aqui? Minhas testemunhas, aqui houve a quebra da quarta parede. A mulher ficou desconjurada e falou “Certo, você sabe…” e aumentou a sentença “Não é mais um dos idiotas de quem posso tirar alguns cigarros e um drink com a minha atuação, não é… estou anestesiada e completamente chateada”. Acredito, minhas testemunhas, que a minha gentileza às vezes é confundida com idiotices, mas aqui as coisas estavam diferentes. Estendi com a minha mão o maço de cigarro até a mão de Igraine e chamei o garçom mais próximo para atender a nossa mesa. Naquele ponto eu tinha mais que a estória, tinha a cena toda à minha frente. Tá bom, Igraine de Excalibur, então você é atriz? Ela respondeu soprando a fumaça para o auto “Sim”. E onde a dançarina está se apresentando agora? Ela disse meio que insolente “Nos bares, Ué”. Adoro este ar amador na atmosfera. Eu também me apresento nos bares Igraine, dentro da minha mente, e ela diz agora que este é o instante que começa uma noite interessante.
Igraine e eu fomos até o meu apartamento, não muito distante do Jah.
Ver uma mulher se despir pela primeira vez na sua frente é uma filosofia completa do poder se desconfigurado em constrangimento, por mais que ela considere que tem um corpo fabuloso.
Minhas testemunhas, não posso florear segredos do que uma atriz que conhece os movimentos do corpo em capacidade exerce de fato na cama.
Acordei na manhã fria seguinte. Igraine dormia como uma pedra. Coei o café e acendi um cigarro. Pensei em ser gentil. Fiz torradas com manteiga e mel.
Igraine acordou com o cheiro.
Sentamos a mesa.
Ela perguntou “O que será de nós, Arthur?”
Time won’t set statements in our lives from now till’ ever, Igraine.
Tem sido interessante viver. Me divirto oitenta por cento da minha carga horária. Óbvio que essa alegria tem um preço. Talvez eu só estivesse andando pelos meios sociais errados para perceber o que sou. O que quero dizer é que sou o salário dos making-of. E vou te contar, vai! Para pessoas certas sou uma boa vida, talvez melhor que a do protagonista. Mas sejamos sinceros da cena que estou fora. A cena que estou fora é a seguinte:
A gente não estuda filhos em boa escola.
Não tem plano de saúde.
Não tira onda na Disney ou qualquer outro pico relevante.
Sequer paga seguro para um carro que não existe.
Não financia imóvel ou investe em terrenos.
Sem hora para chegar ou beijo de namorada.
A nossa alegria é comer bem. E comer muito.
E rir bastante da espontaneidade do desinteresse do simples relógio rodando.
Sou o making-of da sua cena interessante tendo como mundo o jardim de casa. E é um jardim secreto para muitos.
Se a vida é como construir uma casa, escolher um terreno, a espessura das vigas, fazer o alicerce, planejar se será uma casa pequena ou grande, a minha vida até um ano atrás foi uma mochila nas costas, muito estudo, bastante conhecimento e memória, milhares de estórias. Eu ganho uma certa preocupação em saber que agora é um plano que não cabe muita gente, tem que estar, sentar e viver com pessoas específicas que não se preocuparam somente em somar o bocado de dinheiro que roubou o tempo e não permitiu enxergar que o mundo é do tamanho da nossa mente. A maioria das pessoas que sabia que a vida é uma casa e correu atrás, hoje tem uma gaiola grande e uma mente pequena. E torna difícil dividir uma mesa.
ILUSÃO
A estratégia social de um coletivo é viver e compartilhar a mesma ilusão.
Como se fosse na caverna de Platão, eles vivem como se as sombras projetadas da realidade fossem referências para expressões artísticas.
Não é uma arte com apelo emocional.
É uma estratégia da sociologia que funciona no âmbito de sair com garotas.
E provavelmente eles saibam que não são tão bons quanto alguma referência icônica no gênero que atuam.
MAINSTREAM (corrente dominante)
Um artista à frente do seu tempo não é social.
Ambos estão fora do mainstream.
Mas o artista erudito vive uma ilusão reflexionada na realidade, reproduzindo expressiva e analiticamente as sombras e a realidade, que são a personalidade obtusa dos seres fora da caverna.
É uma atitude reflexiva e introspectiva em que ele mesmo convive e interage.
Enquanto este move a sociedade, o outro é somente uma peça da sociedade restrita e ilusória que criou para um grupo.
ATRAÇÃO
O intuito de uma arte é atrair a atenção.
Como um pássaro que faz movimentos e cantos, a arte intencionalmente é feita para atrair.
O artista erudito causa desconforto.
O coletivo tem a plateia ganha.
A QUEM VOCÊ QUER APLAUDIR?
A probabilidade que este parágrafo tenha final feliz é você quem decide, certo? Nós temos um príncipe que abusou do seu poder. Usou mal o dinheiro, violou mulheres, mandou assassinar gente de bem. Se fez culto, obviamente. Mas livros e tutores não foram suficientes para transformar-se em sabedoria na sua alma imatura. Qual o maior castigo que ele poderia enfrentar? Eu lhes respondo: o desprezo e o anonimato! Quando? Quando nasceu, amadureceu e quis ser homem de bem. As pessoas se dirigem a ele com o tratamento de desdém e menosprezo. Ele vaga num beco escuro onde a concha, talvez crie uma pérola, talvez crie um monstro. Tive pena num certo momento. Cheguei ao ouvido do esquecido príncipe e disse: ‘a maior falta que um homem pode sentir é a de Deus! Todas as outras ele supera”. Por um momento o homem respirou calmo lembrando de todo o seu passado de erros na consciência e considerou os fatos e pessoas justas e até caridosas. Fim.
Quando pensava e via o meu filho com a Thais crescendo no colo dela e da Helena o meu sangue ardia em brasa. Me colocava num redemoinho de reminiscências e deitava absorto em pensamento nefasto. Então, decidi que não cabia a ninguém o meu dia a dia de artista. Foi nessa hora que decidi me apaixonar por uma máquina de lavar roupa. Todo santo dia, na mesma hora depois do trabalho, ia à loja de departamento e observava um detalhe novo na mesma sagrada máquina. Não me importava se ela era econômica, rápida, lenta ou se tinha o caráter ilibado. Era a máquina que escolhi e era a máquina que iria me dissociar da vida social, da Thais, do nosso rebento e até da puta Helena. Comecei a juntar cinco reais por dia para comprar a tal lavadora. Era o tempo ideal para me afastar de toda a casta que não cabe na minha vida de artista.
O que mais tem são pessoas criando cenários para justificar e minorar os próprios erros. O irmão passa no vestibular em medicina e considera que o mais importante no momento é a família comprar calça branca. Peraì! Seja o melhor aluno da sala nos primeiros semestres, de bermuda que seja, que a calça vem, meu irmão! O amigo diz que precisa de um iPhone 16 porque senão não dá para fazer trading de criptomoedas. Calma lá, né amigo! Prova que você ganha o suficiente para sua família, e que consegue pagar o wi-fi que seja, que o iPhone vem! A mãe se intromete e deixa os filhos saírem para o mundão, mas é péssima em administração financeira porque senão não tem como se pôr de vítima. Pera lá, né mãe! O compadre pede um carro para ser Uber, mas acorda às oito da manhã! Tem alguma coisa errada, né compadre? O jovem coloca tudo que é desculpa para justificar o vício em pó e anfetamina! Vamos rever isso aí, né jovem? Vamos assumir em primeira pessoa as consequências das minhas próprias ações contemporâneas. Se eu me considerasse artista, e somente artista, vivendo embaixo do teto da minha família, a minha escrita estaria bem pior que agora, agora que estou na vida independente porque tenho o meu emprego e a minha profissão, e considero a escrita um hobby, até que alguém do ramo editorial veja qualidade no que faço e isto vire dinheiro. E eu não preciso de um notebook para poder escrever! Se na vida independente, e com o emprego e a profissão que escolhi hoje, eu não melhorar no financeiro, nenhuma mulher séria, eu disse séria, posicionamento refinado, colocará a confiança em mim. E eu não saí inventando história do que não faço ou sou para ninguém não, meus leitores! Se quer saber se a minha família confia em mim para investir em mim? Bom, parece que tá bem clara a resposta: lógico que não! Talvez porque fui o mais corajoso e impulsivo. É consequência! E assim que as cortinas se abrem no teatro, sejamos uma cena autêntica, assumindo como adultos as consequências das nossas escolhas. Vale?
A paixão pela máquina de lavar tornou-se obsoleta quando tive a visão da Thais saindo da padaria do bairro. Ela era uma fábula! As roupas de frio transformam a beleza de uma mulher elegante em um termostato. Decidi que queria abrir a minha cafeteira para entender como ela funcionava. Não descobri nada além de saber que não tenho a menor ideia de qual é a razão quadrada do meu pensamento em relação a todos. Não sei mais a regra de três. Vamos chamar eu, Thaís a puta Helena e o nosso filho de regra de três a partir de agora.
O homem estava na minha frente na fila do caixa do supermercado e reparei primeiro nos sapatos dele porque tenho a mania de olhar para baixo. Surrados, sujos e gastos. Ele vestia um capote tão feio quanto o que lhe cobria os pés. Marrom, couro rasgado. Então olhei o rosto do homem, sisudo e fechado. Ele pagou com dinheiro uma nota de vinte e devolveu a notinha da compra que acabara de amassar para a caixa assustada. Eu também estava assustado, mas curioso. Paguei rápido o meu presunto e queijo e uma lata de cola e saí, não explico o porquê agora, segui aquele homem. Foi um grande erro! Eu explico. No segundo quarteirão a minha intriga beirava ao abuso. A luz do poste próximo começou a acender e apagar. De repente, o homem olhou para trás. Disfarcei olhando para baixo e soltando a fumaça do cigarro. Não funcionou. O homem caminhou na minha direção enquanto fiquei esperando estático.
“O que há com você, oh idiota?” Ele falou rouco. “Por que está me seguindo?”
Não tinha o que dizer e olhei para as minhas compras.
“Fala seu estupido!” O sangue dele fervia.
Eu não sei, senhor. Somente achei o senhor diferente e quis seguir. Somente.
“Então você é mais um dos bestinhas metido a seguidor. Pois diga o que você quer, senão te darei um sopapo dos bons!”
Tive que inventar isso rápido.
Senhor, como estávamos no supermercado, eu só queria saber se o presunto parma compensa tanto em relação a este normal aqui (mostrei o embrulho) que escolhi?
“Você é mesmo um insuportável imbecil! Compra aquele que está com vontade e pronto!”
É que eu não tenho vontade, senhor!
“Pois vá se tratar, doido! E me deixa em paz! Senão chamo a polícia!
Eu segui para o outro lado e acabou.
Excluindo quando acontece com crianças, desconheço doença que ajusta mais os pontos, aqueles que merecem a atenção em uma família, do que o câncer. Cito inúmeros casos à minha volta em que as famílias separadas se reuniram novamente, por alguns momentos que seja, porque alguém está com um tumor. Tragédias não proporcionam tal oportunidade.
Amandinha foi contratada para a vaga do caixa da oficina de rodas, freios e amortecedores.
Sem pejorativo, Amandinha é uma belezinha.
Outro dia vi o namorado da Amandinha pegando ela no final do turno com uma moto utilitária.
Anteontem, Amandinha estava esperando em frente à loja. Um cara com o carro importado parou, abriu o vidro e disse algo, no que Amandinha respondeu: “estou esperando o meu namorado”.
Amandinha não cedeu ao segundo.
Não cedeu ao terceiro.
Mas o quarto, o quarto tinha um cheiro gostoso e um papo macio. Disseram que ele é político. Ela se deixou seduzir.
Ele fez tanta sujeira, lambuzou-se a noite inteira.
Como não poderia deixar de ser, não mandou mensagem.
Quando voltou à loja, disse que não queria nada com a Amandinha.
Ela se consolou nos braços do namorado da moto. Mas o sofrimento tem um quê que vicia.
Amandinha cedeu ao segundo.
Cedeu ao terceiro.
Até se sentir bem usada.
Porque é isso que a sociedade faz com os bibelôs que não lhe pertence.
Por que os pintores reproduziram auto-retratos?
Na minha opinião nunca foi egocentrismo.
Era a tentativa de autoafirmação que eles tinham a forma, o rosto, quando a intimidade com a cor e a luz desintegrou o ser e o existir numa concepção extremamente particular de consciência global.
Foi quando percebi que não era uma busca e me senti em imensa e completa paz. O infinito que hei de caminhar abaixo de todos os céus tornava cada momento uma massa e uma energia, tocável e não tocável, entretanto eterno, pela insustentável leveza do desapego desintegrando qualquer sonho que não o presente.
A regra de três começou a me incomodar. Decidi por os lixos da casa para fora. Estava com uma calça azul de moletom, chinelo, uma blusa de malha vinho. Perto da lixeira grande do bairro, comecei a sentir um bom calor vindo do sol. A luz esclarece alguma coisa dentro da gente. Atravessei a rua no farol e me sentei num muro baixo de uma construção recém demolida. Por que o caso resolvido e solucionado com a Thaís martelava nos meus miolos? Um morador de rua das redondezas chegou próximo e falou mais ou menos assim: “Você sabe bem que um é confiável enquanto o outro nunca foi confiável! Então por que, Deus, eu me decepciono?” Pois era isso! Se você sabe que a Thaís é uma cobra das mais peçonhentas, por que ficou na pior quando ela inocula o veneno?
Pensei bem e a Thaís não é uma cobra. Thaís é um camaleão! Um animal que se adequa e se traja bem em cada cenário para não sofrer represálias e argumentos contrários. No tabuleiro de xadrez, ela é o bispo: só caminha em diagonais e não enxerga para frente! Só vai numa linha torta e se esgueirando! Vai e volta! E sem pensar! Porque se ela gostou do meu pau e temos um filho, que diabos passou na cabeça desta criatura para ela querer ficar com a Helena? Um animal assustado e manipulador das próprias vontades e que foge do sofrimento da continuidade reta, é isso! O bispo da regra de três!
De todas as vantagens de namorar a Thais, sendo ela bi hetero, a maior, sem dúvidas é que ela se tornou uma mulher com critério. Uma vez, estávamos conversando quando Thais apareceu com a seguinte sentença: “sabe aqueles homens de título bonito e conta bancária toda ferrada?” Eu disse não! “Aqueles tipos que escolhem nomes relevantes de profissão e depois que a gente sai um, dois, três meses com o cara ele só tem o título de dívidas e rolos?” E o que isso tem a ver com a nossa conversa? “É que você é diferente! Você é incapaz de mentir! É um inarredável da verdade! Sabe conversar e não só para me, perdão, comer. Passar para traz, entende?”. São por estes jeito de lembrança que tento compreender porque ela está com a puta Helena agora. Não faz sentido. A não ser que eu pense e aceite que alí existe equilíbrio emocional, sexual e econômico. Não julgue que a Thais é uma messalina! Eu posso, você não! Homem de título bonito.
O bispo da regra de três beija bem pra um caralho. A boca da Thais é meio carnuda, então quando ela usa aqueles batons de brilho molhado e vai falando é uma arapuca sem saída. Acho que vou fechar o livro, porque, assim, tô ficando insano. Você estupido iria no Instagram da mulher desejada para stalkear, mas já não me dou a esse luxo de tempo livre jogado no lixo. Prefiro a minha memória. De quê muda a minha narrativa saber que a Thais entrou no meu Instagram? Se está rindo de mim enquanto chupa a puta Helena? A vida era melhor para a gente quando as janelas tinham pé direito. Dava para saber o tamanho do muro da privacidade. E o quanto você tinha que se esforçar e se expor fazendo o papel de otário. Pessoas entraram no perfil dela, pessoas saíram do perfil dela. Meu Deus! Que sociedade de aborto estamos conhecendo! Aborto de uma vida extraordinária de encontros saudáveis a distâncias inimagináveis na história por um pai ou mãe ou ambos neuróticos com picuinha bairrista. Poxa! Thaís, vamos foder?
Eu quero o pudim. 🍮
Eu trago um para você.
Está bom este tamanho?
Perfeito!
Sabe, eu fui garçonete em Nova Iorque.
A grande maçã?
Isso, isso.
Nem vou perguntar se você gostaria de voltar comigo, porque é um pouco cedo, saca? Me ensinar o caminho das Pedras… pode ser a mordida maior que a boca. Tipo, the Big Apple.
Você é estranho. O esquisito no ninho.
Você trocou o nome do filme no trocadilho.
Ficaria óbvio se não o trocasse.
E o que você faz agora? Tipo, qual profissão?
Aquela vida normal das adultas. Trabalho qualificado e técnico, filhos, contas para pagar.
Estive conversando sobre esse tema.
Assim, o normal não gera mídia, mas o normal gera patrimônio sólido.
A gente só fica interessado por história de pessoas que fizeram coisas fora do normal, não é?
Mas, casais normais, estando em equilíbrio, constroem uma vida calada e honesta, na exclusão de mídias coletivas, vivem vidas de patrimônio sólido e íntegras. Emocional, financeiro e humanamente dito.
Felizmente esses são os 90% de acerto que ninguém divulga.
Caros leitores, perdão ir direto ao ponto. Tudo começou com um tapete que foi lavado à vap.
“Você é a maior SUGGAR INSTA”!
O quê isto quer dizer?
“Que sai com homens para postar fotos de pratos bonitos e vinho 🍷fino em ambientes bacanas”!
E você sabe ser simpático.
Damião, um ancião da espiritualidade, teve que fazer uma escolha, depois que em três anos do processo de julgamento os seus pedidos sinceros de absolvição foram negados. No leito da sua cela, rogou direto a Deus por sua absolvição, sendo que somente Deus poderia sentir no íntimo do coração de Damião o invólucro e harmônico sussurro da tão sincera inocência e arrependimento.
No outro dia, tendo dormido um pesado sono, nenhum agente carcerário veio abrir a cela de Damião e estava o presídio em absoluto silêncio. Damião pensou estar morto. Foi até a cela, que estava aberta. Demorou alguns instantes para sair.
Chegando no pátio, havia um aviso. - A cadeia está infectada! Se conseguir, escape vivo!
Damião olhou para o céu e pensou que era a mensagem de Deus da noite anterior.
Damião rogou na mesma noite por trabalho. Ele conseguiu o trabalho. Trabalhando e conquistando simples, contudo valiosos bens, Damião rogou uma companheira. Ele conseguiu a mulher.
Damião nunca mais retornou ao presídio. Todos ao seu redor naquele passado ofídico se foram com o vento.
Damião vive feliz o dia a dia.
Pensa num ser humano que estudou muito, o tanto que está no currículo Lattes e mais uns mil quilos em livros e que teve família abastada por uns anos. Aí tenho que enxergar essa pessoa de fora como ela vive hoje. A profissão dela a deixa feliz, se ela não se subjugar à análise de quem ficou lá atrás, naquele tempo de euforia. Aqui está o ponto. Na vida desta pessoa agora não cabe quem não reconhece que ela cresceu, mesmo que julguem a sua casa velha, o seu emprego digno por um subemprego. Não cabem mais quem a dispersa encontrar entre os seus semelhantes em nível profissional e econômico a companhia para a evolução dessa encarnação. Essa pessoa sabe o que quer, mesmo que esteja sendo conduzida pela insegurança a procurar pelos lugares e com as companhias erradas. Ele reza, porque com Deus está o seu destino. E nenhuma das milhões das linhas que leu até aqui nunca foi e jamais serão perdidas. Deus abençoe 🙌 🙏 🙏 🙌
Thaís me enviou a seguinte mensagem: “Oi. Estou na padaria Pane Divino. Quero falar com você. É importante.” Tive um misto de alucinação quando terminei de ler no banheiro do trabalho. Chegando lá, as minhas expectativas logo se frustraram. Thaís despejou o seguinte texto:
“Você conhece o Alexandre, eu sei. Esse seu amigo babaca veio falar comigo no Jah. Um discurso manjado de pseudo sábio sobre o meu trabalho, um total boçal! Expliquei para a Helena que nunca o tinha visto e não resolveu nada na hora. Acabou com a nossa noite! Então Sr. (...) Me deixa fora de problema, estamos acertados?”
Ela levantou-se e foi embora. Estava muito puto e liguei para o Alê. Para variar, ele não estava fazendo nada. Aceitou o convite de tomar uma na padoca. Aguardei ansioso.
Alê apareceu e nos cumprimentamos. Depois de duas frases perguntei do Jah na sexta passada. Ele iria começar dizer e cortei. Falei que tínhamos que elevar o diálogo a adultos.
Escuta bem Alê, você me considera bastante estupido se supõe que eu não sei que você sabe muito bem quem é a Thais. Você está proibido de citar o meu nome em conversa com ela ou qualquer outra mulher que eu te apresentei. Thaís não é problema meu, mas se você atrapalhar qualquer relacionamento que eu estiver começando com o seu papo psicopata emocional, para mim, você será um homem morto e enterrado, como muitos dos seus ex amigos o consideram.
Você, como muitos psicóticos pseudo emocionais com quem eu convivo, só conseguem ser felizes quando tiram algo de alguém. Mas nunca vão tirar o que eu serei e sou com qualquer mulher que inteiramente me quer. Porque vocês são loucos e eu não sou. Me deixa fora de problema.
Levantei-me e saí pisando duro.
O casal leva o filho e a filha ao colégio esta manhã. O menino abre um salgadinho chips, a menina uma embalagem de bombons.
A mãe percebe a sensibilidade high, porque o cheiro a rebusca no âmago.
Ela olha para trás e vê os seus filhos observando o cenário de fora pela janela.
Pergunta ao filho o que ele vê. O rebento diz “Lua, mamãe”.
As crianças têm esses lances de um corte seco para vidas acostumadas ao seco.
A idade nos tira o ato principal da virada de dentro de nós.
O disjuntor do imaginário cai e a luz e grandiosidade da Lua em plena luminosidade do dia, pela janela do automóvel numa terça de inverno, neste momento não nos encanta como outrora.
Mas eles deixam os filhos na escola
Para que a cena do encanto vá se fechando numa cortina espessa e vermelha
E os cheiros se desfazem no ar até que outro iluminado nos relembra do além da segurança de uma sabedoria que é cela quando banida de luz e coração.
Separei por cores o que seria estendido no vento
E cada gota que viria transpirar os versos da batalha
De uma rotina de um homem atento
Ele não traz marcas augures de navalha
Entretanto numa dessas ardilosas chagas do vento
A luz entrou em sua mente como um relâmpago
Trazendo em cada afazer um risco no âmago.
Ele age, não se pode negar, com movimento lento
Mas vacile, alguém metido a canalha
O homem sabe que tudo no lugar certo será pago!
A roupa seca. A seta aponta a meta.
Aquele de personalidade forte vai tranquilo e bem vestido na falta.
Uma ode a química de lavar tecido, minha doce louca.
O sangue quente e o meu corpo tremendo demonstravam que eu era um animal faminto sedento para sair de uma cela de pensamentos.
A incongruência era não ter o controle das minhas atitudes como se fosse uma chimpanzé defendendo a cria. Eu queria, Deus sabe o quanto eu queria! Mas a confraria das esposas de casos triviais por fora não aceita falhas no regimento. E falo pelos cotovelos. Os morros de Minas se esticaram como um novelo de feno formando o nosso leito e mamaria no peito de uma cabra se ela se vestisse como você. Ah mas essa prisão, essa prisão de gentileza, cortesia e razão! Deus, livre-me de nascer filósofo, porque só quero derreter os meus sentidos naquelas curvas de carne santa! Pequena santa!
A parábola dos talentos. Às vezes, tenho medo de perder alguém ou algo e me recordo da parábola dos talentos proferida por Jesus Cristo. Tendo consciência que absolutamente nada conquistado pelo espírito na matéria é eterno, me encontro contente por ser integrante dos pensadores. Caminho na linha tênue entre a poesia, a filosofia e as artes visuais. Isto demonstra que evolui no espírito em razão e sensibilidade. Que tracei a jornada espiritual onde o conhecimento se concretizou com o sentimento e aqui e agora se encontra o meu talento. Sou grato porque ninguém irá tirar isso de mim e, orgulhosamente, profiro que é eterno.
Uma comunicação onde os nomes perdem os sentidos: música erudita.
Outra: o toque entre casais que se amam genuinamente.
Quem tomou o doce?
Quem mordeu a goiaba?
Quem mandou o bilhete de amor?
Quem fumou o cigarro?
Quem alimenta os cães?
Quem frequenta o cartório?
Quem entra no drive-thru?
Quem toma a pinga?
Quem comete a infração?
Quem pega o táxi?
A maioria das pessoas não consegue pensar por si mesmas, elas têm que seguir o que lhes foi ensinado. A casta baixa da empresa não aprende a perceber no ambiente e entender da situação a necessidade de inovação dos atos, falta raciocínio que é necessário para manter e facilitar o trabalho sendo feito. Porque elas aprendem o padrão. Um pai que ensinou, um ex chefe, tanto faz. Mas elas não conseguem traçar o seu próprio caminho, mudando quando o ambiente promove que características piores mudem para características melhores. Por isso, quando atendo no restaurante, não estou somente atendendo. Estou aprendendo padrões. São nas atitudes, em particular dos funcionários, que aprendo lições preciosas. Simplesmente porque as pessoas não sabem pensar por si mesmas, elas tentarão explorar de você o que você tem de bom, alguém que traça o caminho que resolve problemas sem necessitar interromper o trabalho de outros para fazer o seu dever. O trabalho operacional valoriza quem tem melhores habilidades técnicas, quem é ágil, quem pode cobrir a falta de alguém em qualquer posição necessária e faz isso com rapidez e eficiência. Entretanto, não há espaço num mesmo restaurante para que todos sejam líderes e noventa por cento dos demais percebendo isso, e não tendo estas habilidades suficientes citadas na frase anterior, que aliás, eu não tenho, não se tornam facilitadores, porque não traçam expectativas inteligentes para as suas vidas, e seguem padrões autoritários num ambiente em que existe a hierarquia a ser seguida. Elas atrasam o trabalho para se sentir em vantagem, atrapalhando o fluxo coletivo do ambiente. Geralmente os não facilitadores tentam tirar proveito de quem trabalha individualmente bem e é bom como ser humano para se sentirem em posição de autoridade. Isto que estou expondo é da escola da vida, e não de uma sala de Universidade. Se você pertence a baixa casta, ou você tenta saber tudo e sobe, ou se você começa negar os favores, os noventa por cento dos demais te esmagam. É disto que tenho aprendido.
Okay Google! Estou bêbado! Alto que nem uma pipa! Eu ia digitar Thaís, mas vamos deixar essa vagabunda pra lá! Ela tem um filho comigo e está com outra mulher, e já conhecida do público, a puta Helena, então, wherever. Acontece que fui no Whells e dei de cara com a Fabiana. A Fabi é um capítulo de um milhão de palavras na minha vida. A Fabiana fede! Okay Google! Quem eu quero enganar. Ela é cheirosa para um caralho! E só porque vim pesquisar essa lazarenta nas plataformas, estou com ódio nos ossos! Okay Google! A Fabi gosta de vida boa? Para um caralho! É só analisar o perfil dela. Se ela está com alguém? Não oficial… okay Google! Tá dando mais que chuchu na cerca até, se não caçar o alvo para ela o inatingível, falar que ama um homem de bem, olhos nos olhos na idade boa, boa é um Caralho Google, ambos velhos e decadentes, e esse homem de bem achar que tá no sétimo céu. Ah, vá se foder se você pensou que esse homem sou eu. É aniversário da Taíse! Quem é a Taíse? Acabei de conhecer! A gente vai meter até esfolar e vou mandar todos esses demônios da minha mente para puta que as pariu numa gozada estóica! Fim.
Invisto dinheiro sem pensar no conteúdo de Reels dos bilionários ou numa velhice segura, para um caralho essa conversa mole toda. Invisto dinheiro, porque ainda com forças, gostaria de receber um diagnóstico de algo letal do qual não moveria uma palha para tentar a cura. Venderia os meus móveis e pertences, faria um acerto no trabalho, usaria o que tiver aplicado no banco para ir a algum lugar de muita montanha e natureza. Estando lá, pararia de tomar os medicamentos para mente, obviamente, e repousarei louco entre as sombras e os fantasmas que já não sei se estou no céu ou ainda Deus me manteve na matéria. Isto me soa como o planejamento mais fantástico de uma vida!
Encontrei o meu tio e tivemos uma conversa franca e séria na sacada da casa dele. Comecei dizendo:
Tio, é um prazer e grande honra estar novamente com o senhor, então, tomo a liberdade de te perguntar uma coisa.
Fale, meu sobrinho querido.
A minha prima, sua filha, é uma mulher linda, não temos dúvidas. Quando ela te apresentou um primeiro namorado, vocês se conheceram, e até qual momento o senhor levou em conta o que ele pretendia da vida ou o que ele já fazia como profissão em análise? (Meu tio ficou um pouco calado) Assim, não sei se estou me fazendo compreender. Iria te preocupar se a profissão do pretendente fosse algo “inicial”, tipo Uber, tipo atendente de comércio, um operário!
(Houve uma nova pausa).
Alan, meu querido sobrinho, quando a gente é pai ou avó de mulher a primeira coisa que a gente pede a Deus é que ela encontre alguém que a trate bem e a respeite. Isso dá para observar num primeiro encontro por atitudes. A gente quer ver a nossa filha feliz, acima de qualquer coisa. Porque não somos eternos e alguém além de nós precisa acompanhar e cuidar dela.
Uma grande verdade no que você perguntou é que a gente como pai conhece quem a gente criou e sabe com maturidade entender, pelas características da personalidade dela, se ela irá levar para frente um relacionamento com pessoas que tenham essas profissões ou se é assim, fogo de palha, paixão imatura. Porque no fundo, não somos nós que escolhemos. E a gente torce para que no caminho que ela escolheu, aprenda e viva intensas e belas experiências.
Obviamente, eu ajudaria alguém que tivesse vontade, traçar o caminho que ambos quisessem em algum outro ramo, negócio ou profissão. Mas resumindo, estar saudavelmente bem com uma companheira é independente disto que está tirando o seu sono, okay? Você só teve uma das várias experiências de uma vida, com a mulher errada. Minha dica: encontre quem respeita e enobrece o que você faz de melhor, e você faz muitas coisas bem, e vocês dois serão imbatíveis. Capice?
Ho capito!!
Encontrei a minha tia e tivemos uma conversa franca e séria na sacada dela. Comecei dizendo:
Tia, estou gostando de uma mulher e ela não respondeu às minhas mensagens. Daí, fui para aquela casa de veraneio do meu amigo, um lugar lindíssimo, fiz fotos e vídeos, e ela comentou e voltou a falar comigo. Você acha que eu devo dizer que a casa é da minha família?
Alan, meu querido sobrinho, você é inteligente, mas às vezes parece um retardado mental, sem ofensa. É óbvio que você tem que dizer que a casa é sua! E mais, que é uma das casas que vocês têm! Deixa eu só te perguntar um negócio para ver se você entendeu. Esse, seu amigo tem uma mulher, obviamente, e dois ou três filhos lindos, não tem?
(Respondi, sim, tem sim, tia querida)
Pois bem. Essa dama não teria ficado com ele e nem teria lindos herdeiros se ele não tivesse o patrimônio que tem! Alan, meu querido sobrinho. E quer saber o porquê?
(Sim titia, eu quero)
Porque nós, como mães de mulheres bonitas, sabemos o potencial da beleza e não queremos que as nossas filhas tenham o mesmo destino horrível que nós mesmas tivemos no nosso casamento! A mãe dessa menina ensinou isso a ela, eu ensinei a minha filha e essa é uma roda infinita. Porque no final das contas é uma grande ilusão e farsa. Então melhor que a cria se crie num castelo que num curral, capice?
Ho capito!
Não temos alegrias que já não foram catalogadas.
Qual a razão da Clarice Lispector afirmar isso? Imagino o espírito com o intelecto elevadíssimo como o dela observando os demais reles mortais se divertindo superficialmente nos ambientes da época.
Agora, converta essa relação de reflexão para a atualidade de disparos de dopamina nas telas de telefones nas mãos das pessoas ao redor.
Será que, às vezes, parar e observar o broto da planta crescendo no quintal não é uma chance de alegria não catalogada?
A maioria das pessoas já observou plantas e tantas mil irão observar smartphones neste segundo, porque na realidade não é o fato de sermos os primeiros e nem a primeira vez a passar pela experiência, mas sim a nossa atenção de conhecimento profundo dedicado ao momento.
A reflexão do que somos no que vemos.
Se você é pequeno em alma, você só repete um ato de experiências relativamente baixas em sensações dentro de um catálogo já vivido por outros.
Se você é grande em alma, as coisas sempre são como se fossem uma enorme descoberta como experiência única e elevada.
Gostaria de me sentar e observar como e com você, Clarice. Se eu traçar um caminho de bem, você me aguarda chegar no seu estágio?
O LADO BRILHANTE DA LUA
(Sempre em segundo plano)
Não era um reino, óbvio que não haviam funcionários para suprir os primeiros cuidados,
E as suas necessidades sempre ficaram em segundo plano por quem deveria cuidar e zelar pelos seus sentimentos.
Fomos tratados como uma repetição de atos
E quando a gente se fez melhor
Nós fomos podados trocando a nossa criatividade por estupidez
Nunca houve quem nos impulsionasse a voar
Porque somos o segundo plano
E agora o nosso vazio é dito como falta de propósito
(Procurando braços)
A gente faz de tudo para estar independente
Trabalha, cansa, fere
E no final do dia, procuramos braços que amparem a nossa alma esquecida no berço.
Disfarçamos a nossa aceitação retraída em erros sobre erros nos relacionamentos
E nada preenche a ausência de termos sido deixados de lado por quem deveria encorajar o salto quântico.
Desperdiçamos amor e sabedoria sendo a ausência no colo de quem se aproveita.
Porque apesar de tudo que nos esforçamos
Não somos daqui e
Não sabemos para onde estamos indo.
(Traí a mim ea minha gente quando saí da estrada)
Só posso desejar para nós uma vida ausente depois das oito horas de trabalho.
Será como se estivesse no trecho se amparando no fixo
Porque traí aos meus e você aos seus
Quando entendemos
Que paisagem nenhuma no mundo
Preencherá o vazio de ser um traidor de si mesmo
Porque foi rejeitado por quem deveria me exaltar
E agora fazemos arte da nossa dor
E não pagam seres miseráveis
Em sociedade prática e capitalista.
(Da necessidade de ser notório).
Ninguém irá nos ouvir
No estranho que fizeram de nós
Se não nos tornarmos notórios.
É uma busca e também o desespero
Porque não nos formaram estrutura emocional para saber trilhar o caminho.
Então,
Seremos ostracismo
Ou seremos o primeiro prêmio?
(Atenção).
Sendo incrivelmente honesto
A gente só quer a atenção que não nos foi dada.
Fazendo isto querendo a ascensão financeira infinita
Fazendo isto desenhando em paredes, vídeos e textos.
Há uma linha tênue entre o fracasso e o sucesso.
Minha expectativa é que você diga, sinceramente, o quão perto, ou o quanto te importa,
Um ou outro.
Quando cheguei ao aeroporto de Cork, estava tão feliz, eu acabara de ter entrado sozinho, passando pelo interrogatório da imigração do aeroporto de Amsterdam, e novamente fui muito autêntico e educado na imigração da Irlanda, tanto que carimbaram o meu passaporte com o visto oficial para três meses, quando o habitual é só um carimbo de entrada. Já fiz bastante prêmio nesta vida do qual relato pouco. Farei mais!
E eis você aqui, frente a frente comigo,
E eu te dizendo que você é bom para um caralho
Que as pessoas invejam a sua inteligência, ousadia e coragem
E você nem mesmo me olha nos olhos!
“Esse lance é onde eu mais posso cair’.
Mas também é o lance onde você mais pode subir
E eu estou, na humildade,
Te dando a oportunidade de escolha.
Você pode fazer o drama que quiser. Não me caso numa igreja nem amarrado, nem em coma!
Ai, como você é, né?
Se é o seu sonho, você pode ir vestida de noiva na cerimônia. Mas o nosso padre será um índio! Ou algo do gênero.
Não falo mais nada. Tou em greve por um mês!
Pode ficar por um ano!
Então tá bom. A gente não precisa seguir a regra da espiritualidade em tudo, tá.
Neste quesito, será totalmente a regra.
Vou tomar banho e ficar com o corpo e os cabelos cheirosos.
Vai, noiva.
Besta.
Irei te guardar no meu estojo. E te tornarei a melhor caixinha de música da existência.
E aí, as raposas apareceram?
Nem um sinal delas. Mas não são as raposas que eu queria que aparecesse.
Ai Guto, como você é bobo.
Antes bobo que mal amado. Você não imagina o quão difícil é deixá-la.
Você não pode sofrer pelo que nunca teve. O nós só existe na sua imaginação. E como a sua imaginação é imbarrável, Houston, nós temos uma situação aqui.
Se eu fotografar as raposas, você me dá um beijo?
Acho que pode ser.
Me aguarde.
“Mesmo se você ouvir uma má história sobre mim, entenda, houve um tempo que fui bom com essas pessoas também, mas elas não te contaram isso.”
“Às vezes, você tem que tomar uma decisão que machucará o seu coração, mas curará a sua alma.”
Foi um pedido da minha mãe.
Qual?
Que eu viesse falar com você.
Mas isso não vale! É caridade, é compaixão! Está longe de ser alguém tentando e querendo compreender para amar outro alguém.
É o que eu posso te oferecer agora, Guto.
Deixa eu te contar uma estória. Eu fui até o fundo do poço. Você sabe o quanto foi fundo. Mais de uma vez. E você acha que eu me reergui?
Acho.
Pois você acha errado. Tenho que acordar e me reerguer todo dia desde o instante que abro os meus olhos. No primeiro momento que piso no trabalho. Porque as pessoas julgam. E se eu não for o melhor, o mais educado, o gente boa, estou fora! Você sabe o quê é viver sob essa pressão?
Eu imagino, mas não sei.
E o que te faz pensar que num relacionamento o plano não tenha que ser o mesmo?
Como assim?
Se eu não for o melhor, o mais carinhoso, o mais atencioso, eu estou fora! Você sabe o quê é viver com essa vontade?
Entendi.
Então volta outra hora. Quando você estiver com vontade também e não a pedidos.
Gostei de te ver.
É recíproco.
“Não alimente todo cachorro que você vê sofrendo. Alguns só precisam da força para mordê-lo.”
“Nunca mudarei a minha personalidade para fazer alguém me amar. Me amar é sua escolha e me odiar sua decisão.”
O céu desta manhã
Rosa azulado
Com o cheiro do café, tomando a sua cozinha, no apartamento todo mobiliado em giz e carvão, com a delicadeza da princesa de outrora
Me lembra o seu vestido, quando nos escondíamos por trás de cortinas na sala da corte na época vitoriana, vestidos, taças e cores
Nós riamos da displicência dos demais, entre os nossos cheiros emergindo na boca. A luz é sublime!
O seu tecido de leve na minha pele, suados.
O corte da meia em minha mão, colado em suas pernas. Meu Deus, que época!
Agora, sei, você vai viajar em outra forma, em outro beijo, em outro braço. É carnaval, caramba! Não posso fazer nada para impedir. Tudo passa!
A cor do rosa se foi com a sua imagem no meu sonho antiquado.
O céu sobre as nossas cabeças passa rápido como a sua destreza de me dizer não, negar que você dançava comigo escondido, naquele tempo.
A noite era um céu estrelado de Vincent
E o seu grito baixo, para que ninguém ouvisse, foram as estrelas
Com os livros da biblioteca, as nossas costas, por testemunho.
Vamos voltar?
Os pernilongos sugam o meu sonho, como você suga o meu sangue. É difícil escrever na rua como um pintor na renascença. Me distraio. Estou chapado em você!
É inegável! Estou seco em você!
Felicidade! Escuto os seus passos na sala de estar do seu apartamento pintado a óleo. Vamos rir de nós mesmos?
O seu café está pronto, meu amor!
Esbarre em mim! Esparrame em mim!
Não viaje para tão longe que não possa sentir o cheiro dos meus hormônios.
(Eu nem sei mais o que falo).
O céu se transformou, porque a atmosfera somos nós dois em outro tempo passado. Em outras formas!
E eu não quero acordar.
Não me deixe seco.
Não me deixe alto.
Eu imploro. Lembre! Vamos relembrar?
Mas, com os nossos novos horários, a gente vai quase não se ver, né?…
Vai por mim, isso é bom! Para um relacionamento é ótimo! Entendo melhor do relacionamento que você.
Bom, bom se você não me meter a galha!
(Ela ri) Como você é besta. E ela repete, “meter a galha”, kkk.
Vi as raposas ontem. Elas são um casal, separados por longos séculos, que se reencontraram nesta vida.
E por que elas se separaram?
Por causa do gênio dela, né!
(Kkk) Tá bom. Preciso trabalhar.
(E Ela entra no escritório).
Qualquer coisa que eu falar irá soar ofensivo, então prefiro ficar calado.
Pode dizer.
Estou pensando numa frase que ouvi hoje.
Qual?
Toda mulher gostosa já transou muito na vida dela. Porque o cara que está com ela, vai querer transar a toda hora.
Faz sentido. E isso te deixa inseguro?
De forma nenhuma. Se os caras que estiveram com ela não sabem transar, ela não aprendeu nada.
E era só isso que você queria dizer?
Você está solteira?
Sim.
Você quer sair comigo?
Deixa eu ver: você está pensando em outra mulher enquanto me faz esse convite?
Estou.
Então a minha resposta já foi dada.
(A princípio, o que você tem que saber dessa estória é que ele achou ela interessante, bem interessante):
Passarei o carnaval em casa e trabalhando, porque Deus me garantiu, em prece sincera, que Ela entrará pela porta do restaurante. Então, não preciso correr.
Há quanto tempo você não transa?
Não vou responder. Qualquer resposta que eu lhe der, você pode usar contra, ou ao meu favor. Por que você quer saber?
Para eu sentir se eu quero e posso cantar você. Mas não precisa responder. Já li no seu espírito e no seu olhar.
E o quê você descobriu?
Que você é um homem interessante, bem interessante.
É raro quando dois médiuns se paqueram.
Não, o que é raro é você estar sozinho.
“Num certo ponto, você tem que entender que algumas coisas não são feitas para funcionar. Que algumas pessoas não foram feitas para ser suas e que algumas feridas duram a vida toda para curar.”
Não aceitei o dinheiro do meu pagamento de hoje em espécie por responsabilidade.
Será depositado no pix, a reserva que paga as contas da casa.
Estou louco para sair, mas se você quer saber, desta vez é uma benção não ter um tostão furado na carteira.
Eu confio em Deus.
Amor verdadeiro só vem com a responsabilidade e eu a estou tendo.
Sair esta noite. Conhecer alguma mulher, quando ela acha ofensivo se eu perguntar se ela se cuida? Se toma pílula anticoncepcional?
Eu não confio na camisinha.
É tudo muito louco, não é? Para alguém teoricamente novo.
Confio em Deus.
Amor verdadeiro é responsável.
E Ela vai entrar pela porta do restaurante ou do bar.
É só uma narrativa da minha conduta, você se interessando, acreditando ou não.
Mas gostaria que você me enxergasse nesse melhor que posso ser.
Pai.
(Ela abre o vidro do carro).
Oi menino!
Puta que pariu, quer me matar de susto. Olha, menina, acabei de tirar essa foto! Tou editando … quando você me chamou.
Tá, fala devagar. Entra aí! Vamos dar uma volta.
(Ele entra).
Você tá tremendo!
Estou emocionado!
Deixa eu ver a foto de novo. Não consegui decifrar o quê é… mas tá muito boa!
Sabe o quê é?
Parecem patas numa embalagem de bala.
Quase. Uma barata numa embalagem de sorvete!
Ai que nojo! Tenho horror desse bicho!
Então tenta decifrar essa.
O quê?
(Ele mostra a tela do editor de texto escrito):
Eu te amo.
Aí que lindo.
Pois é a mais pura verdade.
Tá. Vou parar e você me explica melhor isso.
Agora estou com vergonha.
Não se deve ter vergonha de amar. Vai, me diz!
Sei tirar fotos, sei escrever, mas Deus não me ensinou a me declarar.
Então deixa eu te ensinar.
(Ela se aproxima, mais, mais e mais) E aqui acaba a estória, pois não somos intrometidos. A discrição é uma conduta nobre.
“Não confio em ninguém que é legal para mim, mas é rude com o garçom. Porque eles iriam me tratar do mesmo modo se eu estivesse naquela posição.” Muhammad Ali.
Sei pouco da vida, mas esta tarde aprendi algo de bom valor: nunca arrisque julgar um gosto seu sem antes o ver na mulher que te encanta.
Digo isso porque eu não gosto de tatuagem. Nunca me atraiu. Ou não gostava.
Hoje ela estava com um tipo de top bordô e um short amarelo um pouco transparente.
E eu vi as tatuagens dela. Lindas! Nas duas coxas. Na nuca do pescoço e uma escrita na lateral do pé direito. Ela tava com um tamanco bem bonito, verde e branco.
Achei maravilhoso, combina com a delicadeza dela de um jeito contraditório, nunca pensei isso de mim, mas foi como ler pela primeira vez. Incrível, não é?
Mas não acaba aí.
Não julgue o poder da música de funk numa festa de carnaval.
Ela dançou sentada na mesa, contida, sem exibir o corpo e também discretamente na fila do banheiro.
Foi de longe a melhor visão do meu dia.
E eu sei o nome dela.
E é certo que ela vai voltar.
Basta saber se ela está solteira e lembra do meu.
Ouvi de vários amigos que eles não levam a mulher passar a noite na casa deles, porque elas não vão embora logo. Achei besteira, não saio com mulher que eu não queira que fique por uma vida toda.
Oi. E então, você é casada? Solteira?
Sou solteira.
Legal, e qual o seu nome?
Cara, sem querer ser rude, eu só vim curtir a música e me divertir com os meus amigos. Não estou interessada em nada mais.
Se você não estivesse interessada, não teria saído de casa.
Eu já expliquei e você não entendeu.
Tá bom, biscate, não vou insistir.
Se eu chamar o segurança, ele te põe para fora. Mas aprendi que quando um homem diz isso para uma mulher, ele só está com raiva. E é bom deixar um estupido com raiva.
“Se você foi machucado muitas vezes e ainda sabe como sorrir, confie em mim, você é forte.”
Você quer beber o quê?
Chopp.
Tá, voltando a dizer o que eu estava dizendo, não levei você embora ontem, porque a gente pode esperar um pouco.
Você é bem antiquado.
Não é isso. Quando foi o último cara com quem você ficou? Cinco dias? Uma semana? E se a gente ficar de fato e você engravida? Como a gente vai saber de quem é o filho?
Nossa, às vezes você é direto e duro.
A gente tem que ser com certas coisas. Depois você vai pensar na frase e vai gostar do que eu disse.
Talvez.
E outra, por que tem que ser tudo assim tão rápido? É óbvio que eu quero passar a noite, a tarde e a manhã com você! Você é delicada, carinhosa, está absolutamente atraente hoje, mas porque a gente não pode fazer isso melhor se conhecendo e se amassando por uns dias?
A gente pode. Mas existe o danado do apego.
E qual é o seu medo? Tudo que é responsável se apega. Veja o universo, as coisas estão no lugar certo onde devem estar. Na distância e na proximidade certa. Balanço!
Você fala bonito.
Bonita é você assim com essa música de fundo.
(Eles se beijam).
“Quando você está incapaz de encontrar a tranquilidade dentro de si mesmo, é inútil procurá-la em qualquer lugar.”
“Conheça o seu lugar na vida das pessoas e aja de acordo. Não é orgulho, é respeito próprio. Duas coisas que você não luta por… amor verdadeiro e amizade verdadeira. Elas vêm naturalmente.”
(Ele está numa roda de amigos e amigas, quando Ela passa perto, pára, e o chama fazendo “assim” com a mãozinha. Ele pede licença para turma e se aproxima.)
Oi.
Oi.
Estou curiosa, ou você é muito pegador, ou disfarça bem.
Tenho até vergonha de entrar neste assunto. Você conhece a expressão “from ages” em inglês, sei que conhece. Então, não estou íntimo com uma mulher há eras!
E por que me escolheu para reestrear?
Não sei dizer. Só sinto quando te vejo. Quando a gente se conheceu há dez anos. Você deve ser uma mulher boa pela sua família. Mas não sei dizer. Só acho que devemos nos dar a oportunidade de tentar.
Pode ser que funcione. Mas a gente tem que dar uma volta daqui.
Onde você escolher. E a gente vai de mãos dadas?
Não né.
Você na frente para que eu não te perca.
(Eles andam no meio das pessoas e Ela pára num lugar escuro.)
Aqui tá bom.
E como vai ser?
(Eles se beijam. Ficam em silêncio abraçados um com o outro, num momento meio longo, meio curto, talvez eterno.)
Eu não vou nos shows de gente maluca que você gosta, tá?
Muito menos eu vou em pagode.
(Ela ri. A estória terminou.)
“Algumas pessoas não entendem que sentar na sua própria casa, comendo aperitivos e ligando só para os seus negócios, é impagável.”
Deixa eu entender: começou chover muito, todo mundo correu para dentro, e você se sentou, de boa, debaixo da arvorezinha, fumou o seu cigarro tranquilamente, bebendo um energético com gelo. Olha, ou você é meio maluco, ou é um homem com personalidade.
Olha, mulher, eu já tomei chuvas piores, pode acreditar. E você é uma mulher bonita.
(Ponto. Fim da estória para vocês).
“Quando eu digo que sou abençoado, não me refiro ao dinheiro ou coisas materiais. Me refiro a situações que me foram enviadas para me destruir ou fazer que eu perdesse a minha mente, mas que nem mesmo tocaram a minha alma.”
“Nunca mesmo se envergonhe de amar as coisas estranhas que fazem o seu esquisito coraçãozinho feliz.”
“Algumas das mais generosas pessoas não têm dinheiro. Algumas das mais sábias pessoas não têm estudo. Algumas das pessoas mais bondosas são as mais feridas.”
“Aja como você não pudesse suportar o pão, até que eles saibam que a padaria é sua. Permaneça humilde.”
De todas as minhas viagens, que não foram poucas, sem a menor dúvida, ficar perto de você é a melhor. Para a mente e para o corpo.
Você não vai me levar conhecer a sua família?
Se você quer ser julgada e analisada da cabeça aos pés, eu levo.
(Ele leva).
Oi.
Oi, essa é a “fulana de tal”.
E não tem mais nada para dizer.
Como assim?
Que ela é a sua namorada, né?
Não é preciso. Essa informação já está implícita no sorriso da minha alma.
De onde você caiu, anjo?
Do seu bolso. Era só ter colocado a mão.
Quê perfume você gosta, amor?
Do seu.
E Ela entrou pela porta do restaurante, bem como Deus havia me dito.
“O trabalho que muitas pessoas não vêem é o trabalho que te coloca na frente de muitos outros.”
A verdade é que vocês nivelam de baixo o meu trabalho e os meus namoros. Mas vocês irão ouvir sobre os dois por quem teve de perto.
“Se você pode sonhar com uma mente danificada e amar com um coração rompido, você merece este mundo e todos os seus tesouros.”
Andei por galáxias no espaço sideral
Para presenciar o seu sorriso quando envio um instinto tweet manual na sua mesa.
Por que a gente fica bobo quando em frente ao brilho de estrelas que já se foram?
Um papel, uma caneta e você de rosto virado.
Acho que não aguento o baque,
Irei extinguir o meu sorriso do sonho
Que é saber da cor da sua roupa na saída.
De fato, não temos saída:
A gente tem que se aturar no mesmo espaço sem chocar as outras vistas.
Mas, me aguarde:
Na minha galáxia
O sol está no coque do seu cabelo
E eu no hall do seu umbigo
Uma sala com luz!
É o que é te aguardar no fim do corredor onde nos trocamos.
Pegarei o bloquinho e a caneta e riscarei, com êxito: fulminado.
Assim estamos,
É sábado e eu te aguardo.
“A vida é como uma câmera, foque nos bons momentos, desenvolva dos negativos, e se as coisas não funcionarem, tire outra foto.”
Dinheiro tem que ser tratado com respeito, senão ele não vem para as suas mãos.
A regra de ouro é: pediu dinheiro, cai fora!
A segunda: isso cheira a perigo!
Por via de regra, é bom ouvir: “você está lidando com uma coisa que você não conhece, vá com calma.”
Já sabiam os antigos: “onde se ganha o pão, não se come a carne.”
Acordei esta madrugada, porque no meu sonho, nos deparamos separados, e eu queria muito segurar a sua mão e te mostrar a lua.
A chef da cozinha ordena:
Você já acabou tudo né? Pois bem, vai empanar frango com Ela lá no canto!
(Ele pensa “isso vai dar merda, mas uma merda de terça-feira é legal. Eles ficam, lado a lado, quietos por um tempo médio, até que Ela diz).
Você vai demorar mais quanto tempo… pra passar a (Ela faz uma mímica com a boca, e é um palavrão) … da farinha nesse frango?
Menina, o alimento é um lance sagrado, tem que ser tratado com respeito.
Então respeite mais rápido.
Tá bom, madame.
E eu não sou madame.
Você acha que a gente tá preparando o nosso almoço de hoje? Tipo, esse frango surpresa?
Tanto faz!
Nossa, tá azeda hoje, hein.
Tou cansada de homem me enchendo o saco.
Quer um conselho. Não sei se é o seu jeito de ser educada, mas você eleva as expectativas dos homens e é óbvio que eles vão ficar no seu calcanhar. Você não deveria brincar com o sentimento das pessoas desse jeito. Se bem que se for quem estou pensando que tá te deixando nervosa, ele não deve ter muitos sentimentos não.
E o quê eu faço para mudar isso?
O básico, diz que você voltou com o seu ex namorado ou ex marido, sei lá.
E se eu quiser… (Ela segura um pedaço de frango e a mão dele, olha nos olhos dele e só diz)
Deixa pra lá.
“A maior parte das pessoas não quer realmente a liberdade, porque liberdade envolve responsabilidade, e a maior parte das pessoas tem pavor da responsabilidade.” Sigmund Freud.
(Eles sentam-se para almoçar).
Posso?
Por gentileza, é uma honra.
Por que você tá sério?
Eu sou sério. Vem com a idade.
Nossa, tá um cavalo.
Tá bom. Já está tomando o meu tempo de intervalo. Então, vamos direto ao ponto. Você é menina, criança, e não é o que estou procurando neste tempo da minha vida. Eu procuro companhia, coisa que, no momento, você não pode dar.
Quem falou?
Os fatos falaram. Mas estou feliz. Você parece estar num bom caminho. Respeite a pessoa que você escolheu e tudo vai dar bem.
É o que irei fazer.
Então tá legal para todos. Vou me trocar.
Você vai adicionar a minha amiga?
Aparece com algo melhor que dá game.
Exigente.
Exigência também vem com a vivência e a idade.
Tchau.
Tchau. É nozes.
Você está bonito. Está feliz.
Claro que estou. Eu tô comendo bem.
Tô vendo que está. Um pratão, hein. Não vai se incomodar com nada, né? Tá focado no mil grau.
Sim.
E a muiezada?
Dica de ouro, de graça, que você já ouviu, com certeza: “quem gosta de homem é viado, mulher gosta de dinheiro.”
E você está com dinheiro?
Nunca revele isso nem para a sua mãe!
Também é uma dica?
Sim.
“As pessoas demandam liberdade de discurso como compensação para liberdade do pensamento, o qual elas raramente usam.”
Joga no Tinder que você é garçom, para você ver. Não pinta nem pernilongo. Ainda bem, né? (rs).
“O maior desafio da atualidade é andar de mãos dadas no shopping com uma mulher que você conheceu no tinder.”
A máxima tem que ser repetida: família é $$ no bolso. Porque quando você precisar, é Ele quem vai te salvar.
“O ruim de ser uma pessoa observadora é que, às vezes, você acaba percebendo coisas que era melhor não saber.”
“O que der para evitar, eu estou evitando. A minha paz tá valendo ouro.”
Nem tudo é dinheiro. Só 98%. Os outros 2% são Amor ❤️. E para alguns, os 2% contam bem.
Ah vá, você é maior xavequinho, vai.
Sou, mas só com as qualificadas. E até que a gente percebe que Todas são iguais.
Eu não sou.
Então “sorria do modo que você significa.”
❤️😍
E daí, como foi o fim de semana?
Procedimento padrão: fiz mais um filho com excelência.
Quantos você tem?
Só na Europa, um punhado.
(Eles riem).
Fritei o meu cérebro 🧠. Surtei duas vezes. Mas, te dou um conselho: a parte que sobrou, dá um couro para muita gente.
Quando somos jovens
O futuro se faz tão brilhante
As mãos são dadas, e não se tem o compromisso
Eu gosto de ficar com eles
Me ensinam que a vida é mais leve
Agora que o brilho do meu sangue
Não jorra tanta esperança e planos
E sim a consciência de fazer do dia a dia
Um eu melhor que ontem,
O meu parque de lazer
Para um pensamento incessante
Que você está me esperando
Como no livro belíssimo da estante
O qual você me deu a sua dedicatória
Em algum outro mundo paralelo.
É bom ser um espírito jovem
Onde as mãos sempre são dadas
Com a consciência de Amor eterno.
(Ele acaba de acordar, são umas 21:00, pega o celular, coloca os fones de ouvido, clica na música que estava pausada e vai conferir as mensagens de whatsapp).
É o amigo dizendo para ele adicionar uma Muié. Ele manda um vídeo. Eu abro. Puta baranga! Começa o diálogo:
Você tá me tirando? Não vou adicionar porra nenhuma! Passa o meu whatsapp para ela se você quiser.
Ela não tem whatsapp.
(Ela manda um áudio).
Adiciona a loirona aí, Guto. Ela gosta de poesia, das suas músicas. Tá te esperando!
Vocês dois me deixem em paz e ouvindo a minha música e quieto!
(Ela envia um áudio no whatsapp dele).
Nossa Guto, que coração duro, me mandar te deixar em paz.
Olha, são 21:24 da noite e você tá de tiração forte comigo. Não vou adicionar porra de dragão nenhum e ainda vou mandar uma mensagem para o gerente que vocês dois estão me perturbando no meu horário de lazer.
(Ele manda um áudio).
Se você fizer isso te dou uns tapas.
Adoro uns tapinhas de um homem bravo.
(O diálogo acaba) The end.
Não somos a melhor equipe de atendimento da cidade, ainda, mas haverá sinais! “Nós somos muitos!”. - Bora para luta -
Então você é o pequeno príncipe?
Não juntei cá Rainha, ainda, mas sou.
(Ela olha nos olhos dele e diz)
Por que você não começa com uma plebeia?
(Ele olha nos olhos dEla e diz)
Porque o ouro não se mistura com o cobre.
(Os brothers saem para fumar um cigarro no intervalo. O diálogo continua).
A regra é a seguinte, mano. Se eu estiver convidando a mulher pela primeira vez para sair, eu vou pagar tudo. É o mínimo!
Sim, sim. Concordo.
Mas a regra tem subdivisão. Se virar namoro, o lance muda. Quando der para sair, sai. Se precisar dividir conta, motel, divide. E por daí em diante.
Concordo plenamente. A gente quer estar com uma mulher, e não com uma menina, uma criança.
Isso.
A mulherada tá desesperada, né mano? Não tem homem!
(Eles riem).
Isso é uma verdade. Mas os que são homens, tão comendo a rodo!
Mas tem que perguntar antes, não se ela é mulher, mas se Ela nasceu mulher!
(Eles sentam-se no chão a rir).
“Se a verdade poderá matá-los, deixe-os morrer.” KANT, Immanuel.
Tudo que tem o toque mágico da Arte tem uma pegada triste. É porque a gente não tem a obrigação de fingir a alegria exagerada que prospera pelas vitrines dos feeds de mídias sociais. A gente sente e propaga. Sentir em mundo de provas e expiações está envolto no sofrimento que não gostaríamos de ver. Os outros não percebem, enquanto não pensam se distraindo em vaidades. A sabedoria é a única salvação para dosar esse sofrimento com risadas. Dou muitas risadas no meu trabalho. É tão bom quanto o pagamento.
(O garçom e o barman descem para fumar 🚬 um cigarro no intervalo. Eles se sentam encostados no muro. O diálogo é sobre futuros negócios).
Meu ex-patrão fez um marketing fudido vendendo hambúrguer gourmet por R$ 15,00. O lance era de qualidade! Ele quebrou todo mundo!
Que Loko! Mas ele tinha estrutura para atender a demanda?
O lugar era mínimo, tá ligado? Mas ele pecou nas entregas. Colocou só dois motoboys.
E ainda tá funcionando.
Então, ele fez umas merdas na qualidade e na vida pessoal dele. Acabou vendendo o ponto. Mas ainda assim fez dinheiro.
Taí cara. Nesses lances físicos eu acredito! Mais que vislumbrar dinheiro rápido na internet!
É o que eu quero, cara! Fazer algo do tipo.
Mete as caras! Dou o maior apoio.
Quer um conselho de mestre, cara? Vá com calma! O mundo não vai acabar amanhã! Na minha opinião e observação, vocês são muito imaturos. Posso te dizer isso, porque você virou irmão. Tenha calma, mano. Vocês tão falando em comprar coisas, assumir dívida, praticamente morando junto. Acho, na minha experiência de praticamente o dobro da idade de vocês, que a coisa não dura muito assim. Relacionamentos maduros envolvem duas coisas muito importantes: responsabilidade e compromissos. Então, devagar com o andor que o santo é de barro, como diziam os antigos. E um outro conselho mais master ainda: com a pilha de planos que você tá de vida, se cuidem e não tenha um filho, mano. É sério, filhos são dádivas, mas nessa altura do seu desenvolvimento, vai fuder a sua vida, okay? E aí, você tá bem?
(Ele fica calado com a mão no queixo olhando os transeuntes através e por trás do vidro).
“Quer saber o quê é sucesso? Sucesso é quando os seus filhos querem estar com você quando você está velho.”
“Não é não”, não existe para nós. Não é insistência, persistência, luta e poesia. Sempre com a gentileza e a leveza de um nobre.
Construiremos um lar para nós dois e veremos os dias desaparecer.
Existe uma máxima: “todo rico é muquirana.” E rico é um adjetivo pejorativo para quem não tem nada.
Mulher que não tem inteligência se ampara em duas coisas: no corpo e no sexo. Agora, se ela tem o corpo, o sexo e a inteligência, Houston, we have a situation here.
Pessoas estão se relacionando para escapar do vazio
Isso é contraditório
Ame o seu trabalho
Faça exercícios
Se alimente bem
Socialize
Aprenda coisas novas
Vá ao médico (cuide da sua saúde)
Conviva o quão possível for com a sua família
Depois encontre uma pessoa que queira ser companhia da vida que você Ama e que Ela Ama, a dois,
Construindo coisas juntos
Divisão Total de bens
Sem sexo pífio e supérfluo
Sem brigas e ciúmes ingênuos
Relacionamentos maduros
Maduros e cheio de Amor
Com treta, é óbvio, mas com o Amor maior no fronte que supera tudo
Isso é a Vida cheia que Deus me guarda
E que abençoe vocês que a tenham.
Amém Que assim seja.
Não posso crer que na atualidade tão multifacetada ainda exista o culto de televisão. Sei que na sua família tem um ou mais e sim, é um pé 👣 no saco.
Fala irmão, e aí?
Senta aí.
Como anda a vida?
Trabalhando, né.
E as mujeres?
Ah, tá daquele jeito, pode crer?
Sim. Mano, conheci uma mina, só analisa essas duas fotos.
Caraca, brother. Mas vai de leve. Isso tem um nome só: aproveitadora.
Ainda não observei de perto. Mas tá bom.
E a Cássia, esqueceu?
Me conta você. Você quem tá nas pistas. Não viu ela por aí?
Então, cara, preciso te contar um lance…
Nem precisa continuar, você perdeu um amigo.
Cara, não é assim. Ela veio para cima de mim.
Mulher adora fazer esse jogo. Mas eu tenho escrito no zap o que vc me disse sobre isso. Você jurou que nunca sairia com ela.
Mas Gutão, você já está em outra, e daí. Me mostrou agora, muito melhor, bem mais gostosa.
É aí que tá mano. Para você a Cássia foi só mais uma buceta. Para mim, não era. E você sabia disso. Mas fiquem juntos, ué. Dou a maior força. Os dois Amam dinheiro. Vai que dá certo. Vão para cima.
Gutao, você tá agindo pelo emocional.
Mano, confiança se quebra uma única vez. Tomara que você tenha comido o cu para valer a pena, porque você perdeu um amigo.
(Ele se levanta e vai embora).
“As pessoas parecem não perceber que a sua opinião sobre o mundo é também uma confissão de caráter.”
“Entre o que é dito e não significado, e o que é significado e não dito, a maior parte do Amor é perdida.”
Irei parar de fumar quando Ela pedir e, por enquanto, esse Ela abrange muitas.
Gutão, você tá sendo infantil, cara. Você nunca teve nada cá mulher, agora vai parar de falar com um amigo de adolescência porque ele pegou ela.
Eu não vou parar de falar, mano. Mas perdeu o cartão fidelidade.
Pára de ser tonto, brother. Vai que os dois se atraíram, se gostaram. A vida é assim.
Meu cu, meu irmão. Ele fez para mostrar que podia. Agora que faça bom proveito. Como eu disse, os dois Amam o dinheiro 💰. Pode dar certo. Dou o maior apoio. Pode até me chamar para padrinho.
As coisas não são assim, cara. Mas tudo bem, respeito o seu posicionamento.
Não sei muito, mano. Só sei que ele levou ela nos melhores sushis 🍣 do rolê. O plano básico do sexo.
Tá bom, vamos mudar de assunto.
Foi tudo questão de Química
O toque das mãos não será o mesmo
O olho no olho não será o mesmo
A gente pode esconder
Que sempre cairá no labirinto de nós dois.
A gente pode esconder
Que foi tudo questão de Eu e Você
Que sempre cairá na encruzilhada da memória
Que a gente se quer, e não tem para onde correr
Porque foi tudo questão de Química 🧪⚗️.
“Nunca acreditei que a liberdade do homem consiste em fazer o que ele quer, mas ao contrário, em nunca fazer o que ele não quer.” Jean-Jaques Rousseau.
Observe, pequena, qual singelo indicativo de coincidência ou destino:
Nós temos o mesmo sobrenome. Nenhum dos dois irá precisar trocar.
Nem brinca com isso, seu retardado.
(Risadas).
Casais se relacionando
Sem sentir se faz sentido
Para escapar do abismo que é a ignorância de suas almas
A ignorância é uma arapuca traiçoeira
Faz a plebe achar que o carinho é baboseira
Pulam etapas porque sabem que a ruína
O insucesso do seu meloso Amor
Bate a porta a cada manhã
Porque não faz sentido
E você sabe
Quando acorda ao lado dele
E dá vontade de sair correndo
Mas não dá mais tempo
A farsa se tornou uma realidade amarga
E agora você não chega na hora
De me dizer que sente muito
E somos jogados num turbilhão de emoções
Descontroladas em nossos sangues
Que escorre por um piso do que
Poderíamos ter sido
E por um engodo e translúcido espirro
Sabemos que seríamos bons
Seríamos imbatíveis
Mas o abismo da ignorância é traiçoeiro
E faz a gente fazer um bocado de merda:
Cresce, pequena.
Você não depende de mim. Você depende de você.
Eu não dependo de você. Eu dependo de mim.
Mas, mas é só dizermos que queremos Ficar, que tenho a impressão…
Seremos imbatíveis.
“Honrai o vosso pai e a vossa mãe.”
“Eu honro. Mas quanto a cuidar, terão o mesmo tratamento que me deram quando precisei.”
Quando fui para Europa a primeira vez, metendo a cara e a coragem e uns poucos trocos no bolso, todos, sem exceção, torceram para que eu voltasse com uma mão e outra atrás. Eu vi na cara deles e delas a satisfação quando isso aconteceu. Fiquei deprimido, porque o que eu conheci lá, vivi lá, Amei lá foi indescritível e fantástico. Mais uma vez, Deus me permitiu dar a volta por cima. Penso em viajar muito ainda como turista, porque estou numa fase de estabilidade. E para vocês que fizeram essa torcida e comemoração, porque não têm metade da minha coragem, só lamento e mando um beijo no ombro.
Não sei nada, mas sei que nessa vida, é um bando de gente que dá risada por fora enquanto tá triste para caralho por dentro.
“Quando as pessoas falarem, escutem completamente. Não fique pensando no que você vai dizer. A maioria das pessoas nunca escuta. Nem mesmo observa." Ernest Hemingway.
Tudo que sei, é que nada sei, mas, na minha pequena experiência, mães nascidas nos 1950’ 1960’ que provavelmente tiveram relacionamento abusivo dos seus maridos, estilo impositivo e machista, quando se separam, descontam nos seus filhos, principalmente os filhos homens, o que não conseguiram impor no casamento com os seus ex-maridos. De um certo referencial de vista, isso é bom. Criaram homens que sabem se virar, cuidar de suas vidas, cuidar de uma casa, sabem o seu lugar num relacionamento maduro com as suas futuras companheiras. De um referencial de vista menos otimista, criaram bebezões que choram na hora que têm que combater. Contudo, sou um leigo. Sem mais.
“Você não pode construir um reino com alguém que ainda quer a atenção da vila.”
“Não estou aborrecido porque você mentiu para mim, estou aborrecido porque, de agora em diante, eu não posso mais acreditar em você.” Friedrich Nietzsche.
“Nunca se arrependa de ser uma boa pessoa para as pessoas erradas. A sua bondade diz tudo sobre você. O comportamento deles diz tudo sobre eles.”
“Mentes fortes discutem idéias. Mentes médias discutem eventos. Mentes fracas discutem pessoas.”
Por que você fez isso?
Porque eu não tinha nada além de mim, e Ela não quis me ver.
Talvez Ela não estivesse boa para te ver. Já pensou nisso?
Talvez. Mas acredito que Ela estivesse boa para ver quem ofereceu mais.
E o quê você fará agora?
Atrairei todos os demônios para o meu lado e os transformarei em anjos.
Boa sorte.
Não é sorte. É Deus.
Amém.
Que Assim seja.
O planeta gira em torno do dinheiro 💰. Você pode negar até quanto quiser que cairá nessa realidade. E todas as pessoas são interesseiras. Menos, acredito, Francisco Cândido Xavier, que foi um Santo na Terra.
“Garoto, o mundo é uma grande sacanagem.” Frase que ouvi e guardo comigo, de um Dr. (Advogado) que respeito demais, numa carona até São Paulo.
Ela tem um trevo ☘️ tatuado naquele espaço acima do peito do pé e abaixo do torniquete e eu tiraria cada folha com a minha língua para saber se estou com sorte.
Gerente, uma pergunta que a resposta define muito entre nós: você prefere o filme do Planeta dos Macacos ou da Barbie?
Planeta dos Macacos, óbvio!
E tem liderança feminina no planeta dos macacos?
Eu acho que não tem nem Muié nesse filme.
(Risadas)
Então, é isso que nós faremos neste restaurante: empoderamento feminino é o caralho!
Vou pensar no seu caso. Agora vai trabalhar!
Deus, sei que pode ouvir a minha prece agora,
E através das equipes socorristas e dos espíritos de luz que me acompanham, fazer chegar ao espírito que me acolheu e aceitou como progenitor,
Dijalma Ferreira de Souza,
Todo o meu Amor,
Para que lhe dê perseverança e força,
Nessa hora.
Sou uma vez mais eternamente grato a ti, Pai.
E que seja feita a Vossa vontade.
Amém Que assim seja.
Dois mundos colidem
No escuro da noite
A memória flui e nos cola
Num universo paralelo
Onde as duas peles dos corpos
Não transmitem tamanha a sensibilidade
Dos nossos peitos em chama
E a respiração incólume de um não dizer
Parece não fazer sentido
Mas nós estamos no lugar certo e na hora certa
Dentros uns do outro
Eu te sirvo
Você me sorri
A gente escorre na mesa
E é o que nos basta.
Agradeço a tua gentileza
Voz que percorre pelo meu corpo
Irei servi-la no bar e restaurante que teremos
Baba e cuspe sobre o Reino Unido
Minha rainha, uma folha a mais que cai
Seria isso o amor?
Eu peço truco se você nunca catou um homem
Porque onde nós nascemos, as coisas estão trocadas
E no trocador ao lado do celeiro
Existe uma vela que brilha no teu ventre
E iremos nos fartar de baba e cuspe na Idade Média
E peço a vossa gentileza de me sugar até a partícula que compõe o meu sentimento
Porque é lá que está onde irei te servir.
Seria isso, amor?
Elas dominam, dominaram, dominarão
Total girl Power
Há sinais
Digo na nossa conferência do final de turno
O dia mais cheio do Bistrô
Gerente, fui servir o crostoli na mesa de sete minas,
A mulher me chamou de fofo 🩷
O Loko, se fosse você, já colocava na mesa!
Colocava o quê na mesa?
O seu telefone, porra!
(É por isso que existe a hierarquia e Ele é o gerente).
Mas há indícios
Porque Ela vem, a mais de Todas,
Vejo-a desfilando por trás do vidro do deck,
Com os seus desenhos, as suas pérolas e as suas anfetaminas
O meu sangue é só agora um caldo quente de risoto.
Ela se senta no mesmo lugar
A mais de Todas,
Sabe que estou olhando
E mostra uma alergia, puxando o decote para baixo, naquela curva em que o espaço sideral em torno do buraco negro
Me esmaga como se eu fosse uma massa de algodão
E Ela mexe no cabelo
E Ela diz, olhando nos meus olhos, quando ofereço o chá de laranja e maracujá:
“E me traz aquela bolachinha maravilhosa que você tem”.
É claro que eu levo, digo para Rebek, continuando na nossa reunião, levo até a minha alma esmagada por sua boca carnuda repetindo a palavra: “maravilhosa”!
Porque Elas dominam, dominaram, dominarão
E Rebek diz:
E se os sinais foram para mim?
Eu digo: não Rebek, você furar os meus olhos, não. Eu não aguentaria.
Ela ri. “Guto, eu não gosto de mulher, pra sua sorte.”
Eu peço o meu vídeo recitando o poema.
Ela diz que estou proibido de postar.
“O quê vão pensar: Isso é um restaurante ou um Bistrô erótico?”
O gerente Gui diz que seria um bom marketing:
“Vai que os clientes vêm querendo ser atendidos por Ele!”
O gerente é foda! Pensa grande!
Rebek diz “e Eu estou pensando no meu negócio!”
Todos nós estamos, Rê. No mesmo barco,
Porque se o barco afunda
Vamos para casa
E Eu não vejo mais Ela com os seus desenhos, as suas pérolas e as suas anfetaminas
Aquele buraco negro engolindo a minha massa leve com um sorriso insinuando suores juntos.
Rebek diz “Gui, Ele mostrou esse vídeo para a minha filha!”
Mas uma criança, Rebek, vê e lê essas palavras com ingenuidade e pureza
Somente nós, adultos, corrompemos a beleza do sentido de uma poesia.
E no fim o meu garoto me diz:
“Eu amo Ela! Ela é a mulher da minha vida!”
Você tem que trabalhar esse sentimento, meu garoto. É difícil, eu sei!
E viver um pouco mais,
Porque Elas,
Dominam, dominaram, dominarão.
(Girl Power).
(Pequeno tutorial apoético sobre as “novinhas”).
Elas estão nas pistas, e somos nós, os maduros, que Elas caçam.
Quem quiser reclamar, dirá: “só uma mulher madura irá te levar para frente.”
A resposta: é o caralho! Uma mulher madura traumatizada atrasa mais a vida que vinte novinhas.
Pois bem, as cartas estão abertas e os dados estão rolando.
Tem para Todas.
Lances rápidos
Em diversas línguas
Foram as minhas experiências
Traições mútuas
Às vezes, bastante carinho,
Outras vezes, o coração vazio no outro dia.
Não há arrependimento,
Digo isso, porque isso vai mudar.
Eu sei cuidar, e cuido bem.
Sou corajoso, tenho a virtude e o caráter.
Trabalho com a atitude da liderança
Tanto que Ela veio
E esse lance rápido, ainda que bem feito, já mudou.
Estive conversando, ontem, com o meu garoto e com a Gi no fim do expediente. Eles me perguntaram: “você já namorou?”
Num passado longevo, nunca tive estrutura emocional e financeira para segurar um relacionamento.
“Quem falou que precisa de estrutura financeira para ter um relacionamento?”
Menina, rolê, restaurante, motel, viagem e se Ela quiser ficar comigo realmente, dividir as contas.
(Eles observam quietos, enquanto continuo).
Dos três pilares de um relacionamento, o financeiro tem grande importância.
“Quais são os outros dois pilares?”
Comprometimento e responsabilidade.
“E onde entra o Amor?”
O Amor está em Toda e Cada Atitude minha em direção a Ela.