quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Ecovila, o quê é?

 

Ecovila, o quê é?

 

Transcrição e artigo publicado em LinkedIn.

 

Uma ecovila é uma comunidade tradicional ou intencional com o objetivo de se tornar mais social, cultural, econômica e / ou ecologicamente sustentável.

Uma ecovila se esforça para produzir o menor impacto negativo possível no ambiente natural por meio de um projeto físico intencional e escolhas de comportamento dos residentes.

A ecovila é o local de integração de todos os elementos citados anteriormente e tem a autossustentação como principal objetivo.

 

                                                        Princípios UFSC @acantizza Instagram.

 

A partir disso, entram em cena certos pilares básicos, como o cuidado com a terra, para que ela seja saudável e os sistemas de vida se multipliquem; cuidado com as pessoas, com o intuito de que todas possam ter acesso aos recursos necessários para sua existência; e a partilha justa dos excedentes, como o dinheiro, tempo e a energia para poder alcançar os objetivos das outras duas éticas.

Além dos pilares, a permacultura segue 12 princípios para se tornar uma filosofia de vida: observe e interaja; capte e armazene a energia; obtenha um rendimento; pratique a autorregulação e aceite retorno; use e valorize os serviços e recursos renováveis; produza e não desperdice; desenhe partindo de padrões para chegar a detalhes, integre ao invés de segregar; use soluções pequenas e lentas; use e valorize a diversidade; utilize caminhos paralelos e ideias criativas e responda à mudança com criatividade.

 

Mais do que iniciativas verdes, as ecovilas servem para aqueles que buscam uma vida de cooperação com outras pessoas e com a natureza. Diferentemente dos bairros e cidades que vemos hoje em dia, desenvolvidos sem planejamento e objetivos em comum, as comunidades ecológicas possuem diretrizes que são decididas coletivamente. Esses assentamentos servem também como modelos de gestão e convivência em pequena escala, facilitando o processo de testar e mudar quantas vezes forem necessárias para o bem-estar daquele grupo.

 

De acordo com a Global Ecovillage Network, existem dois tipos de formatação de ecovilas: as tradicionais são espaços rurais que escolhem redesenhar seu sistema em busca de um desenvolvimento sustentável, e as intencionais, onde pessoas que dividem o mesmo propósito e visão se unem.

 

O que esses assentamentos têm em comum:

 

- Objetivos: essa é a “cola” da comunidade, aquilo que dá direção e coesão. Existem diversos objetivos que podem nortear o grupo, desde a agricultura, espiritualidade, lutas sociais, entre outros.

 

- Uso inteligente de recursos: saber utilizar os materiais que estão em abundância ao seu redor, reduzindo os custos e diminuindo os impactos, é imprescindível. Muitas vezes em uma ecovila são usados os conceitos da permacultura, que têm como premissa cuidar da terra, das pessoas e do futuro.

 

- Regeneração: além de preservar, é também necessário regenerar. É comum encontrar nesses espaços a implementação de agrofloresta, reflorestamento, hortas, entre outras iniciativas que buscam recuperar matas e animais que estão sendo ameaçados.

 

- Diálogo e comunicação: independentemente de ser totalmente horizontal ou de ter alguma liderança, entende-se que nesses grupos deve haver transparência para que os conflitos sejam resolvidos de forma pacífica e construtiva.

 

- Incentivo à observação e aprendizado: seja em relação ao mundo externo ou ao interno, as ecovilas são lugares que buscam o constante aprendizado, entendendo que não existem respostas prontas, se não a evolução constante.

 

A ideia deu certo, proporcionou alimentos mais saudáveis e uma relação mais justa com a natureza. Como consequência, o modelo cresceu e se expandiu por vários países. No Brasil, foram criados diversos institutos centros que aplicam esses princípios. Os mais conhecidos são o Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado (IPEC) e o Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica.

 

O IPEC se localiza na cidade de Pirenópolis, no estado de Goiás. Fundado em 1998, os idealizadores optaram, um ano após a fundação, pelo desenvolvimento das técnicas em solos típicos do cerrado, para provar a viabilidade das ideias da permacultura e da bioconstrução. O resultado foi excelente: uma área aparentemente seca e infértil se transformou em um local com intensa vegetação.

O local ficou conhecido como Ecocentro. Até o ano de 2013, alguns aspectos já tinham sido desenvolvidos: energia renovável, habitação ecológica, educação ambiental e saneamento responsável.

Dessas criações, algumas chegaram à final da premiação Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, como o Canteiro Bio-séptico, também conhecido popularmente como “fossa de bananeiras”, que consiste em uma técnica de tratamento de efluentes domésticos que soluciona o problema da falta de saneamento básico em diversas localidades. Outros exemplos são Humus Sapiens, outra criação do Ecocentro IPEC, que é um sanitário seco; ou ainda a cúpula geodésica, uma estrutura muito utilizada nas construções arquitetônicas que, no caso do IPEC, foi feita de um material sustentável, o bambu (saiba mais sobre a construção da cúpula).

 

Outro centro de permacultura conhecido é o Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica (IPEMA) que se localiza na cidade de Ubatuba, litoral de São Paulo. Atua desde 1999 na difusão da permacultura para conscientizar e capacitar as pessoas para as áreas de ecovilas e bioconstrução. Para alcançar esse objetivo, o instituto realiza diversos cursos para estimular o debate e promover a discussão dos participantes sobre soluções criativas para os problemas que a sociedade enfrenta.

 

Ambos os institutos oferecem um programa de visitação, para que as pessoas possam conhecer suas criações. Visite os sites oficiais (IPEC e IPEMA) das instituições para conhecer melhor as ideias, o conceito e, quem sabe, visitá-las pessoalmente, além de incorporar diversos aspectos utilizados por elas em seu dia a dia.

 

Se você busca uma experiência de voluntariado há vários formatos, gratuitos ou pagos, de curta ou longa duração, muitas ou poucas horas de trabalho, atividades leves ou pesadas fisicamente. Pesquise bem sobre os lugares antes de ir voluntariar.

Conheça o Volunturismo, a viagem feita para quem quer viajar fazendo trabalho voluntário.

 

Encontre o projeto que deseja:

 

Worldpackers – a única plataforma que está em português, também tem um grande acervo para conhecer no Brasil e no restante do mundo. É de fácil navegação. Você paga um valor anual para comunicar-se com os anfitriões e encontrar as oportunidades.

 

Global Ecovillage Network – esta é uma plataforma em que você encontrará não apenas lugares para conhecer, mas uma rede de apoio com material e cursos para quem deseja um espaço ecológico. Para os viajantes, existe uma lista para entrar em contato diretamente por e-mail com cada um dos projetos.

 

Wwoof – aqui você verá ecovilas e também sítios agroecológicos. Isso quer dizer que nem sempre será uma experiência em comunidade, às vezes você irá ajudar uma família. É muito interessante para quem quer um dia ter seu próprio sítio. É necessário pagar um valor anual para comunicar-se com os anfitriões.

 

Condomínio ecológico não é ecovila!

 

Infelizmente sempre encontraremos greenwashing em algum momento em que estamos lidando com a sustentabilidade. Este é o caso de muitos condomínios ecológicos. Estes lugares são feitos apenas com algumas tecnologias sustentáveis, talvez alguma área verde e de plantio, mas dificilmente incentivarão mudanças profundas de organização daqueles moradores.

 

As ecovilas são ideais para quem procura uma nova maneira de viver, em harmonia com as plantas, animais e pessoas que o cercam. Lugares como esses podem auxiliar em um caminho de mudanças pessoais incríveis, que impactam diretamente no coletivo. Caso você não ache nenhuma comunidade perto de você, onde gostaria de estar, procure conhecer projetos para se inspirar e ser a pessoa que possibilitará um espaço como esse!

 

Fonte: Viver fora do Sistema, Viajar Verde.

 

#volunturismo #sustentabilidade #comunidade #turismovoluntario #ecovila #permacultura #agroecologia #ecovilas        

 

Meu nome é Augusto César Cavalcanti de Souza, sou um operário que anda pelo planeta e conta estórias. Escrevo para que as pessoas sejam simples, tenham o riso leve como o dos operários nas horas pesadas e, para que viagem por lugares incríveis do planeta. No particular, escrevo para que eu me lembre das situações do trabalho e da vida, coloque aos colaboradores e aos amores na prateleira principal da casa, e porque outros que me escreveram se expondo integralmente, tornaram a minha vida mais leve.

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Lattes 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Você tem sorte, tudo veio fácil para você!


 Feed original publicado no LinkedIn


Você tem sorte, porque tudo veio fácil para você!

Provavelmente cria dos 70s` 80`s 90s` e millennials já ouviu esta frase.

Em Rocketman, a atriz no papel da mãe de Elton John, brilhantemente interpretado por Taron Egerton, diz:

“Você teve sorte quando balançou as perninhas em frente ao piano e nunca precisou batalhar duro para ter as coisas a partir dali” + ou - isto.

Tenho a pequena média e grande impressão, quando me apresento profissionalmente na área artística ou marketing, ao escanear o meu perfil e produção escrita, você pensa algo do gênero.

“Perdeu, playboy!”

Respondi uma pessoa que deu “like” num artigo meu em in-box, como faço de costume, o quê ela havia achado?

R. “Não estou interessada!”

Escrever para mim é natural como aos passarinhos que constroem esta casa de barro na janela.

Os perfis não são fake e aprendi a distancia, entre intervalos como o de agora, depois de carpir mato real sob o sol sem Toscana.

Fácil é fundamentar que pessoas vivendo de negócio com demasiada troca de dinheirito em lugar de valores tornam-se falsas árvores de plástico.

 

#rocketman #teaser #playboy #Toscana #fakeplasticdtrees #BigIdeas2021 #interaçãoreal #flexibilidadenotrabalho #fakenews #perfilfalso #mentirnocurrículo #conteúdodevalor #priceless #authentic #fundamentar #alpinistadigital _ 12.01.2021



Rocketman_ Arte Sonora @acantizza Instagram



Diz aí AME, foi uma noite agitada?

A senhorinha simpática de Jodie Foster, excepcional, justifica regras quebradas no Hotel Artemis, “Foi uma noite agitada!”.

Hospital secreto que trata de criminoso?

A distopia é uma comunidade ou sociedade indesejável ou assustadora. Antônimo de utopia.

Hotel Artemis (2018) direção de Drew Pearce, traz enredo de “templates”, modelos de storytelling manjados: rebelião contra privatização da água (Mad Max) e estereótipos (bem) fundamentados para arquétipos dos quadrinhos Ex. mãe transfere falta do filho na devoção humana ao tratamento com bandidos, irmão mais velho responsável pelo mais novo que só faz merda, filho de chefão da máfia carente de reconhecimento do pai ausente, e por aí vai.

A pegada interessantíssima: a naturalidade no tom da obra.

Realidade autentica dos habituados à tragédia e que carregam consigo belezas particulares.

Conte-me histórias, brasileiros (as), de formação “chic” ou não, atendentes do SUS, no plantão noturno.

Situações assustadoras narradas por Dr. Drauzio Varella no ambiente noir estação Carandiru, sem suspense!

Soa distópico partilhadas no segredo individual brasileiro do dia a dia, então: Foi uma noite agitada AME-SUS?

“Distópico tecnológico e escuro.”

 

#saúde #profissionaisdasaúde #BigIdeas2021 #GrandesIdeias2021



Hotel Artemis Plano Aberto @acantizza Instagram 


domingo, 10 de janeiro de 2021

A Verdade ou a estrutura em colapso.

 

A Verdade ou a estrutura em colapso.

 

Artigo original publicado em LinkedIn.

 

Como ser ético e estar empregado num país corrupto?

 

Recebi a newsletter do Quora chamada Destaques Interessantes e me ateve à atenção.

Não desejo qualificar a doença como alguma espécie de mérito maior, ou habilidade para ser bem sucedido em criação, e ainda a justificativa ao comportamento estrutural inadequado à empresa.

 

Estado depressivo não é bom para criar.

Esquizofrenia não é melhor estado para criar.

Autismo não é dissociação criativa.

 

Que fique certo aos seguidores desta narrativa que autenticar virtude com a doença é erro.

Somente posso dar aqui a minha opinião, visto que não sou psicólogo e nem psiquiatra de formação, porém sou bom em narrar como vivo.

Também posso dizer que já colei nas barreiras dos prognósticos citados acima, e se há alguma admissão correta para ser colocada aqui é:

- A linha divisória entre a loucura e a sanidade é um estado passageiro.

 

Até que se entenda que a tragédia não é somente a morte como também o nascimento.

Até que se entenda que a subjetividade complexa não é formada por desejo, falta e recompensa.

Subjetividade de consciência expandida é relação de estado. Ponto, ao menos.

 

Estou há três dias matando árvores lentamente estriando-as para retirar a resina.

Se estivesse índios ao meu lado seria como na cena da matança dos búfalos em Dança com Lobos, aconselho excelente artigo de Iverson Keck Ferreira.

Pudesse eu pensar que uma árvore introduzida e plantada aos milhares, justificada por não ser nativa, foi “criada” para secar lentamente e morrer, para que eu use o material que a mesma sangra, ou adquira o meu ordenado como o funcionário do mês.

Quem me dera.

Pudesse eu pensar que ouvir aos frangos e galinhas do quintal, abatidos para o meu almoço, não geram estresse no ambiente e trazem a animalidade em quem os mata.

 

O paraíso que perdi não é o da criança. Ponto, ao mais.

A tragédia do meu real é que as coisas são o que são, e atiro com a mesma proteção que uma criança que vê, sente e diz e fala, pela primeira vez, sem o risco de perder a sua posição de ordenado.

 

O que me move não é o desejo de algo que falta, mas de algo que eu sei.

 

Nós sabemos que há muita dissociação da verdade para que tu te permaneças “normal” enquanto qualificado para o cargo.

A propriedade o fez crer que tu tens o domínio.

Que árvores, bichos, pedras e vidas, entretanto são números e pesos.

Quando na real elas são árvore, bichos, pedras e vidas em estado e respeito.

Mas vai tranquilo, como dizem os italianos, não sou eu quem vai mudar ao sistema, serão vocês.

 

Pensasse eu que a minha presença e vontade fosse maior à que Deus, Fonte da Criação, e pedir que um isolamento dez vezes maior que o do covid banisse da Terra a noção presunçosa, orgulhosa e egoísta do estado da realidade da propriedade privada.

A minha vontade não é maior.

Contanto a degradação das relações de virtudes entre os humanos foi.

A tua angústia em tocar a realidade da qual perdeste foi.

E tu irás descobrir que a doença não é vitimismo de recompensa, mas a tragédia da tua dissociação com os valores do espírito.

O que é privado virá ao público e sem filtro.

E a miséria material de um adulto enquanto visão sem o desejo no que vê, crê e sente, será a dor do teu desejo incompleto do retorno ao onde viemos.

Sei que somos do mesmo lugar onde não há angústia existencial.

Onde empregar-se à função é ser útil ao todo, e o todo ti recompensa com amabilidade.

E só desejo que a oportunidade desse estado brilhe.

Porque nós findamos.

 

Governo não é uma pessoa, é um Estado precisando de bons exemplos.

Liderança não é uma pessoa, é um estado precisando de boas atitudes.

Corpo não é uma pessoa, é um estado necessitando de brilho e luz.

Paraíso não é um estado, é um grupo cuidando um dos outros.

 

O prático sobressai em estar empregado, ah como o sabemos que sim.

O que vê com os devidos valores, deseja o retorno breve.

E algum abraço do senhor Lacan.

Por via de regra.

 

Meu nome é Augusto César Cavalcanti de Souza, sou um operário que anda pelo planeta e conta estórias. Escrevo para que as pessoas sejam simples, tenham o riso leve como o dos operários nas horas pesadas e, para que viagem por lugares incríveis do planeta. No particular, escrevo para que eu me lembre das situações do trabalho e da vida, coloque aos colaboradores e aos amores na prateleira principal da casa, e porque outros que me escreveram se expondo integralmente, tornaram a minha vida mais leve.

 

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Lattes 

 

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Lacan.AlessandroVieiradosReis.Quora.VitorLebor. @acantizza Instagram