sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Google Docs de 2023 à 2024

Como uma folha que cobre o seu fruto. Eu caio para Terra. Tem o gosto do barro com a lama. Não sobra nada. Eu estava com fome. Estive com fome. Você não enxerga o que posso fazer? Pelo que tive que passar? Você só cobra. Você só questiona. A vida. Como foi o seu encontro? Não pode ser a sua folha, dando proteção da aspereza dos pedregulhos do chão, às minhas costas? Nesse dia. Não posso ser só essa imagem bonita. A gente tem que causar. Aquela boa impressão de cartão de visitas. Saber conversar, saber carregar. Fazer fotos do seu restaurante, dos pratos e das bebidas. Vender o café. Por isso, não tenho nada para te escrever hoje, meu amor. Trago o coração rasgado. A vida endurece a gente. Sou eu quem precisa ser carregado. Você julgou que era mais um truque de mágica na sua vida. Daqueles que você sabe que está te enganando, contudo parece interessante acompanhar até o final. Parado ali, na sua frente, um outro qualquer projeto de nada. Eu nunca fui bom em disfarce. Espero que você tenha percebido. Nem a minha escrita, que é tudo o que mais me importa na vida, disfarça que eu não era uma fraude. Eu crio. Mas não engano quem amo. Pessoas podem me ler a cada linha. Descoberto. Tenho constrangimento em não me disfarçar, é óbvio, mas eu nunca serei uma fraude. E isso é perigo para um coração de cristal. Brilha e bate enquanto é leve. Fora isso tudo, eu não tenho um emprego estruturado, você sabe. Contudo, eu entrego um bocado mais, quando eu tiver. Havia conteúdo debaixo das letras rebuscadas de manhã e de tarde, por dentro de um abraço sincero, havia um mundo gigante descoberto. Esse universo era eu. Sou eu. Tocando a sua porta sem fantasia. E onde esteve você? Preocupada com a reunião da semana. Entretanto, a vida segue de um jeito que não compreendo. O espetáculo roubou a natureza do ser. E é feio ser. Não é isso mágico? Oi, tudo bem com você? Empurrando a vida com os dois braços. Mas vai ficar bem, eu vou escrever. Vai sim. (Eles entram). Estou procurando um livro aqui que não vejo. Memórias de um suicida. É da Yvonne, tá alí. Eu vou entrar no salão escrever, tá bem? Tá sim, eu também preciso fazer umas coisas aqui. Fica a vontade, a casa é sua. (Ele entra. Um espírito angelical está rezando na terceira cadeira da quarta fileira e ele vai até a luz). Estou orando por você. Eu ouvi. Ouvi de longe. Por que você não dá mais valor a sua vida, criança? Não vale a pena. Você me ouviu de longe, não foi? Por que você não escreve para ela e ela te ouve. Não vale a pena. A gente não pode deixar um sonho morrer somente porque a realidade o nega. De quê vale a vida, anjo? A batalha. Oi Su. Oi, tudo bem? Vai, pergunta. Eu sei que você quer me perguntar. Sim, eu sou curiosa. (Eles molham as palavras sobre alguns assuntos que ficam entre os dois). (Su diz). Você deseja que alguém vá te dar a mão para sair dessa tormenta, mas não é assim que funciona. Você tem que estruturar o seu barco para a pessoa entrar nele com segurança, capice? Para vocês atravessarem tantas tormentas que vierem com equilíbrio, força e fé e amor. Que o vento não leva. Mulher quer homem independente. Você tá no caminho, você trabalha no que vier sem ficar escolhendo muito, sem frescura. Agora tem que manter, né. Lave a louça, passe um pano no chão, limpe a sujeira dos cachorros da garagem. A mulher de hoje aprecia isso. E uma boa pegada. Daí tem festa à noite, entende? Uma ficada com você pode ser mais intensa que um casamento, mas infelizmente para o seu lado, na cabeça do outro não é assim que funciona, capice? Vocês não tem mais quinze anos. E não precisa escolher só a mulher que já morou por aí pelo mundo, que gosta de um restaurante chique. Para mim, com o meu marido, uma coisa mais simples com cerveja gelada tá bom, ué. Bora para luta! A vida não é isso que você tá pensando. Estou sem palavras. E eu estou malhando, olha o meu braço. Vou malhar também, ficar mais forte. E vê se malha essa cabeça maluca sua e começa pensar coisa boa. All right. Me ajuda a escolher um livro? De rainha. Jesus, você não se endireita. Eu já fui rei, né? Com certeza. (Os dois riem) Eu trago cicatrizes nos pés. Em ambos. Me disseram que é onde a gente se estrutura, pisando no chão. E eu pisei descalço espinhos de diversos nomes e eu preferi olhar as estrelas. Nunca tive cicatrizes com as estrelas. Eu trago cicatrizes com as pessoas. Me disseram que é onde a gente aprende. E o estrago que deveria estar em ambos, ficou sozinho em mim. Em breve, se não fechar o abismo da minha angústia, irei andar por muitas estradas. Haverá um universo de estrelas para suturar os meus cortes e eu peço que sejam moderados os dias de chuva por Deus para ter sempre noite aberta. Note, naquele que fere e naquele que é ferido há luz. Em ambos. Mas o ferido na alma não está acostumado com o chão dos vermes e não tem onde se segurar. Sobra o céu. Descalço. A vida sexual real começa aos quarenta. Os ânimos menos acirrados, os toques mais combinados. Não é o que se queria dizer poeticamente. Mas eu trabalhei e havia sensualidade. Você imagina o quão sensual é presenciar uma chef renomada flambar fatias de laranja para adornar um drink? Melhorar e manter a coluna do lado financeiro estável e alto. Meta. Confesso que entregarei o meu melhor, sendo que não é tarefa fácil abstrair o lado poético enquanto sirvo. Então, surgem algumas frases entrecortadas assim no serviço. Qual o seu nome completo? Augusto César Cavalcanti de Souza. Eu te sigo nas redes sociais! Que sensacional! E o quê você acha? Que você tem talento (pausa) e que está apaixonado. (Pausa) É uma bosta, não é? Sem dúvidas. Mas vai melhorar. Nessa Terra ou fora dela. E você não quer saber sobre ela? Se um dia ela quiser que eu saiba, eu pergunto até o que ela está sentindo nos dentes, mas no momento é melhor deixar quieto. Uau, você sabe o estrago que fazem frases desse tipo? Sem dúvidas. Cabeça erguida sempre. Bom trabalho hoje hein! Eu vou voar com você. Pra onde? É uma pergunta de muita lógica, eu me referia a forma figurativa. Pra onde você nunca foi? Eu posso contar para onde eu fui, mas eu sou péssima em narrativa. Conte com a sua boca. Em quê você é boa? Números! Você ia odiar. Eu posso dizer que você é boa em beijo. Ah, eu treinei bastante com maçã e laranja. Bom, eu sei agrar e posso abrir uma quitanda, ou você pode se contentar por enquanto… (eles se beijam). Estou brava com você, você envolveu um bocado de gente nisso. É como eu sou, não sou bom em silêncio. Eu diria o contrário, você escreve muito bem. Olha só, você me lê. Não entendo, mas leio. É porque diferente de matemática, não tem um final certo. E qual será o nosso final? Voar. Para onde? Para dentro de nós mesmos. Eu tenho medo. Eu te dou a mão. E te carrego no colo nas subidas. Você é bom. Eu treinei bastante com as nuvens. Então me leva… (eles se beijam). Ela entra no restaurante com a mãe dela, eu me escondo atrás da geladeira das cervejas. Mas eu tenho que servir e ela me vê. Fico o máximo possível afastado da mesa delas, mas o demônio tem as suas habilidades. Ela chama a Andreia e fala que quer falar comigo. Sou obrigado a ir com sorrisos e espadas. Oi. Oi. Eu quero um drink. Qual você sugere? (Daquele jeito, com os olhos caídos). Tropical drink. Adorei. (Ela coloca a mão direita apoiando o queixo). O quê vem nele? Vodka com infusão de melancia, maracujá fruta, hibisco, hortelã e gelo. Uau. E a senhora, o quê deseja beber? Acho que eu quero um vinho. Malbec ou Cabernet Sauvignon? A gente pediu cordeiro. Qual o melhor? Eu iria de Malbec. E qual você sugere. Eu iria de Cordeiro em pele de lobo. Então é esse. Mais alguma coisa? (O demônio, quando olha para gente, não tem alma. Ela pergunta). Qual o seu nome? Eu penso, e sei que o demônio lerá o meu pensamento, e rosno por dentro: "você sabe o meu nome, sua desgraçada. Está grifado na colcha do seu quarto, onde você derrubou as minhas defesas e lanças". Meu nome é Augusto. Augusto, que diferente. "Eu já estava com vontade de enfiar… a mão na cara dela, mas eu repito com educação". Mais alguma coisa? Ele está fotografando uma palestra e ela observa, em silêncio, entre os ouvintes. Depois do frenesi do evento, ele está na mesa da secretaria, perto da porta de saída, ajeitando umas coisas, ela vem caminhando, eles se vêem. E aí Maíra, tudo bem? Tudo e você? Bem. Acabei de ganhar uma moeda de alguém, vou deixar aqui para Sandra, eu atraio o dinheiro! Você avisa ela amanhã? Sim aviso. Posso tirar uma foto sua? (Maíra olha meio esquisito). Uma foto sua? Vou por debaixo do meu abridor de vinho para ver se você canaliza que eu sou absolutamente apaixonado por você. (Uma senhora próxima repara e sussurra para outra "nossa, olha o jeito como ele diz isso!") Maíra diz, Vamos conversar um pouco ali no canto, por favor. (Eles vão) Augusto, eu já falei com você sobre isso, eu não estou interessada nesse tipo de relacionamento com você. Você está louco? E se eu te dissesse que em vários aspectos você seria a minha primeira mulher, e eu irei te tratar como se você fosse a primeira, sem faltar com respeito, te amando e cuidando por todos os dias do nosso relacionamento e pela eternidade, você mudaria de ideia? Não. (Ela diz resoluta). Eu te levo a comer talharim com cordeiro, que é massa da casa com ragu de cordeiro, azeitona, tomate e champignon, e te sirvo o vinho de Mendoza, uma memorável região da Argentina. Eu bebo um DogsMen Revenge, que é Jagermeister, licor de jaboticaba, suco de framboesa e angostura. Que tal? Ainda assim não. (Ela endurece o tom). Você está memorizando cardápio agora? Mais ou menos isso. A sua foto pode ser de corpo inteiro? É, você tá louco. (Ela saí virando as costas). Ele tira a foto do dorso dela. "Melhor que nada! O abridor vai ter que estar do avesso". Eu te bloqueio para te poupar da minha felicidade. Mas se você pedir por e-mail, eu te adiciono novamente. Porque é uma aula de sadomasoquismo. Marquês de Sade, entende? Oi! Você quer carona? Se eu entrar nesse carro, eu não saio nunca mais! Vai, sobe. Como você está? Obcecado. Poxa, arruma uma mulher que te satisfaz por dinheiro, nessas casas de massagem. O sexo é fugaz e eu preciso de alguém que se importa, entende? Para ali na esquina que vou descer! Antes de você responder que essa mulher não é você. Aí Guto, imagina. Eu te levo. Me leva a morte. Eles não estão no mesmo tempo de vida. Ambos, ex-suicidas, trazem como cartão de visitas em seus rostos e atitudes a marca do constrangimento por terem falhado. E eles querem, no inconsciente, falhar de novo para se encontrarem no vale, sendo que não vão se encontrar em vida, porque, como eu disse no início, eles estão em tempo diferente. A vida dá o seu empurrão para eles falharem. E está se tornando consciente essa vontade. Deus, com a mesma Mão que lhes dá a expectativa em cada escolha, lhes tira. Eis chegado o tempo de decisão: suportar uma porcaria de Terra sem você ao lado, ou passar dezenas de anos no vale com você ao lado. Deus, o Senhor me deu a mensagem na hora que eu precisei, seria pedir muito, do teu Amor, manter a mensagem viva, ao menos pelo tempo d'eu respirar? Porque o teste a minha resiliência já cansou. Que não anunciem em mídia alguma que estou desaparecido. Estou a um passo de sair andando por estradas afora. É será atitude consciente tomada. Cansei de viver no mundo dos "normais". Irei viver entre os meus. Eu quero viver. É óbvio que quero. O que eu passei é mais do que prova disso. Alguma coisa em mim diz que vale a pena ter esperança e sonho. Criar isso para alguém mais quando escrevo. Ver as luzes e achá-las maravilhosas. Na verdade eu acharei tudo maravilhoso, exceto você. Porque existe alguma coisa em mim que se chama alma. O que você não tem. E nós vamos cair juntos. E eu te provo que o que eu passei é para muita coragem e para bem poucos. Vamos apostar quem levanta e permanece em pé quando não tivermos mais ossos? Poderia ser a tuberculose que já matou muitos poetas, mas um câncer, já cairia bem, na atualidade. É ruim dizer isso para quem tá enfrentando a doença de perto, mas desejo que o meu rancor, com o cigarro, se torne logo um tumor e, se eu tiver a sorte, eu saio desse planeta. Que assim seja. Essa noite, um anjo ávido dos meus dizeres, veio me acompanhar. Ele esperava que eu pudesse soletrar em seu respeito a palavra filho. Nós ficamos um bom tempo em silêncio. Eu não pude dizer que o amava. Eu acho que ele foi embora melhor, mas eu queria ter dito ao menos obrigado. E que ele se dirigisse em meu respeito como pai. Eu não tive conselhos. Ninguém pode sentir as nossas dores por nós. Somente nós podemos. Nessa noite, o anjo que veio me acompanhar me chamou de mãe. De princípio, achei aquilo estranho. Então o anjo me disse: "sabe, eu escrevo também. Mas as pessoas de onde eu venho, mãe, não gostam ou compreendem". Eu fiz o que uma mãe pode fazer: Você é verdadeiro e profundo, filho. Eu posso vender tudo que tenho para te mandar para o lugar onde te valorizem e te amem, aonde você quer ir? "Acho que esse caminho eu terei que percorrer sozinho mesmo, disse o anjo, mas você fez mais por mim do que jamais fizeram". E o anjo se foi. (Cartilha para educação dos filhos). O seu, é um amor doente. E, por acaso, o seu é saudável? O meu sabe onde está doente, o que não o torna um amor perverso. Lucão fez uma aposta comigo. E é uma aposta advinda de uma mente genial e vivida. Deixa eu declarar que desejo deixar registrado que eu irei perder a aposta. Sim, isso é um atestado de derrota. Mas vamos a aposta. "Gutão, vai sentar uma mesa de mulher aqui, e nós dois vamos escrever um bilhete para tentar conhecer alguma delas. Você que é escritor e eu que não sou. Eu aposto com você que a mulher vai escolher o meu bilhete e não o seu! Eu estou apostando na sua área, no que você sabe fazer." (Agora vem o melhor e ele está em choque enquanto diz haha). "Se eu ganhar, você me dá o seu celular nas mãos e eu apago tudo que eu acho que tenho que apagar das merdas que você escreve, que só tá acabando com a sua vida sexual e profissional, das suas redes sociais! Vamos?" Deixa eu atestar porque eu vou perder. Apesar que vou escrever o bilhete e deixar salvo no bloco de notas aqui do meu celular. Eu perderei a aposta, porque o meu texto não é para ser lido, respeitando as devidas circunstâncias que a pessoa quer ler, numa roda de bebidas, ou num pub, ou numa cervejaria. Meu texto é tipo para ser lido sozinha e na paz dum quarto, de um jardim, de um café. Aqui está porque você é genial Lucão. O meu texto sou eu! E eu não sou para ser lido nesses lugares que tenho frequentado. A próxima mulher que eu quiser eu irei convidar para um piquenique. Eu levo café, suco, bolo e conversamos sentados na canga no adorno das árvores e dos bichos. Aí eu leio para ela o bilhete com o qual perdi. Se ela não me consolar que fazia tempo não via tanta verdade em alguém, a gente aposta que o meu celular nunca sairá das minhas mãos, porque eu correrei o risco de causar e terminar nas ruas à ser só mais um peso na Terra. Vamos? Capítulo 1- O mendigo que não come mais coalhada seca. É sexta-feira treze, estou nas cadeiras pretas de plástico da praça Muller, esperando a minha mulher chegar. Está um vento de cortar a pele. Estou rindo atoa de uma história. Se você esperava terror, essa será de risos. E nós vamos brindar umas cervejas depois do conto. Ela chega arrumada para um casamento. Digo que pedi o de sempre. Ela me pergunta do que estou rindo. E entramos na história. Amor, quando cheguei ao restaurante, tinha um pedinte, ele era bem novo de idade, com um carrinho velho de supermercado cheio de parafernália, fui lá dentro chamar o Sr André. O Sr. André falou que naquela hora não iria atender e eu fui lá avisar. Ele foi embora bravejando algumas frases que não entendi. E daí? Daí eu estava limpando os frascos de molhos e o Sr André chegou e me contou a história mais engraçada desse meu dia. Qual? Ele falou que não dava mais para atender na hora que o cara, o transeunte deseja, que agora ele não quer mais comer comida árabe, que é melhor um arroz com ovo frito e que não é mais para colocar aquele molho branco de coalhada seca na comida dele que ele enjoou. Meu amor riu com o sorriso que só as damas sabem ter no centro da cidade no dia das bruxas. No fim do trabalho de hoje um senhor muito especial disse que eu tenho o coração muito bom e que eu mereço viver muitos anos. Viver bem muitos anos depende de trabalhar duro enquanto tenho forças. Manter a oportunidade com resultados, traçar as metas do dia a dia e trabalhar duro. Daí vale a pena continuar servindo, pois esse é o trabalho em que estou e eu gosto e eu respeito. Respeito a quem sirvo, as minhas colegas de restaurante, a qualidade do alimento que servimos e a quem me deu a oportunidade, pois ela passou e passa por provas de muita pressão todos os dias. Semana que vem tem mais trabalho e risadas. Um dia sem sorrir não vale a pena, disse Chaplin. Capítulo 1 - Da estrela Michelin. Nada se cria, tudo se transforma. O único que cria, é Deus. A inspiração de um, vem do Todo. É como me foi dito: não sabemos ainda como transformar a energia em matéria. E aquilo que você pensa, vira realidade. Uns cozinham, eu escrevo. Hoje vi homens movendo palmeiras no mercado central. A cena é poética, eu disse, e peço licença para tirar a foto. Entro e converso com a Sô sobre a velocidade de raciocínio de Bob Dylan nas frases. Ela me apresenta, na tela do smartphone, a banda do filho dele, Wallflowers. Ela me conta de um restaurante iraniano em Chicago, irado! A gente conversa sobre a estrela Michelin e de como deve ser rebuscado o serviço nesses restaurantes. Diz que muitos restaurantes estão abrindo mão do prêmio por causa da cobrança e da pressão. Ela me diz: se você falar de coisas boas, os espíritos bons ficam em volta. Vibre o bem! Conversamos sobre os muçulmanos, judeus ou cristãos. Nós somos ecléticos. E a nossa energia vira essa matéria. E você lê. Gratidão à vida! Oi Guto, podemos conversar? Sobre o quê? Sobre você. Ah, o meu assunto preferido. Você está bem? Claro que não. (Pausa). Tipo, a sua tv é tela grande, a minha, não é. (Pausa). Você entendeu o que eu quis dizer, não entendeu? Sim. Então a gente conversa sobre mim quando pudermos, nós dois, ter uma tela grande. As coisas não precisam ser assim. Você sabe que isso não é tudo. As coisas são como são, e tudo, abrange o que eu sinto. E você sente muito, né? Mais que a velocidade que vou me levantar e deixar você consultar outro. Está bem, se é o que você quer. Não é o que eu quero, é o que eu devo. Se você resolver viver, né, esse ponto é importante, pode ser algum dia (pausa) nós dois… vem cá, vou te apresentar uma amiga. Ela é linda e cursou Letras. "Soa como o paraíso". Para de ser irônico comigo, vocês vão gostar. "Parece aquelas contas de matemática em que você substitui um elemento por outro pela força dos eventos". Parece. "Não seria melhor eu cortar o cabelo"? Cabelo só às quintas. Agora é hora de beijar. Não me decepcione. "Nem é a sua boca". Eu fiz a promessa lá no começo, viva! "A espera é a desculpa do tolo". Então seja um tolo que beija bem. "Você parece aquelas contas de matemática que dão infinito". Isso foi grosso. (Eles atravessam o rolê se esbarrando uns nos outros e encontram o paraíso, ou, a substituta). Os elementos se casam e eu não tenho mais tempo para narrar. Chegou a minha vez. A meta é escrever um livro comercial sobre a minha vida. Começa por deixar as drogas que conheci na Universidade para me tratar convencionalmente depois de um surto. Estou vencendo essa. Saí caro, mas estou. Trabalhei num navio para conhecer parte da costa do mar mediterrâneo. Ainda na base de psicotrópicos e álcool. Muitas histórias e venci mais essa, apesar de ter desembarcado precocemente. Sobrevivi trinta dias perdido na mata. Nem precisa dizer que venci. Com água dos rios e raízes de aperitivo. Marca de presas de serpente na mão direita. Venci ou não venci? Deus está me dando a oportunidade de honrar os meus compromissos com a espiritualidade. Escrever é o maior deles. Alguém se interessa em ler o meu livro? Disse um sábio: eu não uso mais coisa de pobre. Quer ver a sua vida mudar? Dê um banho de loja de grife no seu guarda roupa, compre o perfume mais falado em rodas executivas, compre o tênis de marca, parcele um carro, que chama a atenção, em noventa vezes e diga que é seu. A dívida ninguém vê. Vai por mim. Namastê. Você não vai atender? Eu não interromperia essa conversa nem se o Jesus Cristo se transfigurasse na nossa frente agora. Por que Ele faria isso? Para dar a benção. Eles se conheceram na guerra. Isso foi em outros tempos. Existiram muitos abusos e violações, como sempre há num conflito. Economia devastada, ânimos acirrados. A cena abaixo é do presente. Um anjo, exaurindo o bem, acordou do lado dele essa manhã. Ela lhe disse: Eu desejei do fundo do meu coração que você morresse naquela mata. Sozinho, de fome e de frio. Mas vendo a sua situação de momento, percebendo que você está quase cortando os pulsos, porque não tem a vida que sonha e não pode usar ninguém, estou feliz que você tenha sobrevivido. A sua decadência espiritual, e angústia, é uma bela cena de acompanhar. Se tivesse pipocas onde estou, comeria uma neste instante. Ele lhe disse, como se não pudesse deixar de ser: é justo que assim seja. E você não pode me perdoar, não é? Ainda não. O estrago que você me causou é para muitas e muitas vidas. Eu quero te dar uma flor, você espera? Disse ele. Ainda tem demasiado espinho qualquer coisa que venha de você. E o anjo foi embora. Ele tentou, mas não conseguiu chorar. Essa guerra é política. Feita para aumentar a fortuna dos conglomerados das finanças mundiais. Como não poderia deixar de ser, não tem nada a ver com as pessoas de bem. Seres humanos que abrem empresas e contratam funcionários de qualquer credo e raça. Funcionários que saem de suas casas de cabeças erguidas para trabalhar e convivem no mesmo ambiente. Nosso país está na guerra? Sim, está. Porque a política maldita está em tudo. E uma canetada na surdina e calada da noite, enquanto os holofotes estão voltados à guerra real, priva as pessoas de terem empregos porque os empresários quebram e a economia trava. Privam os seres humanos de bem de ter boa educação de base, hospitais, medicamentos e etc. As crianças morrem aqui, aliás. E por que não fazemos nada? Porque nós somos as pessoas de bem que eu descrevi lá em cima. Nós não somos políticos. Não cobramos, porque viver já nos cobra muito. Mas grave: essa guerra é política e não deixa o peso nas costas das pessoas de bem. Façamos o nosso trabalho. Essa é a bandeira do Líbano. E eu trabalho próximo a eles. Toda minha compaixão ao bem que está tentando sobreviver nos países árabes e aos brasileiros de bem que são roubados, todos os dias, pelo poder de uma caneta, de usufruírem a vida mais completa e digna. Ele escolheu morar num contêiner. Suas tatuagens contam a história que não cabe nessa fuga. É possível que alguém nunca tenha se apaixonado? Vamos entender esse caminho. Comparemos os relacionamentos atuais com uma viagem para um país desconhecido. Se você tem a intenção de viver no país, você tem êxtase com os monumentos, junto da responsabilidade de ficar, você pesquisa mais que os pontos históricos. Se você vai de férias, você tem êxtase com os monumentos, mas faz comparativos pejorativos com o passado do qual você ainda pertence, e só pesquisa os pontos turísticos. Indo direto ao ponto, tenho conversado com muitos homens e mulheres que estão absolutamente insatisfeitos com o prazer do sexo. Homens não me dizem isso diretamente, mas dá pra sacar, o que muitos tem é uma masturbação animada, leia-se companhia de momento. Em geral, as pessoas consideram, quando tem e chegam nele, o prazer do orgasmo e do gozo curto demais. Dizem que se durasse uns 40 minutos a Terra seria o paraíso, ou coisa assim. As pessoas, se eu quero me fazer entendido, não são bons viajantes. Existe todo um contexto para que o gozo não seja um momento, mas uma entrega de corpo e alma de quem está morando num país novo. Você pode vibrar por uma única frase que escrevi, mas a frase pertence ao texto inteiro como conjunto. Você tem que se impressionar a cada dia passando por aquele mesmo monumento que um dia te fez arriscar tudo porque valia a pena e ainda vale, pois a história é recontada de diferentes formas por uma mesma narradora. A beleza de um encanto nunca apaga. Mas se entregue em lugares que tenham o que oferecer ao seu espírito. Tenho sorte. Dizem que o prazer criativo é milhões de vezes mais durador que o êxtase fugaz de um sexo de turistas. Essa geração perdeu a noção do que é profundidade e comprometimento. Não sabe o que é viajar com o coração inteiro de esperança dentro de uma mochila para uma terra imensa que te abre as portas. Eu nunca sei onde vou bater, mas se eu vou, eu vou inteiro e exploro cada curva do novo lugar, não só um sino que quando tocado sem a classe de um bom viajante é efêmero e cansa depressa demais. Sobre o contêiner e as tatoos, era só para tornar a coisa mais inteligente. Estava pensando sobre o meu encontro. Se ela vier logo, eu gostaria que fosse na Índia. Onde me arrumariam com meios não convencionais. E eu gostaria que o meu preparo de corpo fosse lento e doloroso. Quem sabe um câncer de garganta? E estaríamos distantes de todos que hoje tornam o dia a dia suportável. Porque de certo eu só pensaria em você e eu. Escreveria cartas com o meu corpo já em depuração. Não desejo que você venha com pressa, nem tão pouco se esqueça de mim, porque não vai. Mas venha enquanto eu ainda puder escrever, pois quero ferir quem um dia não percebeu que a gente chega juntos e sozinho no nosso destino final. E do meu lado eu só quero quem sempre me acompanha. A minha ideia de Deus. Por este motivo, eu desejo hoje que seja na Índia. Num hospital bem arcaico, mas aconchegante. Você coloca um ponto de estrela e luz na sua fronte, e eu saberei que você chegou. E nós iremos sair de mãos dadas até o Taj Mahal. E de lá, quando o vento soprar, a gente se separa. E a história recomeça. E a gente marca outro encontro. Mas deixe sempre eu escrever ferindo quem vive no automático, quem não percebe o quão bonito é se vestir de ar e poesia para um lugar tão adornado aí ao teu lado. Estou pronto por hoje. Acendo um cigarro e trabalho. Contudo eu sei e você não. Na maior porcentagem dos seres humanos, a vida se assemelha com uma enorme bagunça. A gente atrai o que vibra. Entretanto, a árvore que parece solidão, está lá, resistente às quatro estações, não tão bem definidas, no clima do nosso país, crescendo em direção ao céu. Qual é a nossa diferença em comparação às árvores? Queria ter o conhecimento de um biólogo agora para melhor exemplificar as minhas metáforas. Se você perguntar para um médico ou um biólogo sobre os corpos, se ele for filósofo, ele ou ela vão te dar uma figura exata de virtude. Se fizer a mesma pergunta, sobre a mente, para um(a) psicólogo ou psiquiatra, você encontra a diferença. A mente vive! As milhões de estações que batem nela a todo momento requerem que nos retiremos na solidão aparente de uma árvore, para tocarmos daquilo que somos feitos. A mente requer ordem. A perfeição do desenho deste eucalipto é uma virtude! Requer o tempo. Exímio escultor é o tempo. Quando você pensar que a vida é uma bagunça, entenda que na Terra habitam bilhões de espíritos. Como você desejaria nascer num lugar em que todos te entendem e você mesmo entende a todos? Para mundo como os nossos, reparar na grandeza de infinita beleza que rege os corpos, em meio ao trabalho que paga as contas, é dar uma ode às virtudes imutáveis da lei universal. Então, por gentileza, olhe para as fotos desse artista com curiosidade de quem sabe que veio ao lugar certo. Deixe que o seu coração te diga "wow tem algo aqui?". E o resto é com vocês. Porque essas paradas que causo no seu dia, são para voltar às coisas às ordens. Requer o seu tempo. Virtudes são a maior estrutura que podemos ter na vida. Tenho negligenciado uma virtude que o Cristo, como irmão mais velho da família, exemplificou até os trinta anos de idade, o que para época dele, era bastante porcentagem da vida de um homem. Ele trabalhou para sustentar a si mesmo e a família. O que eu tenho feito em relação a isso? Bom, escrevi esses dias, assemelhando empresas e países desconhecidos, com o casamento. Nenhum relacionamento é perfeito, como nenhuma empresa seria. O que me diz que estou no caminho certo em meu casamento com a fazenda aqui em Minas, é que a criatividade vai excelente, obrigado! A natureza parece favorecer absurdamente a criatividade. Comprarei uma bike boa de trilha provavelmente este próximo mês. Assim chego às cidades mais próximas. Aumento o range de amizades e possibilidade, se você me entende. E em breve, ou nem tanto, irei conquistar e adquirir outras coisas. Mas, faça isso se quiser, pense nas virtudes do Rabi e exercite enxergar a sua vida no que possas estar negligenciando. Dizem que conselho não é bom, mas vindo de um Cristo, é ordem universal. A simplicidade da culinária mineira. Era essa a lição, bem em frente aos meus olhos. Quem não procura o gosto que permaneça rígido no caráter, tendo passado de mãos em mãos? A mineirinha. Onde eu procurava afeto, o amor que se transitava por tradições de homens, até desabar como uma cachoeira no meu colo. Certa tarde, conversando ao lado das galinhas no viveiro, ainda em São Paulo, um amigo me perguntou: "quantas mães ainda fazem o bolo de aniversário dos seus filhos?". A ponte que as mães deixaram quebrar. Eu não havia compreendido o porquê daquela pergunta. Até agora! A minha mãe entregou a minha mão à mineirinha quando deixou de fazer o bolo de aniversário. A refeição é a ponte de afeto deste diálogo entre amigos. Como foi antigamente, deixaremos que as cores façam a mesa. Você já almoçou? Estamos fazendo uma minestra mineira na casa da minha irmã. Legítima culinária mineira. Uma delícia! Você quer vir aqui? Deixa eu pesquisar no Google. É essa aqui? Não, não parece com a nossa. Imaginava. Essa é italiana. (Pausa) Eu escrevi alguma coisa aqui amigo, para uma mineirinha. Não quero ser repetitivo, contudo, leia: "Esse sorriso que você dá, De lado, É de matar.". "Você vive dizendo que a morte pode ser algo bom. Tô querendo iluminar o seu caminho.". Está legal. Por que você não escreve da culinária mineira? Acho que pode ser bom. Mas me conta, você é espírita. Se nós temos certeza da vida depois da morte, como você me explica esse nosso medo de morrer? É o instinto de conservação. Como nós podemos ser melhores na vida? Convidando as pessoas de bem para almoçar. Você é um cara legal. Levarei bolo de milho de sobremesa. Fui eu quem fiz. Te espero, amigo. Até. E dessa forma, a história se conduz por fatos que não podem ser quebrados, que o sorriso de lado matou o homem. A mineirinha era a filha do amigo. Ele foi encontrado, já frio, ao lado da mesa. Os mais chegados dizem que era a mulher errada. Mas a gente nunca encontra a certa, não é? Estariam as pessoas perdendo a capacidade de formar padrões de comportamentos associados a arquétipos, como o herói, o líder, o amante e etc., por causa da tecnologia? As fogueiras do campo, onde ao entorno se contavam as histórias, há muito foram substituídas pelo progresso. Entretanto, o que preocupa esse escritor é que as figuras com quem eu convivo não tem exemplos na sociedade para se preencher. Creio que eles só entendam o que é o rico e o pobre, de um modo bem pejorativo. Daí a ganância ganhando espaço em detrimento dos valores. Esse diálogo abaixo pretende-se sobre essa breve introdução. Tá, e sobre o quê vocês querem que eu escreva? Já que tão cansados dos diálogos dedilhados? Escreve sobre a natureza, os contos dos peões. Pouquíssimos escritores tiveram a chance de ouvir as histórias de pessoas com as quais você está vivendo! Isso escreve contos de terror, tipo Stephen King! Histórias de folclore mesmo! Vocês estão com uma ideia romântica das pessoas do campo. Não tem mais história de folclore. Sabe aquela fogueira que as pessoas se reuniam em volta? Pois é, o celular é a nova fogueira! Os símbolos e arquétipos foram substituídos por jogos como o FreeFire e pornografia e Kwai e tik Tok. Vocês imaginam a simbologia que está se formando na mente dessa geração? No imaginário coletivo? Eu enxergava essas coisas na mata, mas isso é para outra hora. Isso dá uma história! A minha história na mata é para outra hora. E a ganância, né? A ganância acabou com tudo, de baixo acima! Só se fala em dinheiro! Em como ganhar dinheiro, fazer dinheiro blá blá blá! Não tem mais lugar para histórias ingênuas. Bom, o progresso sempre vem. A gente só não aprendeu lidar com ele ainda, né? Concordo. Dê tempo ao tempo. Acho que tá melhor eu gravar um novo Bruxa de Blair, que pensam? Sim. Tem um monte de canal no YouTube estourando com esses temas aí de fantasmas. Bora! Já tenho o texto: o celular é a nova fogueira! Das vaidades? Também. Diálogo sobre o sexo. Necessito, desejo que me conduzam, ajudem-me nesse parágrafo, vamos pontuando juntos, escute a minha pergunta: como podem as crianças agirem ingenuamente sanas, em zelo e atenção, comparadas aos adultos, no comportamento de expressividade sexual? A sensualidade, aquilo que começa como brincadeira, porque não pode ser mantido com a mesma pureza da infância no adulto? Nós ultrapassamos os limites. Qual foi o indigesto fruto que nos separam da simplicidade e beleza de que não há vergonha em ser bom, moderado e paciente? Onde está o espaço da fala? Onde está a mão que se estende e a outra que segura? Agora é feio não ser a espécie de artista circense em suas posições e inúmeras contorções, em troca da plasticidade moderada da bailarina, passiva que se entrega, mas tem conteúdo, com um carinho elevado ao último pino, pino que sustenta a lona do picadeiro dos palhaços fanfarrões e insatisfeitos e abusadores? Crianças! Seus gestos e postura de sensualidade se encaixam no tempo deles, e a troca é consensual, em seus diálogos pré, nos casos da infância isso é lúdico, sexo? Aqui vai um diálogo para quem eu desejo, encontre este alfinete de felicidade da próxima vez que sair com alguém. Não, nós não somos médicos, somos escritores! Pode acreditar, adoramos ouvir sem julgar! E a premissa, uma das, para uma boa transa, é a escuta. Aquilo que agrada e aquilo que desagrada. Fale mais! Onde não te ouvem e inexiste a espera pelo momento da vontade, caia fora! Compreenda por tudo que você crê de sagrado: ser bom e boa é a melhor entrada e saída do mundo, sem culpa. Só ajustem os ponteiros. Deixe o espetáculo para os filmes profissionais. A vida real é esta brincadeira maravilhosa, perto desse show sensacionalista e de plástico. Aí pode ter sido o nosso fruto proibido de Eva. Deixar de brincar! A vida real é troca e espera! O diálogo abaixo pretende-se sobre essa introdução. -Deixa eu ver se entendi. Você tem medo de ser tachada de boazinha, porque pensa que os homens vão entender que você não é fogosa e é passiva na cama? -Mais ou menos isso. E se eu te disser que nem todo homem pira numa mulher fogosa e cheia de habilidades. -Vocês ficam de mãos dadas com a boazinha no shopping e procuram uma fogosa habilidosa por fora. -Aqui entra a questão de comprometimento com o relacionamento. Mas vamos voltar no que me interessou. Eu já fui tachado de gay, porque a mulher estava com vontade e eu não. Foi o que eu ouvi. Só que eu fiquei com a mulher errada para mim. Invariavelmente em um relacionamento irá acontecer de os tempos não baterem em relação ao tesão, e eu fico abismado dos casais não se conversarem disso. Não entra na minha cabeça! -Se eu estiver sem vontade de transar, você vai me esperar? Mas é claro! E quando eu também estiver sem vontade? A gente toma um banho! Ou vai aliviar no banheiro, ficamos na mão! Pode ser? -Pois bem. Assim está! Alguma hora é cada um para o seu lado. Não precisa sair que nem louco ou louca caçando outro alguém, né? E nem forçar ou constranger. -E sobre o que me agrada ou não me agrada fazer? Você entende isso? -Eu me conformo, uai. Existem outras prioridades que me atraem por você, além de meros detalhes de fetiche. E não vai fazer o que eu não faço, com outra qualquer por aí? Não, né! -Uau! Uma hora os ponteiros batem e aí é delícia! Estou gostando! -É sim. Você é médico? -Não, escritor. A gente escuta os outros, também, sem impor julgamentos, mas ganha bem menos. Gostei. A guerra começou em 2025. Não há clareza o suficiente de dados para esse narrador declarar qual foi o Laboratório que violou primeiro o código de ética de não usar drones minúsculos infectados em reuniões da alta cúpula. Só vejo que a Terra esta infestada de robôs soldados e as pessoas são deslocadas de acordo com as suas profissões para os países designados. As pessoas foram cortadas da comunicação e quem trabalha para guerra recebe caracteres de texto como bônus para falar com quem quiser. O Brasil ficou sob o domínio do clã chinês. Ela foi enviada para Irlanda, penhascos de Moher, no condado de Galway, ele foi enviado para Milão, Itália. Deste texto se trata a correspondência entre os dois. -Meu amor, Eu tenho uma coisa para te dizer depois da nossa última conversa. Vc sofreu pouco. Todos os seus desejos em relação a relacionamento foram atendidos. Vc é uma mimada emocional. -Amor, Vc é um idiota. Vc sabe o que é ser violentada por um namorado que eu julgava o amor da minha vida? Sabe o que é ter um irmão que se suicidou? -Quanto ao estupro eu sei. Quando fui servir na Escócia eu estava dopado de morfina e na maca quando uns rebeldes invadiram e fui violentado. Estamos quites. Mas antes disso que vivemos agora vc teve tudo o que quis. Os seus desejos nunca foram negados. Vc teve a sua primeira relação sexual com quem vc escolheu. A sua vida foi boa. O toque, o cheiro, os apelidinhos íntimos, das ex, ou dos ex, no seu caso, toda a bagunça mental de sentimentos experimentados, e que agora são as pontes do que vivemos, caminhos para memória nos sustentar nisso que é vida, nos dando o equilíbrio, se tornam repaginadas! Parece, de repente, que as frases se sustentam num parágrafo de fé e esperança! A gente conhece alguém, uma capa,📔, e quando lê as linhas de um conteúdo que agrada, que preenche, colocando sentido em todo esse emaranhado, equilibrando o passado, com a nova voz da personagem rica em sentido, nossa ponte coração se alarga em sensibilidade e confia. Confia! Mas note, é uma ponte bem construída, entretanto, na voz desse narrador, a gente nunca chega do outro lado! É uma biblioteca de Babel! O caminho é que importa! E viva o recomeço! Um vulto passa na algibeira dos vitrais. Eu não me assusto, sinto-me atraído pelo seu aspecto ermo. Entro para o lado de dentro. Almíscar em névoa, ele me pergunta: "Você sente a minha falta?" Como posso ter falta do que desconheço? "Mas você me conhece bem, desde aquele carnaval que morri sufocado pelo excesso de pó!" Isso não tá bom, porque foi há muito tempo. "Mas você ficou e eu aqui estou. Quero pedir que você pare!" Eu vou parar. "Grato!" E o vulto se foi. O silêncio. E também a noção do claro e do escuro. O amanhecer e o anoitecer. Mas sobretudo, o silêncio. Apenas as nuances delicadas da natureza dando bem vindo e boa noite. Rostos colados. A sós. O corpo e Deus. Como é voltar para a civilização? A bomba que explode nos campos. Ter você perto e saber você longe. Para quem eu escrevo? Quem é o meu público? O escritor é como o músico, sensibilidades idênticas, talvez, com o inverso da poética em contrapartida da melodia, da harmonia e do som. Portanto, na sua cabeça, o pensamento ocupa o lugar das notas musicais. Pensar, ou compor, é ouvir uma voz angelical e, sorrateiramente pedindo, com olhar caído, para ser beijada. É preciso a linha. Ficar a sós como na natureza. O corpo entregue com a bênção da divindade. Correr o risco. Se aproximar. Não ligar para o compromisso que a casa cobra. Alinhar com as mãos no rosto as palavras e beijar. Entende? O perigo do pensar é não ter a contenção da partitura. Mas, tem o crime da lógica. Na mansidão e paz da quietude que rege o sono dos rebentos. O beijo roubado do inefável. Quieto e inteiro ali. Composto. Portanto, o barulho da cidade acordando é uma agressão ao espírito. A fazenda me faz falta nesse sentido. O som da cidade produzindo, aos gritos de sobrevivência das pessoas, é uma ironia a paz da alma dos espíritos vindos do campo. A batalha. Irei me acostumar com esse fuso horário? Esse teatro às avessas? Sem o ensaio? Nunca me foi tão plausível querer-te ao meu lado, porque é possível sentir-me quieto em tumulto ao toque do seu abraço. A voz, o olhar, a frase toda. Percebe que a falta está comigo em todos os ambientes? O ideal é sempre a fuga ao incômodo. Contudo, o barulho enerva a esperança do evangelho. E isso não se cala. Você vem? Posso ficar aqui do seu lado? Porque você não parece um idiota. E tá cantando Radiohead. E você parece uma flor recém colhida, ainda úmida de orvalho, em uma horta de tomates. Por quê tomates? Porque o seu sorriso alimenta, e os seus dentes são como as sementes de um tomate cereja que se perdem entre os meus enquanto eu mordo. Entendi. Eu estou triste. O quê foi, brigou com o namorado? Não. É que a vida cansa. Indo direto ao ponto, você vai ficar comigo ou vai arrumar alguém que te leva beber e comer e se exibir em festas bancadas com o dinheiro público? Agora você parece um idiota. Okay, perdão. Deus coloca as peças nos lugares certos nessa vida. Porque sou eu quem não poderia me encarnar como você, tipo linda, inteligente e trabalhadora. Tipo, eu faria muita merda. Eu me divertiria com as pessoas. Você já se diverte com as pessoas. Você escreve sobre elas. Às vezes, isso fere mais que um beijo. A gente pode tentar descobrir, porque eu escreverei sobre você amanhã cedo, entretanto, desconheço se o seu beijo fere. Talvez outro dia. Eu nem gosto de sementes. Eu quero plantar, (eles se olham em pausa), um pouco de sabedoria afetiva na sua mente. Afeto não é saber. É vivência. Uma coisa equivale a outra. Não. Você sabe. Você não vive. Você precisa se entregar. O amor só se dá, para quem se deu. Engraçado que eu queria dizer o mesmo. Deixa eu ir que o meu Uber chegou. Eu te levo. Talvez na próxima safra. Faria a analogia do riacho da fazenda, o som, o sol, as cores, como os vasos de um tecido humano de plasma, em comparação ao riacho do asfalto, o áspero, o corrompido, o artificial, como as espumas das garagens recém lavadas de domingo de manhã. Mas eu pensei. Era a cena. Brilhando, era essa a foto, e eu estava brilhando. E estava pronto. Mas eu pensei. E o meu sangue corria fora das veias e das artérias, porque penso demais, os hormônios desajustados, porque penso demais. Eu sinto e não vem do meu sangue. Ia dizendo como o meu sangue corre diferente em meio ao picadeiro onde a estrela da minha cena me ignora por completo, quando pensei melhor em você. Me lembrei que você era o texto. Cosmogonia é a palavra mais bonita que já ouvi. Seria amizade mantê-lo em sigilo, o nosso diálogo, mas aqui se trata de ciclo e líquido, o cosmos, ciclo e vida, a mulher cósmica, a minha humilhação em palavras no teu vocabulário, o sangue por uma mulher complexa, do que é explicar sofisticadamente o quase furo de um rolê por uma menstruação. O amor é líquido. A minha ética também é líquida. Perdão tá. Com vocês, ela: "Absolutamente, entre a Terra e o Céu, a Lua, as marés, sabe a história de quando as mulheres eram consideradas gloriosas deusas, pois os homens sangravam e morriam, as mulheres não, do nada as mulheres inchavam e pariam outro ser humano, os homens não, as mulheres produziam alimento para outro ser humano e que saia de dentro do seu corpo, em tempo imemoriais é claro…" "Rapidamente: uma cosmogonia da via láctea é essa imagem, a grande deusa cósmica dava alimento para o seu bebê e escapou sua boca, e devido a abundância do líquido espirrou por todo o cosmos formando a via láctea e as estrelas, a semente-alimento do corpo da grande mulher cósmica…" Não vou. Não deveria dizer, entretanto, aos diabos, irei jogar por terra e dizê-lo. Ela não comeu o doce que a mãe dela fez com carinho. Como eu desejaria que essa mensagem chegasse antes. Antes de eu ter o pudor. A vida é engraçada. O caro Derson fabrica um banco com tamanho zelo, com ripas e reciclados. Uma árvore demora anos para produzir uma fruta tão deliciosa e sensual. Uma mãe cozinha com carinho um doce de tarde. Mas, eu irei bitolar, uma outra vez, vestindo a minha voz no meu fantasma, uma outra vez, o texto caminha no meu ideal de você, com estilo e cara de adolescente. Personificada na menina tola e abusada. Você adolescente ou eu adolescente? Que atitude cretina é essa a nossa, uma desfeita com um escritor. Aos diabos. Segue sendo assim o diálogo: Amor, vem comer doce, está uma delícia. (Ela entra na sala e pergunta). Quem deu as frutas? Você sabe quem deu as frutas, vai. Senta e come. Conversa comigo e com o seu pai. Não vou comer. Deixa de ser boba e chata. Foi uma atitude de um homem premeditado e intencional. Não como e pronto. (Do outro lado do mundo, a mensagem que deveria ter chegado na hora da refeição). Vem e senta comigo nesse banco de rua. Nós conversaremos sobre uma análise de como as amoras caem nas nossas costas, enquanto nos negamos o sentir da pele, um do outro, molhando as palavras ao vento. É a gravidade. Vem e senta comigo nessa existência nossa, onde a gente flutua. Mancha a minha carne com o teu visco. Para onde vamos, eu te consigo todos os sucos do mundo. Porque a memória das frutas já está nas nossas bocas enquanto eu te beijo. Vá ao inferno a tua negativa. Eu tenho atitudes com delicadeza, e você respostas de menina. Cresce amora, cresce no meu galho. (Ela leu e comeu). Me disse que o doce estava bom. Tem algumas coisas que eu não gosto no seu caráter. Você é machista, prepotente, às vezes, é absurdamente egocêntrico. Eu escrevo para atores. Eu não atuo. Eu sou a pedra filosofal, o santo graal. Posso mudar o que você quiser em mim, no meu caráter, sem sentir dor. Mas eu volto à forma da essência e das virtudes, quando me concentro. Não sou essas coisas que você disse. Às vezes, eu pareço assim, mas eu posso parecer coisas melhores. Para você. Então consiga um jeito de nos dar uma vida confortável. Por que não pode ser com a escrita? Isso é lidar com a realidade. Eu não posso lidar com a realidade. Eu estou falando de essência. Se você quiser saber de realidade, pergunte a uma editora. E qual é a essência? A verdade do espírito. E os espíritos tem muita faces. E você escreve sobre elas? Eu me transformo, dia após dia, para encarar o que os seres humanos não mostram delas, com um sorriso de cartão de visitas, de quem precisa trabalhar. Você se mostra como você é para mim? Pode ter certeza que sim. Isso me assusta. Esse quadro a óleo pintei em 2005. Se a proposta for boa, a gente conversa. É só uma abertura para o texto abaixo, aberto a temporada dos gritos, porém é tudo vivência e experiência 🧪 Tá, vamos abrir as cortinas aqui. Ou você acha, Augusto, que você é o único médium aqui nessa conversa? Você nunca sofreu com alguém, cara! Você sempre pulou do barco antes dele afundar! Afirmo que você pouco sabe de intimidade com uma mulher, porque você se caga de medo de ser traído, de ser abandonado! Você é um babaca egocêntrico que nunca sofreu com e por alguém que te deixou, depois desse alguém ter permitido que você usasse quase todos os cômodos da casa! Você não sabe nada! Nada! Cara, você é piada! Uh lá lá, okay srta médium, agora me chamou a atenção para o assunto. Você já sofreu bastante com alguém, tanto que volta para transar com qualquer um dos seus ex ao primeiro estalo de dedos quando dá vontade nos dois. E depois é cada um para o seu lado, não é? Tanto que não respeita e acredita no caráter de mais nenhum homem que chega perto de você com boa conversa e boa intenção. Quem falou que o seu sofrimento te tornou alguém melhor? Talvez tenha te tornado uma vagabunda. É o que parece? E tirando esse tipo de traição e abandono, que você bem enxergou que eu nunca sofri, as outras minhas relações com o sofrimento dão uma lavada de um milhão à zero nas suas. Mina, você é fútil! E como a gente fica nisso? A gente fica e foda-se! Nos sentimos como caixas de papelão, vazias, de um produto que foi recém consumido. Somos rápidos, reciclando sentimentos que outrora foram puros. Compraram os nossos sentimentos com uma porção de anúncios de beleza, postando a falsa garantia nas realizações naquilo que vem fácil. Compraram a nossa coragem de entrega, do medo e da dor que sentimos ao compartilhar a verdade, que não é só o bom papo de treino. Youtubers, influencers, vocês nos dão um abraço? Porque a noite foi foda, pode crer? Repleta de distrações aos prazeres. Contudo não encontramos a saída ao dia seguinte. Eu sabia que faltava em cada atitude, rude e áspera, a gentileza do meu medo ao seu toque único. Mas o dia amanhece e me sinto como uma caixa de papelão, vazia, de um produto que foi recém consumido. E agora, para que nós servimos? Ir ao mercado e encaixotar outros produtos para se conquistar em frases curtas, ao pé do ouvido, e uns trocados no bolso? Vou trabalhar duro, vê se sinto menos, curtir no automático, feito vocês. Entretanto, o meu conteúdo é vazio daquele abraço que procuro há tempos. Que faz tremer. Que faz sentido. Por que importa? Para quem importa? O Rio de Janeiro continua sendo. Pra quem gosta do Rio. Mas nós não somos. De quem gostamos? E gostamos de nos enganar em nossos empregos, nos lidando como produtos nos finais de semana. O que era para existir, foi devorado por uma propaganda hostil de funcionalidade em retorno breves. O papelão pega fogo ou derrete no líquido. E o que era a essência, o líquido de dentro, o néctar daquilo que deveríamos ser aos outros, nunca existiu? Foi consumido ao nascer num esquecimento vantajoso ao consumo. Ou eu sonho? Naquela mesma corrida de ratos em que vejo o pub arder. Risadas altas na ala de fumantes não irão nos salvar. Piadas tolas sobre o cotidiano. Não irão. Não serão. Nunca inteiros. Oi, tudo bem? Você não vai gostar de eu escrever, mas o calor não faz a gente pensar reto. Eu vou medir o índice da minha loucura te dizendo isso. É que beijar você e permitir ter você na minha intimidade é como beijar e fazer amor com um plástico. Agora você vai trabalhar e isso te distrairá do fato de que não dá mais entre a gente. Eu não consigo mais escrever cartas de amor. Porque essa bosta de calor seco não faz a gente pensar reto. E era isso que eu quero te dizer. E se você entrar por essa porta e começar tudo de novo será uma roda gigante de atraso em nossas vidas. Só quero que você tenha um ótimo dia de trabalho, e quando voltar, eu não estarei mais aqui. (Você acha que a pessoa apagou a mensagem, voltou para vida, ou foi fundo no que escreveu?). Leituras sugeridas para cartas de amor, abaixo. Ninguém pergunta o que te faz feliz. Se você é feliz. Como uma ostra crescendo dentro de uma concha, você tem que brilhar. E a concha te protege. E para você ter a cobertura, você precisa do dinheiro. Essa mensagem é para os que não chegaram lá. Os que fizeram escolhas pelo coração e não pela razão. Os que escolheram trabalhos fáceis do conhecimento e difíceis na realização. Os que nadam para onde a maré parece mais rasa. Aqui, tem que reluzir que você sustenta uma casa, que você tem um carro para andar. Você tem que ter, não importa como. Dinheiro para torrar nos finais de semana. O que você conquistou, a pessoa mais próxima de você vai te ajudar a gastar e acabar com tudo. Você vai estudar, se meter em cursos, se tornar prepotente e se achar foda. Isso te infla, aumenta o seu salário, se você for esperto (não é o meu caso). O seu coração está fora disso tudo, mas alguém falou coração? Grande bosta, que esse cigarro faz o favor de apagar e deixar de bater. Vira cinzas e fumaça. Como todos os outros sonhos que foram deixados de lado, porque de outra maneira, sem coisas para ser e exibir na civilização, você se sente um merda. E merda tem luz? Tem a proteção? Transmite a segurança? Ou se sente que é a ostra, sem a concha, que a maré leva para qualquer lado. A lua regula algumas coisas, contudo não regula o fato que você pode brilhar, sem muito, na cabeça dos outros. Mas se você não tem, você tá nadando sem o barco, e ninguém quer te dar a mão para fazer a travessia, usando da força da pedra preciosa em si, a sua força sem as carcaças do progresso, que garantem uma falsa ilusão de prosperidade. O mar vai me afogar, tá bem claro que vai. Bem como tudo que vocês conquistaram também vai por terra. Suponho que os estudos e a troca de experiência para conquistar as coisas permaneçam. Então aproveitem. O calor faz as minhas braçadas mais leves. E o final da travessia mais breve. Nascer foi erro. Tenho certeza absoluta disso. Agora é planejar a melhor forma. Deixar o presente para a minha família. E ainda tem uns trocos escondidos para os custos que eles encontrarem no caminho. Mas não vai ter corpo. Essa parte, deixa comigo. E onde é a sua entrevista? Por que você tem que querer saber de tudo? Eu só te fiz uma pergunta? Dentre as mil que me faz. Minha entrevista é na porcaria de uma franquia de um restaurante árabe onde eu terei uma bosta de um emprego e um salário deprimente. Mas tem que estar trabalhando, né? É assim que se conseguem as coisas. Sabe o sonho que eu terei nesse emprego? Que a faca seja afiada. Porque quando a Jéssica entrar lá com o namorado dela e eu chegar para servir, eu enfiarei a faca na minha garganta e eu desejo que dê tempo de eu perguntar para ela o ponto que ela quer a carne. Tá bom assim para vocês. Porque tem que tar trabalhando. E se eu não conseguir essa merda de emprego, eu não saio dessa merda dessa casa nunca. Mais algumas perguntas hoje? Obrigado para quem? A vida não dá nada para quem não nasce feito. A vida cobra. Muito. Alguém diz que é questão de alinhar os chakras para que as pessoas certas cheguem perto. Deveriam ter nascido perto, desse modo. As oportunidades estão por todos os lados. Estamos fechados para reforma, elas dizem. Hoje não estou tão orgulhoso quanto fui antes. E não consigo mais fingir, porque me questionam a todo tempo o que fiz ou deixei de fazer. E para um escritor, essa indiscrição é a morte em vida. Não sou mais egocêntrico do que fui ontem, porque o redor se tornou cinza e nem é a minha cor preferida. Então. Obrigado para quem? Não fui no aniversário. Pizza às quintas não combina. Preferimos sair, o cara da camionete e da academia passou em casa e fomos catar umas mulheres. Ele atravessou rápido pelo centro, em zigue e zague pelos demais automóveis, o som no talo, as garrafas de cerveja tombaram e molharam as nossas coxas e enfim chegou. Um bar legal, bastante legal. Pensa num ambiente de ficar com as pernas molhadas. Ali pelo começo da noite, uma mulher que conheço veio falar comigo. É disso que se trata: Oi, quanto tempo, você está bem? Nada bem. E por que você está aqui se não está bem? Porque eu estou olhando a lua e fumando, fumando para caralho. Fazendo um teste para indústria farmacêutica saber qual marca mata mais rápido. Dá para ver. Não tá fácil para ninguém, né? Você não parece mal. Mas eu tenho os meus problemas. Quer falar sobre eles? Não é o lugar. Então por que você se importa? Cara, eu trabalho desde os dezesseis anos de idade. Paguei a minha faculdade e especializações, escuto problema o dia inteiro no trabalho, não tenho o direito de não querer falar de problema nesse momento? Pois eu não corri atrás de nada disso que você correu. Estou aqui de carona e torrando o dinheiro que ganhei em trabalho pesado que não precisa de porcaria nenhuma disso para ser feito. Nem de vergonha na cara precisa. Aliás, muito menos de vergonha na cara. Eu gosto de você. Você não é de superfície, entende? Posso pegar o seu número e a gente conversa outra hora? É claro que eu te dou o meu número. Mas você vai ficar com ele, vai curtir a noite, e quando virar a esquina de saída desse bar, vai cair na real do seu mundo, e não vai mandar mensagem. E se eu te mandar, você não vai responder. Mas anota aí. (Restaurante mais chique do eleito algumas vezes o melhor resort de praia do país. Dois amigos conversam). Joça, como você diz, é uma multinacional que oferece milhões em bônus, plano de saúde e um excelente plano de carreira para o funcionário, eu deveria estar feliz, não é? Apesar da sua ironia me fazer rir, Augusto, eu me preocupo um pouco com você. Você se subestima e isso não faz com que você enxergue as oportunidades. Você já trabalhou no mercado financeiro em São Paulo, sabe do que estou me referindo, Joça. A gente deveria estar sentado aqui para comer e não estar servindo. Eu entendo você, mas mano, o estresse que essa vida dessa gente cobra é do que eu caí fora, fui aprender surfar na Austrália, dirigir caminhão, consertar piscina e não me arrependo do que fiz. Você foi correr porta na Irlanda, trabalhar em Milão e por mais um bocado de lugar irado, como foi no Navio? Uma loucura. Tinha os seus pós e contras. Como em tudo, cara. Mercado financeiro e multinacional é muita ilusão vista de fora. Tem diversos contras que ninguém diz. É ralar pra caralho, fuder cá sua saúde mental e psicológica, acabar cá sua vida privada, é só glamour, eu te garanto. E muito dinheiro no bolso. Mas para mim e, para muitos que tiveram a oportunidade de entrar, não vale a pena. Só que nem todos têm a coragem de admitir e mudar de vida. Ir para algo mais simples, mas que permita a gente respirar, sentir e ter tempo para o gosto das coisas. Mas atraí mulheres para caralho, né? Nadar na sociedade? Sim, isso é verdade. Mas na grande maioria um bando de biscates que não acrescenta nada na vida do cara. Só leva. Geralmente quem fala isso e tá na sociedade tem a sua namorada do lado, ou a sua mulher, que considera a mina mais pura da Terra. Você é engraçado, mano. Vamos fazer um brinde lá nos fundos? Você vai ver que tudo vai ficar bem, irmão! Só tem que pensar menos. (Um casal entra pela porta de mãos dadas e senta na mesa ao lado deles). Mano, atende para mim. Depois te explico. Mas a mesa é sua, cara. Atende aí. Eu vou falar cá Fadia, a chef. Eu não vou ficar mais hoje. Quê aconteceu, brother? Depois te explico. (Augusto vai até a Fadia) Fadia, eu preciso ir embora, eu não tou bom. Justo está noite que estamos na merda. Quê você tá sentindo? Tá, para você eu posso falar. Acabou de entrar uma mulher que eu fui apaixonado com o acompanhante dela e eu não vou atender. Não quero que ela me veja aqui, entendeu? Puta criancice, Augusto! Eu no seu lugar ia lá e dava o melhor serviço da sua vida para eles e saia por cima dessa. Não é bem assim. É assim sim! Você está trabalhando! Que vergonha tem nisso? Não dá para explicar. Dá sim, você ainda queria tar do lado dela! Vocês são tudo uns bunda moles. Me coloca aqui na cozinha hoje, Fadia? Por favor vai? Tá, fica aí no apoio, besta. Te amo. Também te amo. Ele chega com o paieiro no canto da boca no caixa e pergunta? Oi, tudo bem? Posso pagar, entrar e sair, e voltar de novo? Não. A atendente responde. Ela chega, com a bolsa no canto do ombro e dispara. Eu pago para esse idiota. Ele olha para ela e lança um puta que o pariu. Tudo bem? Mas eu só posso ficar duas horas, Amanda! (Ele faz assim com as mãos). Em duas horas a gente faz um filho aí dentro, Amanda disse daquele jeito dela. Os dois entram. Então o cavalheiro quer se matar? É um pouco disso. Qual é o nome? Que nome? Da princesa da vez. Não é isso, dessa vez. É que eu não enxergo perspectiva para ter uma vida bacana. Uma vida bacana para acompanhar a princesa. Não é justo? Toma vergonha na cara e cresce. O quê você quer beber? Gin tônica. Eu vou de Red Bull. A gente vai fazer o filho mesmo? Eu não tou tão louca quanto você. Então é tomar e ir embora. E vê se toma juízo também. Tá bom. Deus é generoso com algumas pessoas, não é? Habilidades que você desenvolveu me deixam preocupado. Habilidades que não te põe nervoso no primeiro encontro, entende? Aquela ansiedade das horas que não chegam, quando não passam rápido demais. "Você é bom, mas faz todos os movimentos como se eu fosse outra". Haveria vergonha em cobrar ser único. "Acordar ao lado única?" Entra uma borboleta branca pela janela do quarto, nesse momento. Habilidades que me faltaram para impressionar no dia de teste. A roupa e os sapatos estavam impecáveis, perfume e relógio, abridor de vinhos, cabelo e barba bem feitos. Mas o psicológico falta e o encontro de repente pareceu importante. Casa bonita, pessoas agradáveis. Requer mais do que eu poderia dar naquele momento. Nessa hora você mantém o que é de caráter, a sua honestidade e a sua responsabilidade. Escreve uma mensagem sincera no dia seguinte. Eu tenho mais para falar, contudo me falta o fôlego. Só a coragem e Deus sabem se teremos a oportunidade, porque esperamos as emoções amainar, de um outro encontro. Depois, já no rolê de saideira, uma moça me pergunta no seu grupo de amigos e namorados: "Você pode tirar uma foto nossa? Se você estiver bem, né?" E você quer saber do que estou falando, não é? Pois fique nas entrelinhas. Eu leio suas expressões gestuais enquanto você fala comigo, você não precisa me falar demasiado. Eu leio que você olha para os meus olhos e intercala olhando para a minha boca e os meus lábios. Você esbarra na minha mão enquanto passa o isqueiro, de uma maneira suave e tímida. Tem uma vontade enorme enviando um sinal de SOS para sair. Eu sei. Você me propõe um intercâmbio em outro país. Esse país se chama a sua intimidade. Percebo que você tem um tempo diferente. A gente terá que fazer algumas escalas antes do destino e do relax das férias. Onde tudo flui naturalmente. Por enquanto há um muro dividindo a sua Berlim. Nos seus dois extremos, eu percebo a beleza inócua. Mas não vejo uma comunicação saudável. Você está ferido e eu irei te carregar nos braços até a costa onde a armada amistosa nos dá guarida. A gente conversou no casamento dos Alemães. Você tem que sair da guerra dos seus pensamentos e eu irei puxar essa cortina com mãos delicadas, leve como é o seu coração sem a tormenta. Você vai me entender, eu sei. De certo modo, serei a sua maca. Consegue me ler e confiar? E quando menos perceber, de um estalo, a guerra terminou. E você escreverá sobre a nossa leveza na espreguiçadeira, quando os convidados saírem. E eu estarei feliz por ter entrado no local da tua paz. A natureza urbana é maravilhosa para quem tem olhos para ver. "Às vezes, o tempo cobra a gente não ter olhos para nada, Guto." Às vezes, o tempo faz você ignorar o que está nas profecias. "E o quê está nas profecias?" Que você deveria ficar ao meu lado. "Ah sim, provavelmente essa foi você quem escreveu?" Não. O que escrevi para nós dois é bem mais bonito. "E veio dos céus?" Não. Do céu vem a chuva, de mim, vem a alma. Essa distância não tem gênero. Distância: substantivo feminino. A. Você quer que a gente fique cool, na moda do momento? Porque para mim não tá nada bem, se for por esse caminho e, eu explico. Distância: te procurar e não achar. Porque eu não sei como chamar, quando respiro e me falta o ar, quando a minha pele sua. Eu chamo de sonsa. O quê você acha, sonsa? Esta falta que é servir esperando que você enjoe desse silêncio. Esse silêncio não tem gênero. Silêncio: substantivo masculino. O. Silêncio: o que me percorre por dentro todo o dia que não tem você. Nós sabemos bem quem somos, não vem com essa. Sua pele contra a minha chama de prana. Qual é o nome que preenche o teu peso na minha literatura? Eu nomeio de exagero. O que também pode ser substituído por dor. O meu nome é Augusto. XY. E você não gravou. Fizemos um projeto antes de vir. Nada de superpoderes, nós pedimos. Você foi aceita e eu fui aceito. Onde, no gráfico da vida, ficou tão difícil enxergar o ponto em que nos encontramos? Dá para perceber, pelo jeito que você me olha, você é absolutamente dominado por mim. "Eu olho para qualquer mulher com o bem que olho para você." Completamente dominado, ela repete no ouvido dele. E não tem o que te cura. "Um beijo bem dado na sua boca. Mas a minha boca tá anestesiada." Perfeito para você! Vai te deixar menos maluco. As coisas estão mais fáceis para você, agora que você tem alguém para culpar. Guto, o que você quer dizer para mim, que eu já não tenha percebido no seu jeito? O seu introspecto está inteiro e todo em você. Eu só quero dizer que isso é ótimo para você. Sim. Irá te trazer a mulher certa. Aquela que encaixa. E não sou eu. Há uma frase que nem há necessidade de ser dita, mas direi: o dinheiro sempre ganha! É fácil observar isso numa mesa de vendas num boteco. Aqui estendesse o boteco para o infinito. Ouvi numa palestra que no Butão é diferente. Como eu não gostarei da aparência das butanesas, sobra engolir seco e trabalhar. Arremessar o dardo no tamanho do meu tabuleiro.. Tá, já que o jogo é de situações hipotéticas, vamos lá: a gente pediu para Deus para eu e você, meu amigo, trocar de lugar. Os mesmos corpos, com a situação financeira e de trabalho invertidos. Você volta ao início em que você conheceu a sua namorada. O seu corpo e a sua atitude são mantidos, ok. Aposto o quanto você quiser que a sua namorada não fica com você, nem se o Jesus Cristo baixasse na Terra para consolidar a união. Tô mentindo, ou tou falando a verdade? Verdade ou desafio? Guto, eu iria provar para ela que eu ia chegar onde estou agora. É o que você tem que fazer. E tem outra, se ela não quisesse, foda-se também. Trabalhe por você primeiro. Dica de ouro. Você é um homem incrível, absurdamente inteligente, você escreve bem é sensível... "Tá, antes que você continue, deixe eu te dizer uma coisa. Isso que você tá falando não foi o suficiente, e a gente sabe disso. Não sei se você quer ser mãe, mas se a gente se relacionasse, esse risco logicamente existiria, e criar bem um filho hoje sai por volta de 10k por mês, e você sabe que eu não terei esse dinheiro na minha folha de pagamento nunca, provavelmente. Então vamos encerrar o teatro. Você encontra o seu empresário, ou executivo ou Dr. de qualquer coisa, e eu tomo a minha cerveja, pode ser assim?" "Fico feliz por você ter parado de beber." Não quero ouvir, tá certo. Você virá com frases disfarçadas de boa gente. O que eu sinto por você, é diferente do que você imagina. Você não ia entender. Você nunca sentiu. Abaixo do que você enxerga que é a obsessão e a paixão, existe um amor que você nunca compreenderá. Então não me sacaneia. Às vezes, todos acham que eu aproveito a vida enlouquecidamente. Conheço vários países, curti com pessoas, como eu, por festas e apartamentos pelo mundo. Aqui, tenho uma vírgula na sentença. Eu nunca curti e nunca curtirei alguma pessoa sem que exista a responsabilidade. Ficar com alguém não é uma atitude vazia de riscos. Nunca foi. E eu não estou vazio de consciência. Que você saiba. "Uma Coca-cola com Você é ainda melhor que uma viagem a San Sebastian, Irun,Hendaye, Biarritz, Bayonne ou que ficar enjoado na Travessera de Gracia em Barcelona em parte porque nessa camisa laranja você parece um São Sebastião melhor e mais feliz em parte porque eu gosto tanto de você, em parte porque você gosta tanto de iogurte em parte por causa das tulipas laranja fluorescente contra a casca branca das árvores em parte pelo segredo que nos vem ao sorriso perto de gente e de estatuária é difícil quando estou com você acreditar que existe alguma coisa tão parada tão solene tão desagradável e definitiva como estatuária quando bem na frente delas na luz quente de Nova York às quatro da tarde nós estamos indo e vindo de um lado para o outro como a árvore respirando pelos olhos de seus nós e a exposição de retratos parece não ter nenhum rosto, só tinta de repente você se surpreende que alguém tenha se dado ao trabalho de pintá-los olho pra você e prefiro de longe olhar para você do que para todos os retratos do mundo exceto talvez às vezes o Cavaleiro Polonês que de qualquer maneira está no Frick aonde graças a Deus você nunca foi de modo que eu posso ir junto com você a primeira vez e isso de você se mover tão bonito mais ou menos dá conta do Futurismo assim como em casa nunca penso no Nu Descendo a Escada ou num ensaio em algum desenho de Leonardo ou Michelangelo que costumava me deslumbrar e o que adianta aos Impressionistas tanta pesquisa quando eles nunca encontraram a pessoa certa para ficar perto de uma árvore quando o sol baixava ou por sinal Marino Marini que não escolheu o cavaleiro tão bem quanto o cavalo acho que eles todos deixaram de ter uma experiência maravilhosa que eu não vou desperdiçar por isso estou te contando" Frank O'Hara. Não quero prender ninguém em mim, isto seria impossível na lógica do universo, onde os astros contribuem em equilíbrio, num contexto de proximidade e distância. Mas, seria pedir muito um pouco de evolução lado a lado? Num contexto de amizade e amor? "Você não fala nada direto, né?" Não, nem para te pedir um beijo, eu serei direto. Eu escreverei um romance para te pedir um beijo. Aliás, você já ouviu e se aproveitou dessa um milhão de vezes, mas se você quiser uma bebida, fique à vontade. "Um milhão e um." Pois é. O valor do meu constrangimento, dá no mesmo. "Uau, macho e fêmea." Bora? Você ama esse cachorro aí que foi dado por algum outro homem. "E o quê você tem com isso?" Tenho que esse vira-lata aqui dentro é uma maldição no nosso relacionamento. E tem outra, sei muito bem que você deixou de usar o Instagram pelo tanto de assédio que recebe. "E não é bom?" Só faltava você querer levar esse vira-lata na nossa viagem à Paris. "Fica quieto um pouco e passa a salada italiana para mim". Essa porcaria me mordeu outro dia. "Quem, eu ou o cachorro?" Você não me morde faz tempo. Deve tar sonhando com quem deu esse ninho de ácaros para você. "Tá, vamos encerrar. Eu vou voltar para o Instagram." Tá difícil viu. Acho que o meu irmão vai fazer o nosso divórcio, em breve. "Não tão breve. Deixa passar Paris." Vaca. Mas amo. Pulguento dos inferno. O Dr. está prescrevendo a receita. Adoro ver a minha mãe entrar nas brincadeiras do Pedro interpretando a paciente no consultório. Eu não me lembro, quase nada, de brincar assim com a minha mãe e com o meu pai. Sobram somente alguns lapsos e sorrisos e cheiros na memória. É como ver os meus vizinhos cruzando a garagem, de braços dados, e entrar em casa. O amor de verdade cuida. Então é bom ter o pequeno por perto. O consultório tá aqui, Pedro! Sempre vamos te esperar! Só vem. Amo vocês. Não teria tanta paz ao lado do Nilo, para te ver feliz num biquíni vermelho. Porque na verdade eu nem ligo para as pirâmides Ou como elas foram feitas Que se prendam os extraterrestres se eles levarem o seu sorriso O peso aqui não está nas pedras Mas na vontade de fazer parte por alguém que você desconhece no seu clã É bonito ver um lince esculpido, sem dúvidas Mas o enigma é saber que o seu beijo num sobrinho sendo gerado Tem a pureza do meu sonho. E hoje eu irei dormir feliz em outro país Provavelmente no teu rosto gravado em beleza pela presença da tua família E de que planeta vieram as esculturas que nem sei Fica a guarda de te encontrar quando Deus permitir Sem o peso Ao lado do rio Paz. Era mais fácil ter me perguntado, não era? Se você estava tão curioso. "Nunca perguntei de ti para alguém que te conheça. Para não te embaraçar. E ter me dirigido direto a você, é um enigma indecifrável na resposta." Você sempre pensa no outro primeiro? Antes de tomar uma atitude? "Engraçado perguntar isso para alguém que escreveu diversos textos com o eu na frente. Mas em você, penso primeiro. Tanto que chego esquecer de mim mesmo." Então né, cadê o momento no seu dia de se conectar com o Mestre, o Rabi da Galiléia? A sua ligação com o divino? "O Wi-Fi com o Alto caiu por um tempo. Tô só com o bluetooth pareado em você." Pela Amor hein. (Sessão radical de terapia) Vamos falar de classe, então. Você é a menina bonita de classe média, que não encontrou o seu lugar no mundo, que se esforça bastante no trabalho e na faculdade pra subir na vida, que quando se depara, no encontro, com um carro de painel grande, que acelera bem vibra, e quase goza. Conhece? "Talvez você esteja certa, mas acho que a minha busca seja um encantamento diferente do cenário que você pinta. Me encantar por alguém pelo que ele é!" Você vai esnobar essa pessoa. Na primeira tentativa. Na segunda. Na terceira. Na quarta. Até ele cansar. "E o que eu faço, doutora?" Tenha filhos com um rico. Na velhice, quando vocês estiverem separados, você procura aquele decadente por quem o seu coração bateu diferente, e ele vai te aceitar. "Isso que você diz é bem forte!" Eu cobro caro, não posso pegar leve. (Natureza morta com copos plásticos) E aí, como você está? "Dr. eu direi pela nossa amizade. Sei que não é a sua especialidade, mas eu quero morrer, e rápido. Eu cansei da superficialidade da vida, a superficialidade das pessoas." Mas se você já sabe disso, já percebe essa superficialidade, você consegue ter o controle sobre isso. Seria pior se você não soubesse. "Uma amiga que eu amo me fez o convite para passar as festas de fim de ano na casa deles em Campos. Acho que eu vou, só para sentir um pouco do mundo da fantasia, para mim." Todo mundo já se sentiu assim alguma vez. Isso é normal. "Vamos trocar o whatsapp que irei te passar um texto da menina bonita de classe média que escrevi ontem.' Claro! Anota aí! (De como se terminar) Eles se sentam na mesa sete. A garota está com um semblante alegre. Coloca a mão direita dela sobre a mão esquerda dele. O garçom se aproxima, faz as apresentações. O cara diz que eles não vão pedir ainda. A conversa do casal começa assim. (Ela) Estou tão feliz de a gente estar juntos aqui. Esse lugar é demais! Tão bonito e elegante. (Ele) Eu vou te dizer de uma vez só o que preciso falar. No momento mais difícil da minha vida, você me deixou e eu sei que você estava bem, comendo bem, transando bem e acha agora que eu irei rastejar aos seus pés. Eu te trouxe aqui porque sabia que você viria. Você não passa de uma piranha, uma puta. (Ele leva a mão ao bolso, retira a carteira e dela uma nota de duzentos. Coloca a nota sobre a mesa). Deve dar para o seu prato, para a bebida e o Uber de volta. Bom apetite. Ele sai. Eu não sabia como reagir àquela situação, mas uma coisa eu posso dizer, da mulher não caiu uma lágrima. Disseram-me que a minha produção prolífica de literatura, significa estar perto de publicar o meu livro. A real, é que eu estou me despedindo. Não deixa de ser bom para todos. Me despedindo de muitas vidas e nada irá fazer mais falta que os momentos que passei com os meus amigos. Dizem que é no sofrimento, ou no modo como a gente sofre, que Deus nos concede alguma salvação. Então, que eu escarre sangue por longos e longos meses. Eu estarei rindo, com a bênção do Pai. Cadê a beleza? "Belo é a fumaça que eu inspiro explodindo os meus pulmões." Eu vi ela. Uma outra biscate que xavequei por um tempo. Estava numa marquise de cimento fumando um cigarro. Sei que ela também me viu. E para ser sincero com você, no que você está me perguntando, eu não senti nada. Absolutamente nada. Ignorei por completo. Eu sei que isso também irá acontecer agora. E na real, assim é a vida. Que rufem os tambores ao santo tempo, cara. Aos mortos, todo o meu respeito e o desejo intenso de companhia, de fazer parte da festa. Guto, sei que tá difícil ver os seus amigos casados, tendo filhos, e você na merda. Mas a vida é uma bosta mesmo cara. Não tem por onde escapar! Sem dinheiro fica insuportável. Porém é finados! Um brinde aos espíritos livres de Nietzsche, lembra? A Bi é uma história boa para você ouvir e contar. A minha primeira vez foi com ela e foi a primeira vez dela também. Daí a gente foi para faculdade, aquela coisa né, eu traí, ela traiu, quebrou a confiança e a gente terminou. Eu conheci as minhas duas outras namoradas e uma delas é a mulher que eu sou casado até hoje e tenho filhos. Mas, antes de eu me casar, a Bi me chamou para conversar, eu não quis assumir um negócio que já tinha dado errado e preferi não ficar com ela. Depois de três meses dessa conversa a Bianca começou namorar o cara que é o atual marido dela e o pai dos filhos dela. Agora, escuta o desfecho, se eu me separar da minha mulher, eu irei curtir uns dois anos e depois, depois, se eu souber que a Bianca está separada, eu vou atrás dela. Você gostou? Guto, beijo, sexo, é uma troca física, apesar de envolver sentimentos e emoções. Não existe padrão e nem perfeição. O que foi horrível para mim, pode ser o melhor sexo da sua vida. Uma mulher pode beijar mal para um cara, e ser o melhor beijo da vida para outro cara e vise e versa, tá. Então não pense que uma mulher não pára com nenhum homem porque não manda bem nisso, bem como você não fica com ninguém porque não manda bem nisso. É questão de encontrar o que combina. E o que combina, muitas vezes requer arranjos e aprendizado mútuo. É aqui que fica bom. E é tudo relativo. Capice? Com as suas memórias e os seus traumas, o quanto antes você sair dela, assim será melhor. Para os dois. "De quem você está falando, meu chapa?" Da boa e velha vida. A espiritualidade aguarda o tempo certo para por a pessoa na sua vida. Você não pode abraçar um relacionamento sem estar preparado. Se estrutura primeiro. E tem outra, bloqueia ela. Bloqueia a família inteira dela. Essas pessoas só estão falando com você por pena, por dó, por piedade. Você não precisa disso, cara. Se liberta. Que as coisas acontecem. Sou um escritor amador. Isso significa que não é a minha profissão, eu não ganho para escrever. Algumas pessoas do bem tem sugerido para o meu sucesso, abrir um perfil profissional com outro nome nas redes sociais, para separar a minha vida da escrita, e não assustar tanto, não afastar, não bloquear as minhas possibilidades profissionais e de relacionamento. A real é que a minha vida não se separa da escrita. Eu sou um artista. Então por momento a rede fica como está. Peço a compreensão que separem o homem da criação e seja como Deus quiser. Frases da semana: "Nada é melhor que aprender maneira simples de viver." Você não vai falar com ele? "Ele não é problema meu. Ele tem família." - Ele não tem. E você sabe disso. A minha mulher quer ir para Maresias e eu nem sei como vou fazer. "Cara, você vai. Porque se você não conseguir, a sua família vai ajudar e você vai. Você tem família." E todos se entenderam, menos aquele que lê. Você tem que tratar as pessoas com respeito, mesmo se ela for uma puta. Você tem que se vestir de forte, até que os seus pilares de gente desabem, e você dê com a cara no chão. (Festa de casamento) O quê passou do que éramos nós? Da companhia? Eu te trago para festa, você veste longo, mas não está comigo. Danço e pulo na batida do rock n' roll, feito um louco, para encenar felicidade. Vamos voltar para o carro embriagados, para o nosso lar, meias palavras e nós não estamos juntos. O quê passou? Se algum cientista descobrir qual foi o exato momento em que a gente se perdeu, ele ou ela ganha um Nobel. Será que um Nobel é boa companhia para levar para sair? Eu levarei um Nobel comer um sushi, depois como ele. Sem a contraindicação, mas devido ao peso do prêmio, deve ser maior que te ver leve quando te digo boa noite depois dessa festa. Leve como as flores que caem no outono e somem para algum lugar onde não estivemos há um bom tempo. E era só questão de conversa. Ou de merecermos o prêmio de nos termos conhecido com melhor maturidade. Isso passa, é o que todos dizem. Entretanto, ninguém sente por mim. Um brinde ao peixe cru. O maior abatedouro da atualidade. (Nota: serve para dois. Homem e mulher). Curriculum vitae no front. Uma vida tão rica não se resume em objetivo, experiência, formação e habilidades e os meus planos atravessam como uma nave numa entrevista, mas não tem outra forma, tenho que ser normal como todos e passar um milhão de vezes pelas mesmas provas. Confio e tenho fé em Deus. Farei a minha parte a partir de amanhã cedo. É tudo muito bom no restaurante e eu desejo entrar efetivo, entretanto a semana tem sete dias e batalharei para preencher os outros cinco. Disseram-me que quando Jesus resgatou Judas das profundezas depois do suicídio, Ele trouxe para o alto dezenas de almas decaídas com o Seu magnetismo áureo. Essas frases abaixo são de personagens escuras. Talvez de alguns desses que subiram. Posso te contar, porque conheço esse ódio de perto. E porque estou falando com Deus. Ele me entende e permite. Eu estou falando com Deus agora. O Senhor deveria ter me permitido morrer naquela mata, sem ninguém encontrar os meus ossos. É com Deus que estou falando agora. Tomara que ela morra grávida. Me espera. Eu preciso falar com você. (Ele vira as costas e sai andando) Espera. De uma forma eu sinto amor por você. (Ele se vira e diz) Esse é um bom começo para um texto. Me escreve. Se tiver relevância, eu respondo. (Ela diz) Eu não sou da escrita. "E eu não sou de você!" Confio e tenho provas de que Deus está bem ciente das minhas necessidades. Se Ele não inspirasse a pessoa certa enviar o zap do RH na hora que me mandou, eu estaria andando pela estrada. É por isso que eu confio piamente nEle agora que o curriculum vitae está no front. A semana tem sete dias, e eu tenho que ocupar os outros cinco. Eu sei que o Senhor não vai me faltar. Amanhã cedo começo a saga. Uma vida tão rica não se resume em objetivo, experiência, formação e habilidades e os meus planos atravessam como uma nave numa entrevista, mas não tem outra forma, tenho que ser normal como todos e passar um milhão de vezes pelas mesmas provas. O meu diferencial de outros homens é que topo trabalhar em posições operacionais. Haverá um dia que você levará isso em conta. Adoro onde comecei a trabalhar. As pessoas, os clientes, tornam o ambiente fácil. É como se os anjos soassem as trombetas árabes. Flui, sabe? Em breve, estarei mais com vocês. Quem leu a minha introdução sobre o Judas decaído, resgatado do vale pelas mãos do próprio Jesus Cristo, que trouxe uma leva com Ele do baixo mundo espiritual, entende com quem convivo esses dias para escrever frases assim. Elas não transmitem o que sinto, o que faço, ou o que eu penso. Entretanto, eu sou culpado sim em divulgá-las. Assumo as consequências. Contudo, tenho o aval e a permissão de Deus para fazê-lo. (Frases motivacionais de segunda-feira para quem trabalha em restaurante) Ele te prepara risoto, que lindo. Se eu pudesse voltar no tempo da antiguidade, aprenderia a manipular o veneno. Nós temos as entradas frias, o prato principal e as sobremesas e cafés. Vocês desejam fazer o pedido agora? "Qual o seu nome?" O meu nome é: ele só está fazendo uma cena para te comer, e você está fingindo que acredita para dar com menos dor na consciência. Mais alguma coisa? Sua mãe me disse que você não sabe o quê quer. Eu penso o contrário. Você sabe exatamente o quê quer, e não tem nada a ver comigo. Tem a ver com o rodízio de tudo incluso da vida. Não tenho sonhos baratos. Tudo que é barato, veio por conveniência. O caro envolve história, e história é arte. O lugar onde a autora de Harry Potter escreveu os manuscritos do livro virou ponto turístico, então, num surto de megalomania, estou registrando o meu ponto. Contudo não escrevo de bruxinhos simpáticos. Somente sobre bruxas de existência dúbia entre o real e a anestesia e que me inspiram demônios. "Nada é mais forte que assistir um homem quebrado se reconstruindo." A pessoa que você acha que está bem, também não está, Guto. Vida de Instagram é vida do Instagram. Só você se expõe diferente de tudo que conheço. Você toca o foda-se e traz consequências. Mas também descortina a verdade. De um tempo para cá você está traçando o caminho certo para pagar os seus remédios, pagar o seu médico e ser independente financeiramente. Confia em Deus. Agora ficar com alguém depende de encarar a realidade, os defeitos dela e os seus próprios defeitos, abrir mão do seu romantismo. Se você estiver disposto e preparado nisso que estou dizendo, as coisas acontecem naturalmente. Eu tenho um sonho. Ver ao vivo uma aurora boreal. Disse que não tenho sonhos baratos e Deus irá me permitir realizar esse. Eu irei para a Islândia, vestindo ouro. Mas quem se importa com roupas e sapatos num país tão bonito e evoluído? Aparência é uma prova autorizada por Deus. Ninguém usa foto de feio para dar golpe no Tinder. Nenhum feio, se não for esportista ou tiver um talento fenomenal, perpétua na vida, porque o bonito tem mais chance na entrevista. Pode me dizer que é tudo questão de perspectiva e que toda panela tem uma tampa. Balelas. É prova e ponto. Vale na versão feminina. Deus, chegará o dia que Você irá me lembrar de quando eu era gelo e algodão e o Senhor assoprava as lágrimas que eu não conseguia chorar. "É doloroso saber que você não irá me querer, mas é mais ainda notar que eu soube disso desde o começo e não podia evitar." Onde falta amor, que sobre em abundância o trabalho e o dinheiro. Essa manhã pensei em te escrever. Mas então o sol nasceu. Notei que há raios de luz mais quentes para alimentar a minha mente. Quem gosta mesmo, se sente mal quando recebe a herança ou a aposentadoria compartilhada. Mas essa fase passa. Sofrer com o dinheiro se torna em breve alegria. Com o que você vai ganhar, não dá para morar sozinho. E quem falou que vai ser sozinho. O que é mais difícil na felicidade é que quando a gente encontra ela, ela está escondida, fora de lugares onde se marcam hashtags. Ele dá risadas e risadas no banco de passageiros. O diagnóstico saiu finalmente. Agora é só ir para a Índia. A mãe diz: eu vou com você. Mas não vai mesmo. Tudo o que eu mais quero é me livrar de você. De um jeito ou de outro eu vou conseguir. É um amor que prende, não que liberta. A retardada não tem quem cuide dela e usa um amor doente para conseguir. Fez comigo e está fazendo com o meu sobrinho. É por isso que se eu não conseguir um emprego, eu vou dar uma voltinha nesse fim de ano. Eu surto, recebo o benefício, fico internado numa ala melhor, porque a minha família não quis ou não pode fazer isso por mim, quando sair, obrigo eles a pagar um aluguel com o meu benefício. Todos ficam bem. E a retardada toca a vida dela. As pessoas julgam que eu faço escolhas elevadas em relação a relacionamento. Mas eu conheço o meu espírito. Sei da evolução dele. Contudo nós estamos constrangidos por ter caído. E o eu consciente não consegue ser o que ele, o espírito, é. Nós vemos e não tocamos. Viver assim é uma ira a cada instante. As cinzas caem sobre e dentro do formigueiro. As formigas se alvoroçaram. Eu desejo que elas queimem no centro da Terra feito o meu coração. Que você morra grávida sua puta de luxo. É isso que você é, uma puta de luxo. Quem falou que eu não escrevo mais. Eu só não publico. Porque vocês não merecem. Que o seu bebê morra na sua barriga e que vocês dois se afoguem no próprio sangue. Você deveria ouvir tão alto quanto o meu coração. Uma história de família. Estudei e me formei com a migalha que o meu pai me mandava. Depois a minha mãe resolveu me dar um pouco mais de migalha. Era horrível, não dava para passar o mês. Eu ficava ansioso e depressivo. Procurei emprego desde o primeiro ano, mas o emocional já atrapalhou. Nessa época a minha mãe e o meu irmão venderam a casa e mudamos para um apartamento. Se eu vi a cor do dinheiro que sobrou dessa venda, não teve gosto no prato que eu não comi. Depois quando eu estava no navio venderam o apartamento, boa parte do dinheiro comprou o sobrado do meu irmão. Ah, importante, o meu irmão tem uma procuração de plenos direitos sobre mim no nome dele. A casa que eu sobrevivo com a minha mãe não está no meu nome. Meu pai não precisa nem dizer só pensou na família dele no sítio. Só uma última comparação de família, o meu irmão mais novo do sítio, por menor mérito que teve, recebeu dinheiro e coisas. Eu só recebi obrigações. E ajuda financeira real quando estava numa maca, praticamente. O meu irmão é advogado e a interdição parcial que eu posso ter para herdar parte dos honorários da minha mãe nunca sairá das mãos dele. Se der tempo, terei que fazer isso com outro advogado (a). Essa é a minha mensagem para frisar a família que tive a honra e o mérito de encarnar junto. Porque agora não vão me dar 100,0 reais para eu passar a semana até eu estar empregado. Então se você receber essa mensagem é para dizer que eu darei uma voltinha. E o porquê estou fazendo. Pessoas próximas julgam que é falta de esforço, pouco trabalho, falta de exercício físico. Sair da fase depressiva da bipolaridade é um jogo de xadrez e o que você que tem o mesmo diagnóstico que eu deve fazer é dar a volta por cima. Receber a mensagem de elogio da sua chefe e saber que é capaz. Procurar dois, três empregos. Enfiar no rabo de quem não quer te dar dinheiro todo o seu talento e sucesso. De uma certa forma, para viver na prisão emocional que você vive, eles te ajudam com a pasta e os remédios, então agradece. Mas dá a volta por cima, e quando estiver no alto, não olhe para trás. O meu sangue é seco feito a fatura de um cartão de crédito. Em lugar dos hormônios, jorra o estresse. Mas o dinheiro entra no meu bolso feito a água. Eu pago as mulheres, elas ficam comigo, depois nos descartamos. Sou um homem de sucesso, você pode ver. Os meus filhos também serão. É uma seleção natural. E eu escolho vencer. O amor jamais venceu. Fale disso para um poeta. Avisa ele enquanto houver tempo. Avise que ele não nasceu rico. Faça ele vender. E logo ele será como a mim. E irá poder usufruir do que é a realidade das cifras e dos gozos. Faça isso por mim. Talvez você só escolha o que te faz mal. Mas eu não te culpo. Nós fazemos as escolhas que o emocional dita. Eu deveria fazer para saber o quanto vocês iriam sofrer. Acho que sentiriam qualquer coisa até o primeiro pagamento cair na conta. Quanto menos se espera das pessoas, mais fazes para o teu próprio adiantamento. E quando estiveres em condição de ajudar, age de acordo com a consciência do teu adiantamento, sejas caridoso com quem não lhe fez o mesmo. Jesus nos ensinou amar aos nossos inimigos. Ninguém liga para a sua história até que você vença. O que você quer que eu diga. Eu não sou algum estupido. Vencer qualquer vício é fácil. O que não é fácil é vencer as suas emoções. As suas emoções estão atreladas com o que você consome. Talvez você vá substituir por algum remédio por um tempo. Começar a fazer atividades físicas é fundamental. Focar no trabalho ou na procura do trabalho. São necessárias urgentes mudanças de hábitos, de pessoas, de comportamento. E quando você perceber que precisava tanto menos dos seus grupos sociais tanto quanto das drogas, você está pronto. Se você consome sozinho, num quarto de motel, no escritório, você só tem que superar as suas emoções, das pessoas que você já se livrou e está pronto. Prontinho em folha. Seja livre. Esteja com Deus. Você está apaixonado por mim e tudo que você consegue dizer quando está na minha frente é o porquê eu não vi o seu storie? Cara, acho que está faltando criatividade na sua cabeça. Tem uma frase que você me escreveu que eu gostei. “Sua desalmada, eu te escrevi um livro e você tem a pachorra de me dizer isso assim?” Calma, me escuta, tem a ver com clifs. “Ah pronto. Escrevi que o bonito é que você pode imaginar a sua família e os amigos que ama do outro lado do horizonte, além do oceano.” Cara, agora você me surpreendeu. “Roí os dentes por sua causa. Me deu problema de canal. Eu devo estar com câncer e você vem me lembrar da porra de abismo?” Foi bonitinho. “Sabe aquela cena do crepúsculo que a mocinha pula lá de cima, então, não vai ter vampiro para te salvar na água fria.” Eu não sou romântica, eu nunca pularia, esse filme é uma bosta. “Fato.” Um avião corta o céu e o som da atmosfera gemendo é como o meu sangue explodindo por você. A vida se transforma rápido feito os meus olhos apagando as suas pegadas na areia como se fossem a maré de um mar de ressaca. Você sabe o quanto é perverso e vingativo para um homem ir acompanhando o tempo e observar uma mulher envelhecer? Você tá grosso ultimamente. “É assim quando a gente sai ferido.” O quê foi que eu te fiz? Eu só não te quis. Você não precisa agir como a criança mimada que não ganhou o presente que desejava no Natal. “Não me sacaneia, okay?” Deus, quando nos dá sinais, é sútil. Porque não estamos acostumados com a luz do amor verdadeiro. Nos fere o amor que respeita a nossa vontade pelo mérito das nossas ações. Aceitar ou não aquele quase toque de dedos como o reproduzido na cúpula da Capela Sistina em Roma. Às vezes estamos cegos para as boas intuições, o canal se fecha, mas eu te garanto: Deus é presença garantida em toda a sua vida. Já saí de tantos buracos, e foi através de uma mensagem de whatsapp que Deus me provou que me segura nos braços, quando a cabeça e o humor já não jogam a nosso favor, você sabe? Eu respondi a mensagem e desde de tal estou trabalhando num lugar sensacional que me mantém bem e já abriu uma outra porta. Você acredita? Deus, eu te amo como um pai que me vela respeitando o meu desrespeito de não te colocar sempre em primeiro lugar. Mas logo eu aprendo com o teu amor zeloso e respeitoso da minha vontade e estarei pronto para ensinar os meus irmãos e irmãs como se ama incondicionalmente. O bom filho sempre retorna a chamada. E para tudo tem a sua hora. O teu reino é a minha força. Bora para luta, Pai! “Um estômago faminto, um bolso vazio e um coração partido te ensinam as mais valiosas lições de vida.” Direi essa frase mais rápido do que vocês imaginam. Se eu quiser comprar uma roupa e um perfume de luxo, eu compro. Se eu quiser viajar para Europa para fazer isso, eu posso. Se eu quiser dar uma volta com o meu carro de boy pago no dinheiro, gasolina no talo, seguro e IPVA acertado à vista, eu faço. Se eu quiser levar uma mulher no sushi eu levo. Sabe o porquê. Porque o dinheiro sempre vence. E eu tenho saúde e não terei vergonha de fazê-lo. Se Deus acima de tudo e de todos continuar clareando o meu caminho. Buenas noches. Mantra do dia: eu gosto mais de dinheiro do que de descanso. Você não tem a menor noção do que está pensando agora, porque eu nunca desrespeitei a fidelidade e o comprometimento de um relacionamento. Eu só precisava de um tempo para conseguir me manter. Mas você vai descobrir isso por você mesma. Nunca mais irá dar certo entre nós dois, porque eu não iria te respeitar, pelo jeito que você me tratou lá no começo. E sem o respeito, melhor que nada aconteça. “Você não pode aceitar que talvez eu também estivesse doente? Sem querer ter um homem sequer na minha vida?” Eu acho que você quis homens na sua vida sim. Homens que estavam na condição que eu tenho agora. Condição de bajular os teus desejos. O que eu não irei fazer. Nós dois somos dois egoístas, no fim das contas. “Estamos bem dessa forma, então?” Com certeza estamos. (Eles vão se despedir no carro. Quando ele vai beijar o rosto dela, ela o vira de lado e eles se beijam. Ele diz). Tá legal, não vai ser tão fácil e rápido assim, porque eu pensei coisas muito más de você e será difícil apagar da memória. “Tá tudo bem, eu te ajudo com isso.” (Eles se despedem). “Haverá o tempo na sua vida em que as pessoas se arrependerão do porquê elas te trataram tão errado. Confie em mim, esse tempo está próximo.” Você está bem, Guto? (Guto fica quieto). Só saiba que eu quero o melhor para você, tá. Você merece! “Só não pense que eu desejo o mesmo para você. Eu não quero o melhor, porque assim eu deixo essa Terra sem conhecer a mentira.” E também sem conhecer a realidade. “Que assim seja.” A gente não precisa se falar. “Você me odeia, né?” De todo o meu coração. Para quem tem bens, tanto faz o governo A ou o B. Não vivemos uma economia e uma democracia rudimentar a ponto que iriam tirar a sua casa, os seus terrenos, os seus salões e afins. Ah mas deixarão de alugar e ficarei sem a renda. Bacana, trabalha como todo mundo e quando a economia melhorar, manda o governo para puta que o pariu de novo. Não tem emprego? Sempre tem emprego, mas estão na ala dos fundos, no chão, como se diz. Com o dinheiro aplicado é um pouco mais arriscado. Mas você transfere a grana do banco e compra mais bens que estarão baratos. Governo A ou o B é assunto para os assalariados. Perdão, contudo é verdade. Ou deveria ser. Ou, se você é político, daí faz parte da sua vida. Ser rico é legal. Vai por mim. Ser rico é irado. Você vai poder ficar quieto em rodas de chororo, e quando for no banheiro mijar a cerveja corona que tava na mão, grifa no azulejo acima do vaso: o governo que vá para a puta que o pariu. Esta é só uma opinião de um leigo. Por que essa obsessão entre o pobre e o rico? “É como dizem, dinheiro não é tudo, mas fica melhor morrer em Paris que na periferia.” E você não vai parar de trabalhar até conseguir o seu pote de ouro? “Tenho uma meta e não tenho o suficiente, ainda.” Cuidado, esse suficiente nunca existe! Que horas você sai? “Seguinte, eu trabalho 16 horas por dia. Não tenho tempo e também não quero sair com você, porque quando estiver com alguém que eu gosto, desejo ter tempo para ficar com ela. Então vou passar, okay?” Por que a gente não faz assim, começa sem tempo e depois só melhora? E você não escreveu uma poesia para ela ainda? “Não foi preciso. A gente faz coisa melhor do que poesia.” Não há nada que você faça melhor do que poesias. Eu acho que você não está apaixonado. “Pois é, você me entendeu muito bem. Paixão demais faz mal.” Eu a vi e a ignorei. Ela deu o troco a altura. Foi ao restaurante ontem acompanhada por um PA (pau amigo). Eu os servi feito fossem o rei e a rainha. Mas na verdade são vermes que nem para frente andam. Daí lembrei da frase de Jesus “Amai-vos uns aos outros.” E eu amei os vermes. Você não está mais escrevendo? “Não dá dinheiro. Eu gosto de dinheiro ultimamente, mais do que escrita. E eu passo para algumas poucas pessoas. As demais que venham atrás.” Por que você está tão fissurado em dinheiro? “Dinheiro pode tudo. Só não pode comprar o meu talento e a inteligência. Acho que é por isso que eu causo tanta inveja e discórdia.” Tem algo que desconheço do amor. Falta lógica e sobra coração. “Todo mundo já passou por isso, parça.” Disse Joel, o gari. Como uma supernova explodindo no céu. “Isso quer dizer que você está bem?” De certa forma a gente deixa de existir e forma vários outros astros. Às vezes eu sinto os meus pés fora do chão. É quando as coisas estão melhores. Me concentro num ponto fixo e tudo é preciso. Você pode viver sem achar alguém de verdade o resto da sua vida. Mas quando você encontra, muda tudo. Nos meus olhos vermelhos de lágrimas, eu pingo gotas. Mas no coração enfermo de rancor, o disfarce é mais lento. É o que você aparenta que vale, não o que você é. Não sou eu dizendo, foi Arthur Schopenhauer. “Mas você se esqueceu que ele disse que a única forma de ser feliz é ser e não parecer.” Ele foi um outro idiota que pensava e morreu sem uma mulher do lado, tenho certeza! Você não vai me convidar para conhecer o seu apartamento? “Na verdade não.” Você ainda está magoada, não é? “E não deveria estar?” Não, não deveria. “É fácil dizer agora que eu conquistei um monte de coisas. Teria sido mais fácil e prazeroso com você do lado. Mas agora eu tenho nojo de você vir atrás de mim e me cantar.” Nojo é uma palavra forte. “Para quem tem coração é sim.” E eu não tenho coração? “Está na sua lista de compras?” O décimo terceiro é para pagar as dívidas. Eu quero voltar para casa. Existem esses braços que me adornam o corpo e fazem eu desaparecer do rancor? Senão, eu quero voltar para casa. Só me abrace. Por que você tirou os fones de ouvido? “Para vestir a camiseta.” E por que você não colocou de volta? “Porque eu ouvi a sabiá na mata que me acompanhou muitas manhãs.” E o quê ela diz? “Que o dia será maravilhoso!” Então volta para cama só um pouquinho. “As you wish.” (Bora para luta!) Se eu me formasse em medicina, talvez a minha residência fosse no morro. Não ia querer atender os moradores, ia querer atender os bandidos. O problema é que me disseram que se o paciente morre, você morre também. Mas deve dar um bom dinheiro. O tráfico forma advogados e juízes, forma políticos, e não descobri se formam médicos, ainda. Fica a dica. Oi, tudo bom? (Ele não responde). Você tá no ar, né? Só porque está namorando uma mulher bonita e rica. “O que tem nisso? Eu sei o que é meu, ela sabe o que é dela. A gente divide todas as contas. Nós não viajamos para onde eu não posso pagar, até que eu possa. Não estou voando por causa disso. Só não quero falar com você, só isso.” Mas você sabe que tem onde contar se precisar, não é? “Como todo mundo que namora quem tem posses. Você também soube que tinha onde contar e não sei qual foi a sua atitude perante isso. Essa pode ser a nossa diferença.” A minha atitude foi que o namoro foi uma merda. Um desrespeito. Uma invasão, um assédio de vida e de privacidade a toda hora. Uma obrigação disfarçada em presentes. Desejo que não ocorra o mesmo com você. “Pode deixar, eu não deixo isso acontecer. Grato pela atenção.” Sobrevivi trinta dias numa mata, os trovões da chuva se aproximando davam calafrios, como nessa noite, e você acha que agora não irei me dar uns presentes caros? Com a forma de desprezo e soberba que as pessoas tratam esse fato. Uma total falta de comoção e solidariedade. Prada vai ficar barato para mim. O diabo aqui irá vestir o que nem foi costurado ainda. 2024 será o ano! Mantra da sexta: nunca subestime o poder de um homem solteiro, inteligente e sensível com o rancor no coração. "Não perca o seu tempo comigo. Você já é a voz dentro da minha cabeça.” E o quê você faz? “Sou garçom.” Interessante. Um garçom que veste Lacoste, M.Officer e Calvin Klein. “Eu sei lidar bem com o dinheiro.” Quer administrar o meu? “De quanto estamos falando? Eu irei gostar tanto do que o dinheiro pode comprar que terei três empregos. E como o dinheiro pode comprar tudo, isso não tem limites. O quê você quer provar usando essas porcarias todas? Que você sai com mulheres interesseiras? “Não quero atrair uma mulher interesseira. Quero atrair as que usam as mesmas coisas. E se ela esperar o meu ritmo, a gente fica junto.” “E se precisarem de mim um dia, terão o básico do básico. No máximo um abraço quando estiverem na maca ou na cama. Porque eu consigo morrer sozinho. E eles não.” Sopa não é alimento. É no máximo uma entrada. Sopa é alimento do plano espiritual e da UTI. (Tá dizendo quem já passou fome, ok?) "Quem gosta de sopa é porque comeu pouco salmão." Escutei hoje. (Frase replicada por quem serviu no Costão do Santinho e comeu salmão, ostras, lagostas, escalope de mignon, dia sim dia não). Tenho uma certa comoção por quem casa ou namora sem estar apaixonado. Deve ser o que sentem por mim na minha paixão platônica, pena. Mas eu gosto e aprendo no que sinto, e o que sinto é o mérito meu de algumas encarnações, porque é elevado. Um dia será real. Agora quem fica junto por conveniência, aí meus amigos e amigas, é uma bosta mesmo. As pessoas deveriam falar tão alto quanto os seus corações. É só uma ideia. (Daí, um espírito de luz veio ao meu ouvido e disse: “Guto, seja caridoso. Nem todos tiveram essa oportunidade.” Eu respondi, sou caridoso, nobre anjo. É que no momento estou acordando outras almas). Por que você está tomando cerveja sem álcool? “Eu gosto.” Nossa que dó. “Eu sinto o mesmo por você.” E tá tomando a mais cara. Vida boa acostuma rápido, né? “Como um trovão no céu!” Trabalhar num bom restaurante e atender clientes em encontros refinados é uma excelente escola de como se trata uma namorada. Por que você é tão educado e encantadoramente retraído em quase tudo? “Estou aprendendo que não devo forçar nada nessa vida. Se você quiser ficar comigo, será no seu tempo, de acordo com o seu ritmo e vontade, e absolutamente consentido pelo nome e na voz dos anjos que abençoarem.” O poeta não dorme, sonha. Você decifra a inteligência de uma pessoa mais pela pergunta dela do que pela resposta. É platônico também. Como a paixão. Vivo num mundo bem particular. E eu adoro o bem estar e a segurança dele. É um lazer de vinte quatro horas sem contas de cobrança pelo entretenimento. Estou aguardando na boqueta e olho para o lado e uma mulher bem bonita que vai sempre ao restaurante sozinha me vê e cumprimenta com os olhos. Ela passa e entra no banheiro. Eu continuo ali, e o lugar está apertado. Eu sinto uma mão suave deslizando em minhas costas pedindo passagem. Era a mão dela. A pergunta é: foi falta, ou foi lance de jogo? Trabalhei por tantos lugares na minha vida, com diversas pessoas, que me julgo rico em saúde e vivência. Muitas histórias para contar. De certo modo isso foi inteligência. Agora é hora de dar uma estabilizada para conquistar o que nunca tive. Você e cuecas com marcas de luxo. Há uma ala no hospital psiquiátrico que tem três macas e é a sala com ar condicionado, num quarto atrás da secretaria, com um vidro de repartição. Quando necessário os enfermeiros nos amarravam ali. Dias e noites que a gente dá trabalho, se você me entende. Soltei a amarra do meu braço direito com os dentes. Depois o braço esquerdo, depois as minhas pernas. Livre, caguei pelo chão da sala três vezes. Tiveram que me soltar. Foi tipo, estou cagando para vocês. E você vai subestimar o que eu posso fazer com os braços e as pernas e a cabeça soltos? Deus me continue garantindo saúde que eu vôo longe. Há muito que apreciar na vida, e terei atitude para chegar próximo ao melhor. Dedico este livro à ela, que me ensina a inventar e não só falar de mim mesmo. (...) Ela chama ele de lado para conversar. Você me ama? “Sim. Como eu amo uma tartaruga, um macarrão alioli.” Então você pára de me perseguir, senão porei uma medida protetiva contra você. Às vezes você precisa de um tempo consigo mesmo. O meu já expirou. “Você não consegue ser sábio e estar apaixonado ao mesmo tempo.” DYLAN, Bob. Só um pouco de paciência. E um caminhão de anjos. Escrevo do fundo dos meus pulmões. Eu tenho uma coisa para te contar. Eu saí com o seu amigo antes de a gente se conhecer. “É quem eu estou imaginando?” Sim. “Você acabou de perder um namorado e ele um amigo.” Mas por quê? “Porque você foi usada. Ao menos espero que tenha sido bom.” A gente nem tava junto. “Ele me disse que nunca sairia com você. A gente discutiu e ele usou você. Parabéns. Agora ele tem uma carta para sempre na manga.” Você tá sendo infantil. “Pode ser, mas você foi burra e fácil.” E porque você não acha que eu usei ele, pois sabia que ele só queria te atingir? “E conseguiu.” Vai ter um encontro da minha turma de pós graduação, você vai né? “Não.” Por que não? “Porque são os seus amigos e não os meus.” Mas eu te apresento, você conversa, você sorri. Vai ser legal! “Eu não vou conversar. Eu não vou sorrir. Eles vão dizer para você que eu sou chato e no fim a gente briga. É isso que acontece.” Você quem sabe. Vão cozinhar paella de frutos do mar. “Bom camarão e mariscos para você.” Chato! “Será melhor assim, vai por mim. Além do quê, acho que tou com alergia desses trem aí do mar.” Você tá com alergia é de mim. “Quer fazer um teste?” Não mesmo. Você é criança em termos emocionais. Espera, deixa eu acabar. Você não sabe o que é fazer planos com outra pessoa, sacrificar o tempo e o desempenho do seu trabalho por alguém, esquecer das suas próprias vontades e sonhos pela vontade do outro. Acordar preocupado quando o telefone toca muito cedo ou muito tarde. Se jogar de corpo e alma quando for morar com alguém num lugar que não é seu. Ter em cada pedacinho da memória a esperança de um amor feito para ser eterno. Mas não é. De repente, por alguma serpente que mordeu a maçã de alguma piranha que não era eu, o seu chão desaba e o paraíso some. Pam! Você cai de cara e ninguém te entende. Você pensa onde errou e nunca saberá. Demora o tempo determinado para o coração suturar e parar de sangrar, entretanto você se ergue sempre, sempre. E você, sim você, fica escondido atrás das cortinas do seu teatro protegido escrevendo textinho para me atingir? Tenha paciência. Eu concordo que você tem um talento fora do comum e quando quer é encantador. Mas tem muito que viver ainda. Quando puxarem o seu tapete, eu estarei lá para te segurar. Antes disso, você é uma criança, talvez prodígio, talvez idiota. Eu não te deixarei para baixo. Serei como o lítio correndo no seu sangue. Você confia em mim? Preciso do seu abraço para sentir que tem uma atmosfera sobre mim, com a força da gravidade que me mantém com o corpo pesado na superfície. Quando você me aperta, é como um imã que me gruda à Terra. Mas se você me beijar, a gente pode melhorar isso como um foguete subindo leve e sem medo ao espaço. De resto, sobra a fumaça espessa e esbranquiçada no azul do horizonte, com o desenho feito por Deus que abençoa o encontro aos aplausos das crianças no Cabo Canaveral, Flórida. Amém, que assim seja. Estou andando na rua para refletir sobre algumas coisas de metonímia. Vejo o jardim de uma casa com uma pedra de um tamanho médio, e por alguma vontade, eu me sento nela. Penso e me lembro do mar. Como é bom o som da frequência e do ciclo das marés e das ondas do mar batendo nas rochas. Até me esqueço dos transeuntes e dos automóveis nesta rua. E eu penso como seria interessante ouvir você dizer besteiras. Como é tranquilo ouvir besteira de gente que a gente gosta. Fica na memória um horizonte de descobertas. Um amigo me contou de um livro que chama Shallow. Rasos, como o do filme da Lady Gaga. Nossas ilusões, se posso te contar, serão reveladas. Como é saudável ouvir o som na mente de uma história bem contada. Das ondas, das besteiras e do timbre da sua voz que já estou deixando para outra página. Porque na verdade eu não me lembro de que raios seja metonímia, mas eu conheço bem a frequência que traz o odor da sua pele no meu sangue. Já deu a hora. Nós não somos o oceano. Onde o tempo da profundidade trafega com o que é o meu sonho no raso. Um dia te chamo pelo nome, quando você estiver distraída. Então seremos só comparações numa linha de caderno em um colégio antigo. Participei da conversa de mais de duas amigas que disseram: quando a gente envelhece nos tornamos seletivos, Guto. É porque o tempo começa parecer importante e algumas pessoas menos importantes. A gente perde o freio na língua e a paciência. Elas riram e eu entendi que estou envelhecendo. “Qualquer um pode amar você quando o sol está brilhando. O verdadeiro teste começa quando há uma tempestade.” Tem algo de novo para mim quando estamos juntos. Você me toca e parece que está tocando algo sagrado. Algo que acontece uma vez em um bilhão de anos no planeta. Isso assusta um pouco, mas é avassaladoramente irresistível. Agora a minha mãe é a sua maior fã, sabia? “Pelo menos alguém tem a sensatez na família.” Isso não muda nada entre nós. Há muito tempo eu não escuto a minha mãe. “Isso é pecado.” Eu adoro pecar com a pessoa certa. (Pausa) “Você quer ir para a Islândia comigo?” Eu não vou nem tomar um sorvete na esquina, quanto mais ir para a Islândia com você. “Os dois são frios.” Pois é. Por que você não me esquece? Esquece a mãe, o cachorro, os meus dentes, a minha saia, sel lá. Só tenta. “Eu acho que estou enlouquecendo aos poucos. São pequenas doses onde cada pingo de ofolato G tem o seu gosto de manhã cedo.” Por acaso você está grávida agora? “Não. É falta de vitamina.” Tá faltando são os neurônios na suas sinapses. “Quando você entender que esse gelo uma hora quebra, como os glaciares descendo da montanha e beijando estrondosamente o mar, eu deixo você ir” Tá ficando difícil. Eu terei que te deixar. “Já aconteceu antes.” Quando? “Quando éramos poeira das estrelas no outro plano.” Então aterriza. Eu nunca, nunca ficarei com você. Porque você está louco. Louco de pedra. “Mas eu jogo como ninguém.” O jogo ensina a perder. Você perdeu. “Vamos ver no futuro, porque no passado, eu te peguei.” Um passado no seu sonho. “E foi bom!” Tchau. Tá vamos mudar de assunto. Por que não falamos de Milão? “Castello Sforzesco, Duomo, galerias. E o quê tem isso?” Tem que foi um dos lugares mais maravilhosos que conheci na vida. “ Okay, Deus permitiu a nós dois saber disso. Mas a sua mente é quadrada e estreita. Você conheceu pouco. O lugar mais maravilhoso que conheci na vida foi o seu apartamento numa noite de chuva.” (Nova série: as mesas que falam). Dois homens conversando na mesa nove, ao lado do balcão de doces, o garçom está próximo. “Vamos no pub? Vai ter Coldplay cover?” Nem ferrando. Banda de viado. “Ah, tá. Leva uma mulher no show do Coldplay em São Paulo. Você come até… não falarei em respeito a mulher que está sentada na mesa de trás, okay” Daí é diferente. Já fiz isso há uns sete anos. “Tá vendo. É disso que estamos falando” - A mulher da mesa de trás se levanta e sai constrangida. O garçom pergunta se ela irá pagar no cartão ou em dinheiro. E se deseja um café ou um gelato de pistache. Gosto da adrenalina antes de servir. Gosto da adrenalina enquanto estou servindo. “Então olha para mim e nos meus olhos quando fala comigo.” Eu preciso digitar no tablet. “Não, você precisa de atitude e uma pitada de coragem.” (Show time! Prontos para mais uma noite). Li uma frase esta manhã. Ela diz: “eu tenho um ponto fraco, me machuco com as pequenas coisas. Eu tenho um ponto forte, fico feliz com as pequenas coisas.” São essas incongruências da vida que me deixam melancólico e pensativo. Eu li você essa manhã, sabia? É estranho, um dia isso fluirá corriqueiro como dobrar o lençol de cima do sofá ou o cheiro do café da manhã sendo preparado. Quando eu usar roupas bonitas, vai passar mais leve o fato de que você se porta como um anjo de Botticelli em ambientes comuns. Sinto-me emotivo aos domingos. É quando o pouco do comércio fecha e o meu coração transborda livre pelas calçadas e ruas vazias. Sou sensitivo e você deve ser linda cochilando. Eu não sei, são tantos pequenos detalhes que desconheço nesse ser que se chama o sonho. Assim, à distância, fica dúbio perceber se o seu sangue no corpo é quente ou se a sua pulseira se enrosca nos meus cabelos quando a dádiva da luz do planeta se voltar para um abraço que não irá existir como imaginei. Entretanto, é indubitável, você é deveras extraordinária. Tem as pequenas coisas de que falávamos em cada ponto do gráfico e da estrutura do seu jeito perspicaz. Ou eu falo sozinho em ambientes comuns onde o feed me joga no colo a incongruência da existência e da tua paz. Existência que eu preciso para dar bom dia num grupo que não saberá se estou falando com você, com cada um deles, ou só na minha mente mesmo. São e sempre serão só detalhes. E eu gosto deles e eu gosto de você. Um dia isso será corriqueiro como o miado rouco de um gato na mureta empoeirada da mata. Por enquanto é dúbio como o orvalho secando nas pétalas de uma rosa no jardim da minha vizinha. O seu batom se assemelha a essa cor. Terei o melhor do melhor, é fato. Acho que combinamos aqui, com os nossos adereços de brinde ao público que baba. Contudo, não terei você do meu lado, porque não compomos uma ilustre estátua para o artista que é Deus. Não dessa vez. São as pequenas coisas com as quais tenho que me acostumar, as inúmeras coisas que abarca o mínimo do máximo num coração enorme e fraco ao mesmo tempo. A casa está impecável e temos uma vida para viver. A façamos com paixão. (Encontro na padaria) Bom dia! Qual o seu nome? “O meu nome é fazer dinheiro, e qual o seu?” O meu é Simone mesmo. (E eles vão cada um para o seu lado). Algumas pessoas que eu admiro tem me dito que você escreve bem. “Então, talvez seja verdade, né?” Às vezes eu leio, quando dá. “E quase nunca dá. Você me observa por detrás de uma proteção de vidro. Como na jaula dos leões.” E você tem feito o mesmo. Estamos quites. Soube que você está em dois empregos efetivos. Que legal, e você tá gostando? “Tá dando para comprar as coisas que eu gosto, inclusive as mulheres.” Sabe por que eu não fiquei com você e nenhuma mulher fica? “Não, não sei.” Porque você é moleque, não é um cara para casar. Um homem para assumir responsabilidade. Você brinca com tudo. “Para algumas, estou demonstrando bem o contrário.” Me falando isso de comprar uma mulher. Cresce né! “Nós sabemos que o que eu disse foi uma ironia, mas se eu dissesse o contrário, o quê mudaria?” Nada. “Pois é, você já tem opinião formada sobre mim e não enxerga além do seu lindo umbigo.” (Um casal entra no restaurante todo animado. De repente a mulher fecha a cara, sem que eu pudesse dizer bem vindos, mesa para dois?) - Vamos embora daqui! Vamos para qualquer outro lugar. “Por quê? Você quis tanto vir nesse.” O tranqueira do meu ex tá aí dentro e eu não quero ficar. “Nossa, ele te causa tanto assim?” Mais do que você imagina. Quero estar tranquila, em paz com você sem a interferência de ex nenhum. “Poxa, em qual país, sem ser o nosso, você quer morar? Porque você pegou metade da cidade. Melhor ficarmos neste mesmo, não é?” (Eu levei o cardápio, mas não foi o suficiente. Eles acabaram saindo mesmo. Talvez para Suécia, ou algum outro dos escandinavos.) A aeromoça cruza o corredor trazendo as duas taças de vinho branco. O vôo é da KLM, São Paulo à Holanda. Patrícia olha para ele e pergunta: você voará comigo? Aterrizo este avião quando precisar, só para entender se ainda tem chão na Terra depois de cruzar as nuvens com você. Ela aperta a mão direita dele com as unhas ferindo a carne. Não tenho medo de voar, mas acho que nós somos três agora. Sério? Ele olha para a barriga dela. A aeromoça chega. Deixa os dois vinhos para mim, por gentileza, e traz um chá. O quê faremos em Amsterdam se você estiver grávida? Navegar pelos canais, ver os moinhos, e nos alimentar muito bem. Como você quiser. O chá chegou quente e essa história termina aqui e começa na sua tela mental em segundos. Onde mais pequei, é onde mais me falta nessa vida. Por isso aturo ficar sem você. Reclamando aos anjos, é verdade, mas aturo. Você consegue manter segredo? “Depende.” Porque eu vou te dar um beijo, mas se você falar ou escrever isso para alguém, arranco a sua garganta fora. “Então, criei um grupo em que não posso mentir.” Me inclui nessa bosta de grupo que irei deletar ele na hora. “E agora?” Agora você abre a sua boca e espera eu me aproximar com cuidado e leveza. Oi Guto, tudo bem? “Tudo. Criei um grupo que já é mundialmente, planetariamente reconhecido com firma assinada no céu. Deus!” Tô sabendo. Você me inclui? “Isso vai ser engraçado.” Por quê? “Você sabe o porquê.” Por que você não curte as minhas postagens? “Porque eu tenho amor próprio.” E eu tenho raiva. “Combina.” “Tenho uma outra confissão para fazer. Eu sou o seu tolo.” Recebi hoje uma frase de uma amiga falando sobre o ego. Quanto menor for o ego de uma pessoa, mais difícil serão as flechas de a acertarem. Não conheço muitas composições poéticas que pronunciaram o discurso lírico sem o eu, por mais que esse eu seja exagerado, exacerbadamente alterado em números e imagens, para um único ser humano que compõe. Não me considero absurdamente egocêntrico, mas eu sei que eu sou o seu tolo. Não tenho bem o ego, tenho o sonho de ser alguma coisa que ainda não inventaram. Mas que não lhes sobrem dúvidas, com todo o respeito pela época que vivo, continuarei entrando no banheiro masculino. Agora você conta quantos eus têm nesse parágrafo, e tentarei disfarçadamente achá-la por debaixo de cada letra que digito. Ou um pedacinho dela no que sobra de mim. O verso do começo é da banda Foo Fighters. Também continua “cada um tem as suas correntes para quebrar” segurando você. A minha mãe ficou doente. De repente, não posso ouvir o fone de ouvido, porque ela pode me chamar no quarto e eu posso não escutar. Estou acostumado a ser cuidado, e não de cuidar. O tempo muda tudo, não é? É difícil estar longe de uma mãe e de um pai, mas estar perto, também começa a ser uma barra com a idade. A vida na Terra tem dessas nuances que fazem a gente crescer depressa. Pais doentes tornam a gente grande num piscar de olhos, ou estalar de dedos. Caras viradas. É assim que será do que foram as nossas brincadeiras. Dizer o que não se quer ou calar o que não se deve. Um abraço de contenção, só em outro plano. As coisas concretas minaram aquilo que existia como vida. Caras viradas é o que podemos nos dar agora. E um coração implodindo trégua. Era melhor quando sonhávamos. A burocracia dos nossos sentimentos minou o nosso ambiente lúdico e seguro da infância. Desejo levantar a bandeira branca se você quiser. Te escrever uma mensagem se você ler. Porque o mar está batendo na rocha. Estamos velhos e tem alguém doente em casa. Você aceita o meu pedido de rendição? Meu vizinho chegou de Kombi branca e bagageiro no teto. Os pneus novos estão tinindo para a pescaria em Minas. Fico bem feliz por ele. O cara merece. Trabalhou duro na fazenda, além de contar com a aposentadoria. Estive conversando com o Derson sobre as necessidades. Falei para ele carregar uma prancha de surf no bagageiro e virar “boy”. Ele riu. Na teoria dele, no nosso país, passa fome quem quer. E surfar nunca será uma necessidade, para quem não treina e vira um Gabriel Medina. Não entrarei nessa discussão de Brasil, emprego e fome. Eu só lhe disse o quão felizardo posso ser ano que vem, se as minhas propostas de trampo vingarem. Irei almoçar e jantar no trabalho e ainda ganho um vale de oitocentos reais, juntando os dois empregos, para usarmos no mercado. É bom saber disso enquanto a minha mãe está enferma. Muito da minha criação literária foi devida a segurança que tive em casa. Sobra tempo e cabeça fresca. Já é hora de mostrar que posso retribuir. E quando faltar o cuidado que tenho, o trabalho me fará cuidar de mim. Ser garçom é bom, a gente come. Come bem. É uma das maiores necessidades da vida resolvida. Manter a higiene do lar eu faço e poderia manter o emprego da Cris que nos ajuda em casa. Tem as suaves contas de luz e água e os impostos de janeiro, que tá aí né? Lavar a minha roupa, lavo. Sustentar o carro também será possível. A doença faz a gente pensar, sabe? “De pensar, morreu um burro.” É como dizem. Por isso, atitude! Eu tenho. Bora para luta! Garçom passa fome se quer. Agora no país, não sou seguro em afirmar. Tem muito sertão nessa nossa terra, né? O parágrafo que abre esta noite é um verso do genial malandro Bezerra da Silva “Se o Leonardo dá vinte, por que é que eu não posso dá dois?” Isso ebuli a discussão para eu dizer que as pessoas deveriam tratar com cautela um baseado. Na roda, dá dois, para quem dignamente desconhece, é fumar um. Como eu postei lá em cima do músico do Pink Floyd, essa pode ser a entrada para um caminho sem volta. Estou fora há muito tempo e não indico ninguém entrar. Não tenho vergonha, me sinto honrado por ter tido a força de parar quando se fez necessário. A imaturidade e o desequilíbrio emocional levam pessoas como eu a procurar tratamento na roda de conhecidos que quase nunca são médicos e psicólogos, né? Além de fazer mal à saúde, droga ilegal incentiva o tráfico, o que gera muita desgraça em famílias distantes e na sociedade. E tem o agravante do vício, que para alguns, torna-se incontrolável e não permite que ninguém conquiste nada de bom, como ter um emprego estável e formar uma família unida no amor. Então “Choose life” escolha a vida. Mas, na minha opinião, dentre outras, o verso do Bezerra é genial, não é? Tem uma cena do filme Erin Brockovich, a que a advogada sabe decor o nome e o diagnóstico de cada pessoa das famílias que ela está atendendo e entrevistando, é muito bem interpretada e emociona, me ensinou bastante. Penso que é uma aula de como se considera o seu trabalho e emprego com dedicação e amor. Eu não sei todos os pratos e drinks do Sheike ainda, e também não conheço todos os clientes pelo nome, mas desejo trabalhar muitos anos servindo num mesmo restaurante, talvez o meu, um dia, para saber tudo pelo nome de cor. Quando você for lá, eu te chamo pelo nome. Quem sabe você me olha. Você tem que se aproximar no seu tempo, não é? Como um cachorro que apanhou bastante e sente receio do carinho ofertado com a bondade e a destreza. Você está tão linda nessa saia bege e top preto, que eu até esqueço de me questionar quem poderia ter tirado essa foto. Sou só um cara ciumento, como na canção do Lennon. Imagino um poeta produtivo como o John vivendo neste tempo de rede social. Ou ele seria bem sucedido e feliz, ou ele sofreria as dores de uma exposição exagerada. Antes da fama, é óbvio. A fama nos torna soberbos e, um poeta e compositor, caso se expusesse na rede, seria para dizer a um outro companheiro poeta, desconhecido pelo público: “vai de leve, ela está gostosa mesmo. Porém existem mais dois bilhões de gostosas na Terra neste instante no mínimo. Ela é só mais uma, bro.” Mas não importa. Você só pensa em oferecer a mão para que ela se aproxime. Jesus teria me dito: “escreva cartas, Guto.” Contudo não irei te escrever. Respeito o seu silêncio e trato com liberdade as suas roupas de saída à noite. Entretanto você não pode negar que eu falei o meu coração aos demais com êxito, num tempo pensando pudesse ser o nosso coração pedindo apoio ao futuro dono que passa no caminho para nos acolher da maldade do planeta. Um braço pode ser duro e causar danos irreversíveis. A gente só precisa de um lar seguro para nos falarmos, clamo que numa tarde melancólica de domingo de Natal, seria ideal e bom te encontrar na rua iluminada. Perguntaria se você teve presente debaixo da árvore ou no quarto. A imaginação pode ser má. Escreva cartas, Guto. A minha voz me diz: eu já escrevi às dezenas. E deu com o burro n’água. Ignore o meu peso no corpo por não te chamar para entrar, esta noite. Tenho um cão e um leão no peito para cuidar. E não posso deixar de fazer a lição de casa, bem feito. Assaltos que presenciei na Europa. Em Barcelona, o garçom Lacerda foi fazer graça quando em frente aos artistas de rua acenando uma nota de cem dólares e um meliante o roubou. Em Marselha, o garçom Bertolino e o garçom Clemente entraram num beco para comprar coisas ruins e foram assaltados com arma na cara. Em Amsterdam, prenderam uma mulher do meu lado no restaurante, ela provavelmente estava assaltando. Então, tem uma certa lenda urbana em dizer que se anda tranquilo por todo o velho continente. Ando sossegado em Americana, onde moramos. Considero isso um privilégio. Histórias de assalto traumatizam quem o sofre, mas se você quiser, pode nos contar a sua. Quem nunca, num planeta de prova e expiação passou ou conhece quem passou pelo constrangimento de ser roubado. Vivemos ainda no “level hard” de evolução. Sempre frisando, preserve a vida, as coisas você recupera. Estava conversando com a Sueli alguns minutos atrás. Concluímos que não é legal que eu escreva textos que me deprecie como ser humano. Alguns momentos do passado devem ser esquecidos. Vamos à uma história de humanos. Quando estudava em São Carlos, voltando da Universidade para a república, passei defronte um bar e tinha um homem de idade média demasiadamente embriagado. Perguntei se ele precisava de ajuda. Eu tinha o quê, vinte e um anos. Aquilo foi uma reação estranha para mim, a pergunta. O homem resmungou algumas palavras que não entendi. Eu me aproximei e ofereci a mão e disse: vamos, eu te levo para casa. Ele aceitou a ajuda, foi grunhindo e balbuciando algumas palavras que eu não entendi. Andamos uns cinco quarteirões com ele apoiado em meu ombro. Quando ele falou que estava perto de casa, ele me disse e pude entender. “Você me ensinou muito hoje. Não posso mais beber sem lembrar disso!” Não sei qual foi o destino deste homem, mas me recordo assim dessa cena. Ela se assemelha com o amor que a espiritualidade lida com os vícios. Talvez, naquela noite, eu estivesse melhor mediunizado que de costume. Gostaria de ser assim, altruísta com atitude, mais vezes. Penso que é óbvio que o homem se embriagou novamente, mas com certeza ele pode se lembrar que alguns anjos tocam o solo. É só cruzar a barreira do conformismo, e trocar a nossa segurança de ego pelo bem do outro. Amor. Sobre o metrô de São Paulo. Tem um caminho que já fiz mais de uma dezenas de vezes. Pegar o ônibus Piracicabano na rodoviária de Americana e ir até o terminal Tietê em Sampa e encarar o metrô sentido Jabaquara. Essa foi a minha rotina de entrevistas no centro da metrópole, e também para visitar amigos, de 2004 a 2005 depois de 2010 a 2011. É o tipo de passeio que eu faria sem medo de errar com uma boa companhia. Se você não tem que prestar atenção com pilotar o seu carro, no busão, você dá total atenção para quem está sentado ao seu lado. É bom, pode crer? Daí em São Paulo, reparamos as cenas do metrô e sacamos fotos mentais dos transeuntes. O que mais gosto é de ver as pessoas bem vestidas, homens de terno e maleta, dividindo o transporte público com os reles mortais. Daí a gente desce na Paulista, come alguma coisa boa, vai no MASP, conversa sobre o tempo e o vento e retornamos de um dia bem vivido, gastando teoricamente pouco, e sem dúvidas, se pegando. (Haha) Talvez nós façamos disso uma mentira, porque tenho o receio de cerrar os meus olhos, à noite antes do sono, e me dar conta da realidade que não admito, que está por entre as minhas letras cifradas, onde escrevo disfarçando o seu nome, a cada instante, na minha memória, por que como posso fingir que tudo está bem nas histórias que vos conto, quando o que eu quero é você aqui comigo? Os antidepressivos e os medicamentos com princípios ativos semelhantes, que aumentam a dopamina no cérebro ou são antagonistas na absorção da serotonina (acho?) melhoram as funções de raciocínio do cérebro, e assim fortalecem o desempenho no trabalho e nos estudos? Inclusive para pacientes que não têm necessidade de tratamento? Na minha opinião, sim. Melhoram sim. Mas não sou todos. Alguém gostaria de opinar? Mas, sem dúvidas, posso afirmar que você é uma das pessoas com o tipo de inteligência belíssima, uma das mais sensuais que conheço. “Não é o suficiente, né?” Digamos, com todo o respeito, que não irei foder com o seu cérebro, mas com você inteiro. Então não, não é o suficiente. “Você não pode me usar só por essa noite?” Sinto lhe informar, porém uma mulher não pensa e sente igual a um homem. “Tive experiência que isso mudou.” Não comigo. “Puts, que foda.” Pois é. Outra letra que eu gostaria de ter escrito, mas escreveram antes: “Black” do Pearl Jam. (Deixarei por vocês a partir de agora. Porque está cedo. O sonho de toda sogra 😻 permitirá aos demais trabalharem. Hoje à noite tem Sheike, graças aos anjos 😇🙌) (Preto) "Pilhas de telas vazias Peças intocadas de argila Foram espalhadas diante de mim Como o corpo dela um dia esteve Todos os cinco horizontes Girando ao redor de sua alma Como a Terra ao redor do Sol Agora o ar que provei e respirei Se tornou diferente Oh, e o que ensinei a ela era tudo Oh, eu sei que ela me deu tudo que ela possuía E agora minhas mãos amarguradas Se esfolam abaixo das nuvens De o que era tudo Oh, as imagens foram Todas banhadas em preto Tatuando tudo Eu saio para passear Estou cercado por algumas crianças brincando Eu posso sentir suas risadas Então, por que eu desanimo? Oh, e os pensamentos distorcidos que giram em volta da minha cabeça Estou girando, oh, estou girando Quão rápido o Sol pode se pôr? E agora minhas mãos amarguradas Embalam cacos de vidro Do que era tudo Todas as imagens foram Todas banhadas em preto Tatuando tudo Todo o amor tornou-se prejudicial Transformou meu mundo em escuridão Tatuou tudo que vejo Tudo o que sou Tudo o que serei, sim Eu sei que algum dia você terá uma bela vida Eu sei que você será uma estrela No céu de outro alguém, mas por quê? Por quê? Por quê? Não pode ser, oh, não pode ser no meu?” “Você flutua como uma pena, num mundo lindo.” Guto, você está fazendo tudo isso para chegar até mim, não é? “Você pensa que o mundo gira em torno do seu umbigo, menina?” O mundo, mundo, não. Mas o seu gira. “Pois então, estou pedindo a Deus para reverter as leis do universo.” Peça a Ele para me trazer sapatos novos. Porque você não vai mudar. “Mudar é como parar de fumar. A gente foca a atenção em outras atividades.” Para um poeta, nicotina não é nada comparada a um belo par de coxas. “A gente pode mudar de assunto?” Não se esqueça dos meus sapatos novos nas suas orações.”Que número você calça?” Calço aquele que nunca estará nos seus lábios de novo. Dinheiro 💶 em espécie impressiona ou é sinal de caixa dois? Porque assim, eu acho bonito quando vou fechar uma conta no restaurante, o Sr ou a Sra pega o papel de dentro do porta conta, olha o valor, sei lá R$350,00 por exemplo, saca a carteira e começa contar as notas. Dizem que tá para ficar instinto em pagamentos, mas gosto da grana em espécie. E parece que você nem tá ligando se será assaltado na esquina. Óbvio, que gosto mais quando tá no meu bolso. 2024 será a evolução das espécies. E não tenho superstição. Deixarei o amarelo de lado. E não jogarei na mega da virada, porque a minha expectativa se eleva, acho melhor não sonhar com essas coisas. (Situação hipotética). Um garçom está trabalhando e sempre repara numa mulher de uns 35 a 40 anos que é amiga dos donos do restaurante e pede os mesmos pratos e bebidas. Um dia a mulher entra no salão cheio, cumprimenta ele com os olhos e entra no banheiro. Na volta, ela intencionalmente desliza a mão nas costas dele para pedir passagem. Óbvio que ele trabalhou mais animado naquela noite, não é? Na noite de hoje, o mesmo garçom está no café polindo os talheres. Pára um carro muito, muito bonito na porta do restaurante. Desce uma mulher fenomenal com um homem de boa idade (velho). De repente ele reconhece. É a mulher das mãos nas costas. Ele não sabe o que sente, mas pensa: nojo. E um anjo fala no ouvido dele "as pessoas aprendem amar de diferentes formas, meu caro: ou pelo amor ou pela dor" ele dá um chega para lá no anjo e pensa de novo, onde é que o amor venceu quando ele escutou a sua chefe dizer que essa criaturinha linda não termina o relacionamento porque tem medo de perder a estabilidade. Vai trabalhar, criatura. Ou, espera o senhor morrer, e passa as mãos nas costas do garçom de novo. Aí o amor vence. Oi. Você tá legal, hein! Escrevendo coisas sensatas, estou gostando. Sabe, nunca fui ao restaurante em que você trabalha com o meu namorado. “Talvez você não tenha classe para tanto.” Vai se foder. “Você primeiro. Mas se vocês forem, serão bem atendidos, posso garantir.” Por você, imagino. “Não, eu irei faltar esse dia.” (Numa roda de amigos depois do trabalho). Brother, encontrei a “fulana”. “Qual vítima é essa?” A da yoga. “E daí?” Daí nada, pó! Escrevi uns quinze e-mails para essa prostituta quando a gente parou de sair e ela não respondeu nenhum deles. (Uma das namoradas de um outro cara na mesa diz). Puta que o pariu, mano! Ninguém mais escreve e-mails hoje, e você faz para xavecar, vai se foder. “Não foi só xaveco, você pode imaginar pelo jeito com que escrevo.” Deixa eu ler? “Nem a pau! Vou tacar fogo nessa bosta!” As distâncias aparentam maiores agora, um simples ir e vir se torna um sacrifício de esforço físico e mental. Você não sabe se os parentes e os amigos moram ainda no mesmo endereço. Você não sabe se eles se lembram. Você tem um número de telefone deles que toca, mas ninguém atende. O tempo bate forte. Você se pergunta para onde foi a época onde era mais fácil tudo. Menos constrangimento e mais espontaneidade. E tudo abrange um sentimento maior, porque sobra espaço para aquele abraço que você gostaria de dar, e falta coragem para fazê-lo. Alguém perto te deseja boas festas, você está, contudo deseja estar com tantos outros que perambulam na sua memória. O tempo bate forte. Toquem os sinos. Ho ho ho. “Quanto mais falso você for, maior será o seu círculo. Quanto mais real você for, menor será o seu círculo. Isso são fatos bem reconhecidos.” Quando observo o céu brilhante de madrugada Fica tão efêmero imaginar a probabilidade de nós dois juntos algum dia Passeando de mãos dadas por entre as explosões atômicas de gases radioativos Penso no egoísmo dessa comunhão à dois Quando há tanta coisa por fazer para o próximo Num universo de diversas luzes em vida Umas se anestesiando, outras ainda brilhando Para a Terra, estamos ficando velhos de fato Para essa volta nas estrelas, seremos eternos sonhadores da luminosidade que cura os ressentimentos Quando a minha tia diz que estou bonito E considero a minha imaturidade em aceitar Que não importa o que estou dizendo sobre o máximo das estrelas no espaço Quando eu desejaria que, no mínimo A gente descartasse o nosso desprezo ao medo Que essa possibilidade de experiência do namoro seria legal pelo tempo que estamos vivendo mal Agora que não tenho mais o peso de tantos males que causei, a probabilidade de ficar com você entre trilhões e trilhões, considerando que A sua ausência me fez fazer muita besteira E com elas, paguei as cascas que cobriam a ferida De uma consciência que pode dar certo hoje Ser egoístas por um pequeno período a sós Aceitando que abraçados, poderíamos ser maiores Que a lei da força de um meteoro voltando a atmosfera no fogo sob a música da claridade em paz em paz Invade em nós o claro escuro dos nossos erros e lados E estamos prontos para nos respeitar e amar Sendo um bocado de amor no lado iluminado Onde outrora existiu um passado de dor encoberto em vergonha, pois não tínhamos consciência Do que é um relacionamento amadurecido Dessa vez Quer aprender a crescer respeitosamente comigo? Vem? . . Por quê iria duvidar que Deus falta naquilo que a minha alma clama Quando Ele sabe pelo nome que ela me chama? . . Houve o tempo que imaginei pudesse pisar nas nuvens, olhando do alto você aprender o peso da superfície. Hoje sei que você pode se virar sozinha. Salvo os textos que te escrevo na nuvem, e imagino, aqui embaixo, se você pode subir e salvar o meu coração do vôo da pena, baixando-os e lendo-os uma vez ou outra na colônia. Psicografo a razão da minha existência por uma voz do antes e do depois da tecnologia, e te espero soprar. Soprar que nos encontremos em outra instância de menos ideal e mais lógica. Por aí no céu, ou por aqui na chama. “Se você não deixar o seu passado no passado, destruirá o seu futuro. Viva pelo que o presente tenha a oferecer, e não pelo que o passado tenha levado de ti.” “Um erro repetido mais que uma vez se torna uma escolha, um comportamento.” “A vida não é qualificada por inglês fluente, roupas de marca ou um estilo de vida rico. A vida é medida pelo número de faces que sorriem quando escutam o seu nome.” Esta noite, você veio para perto no sonho. Foi um dos melhores sonos de toda a vida. Mas o sol sempre bate na janela e ilumina o fato de que a sua matéria não está ao meu lado. Vamos estudar isso aí numa tarde de sábado? Achei que eu fosse a razão da sua escrita. “A razão da minha escrita é uma mente criativa e um bocado de livros que li e de bastante treino. Você é a razão de eu dormir péssimo, e das ondas cutâneas que percorrem a minha zona pélvica, causando grunhidos nos meus ouvidos, depois que almoço e janto.” Credo, que dó! (Pausa) Você volta a me dar coraçõezinhos? “Escuta aqui, quando você me der um coração sequer, eu te marco os cinquenta que te dava de costume.” Vai ser difícil. “Imagino. Deve agredir demais o seu orgulho.” Muito. Mas agora estou me sentindo mal, não queria que você se sentisse assim em relação a mim. “Duvido que te importa assim.” Esse negócio de som na barriga me espantou um pouco. “Às vezes, são gases. Não tem a ver com que eu penso, tipo aquela música “de tudo que é nego torto, do mangue do cais do porto” quantos namorados você já teve?” Mais do que os livros que você já leu. E foi só o treino. (Numa mesa de rolê há mulheres e homens bebendo e comendo. Uma delas toma a palavra e diz). Cara, que parte da conversa você não entende que nenhuma mulher nesta mesa fica com um garçom? (Alguns dão risadas. Ele dá um gole na cerveja, se levanta e sai andando por ali mesmo. Uma das mulheres que estava na mesa o encontra no corredor. Ela diz). Não leva a sério a minha amiga. Ela não falou por mal. Ela está bêbada. “Você deveria andar com melhor companhia.” Ela não pensa assim e nem no que diz, vai por mim. “E você o quê pensa?” Que você é um cara super bacana, batalhador, culto, todo mundo te adora e você merece o melhor. “E a gente pode ficar?” Hoje eu não estou legal para isso, mas me liga. A gente conversa uma outra hora, vai ser melhor assim. “Eu não irei me esquecer, tá?” E nem deve. (Ela dá um beijo no rosto dele). Você está colocando o dinheiro na frente de tudo, Guto. Acha que irá resolver os seus problemas se você vestir isso e aquilo, tiver um carro tal, acha que irá trazer a mulher que você quer, provar para os outros que você é alguém melhor, que venceu, e não é assim, cara. A menina já teve namorado, ela está procurando uma companhia para ela e não dinheiro e coisas. “E eu não sou boa companhia?” Não será nunca se você não acompanhar ela no que ela gosta. “E o que ela gosta custa dinheiro.” Nem tudo. Vocês não têm os mesmos gostos. Não há grana no mundo que resolva essa equação, entende cara? “Eu gosto do que é bom. Todo mundo gosta do que é bom.” Do que é bom para você, e talvez não seja bom para ela. Pense nisso. Devo ser uma alma bem desinteressante, verdadeiramente desinteressante, no caso da conotação que as pessoas postam por aí, de que devemos nos interessar pelo que você é e não pelo que você tem, for correta. Porque a minha alma está inteira exposta e não me trouxe você. Nossa, que surpresa te encontrar aqui. Pensei que você não viesse em lugar assim. “Você não me conhece, Guto, para afirmar isso. Não coloque palavras na minha boca!” Não te conheço porque você não quis. “Certo. Então não fica dizendo e escrevendo besteiras em meu nome.” Você gostaria de beber o quê? “Água.” Só um momento que já trago. (No fim do rolê, sem mais serviço, os dois estão conversando) Você está vendo como estou vestido hoje? Pois marque bem. Ano que vem estarei vestindo ouro! “Por que você quer vestir ouro?” Para atrair quem eu preciso. “Boa sorte. Espero que não seja de mim que você está falando.” Com você eu já tentei de todas as formas que estavam ao meu alcance, com as outras será o mesmo, mas com uma embalagem melhor. “Cuidado para não estragar tudo.” Não estragarei. Grato pelo conselho em adiantamento. “Disponha.” Trabalharei que nem um cão sarnento em 2024. Vou ter tudo que rico tem. Roupa de luxo, carro bacana, mulher. “Mulher se conquista com atitude. Tem um monte de pobre casado.” Vai falar isso para a vizinha de frente do restaurante que é espetacular onde só param BMW e Mercedes. “E é esse tipo de mulher que você quer?” Para diversão é bom. Para exibir para os outros também. “Então feliz 2024 para você, porque eu estou vazando.” Vai tarde. Papai Noel, se o Sr trouxer o que quero, não preciso mais dizer nas entrelinhas de cada poema e falo o nome dela. “Se você continuar achando que toda mulher é interesseira, pode desistir.” Toda não. Só 90% das bonitas. As feias não tem escolha. “Aquela que é bonita para você, pode não ser para outro.” Para o seu conhecimento, a beleza é um padrão geométrico comprovado. “Você é bem Hitler, né?” Heil. Querido Papai Noel, esse ano fui um bom menino. Quero uma Maria de Magdala, vulgo Madalena. #gratidao O quê muda a geração e o nascimento de um filho? Papais e mamães devem entender melhor o que estou tentando descrever. Muda tudo! Pois bem, o nascimento do Cristo no planeta mudou a psicosfera e o magnetismo da Terra. É brilhante! É como se o planeta acolhesse um filho divino, não é? Então, vamos acolher o mestre do amor em nossos corações, esta noite e sempre! Feliz Natal! Desejo bem altruísta da minha parte: que os presentes que me dei este ano sejam mais caros ano que vem. É um sinal de progresso, não é? Que eu os ganhe de alguém também é interessante. Qual a sua graça? “O quê?” Qual o seu nome? “Silvia.” Bom nome. Não me traz nada de ruim à memória. “Sei quem é você. Você é o escritor.” O melhor que você conheceu vivo. “Os mortos não me interessam, eles não se beijam.” (Pausa) “E o quê você pode escrever sobre mim?” Sem te conhecer fica difícil. “Digo assim, só me olhando.” Agora perdi o fôlego. “É, dizem que é preciso fôlego para escrever.” É preciso fôlego para lembrar que o seu nome é Silvia e rima com Chester. “Não rima não.” Nem sempre a gente acerta. Posso te fazer um prato? “ Você é um cavalheiro.” O melhor que você conhecerá vivo. “Feliz Natal!” Ela chega e pergunta para ele, “e a namorada?” Ele responde: Vamos fazer um oceano de luzes no céu deste estádio, levantem os celulares para o que irei te dizer. Ano que vem, serei o maior trabalhador desta cidade, e com o meu cavalheirismo e sex appeal, dinheiro no bolso, pagarei pousadas, hotéis, salões de beleza, restaurantes, essas coisas, e não há mulher que não venha. (Ela diz). ”Seu macho, machista, tóxico!” (Aqui resta mais um maluco beleza Clamando uma conversa com a sua inspiração. Segue abaixo): Preencheriam as pausas que me permito (sozinho) nas reuniões de família, A sua voz pedindo a fluência do meu texto, no pé do ouvido, no centro da sala de jantar. A gente sai da mesa à francesa, passando a licença e nos esbarrando nas cadeiras de gente boba. Não apresento mais os meus disfarces e as minhas armaduras, em me pousar incomodado com a conversa espúria deles. Porque estamos com dor de cabeça, mas é só a nossa deixa de fuga, pois queremos a nossa companhia para namorar, fora daquilo ali. Tampa o que está ausente em meu desconforto para existir, aqui e agora, comigo. Tampa? Completa a nossa sentença com a tua alma, espontânea em risos e tiradas, que adoravelmente me provocam e me encantam. (Eu deliro). Vem para perto e me sopra a próxima vírgula. Separa a minha promessa que arremata: “eu te respeito acima de tudo e de todos”. Sério que você também me considera a sua panela? É sério? .. Existe um sino por detrás do horizonte Não sei a hora que ele badala, estás longe. Porque é no momento que tu resolves aparecer Que a minha alma cala em fogo. E nós só pedimos para (frente a frente) te conhecer Se revelando a mulher maravilhosa que és Tirando de mim a perversão da imagem. Fala por mim o som das sete horas Como as vidas que tens na memória. A gata atravessou os mares. Quem sabe se me ouvir, pula o muro da minha casa E nos faz tremer em brasa. Existe um oceano atrás do seu beijo E o horizonte badala o sino na hora certa Como um percevejo roendo o chão do meu sonho. Blén, blén, blén. Quer tomar um café? . . Por que deveria reclamar da ausência Se ela vem até mim em desdobramento Nas madrugadas em que Deus nos permite E sinto acima da carne e vivo em espírito O nosso amor pavimentado em séculos? Por que deveria me encher de ansiedade Se ela chega em espírito para calar as minhas dúvidas por uma história maravilhosa que compartilhei com você? Por que o egoísmo de querer ela em braços pesados e encarnados Quando o silêncio do vácuo no espaço Nos carrega em perfume em um líquido vaporizado? Deus me permite sentir numa realidade e, Onde, mais cedo ou mais tarde, quando os leitores Desencarnados observarem a nossa cena, Provo o seu gosto num plano de maior respeito Que outrora, e o vivemos completo no nosso lugar secreto. Por que não deveria te agradecer por me visitar em mais um Natal Já que te amo de um jeito que a platéia se espanta de entorpecente sentimento e Enrubesce enquanto se afasta Nos deixando sós numa paixão abençoada? (Grato). Por quê? . . Aí, esse seu grupo é só você falando um monte de besteira, não quero entrar não! “Deixa eu entrar na sua vida para você ver a diversão que será!” . . Ela diz: não vai fumar! (Ele demora uns cinco segundos olhando para o rosto dela e responde) “Você vai me beijar?” Ela demora uns cinco segundos olhando para o céu e responde: depende, se você for mais devagar. Ele e ela não são namorados. Mas saem juntos quando dá vontade. Essa noite foi assim como irei contar. Os dois se tratam bem, existe o toque, o jeito, a malícia. De repente ele derrama o copo de cerveja na mesa e escorre no colo e no vestido dela. Ela diz: “Porra, Rafa! Se você quisesse me dar um banho, fizesse de outra forma.” (A gente ri). As pernas dos dois se tocam embaixo da mesa. Eles não são namorados, mas se tratam bem mesmo. A noite será longa. Então relaxa, Guto. Com ela deve ser assim também. Marca uma massagem para 2024 e esquece dela. Ponto. Estou cansada de ficar sozinha. Me sinto absurdamente dependente para fazer tudo. Você não quer ficar comigo? “Você não tem o direito de fazer esta proposta e eu vou explicar o porquê. O quê nós podemos fazer juntos agora? Com a nossa idade? Buscar remédios de mãos dadas na farmácia de alto custo? Ficar lado a lado na fila de espera da próxima consulta no hospital? Ir viajar nesses pacotes bregas e chatos de grupo de turismo? Fingir que os assuntos tolos no café da manhã e enquanto assistimos séries no Netflix nos completa? Por isso, repito: você não tem o direito de fazer esta proposta agora.” Ela diz: eu não tinha a maturidade para entender alguém como você quando eu era mais nova. Quando tinha a idade em que você me desejava. “E agora você pode notar que eu não tenho a paciência e não cabe mais ninguém na vida de um velho ranzinza. Façamos assim: me seguro no vazio da minha aposentadoria no começo do mês, e você no aluguel que recebe do seu segundo imóvel.” Mas é triste viver desse jeito. Por que você é assim tão triste? “Porque a vida me fez dessa forma.” Você não sabe perdoar. “Não, eu não sei.” (Encontro de família e amigos. Estão numa roda no jardim de quintal e começam a falar do filme Encontros e Desencontros. São comentários superficiais sobre a atuação e demais coisas. Ele se levanta, atravessa a roda e a casa e acende um cigarro na garagem. Uma das suas amigas chega e diz oi. Ela começa:) “Está tudo bem na ala dos formados em cinema?” Ele dá um sorriso e diz: é, tá indo bem. “É foda, não é? Você sabe cada detalhe desse filme, diálogos, fotografia, os prêmios que ganhou e ninguém ali te dá o espaço para falar.” Ele diz: boa! “Eu coloco em minhas preces que você encontre o seu lugar nessa casa, nesta cidade, na Terra! O conhecimento agride, Guto! E você conhece muito!” Ele pensa uns segundos e diz: esse lugar seguro não pode ser o seu colo? “Cara, não é por mal o que digo, mas eu também não conheço o que você conhece. Não daria certo. Estou mais para a ala que dá risada de comentários superficiais. Você está no alto. Não daria certo. Mas, você vai encontrar alguém legal! “Por isso você aceitou tomar café com outro homem que tem mais potencial? É, eu vi a foto. “Você quer dizer, enfatizando potencial, com um homem que tem mais dinheiro?” Já que você foi direta. Sim, é o que eu quero dizer. “Guto, num relacionamento, dinheiro é importante, sim. Mas nunca será a parte das emoções, do que faz o coração balançar, bater mais forte.” Não é importante? É 98%! Os outros 1% são o charme e o outro 1% é o coração fingindo. “Você está errado.” Ele diz, soltando a fumaça para o céu: eu provarei que estou certo! “Vamos entrar?” Vá sozinha. Eu vou escrever. Minha mulher só está comigo pelas contas que pago para ela. “Cuidado para ela não encontrar alguém que pague mais!” Se encontrar, foi tarde 🌷. Estive conversando com a minha madrinha sobre um primo e uma prima de idade avançada que encontraram dois cônjuges bem de vida. Ela me disse “é, eles deram sorte, nos finalmente da vida!” Eu respondi: não foi sorte, tia! Foi lógica, Exatas! E daí, cadê as roupas Prada? “Ainda não posso comprar. Na verdade, até posso, mas estou aguardando ver se o restaurante apruma e não fecha as portas.” E você pretende fumar até arrebentar os seus pulmões, antes que isso aconteça? “Pretendo.” É uma meta idiota, não é? “Idiota é você chegar até mim falando desse jeito.” Você só tem amigos ricos! É de se esperar que você se sinta um merda! “Olha quem fala. Quem vê pensa que você tem amigas e amigos pobres.” Eu tenho sim. “E eu tenho um bocado de colegas de trabalho paupérrimos!” Deveria aprender um pouquinho com eles. “Aprendo que é uma vida de desprezo, por si mesmo e dos outros.” Isso também acontece com quem tem dinheiro. “Menos.” Eu ainda acho que o amor venceu. “A maioria dos brasileiros também acredita nisso!” Que frase feia você escreveu no seu storie de hoje, hein? Machista no último grau. (Ela disse) Ele respondeu. “Uma frase feia, com uma foto bonita, tocando uma música belíssima, dá um bom contraste, não dá?” Você vai perder todos os seus seguidores! “Tenho um sonho para 2024. Se nós nos conhecermos, eu e a mulher que me compreende, que gosta de mim como sou, e nós dois ficarmos juntos, porque me manterei nos empregos que conquistei, e ficarmos os dois bem afastados de metade das pessoas que conheço, o ano terá sido maravilhoso!” (A psicóloga mantém o discurso crítico e diz). Tudo isso, esse rancor e o distanciamento, é por causa daquela mesma e única mulher? Ele diz. “É passado! Sorte de quem aproveitou ela enquanto valia a pena. Encontro uma mulher melhor!” (Pausa). Ele continua. “Poxa, eu não tinha um celular, não tinha um trabalho, não tinha nada para oferecer além de mim mesmo, e ela não quis se sentar comigo para conversar. Como você acha que eu me senti? Com o histórico de doença e dos surtos que tive?” Não justifica as suas atitudes infantis de agora, Guto. E você não sabe se ela não se sentou, também, e não saiu, com quaisquer outros homens que ofereceram e tinham bem mais, ou bem menos, que essas coisas que você não teve para ofertar naquela ocasião. Porque ela não quis! Não quer! Talvez queira ficar sozinha. E se saiu e sai com qualquer outro homem, isso não é problema seu! A menina merece ser feliz, cara! Você tá pensando como há um ano, cara! Muda o disco, evolui! Você tá louco? Faz isso! Encontra alguém melhor para você! Que te queira do mesmo modo que você quer! Que goste de você! Não justifica as suas atitudes e as retaliações imaginárias! (Psicóloga e paciente recuperam o fôlego. Ele diz). “Eu sei que não justifica, mas as coisas serão como estão, tá. Mesmo porque, duvido que uma única palavra que escrevi mudou qualquer perspectiva ou opinião na vida dela!” Incomoda, Guto. Ela pode desprezar, mas você escreve bem e incomoda. Chega em terceiros e isso não é legal para ela. Ele afirma. “Se algum dia vier até mim esse incômodo, peço perdão.” - Assim eu espero. A felicidade cura, além de ser “uma arma aquecida” (é um verso da música dos Beatles “happiness is a warm gun”). O meu vizinho viajará e passará o Réveillon com a família dele em Minas! Encontrei ele esta manhã 😁. É outro homem! Me deu conselhos otimistas, parou de ser bitolado com a política. É outro homem! Estou felizão por eles! Me faz pensar que quando a felicidade coletiva se fizer para nós, a política na Terra se tornará suave, com cargos escolhidos por competências intelectuais e morais. Uma perspectiva maravilhosa, não é? A FELICIDADE CURA! (E o grupo continua vetado de postagem sobre política kkk) “Dei a cara ao lado dele em metade da cidade, Guto. Você acha isso fácil de superar?” E em quê eu posso te ajudar? “Só não liga para quem não liga para você! Já é o suficiente.” Essa lista é grande! “Quer competir com a minha?” Melhor não, né? Me fale sobre os seus pais. “Foderam com a minha vida. Quê mais você quer saber?” Esse é o seu jeito de interpretar. Mas tudo bem. Você pararia de fumar se eu te pedisse? “Pararia de respirar, contudo não vem ao caso.” É aqui que tá o problema, Guto. Você é poeta! Você se apaixona pelo que não nasceu ainda. Por uma nuvem de sonhos que te garantem a seguridade num mundo muito particular que ninguém consegue entrar. É um camarote vip só para você numa praia paradisíaca. Se apaixona por alguma coisa que é muito mais, ou muito menos, do que eu sou! Como você quer que eu encare essa parada? “Eu não quero que você encare nenhuma parada que te faça mal. Você não me entende, como todas as outras pessoas. Eu sou uma aberração!” Não, você não é! Só é um pouco difícil. Complica coisas simples, coisas do sentimento, do coração. Vamos devagar, okay? “No seu ritmo!” No nosso! Você tem que participar comigo, senão não dá certo. “Tá, tem coração que é complicado mesmo.” Eu tento entender o seu, prometo. “Tente sentir. É um ótimo começo.” Okay! “Pobre daqueles que só amam corpos, formas e aparências. A morte levará tudo deles. Procure amar almas, você as encontrará de novo.” HUGO, Victor. “Preencha a sua vida com aventuras e não coisas. Tenha histórias para contar, e não coisas para mostrar.” Quando te falta, você elabora estratégias astutas de pensamento. As leis da vida incluem o trabalho, não me lembro se incluem que você tem que ter uma companhia. Sinto falta do trabalho, do prazer e das coisas que posso adquirir através dele. Tenho pensado que as companhias imaginárias proporcionam retorno de maior valor a alguém como eu, do que com as companhias às quais tenho me relacionado na vida real. Acho que pretendo me isolar, mantendo os meus trabalhos, que pagam as minhas contas, sair de casa todos os santos dias para cumprir a minha tarefa, entrar num mercado aqui e outro ali para consumir as necessidades, entretanto me isolar das pessoas como muitos escritores fizeram. Afinal, já tenho material suficiente na memória para livros até quando Deus quiser me manter vivo. As mesas que atenderei garantirão às demais histórias da minha existência. E de resto, será uma falta transferida em pensamento, isolado da decepção que são os seres humanos, e a mim mesmo quando em coletivo. Pessoas inteligentes acima da média necessitam de momentos para extravasar. Se desviar do senso normal, esquecendo-se que o cérebro existe, entende? O médico que veste uma sunga de gogo boy para dar aquele mergulho de ano novo em sua piscina, aquele homem menino que dá risada do deboche de si mesmo. Essas coisas não são de fato de todo explicáveis. Afastam alguns, aproximam outros. Como uma ostra que forma a pérola no íntimo, não é tão fácil chegar perto do segredo desses seres, e perscrutar a jóia que se forma em séculos por silêncios inefáveis e intransponíveis, daquilo que se apresenta como contraditório ao senso comum. A vida desses seres é incongruente, melhor deixá-los no silêncio do que aparenta confuso, mas tem a razão de ser. Para eles, melhor se garantir no trabalho, para vocês, melhor rir dos fatos, às vezes agressivos à quem sempre espera uma atitude elevada de moral de quem é raro. De vez em quando, a risada ajuda a formar a pérola no interior da concha, enquanto a crítica põe água, sal e areia no caminho. Contudo, a jóia existirá de qualquer maneira, nos momentos que vocês mais necessitam. As pessoas não procuram o que faço como arte quando estou sozinho no fundo do mar. Elas procuram quando elas estão e sentirem-se sozinhas, mesmo no meio de tantos. Portanto, Avante, estranho! Você é diferente de tudo que conheci. “Assusta, não é?” Bastante. Porém, se você se esforçar para descer um pouquinho à Terra, pode ser que fique encantador! “Cresci para entender que as pessoas nem sempre constroem muros para manter os outros fora. É feito como uma necessidade de proteger o que quer que tenha sido deixado dentro.” “É tão legal quando pessoas tóxicas param de falar com você. É como se o próprio lixo coloca-se a si mesmo para fora.” Guto, as oportunidades mais importantes para mudar a sua vida estão nas suas mãos. Você é um garçom acima da média, pelo que tenho observado por aí. Vai ter um salário que te possibilita proporcionar para você e com alguém uma vida boa. Escapa de uma vez da dependência financeira e psicológica dos demais, o quê está te angustiando? Agora, o que você mais quer, não depende só de você. Você pode arrumar o terreno com essas dicas que estou te dando. Torne-se independente pela sua capacidade e esforço, mas o namoro não depende só de você. Não posso te garantir isso, mas garanta a parte que está nas suas mãos que a outra tende a acontecer. Deus prepara aquilo que você merece na tua vida. E você merece muito, cara! Esteja bem, meu amigo. Na intempestiva noite de véspera de ano novo, ninguém liga para o escritor. Aquela víbora que observa nas rodas recatadas as mazelas de caráter e as expõe no ventilador, dando o bote certeiro. É sorte que nas vésperas de cada abençoado dia, ninguém ligue para o escritor, porque ele liga para vocês. Numa linha de raciocínio que só os anjos decaídos interceptam. Todo santo dia, as úlceras do seu estômago explodem, enquanto ele navega num oceano infinito de margem absoluta, no horizonte aberto e livre da sua capacidade interpretativa, riscando aquilo que os demais consideram irrevelável. Não ligue, porque o escritor está acompanhado. Nós não somos maus. Somos pensadores. Livre pensadores. Nos encontramos na praça da igreja central, enquanto descansávamos fumando cigarro, mirando as cores dos chafarizes com os nossos celulares. Perguntei se ela queria ajuda. Ela aceitou. Que foto! Agora todos são fumaça em nossa tela. Somem com a atmosfera do nosso amor. O que foi um, agora são dois. E nós somos os que enxergamos. Me acompanha até o infinito, porque não importa qual seja a ligação, o escritor é sempre o perigo. E eles olham a superfície e nós o âmago. Me chama pelo meu nome. “Na vida, é importante saber quando parar de argumentar com as pessoas, e simplesmente deixá-las estar erradas.” Posso te confessar uma coisa? Detesto conversar por mensagens. “Que vergonha e gafe a minha. Te escrevi textos homéricos no Instagram e no WhatsApp!” Pois é, mas você perdôo, porque reconheço a tua relação íntima com as palavras. “Você acha que nós dois somos íntimos?” De maneira alguma! “Você quer tentar ser?” Quando a mulher reconhecer a minha lista de música, porque a escutou, de alma presente, na sala e no quarto do meu flat, e não porque passei para ela em mensagem de Instagram e WhatsApp, irei dizer que foi um bom ano. Por enquanto, foi um ano mediano. Jeito é se contentar com a boa música, uai! O fato é que acho você a mulher mais maravilhosa do rolê! Sempre achei e sempre irei achar! “Aí que está, sou só uma mulher comum, parada na frente de um homem louco, tentando dizer para ele esquecê-la.” É, a gente não fala a mesma língua. “Por acaso, alguém no planeta fala a sua língua?” Você tem experiência emocional exponencialmente maior que a minha, poderia me tratar com melhor respeito, né? “Bom ano, Guto! Tiau.” “Confiança leva anos para se construir, segundos para se quebrar, e para sempre para reparar.” Ela entra no restaurante vestida como executiva, num blazer cinza acima da camisa branca e calça social, também cinza, sapatos altos cor vinho e um charme natural de nascença. Os dois se olham à distância. Ele demonstra um certo incômodo na fronte. Eles se aproximam e ele diz: “você não fica me provocando e me dizendo besteira no meu trabalho.” Mas eu não disse nada. “Leio os seus pensamentos obscenos nos seus gestos.” É que você é um homem bonito! “Essa conversa vai tomar um rumo que o trem sairá dos trilhos.” Você me salva? “Não é a hora!” Quero uma água com gás, limão espremido e gelo. (E ela sussurra) E um beijo. Às vezes, considero ela a mulher normal, como tantas outras que perambulam pela superfície do globo terrestre, sem encontrar o homem que presta, numa rua milanesa, se deliciando com as vitrines de lojas de grife. A luz da Europa é um filtro natural do Instagram para lá de potente. Essas iluminações e marcas bonitas, me fazem desencanar que não sou o homem que faz jus de compartilhar do seu estilo, nem menina e nem mulher, pelo mundo afora em ruas que nos sorriem, ou lagos que nos navegam, ou trens que nos carregam. Assim seria se, às vezes, eu fosse extraordinário e emocionalmente amadurecido. Ela dança e desfila sobre a grama de um penhasco e, às vezes, considero normal. Mas, às vezes, quando ela se esforça, considero a pequena esplêndida em aspectos planetários. São medidas e rumores da paixão intransponível por sua natureza poética no âmago da alma me dizendo que é um exagero. Uma esplanada de mistérios! Onde cada ministério é um dos seus trejeitos tímidos, delineados no corpo esbelto, para esconder o seu desconforto por ser absolutamente bela, numa Terra que nem todas podem brilhar assim. Para bem mais que mil anos estelares que um terno Armani, bem engomado, vestindo os meus ombros. E olha que ela é, na maioria das oportunidades, bastante esforçada. E estou amadurecendo nas virtudes e em idéias. Às vezes, sinto assim você próxima a mim e em meu jeito “bonzinho” de te ver. Bom ano novo! (Lugar certo na hora certa. Como conseguir um telefone em 2024). Ele está parado no semáforo. O carro de trás encosta no para-choque. “Não acredito nisso.” (Ele saí, a vê, e repete com veemência) “Não acredito nisso!” Guto, aí desculpa, não sei o que aconteceu! “Calma, não sei o que fazer, mas está tudo bem. Vou ligar para o seguro!” Ai que vergonha. “Vergonha estou eu!” Eu vou pagar tudo, tá? “Fica tranquila. Você pode ir para onde você estava indo, porque está hiper bem vestida. Mas eu vou precisar do seu telefone. Gostaria de pedir o seu telefone em outra situação, mas…” Claro, imagina! Pode anotar. #sucesso Clientes com vivência entram num restaurante mantendo alguns hábitos de conduta. Ela deixa a bolsa pendurada na cadeira, os dois vão ao toilette, eles observam se está tudo em ordem nos lavabos, trocam algumas palavras na sala de estar. É um ritual que tem de aguardar o momento certo. Eles retornam, se sentam com espaço, o garçom se apresenta. Quando é a lá carte, nunca irão pedir o prato que mais sai, é raro. Eles têm opinião. Se for buffet, eles irão esperar os drinks, tomá-los pela metade e depois servir. Quando a fila estiver menor. Eles têm paciência. Esta paquera pelo alimento é algo que tem me interessado bastante. Quando sairmos, nós saberemos nos comportar. Serei o rei e você a rainha. Enquete. Respondam aqueles, aquelas, que desejam contribuir com o texto que escreverei, okay? Quando as conexões mais importantes do primeiro dia do ano são as conexões do trabalho, para quem você escreve mensagens, quer dizer que a sua vida deu certo? Observando um dos pilares que é o sucesso e o trabalho. O ganha pão, né? Pessoas que se relacionam intimamente tendem a adquirir as características dos cônjuges, dos namorados, dos parentes, dos filhos e geralmente essas características idiossincráticas não são as melhores. É tipo quando caí a ficha aquela boa frase: “eu não era assim!” Um homem e uma mulher conversam por vídeo chamada. De repente uma outra mulher pega o telefone e começa o diálogo: Oi Guto, tudo bem? (esticando o einnn) Puts, apelou. Faz essas perguntas suas aí para mim. Você está bêbada? Um pouco alta, mas eu sei responder tudo, vai! Tá, a primeira: em um relacionamento a pessoa começa ter as características da outra pessoa, até que cai a ficha e ela diz: “eu não era assim!”? Puts, que óbvio! É lógico que isso acontece, né? E como escapar disso? Fazer retiros, você me entende? Não é trair e desdenhar ninguém, é sumir um tempo. Vai, faz a outra pergunta! Quando no primeiro dia do ano as suas mensagens são mais para conexões do seu trabalho, quer dizer que a sua vida deu certo? Puts, que óbvio! É claro que sim! Mandei mensagem para umas cinquenta pessoas do meu trabalho e você? Mandei para três. E coloquei eles e ela nas minhas orações. Tá progredindo, Guto. Agora até logo que a gente vai jantar. Beijinho. Beijo. Ele vai na lotérica pagar o imposto da MEI, está fechado. Ele vai contrariado no outro mercado em que ela sempre está, segue direto para o caixa que paga as contas e na saída de fuga, uma voz adocicada lhe chama: Oi Guto, feliz ano novo! (Digo a distância) Feliz ano novo. Ah, vai… me dá um abraço! Melhor não. Posso me perder neste abismo. “Lembre-se, as pessoas que tentam te arrastar para baixo, são frequentemente aquelas que as asas nunca poderiam combinar com as suas alturas.” Eles estão em viagem de férias, num apartamento aconchegante, na praia de Toninhas. “Bom dia Vietnã!” Vou com a minha sogrinha comprar pão! Eu vou junto. Não vai não. Olha aí como ele é, mãe. Vocês dois vão juntos e vão ficar falando de mim! Exatamente. Tá bom, eu também vou sair! Sozinha! Isso é retaliação. Exatamente. Pode vir junto, Cristo. Eu te compro uma trufa de maracujá. Eu gosto da tradicional. (Histórias de curto entendimento) Ela se inclina, espetacularmente vestida, no ouvido dele e diz: “pode voltar a dar likes nas minhas fotos. Eu sei que você vê e babá em todas.” Ele dá uma tossida. (Diálogos de curto entendimento) Tá, vamos fazer assim, eu aceito sair com você. Veremos como você se comporta. Puta que pariu. E onde a dama quer ir? Faz parte do jogo você me surpreender. Terá que ser uma noite que eu posso. Quinta fica bom para você? Claro que não, né? Eu trabalho cedo na sexta! E quem te falou que a gente vai passar a noite juntos. “As pessoas acreditam que ficar sozinho te faz solitário. Eu não acho isso verdade. Ficar rodeado das pessoas erradas é uma das coisas mais solitárias no mundo.” Invariavelmente digo que expressarei sobre o amor, No claro escuro de espíritos que enxergo e sinto ao meu redor. São eles a assembleia de bem e do mal, para quem declarei outrora, em outra frequência de energia, quando era eu, também, um espírito errante, Eu lhes outorguei, Que eu a amaria e aprenderia amar do momento que eu a sentisse na minha frente até uma eternidade que não se mede. Agora me ensina, Extrair a necessidade de posse daquilo que sinto por você. Me ensina que o querer bem é eterno, enquanto o desejo é temporal. Me ensina que posso ficar tranquilo a partir do momento que eu saiba que existe um sorriso no seu rosto. Me ensina ser um pouco de você sem saber qual a sua canção predileta. Me ensina a fazer uma refeição completa sem saber qual sobremesa você escolheria. Me ensina a depurar o sentimento que não tive na assembleia que citei, porque agora não sou mais eu. E sinto muito. Porque amar já amo, mas aprender a amar, Você ainda não veio para perto me mostrar. Stay (Fique), Rihanna. “Foi uma febre o tempo todo Um suor frio, uma pessoa impulsiva que acredita Joguei minhas mãos para o alto, eu disse 'mostre-me algo' Ele disse, 'se você se atreve, chegue mais perto' Por aí, por aí, por aí nós vamos Oh, diga-me agora, diga-me agora, diga-me agora, você sabe Não tenho muita certeza de como me sentir quanto a isso Algo no seu jeito de se mover Faz com que eu acredite não ser possível viver sem você Isso me leva do começo ao fim Quero que você fique Não é uma vida e tanto a que você está vivendo Não é apenas algo que você toma, é algo dado Por aí, por aí, por aí nós vamos Oh, diga-me agora, diga-me agora, diga-me agora, você sabe Não tenho muita certeza de como me sentir quanto a isso Algo no seu jeito de se mover Faz com que eu acredite não ser possível viver sem você Isso me leva do começo ao fim Quero que você fique Oh, o motivo pelo qual me mantenho firme Oh, porque preciso fazer este buraco desaparecer É engraçado, você é quem está em ruínas Mas eu era a única que precisava ser salva Porque quando você nunca vê as luzes É difícil saber quem de nós está desabando Não tenho muita certeza de como me sentir quanto a isso Algo no seu jeito de se mover Faz com que eu acredite não ser possível viver sem você Isso me leva do começo ao fim Quero que você fique, fique Quero que você fique, ohhh” (Diálogos de longo entendimento) Posso só te falar um lance para ver se você ainda fica ou se vai embora? Pode. Você veio conversar comigo depois que escolheu um homem que garantiu uma vida confortável para o filho de vocês. Independente do que acontecesse no relacionamento de vocês, se foi bom ou se foi ruim, é experiência e não convém eu perguntar, contudo a sua escolha foi racional, acima do coração. Você não considera justo que ao menos eu pense assim receoso sobre o que está me propondo e me sinta mal? Você não faria o mesmo no meu lugar? Se coloca um pouco na minha posição. Não tenho a evolução necessária para me imaginar no seu lugar e dar essa resposta. Cara, passei por tantas coisas, fui traída tantas vezes. O quê você acha que eu poderia esperar de um relacionamento naquele momento da nossa vida? E o quê você acha que eu posso, nessa altura do campeonato, proporcionar de diferente? Você já sofreu mais que qualquer homem com quem estive. Tem o jeito de quem sofreu de observar a vida, a sociedade, sabe argumentar de maneira sensata sobre tudo, é responsável e moderado. Pode ser uma ótima companhia e um bom exemplo para o meu filho, apesar dele ter o pai dele. Mas se você considerar que é muita cobrança para você, não desejo que fiquemos. Não sei ainda. Você poderia me dar um tempo? Claro. Não tenho para onde ir. Beijo. Beijo. “Quanto mais velho você fica, mais quieto você se torna. A vida te humilha tão profundamente quando você envelhece, que você se dá conta de tanta coisa sem sentido em que você perdeu tempo.” “Se você sente dor, você está vivo. Se você sente a dor dos outros, você é um ser humano.” TOLSTOY, Leo. Fala para ela que eu ainda faço planos e sonhos imaginários ao lado dela. Mas disso ela não precisa ficar sabendo: deixa que eu seguro a barra dos meus sentimentos incongruentes no íntimo e escuro dos meus olhos enquanto a vejo. A gata diz: você está ganhando pontos comigo. Ah certo, e de quantos pontos eu preciso no score para ter algum retorno físico com você? Ai, não sei. Pode ser 1 ou 1 milhão. Ah, então não é estatística? Funciona pelo seu humor. Ela diz sonsa: sim. Então fodeu. Se o bater das asas de uma borboleta pode causar uma tormenta em alguma outra parte do globo terrestre, o seu sorriso move as células do meu corpo e os hormônios no meu sangue de um modo mais saudável e otimista. A prescrição dos remédios caiu pela metade e a provisão do meu sonho se elevou ao dobro. A teoria do caos não está errada, entretanto, o amor equilibra tudo com a exatidão de Darwin. Tenho cá por mim que Deus mantém o equilíbrio do universo pelo sEu amor infinito, ao lado de um sorriso que advém desse sentimento, que ajeita a matéria em leis de geometria, aritmética e cálculos. De uma certa maneira, para o nosso entendimento, o universo é gerido pelo amor das humanas e pelo sorriso de se resolver e chegar a solução exata de uma equação intrincada. Assim, andemos nós em lados separados numa física que não faz sentido, a menos que não levamos em conta a energia dos nossos espíritos acima das aparências. De um certo modo de sentir, a borboleta não existe, o meu sangue não existe, quando na realidade, vejo você entrar pela porta, surgindo no ar, envolta numa atmosfera translúcida e branca de luz. Te digo, olá, e você nem precisa abrir a boca para me responder em pensamento: Amor.