domingo, 10 de janeiro de 2021

A Verdade ou a estrutura em colapso.

 

A Verdade ou a estrutura em colapso.

 

Artigo original publicado em LinkedIn.

 

Como ser ético e estar empregado num país corrupto?

 

Recebi a newsletter do Quora chamada Destaques Interessantes e me ateve à atenção.

Não desejo qualificar a doença como alguma espécie de mérito maior, ou habilidade para ser bem sucedido em criação, e ainda a justificativa ao comportamento estrutural inadequado à empresa.

 

Estado depressivo não é bom para criar.

Esquizofrenia não é melhor estado para criar.

Autismo não é dissociação criativa.

 

Que fique certo aos seguidores desta narrativa que autenticar virtude com a doença é erro.

Somente posso dar aqui a minha opinião, visto que não sou psicólogo e nem psiquiatra de formação, porém sou bom em narrar como vivo.

Também posso dizer que já colei nas barreiras dos prognósticos citados acima, e se há alguma admissão correta para ser colocada aqui é:

- A linha divisória entre a loucura e a sanidade é um estado passageiro.

 

Até que se entenda que a tragédia não é somente a morte como também o nascimento.

Até que se entenda que a subjetividade complexa não é formada por desejo, falta e recompensa.

Subjetividade de consciência expandida é relação de estado. Ponto, ao menos.

 

Estou há três dias matando árvores lentamente estriando-as para retirar a resina.

Se estivesse índios ao meu lado seria como na cena da matança dos búfalos em Dança com Lobos, aconselho excelente artigo de Iverson Keck Ferreira.

Pudesse eu pensar que uma árvore introduzida e plantada aos milhares, justificada por não ser nativa, foi “criada” para secar lentamente e morrer, para que eu use o material que a mesma sangra, ou adquira o meu ordenado como o funcionário do mês.

Quem me dera.

Pudesse eu pensar que ouvir aos frangos e galinhas do quintal, abatidos para o meu almoço, não geram estresse no ambiente e trazem a animalidade em quem os mata.

 

O paraíso que perdi não é o da criança. Ponto, ao mais.

A tragédia do meu real é que as coisas são o que são, e atiro com a mesma proteção que uma criança que vê, sente e diz e fala, pela primeira vez, sem o risco de perder a sua posição de ordenado.

 

O que me move não é o desejo de algo que falta, mas de algo que eu sei.

 

Nós sabemos que há muita dissociação da verdade para que tu te permaneças “normal” enquanto qualificado para o cargo.

A propriedade o fez crer que tu tens o domínio.

Que árvores, bichos, pedras e vidas, entretanto são números e pesos.

Quando na real elas são árvore, bichos, pedras e vidas em estado e respeito.

Mas vai tranquilo, como dizem os italianos, não sou eu quem vai mudar ao sistema, serão vocês.

 

Pensasse eu que a minha presença e vontade fosse maior à que Deus, Fonte da Criação, e pedir que um isolamento dez vezes maior que o do covid banisse da Terra a noção presunçosa, orgulhosa e egoísta do estado da realidade da propriedade privada.

A minha vontade não é maior.

Contanto a degradação das relações de virtudes entre os humanos foi.

A tua angústia em tocar a realidade da qual perdeste foi.

E tu irás descobrir que a doença não é vitimismo de recompensa, mas a tragédia da tua dissociação com os valores do espírito.

O que é privado virá ao público e sem filtro.

E a miséria material de um adulto enquanto visão sem o desejo no que vê, crê e sente, será a dor do teu desejo incompleto do retorno ao onde viemos.

Sei que somos do mesmo lugar onde não há angústia existencial.

Onde empregar-se à função é ser útil ao todo, e o todo ti recompensa com amabilidade.

E só desejo que a oportunidade desse estado brilhe.

Porque nós findamos.

 

Governo não é uma pessoa, é um Estado precisando de bons exemplos.

Liderança não é uma pessoa, é um estado precisando de boas atitudes.

Corpo não é uma pessoa, é um estado necessitando de brilho e luz.

Paraíso não é um estado, é um grupo cuidando um dos outros.

 

O prático sobressai em estar empregado, ah como o sabemos que sim.

O que vê com os devidos valores, deseja o retorno breve.

E algum abraço do senhor Lacan.

Por via de regra.

 

Meu nome é Augusto César Cavalcanti de Souza, sou um operário que anda pelo planeta e conta estórias. Escrevo para que as pessoas sejam simples, tenham o riso leve como o dos operários nas horas pesadas e, para que viagem por lugares incríveis do planeta. No particular, escrevo para que eu me lembre das situações do trabalho e da vida, coloque aos colaboradores e aos amores na prateleira principal da casa, e porque outros que me escreveram se expondo integralmente, tornaram a minha vida mais leve.

 

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