terça-feira, 5 de julho de 2011

Yèkèrmo sèw

SETE ALUCINAÇÕES MUSICAIS

 seven musicals hallucinations.




Yèkèrmo sèw

 
Eu roubarei a tua musa.
Como empréstimo
Se assim soar em G o clarinete.

Preciso de um final.

O sol descasca a pele de um sonho.

Corri até o preâmbulo de Nietzsche abrandando
Qualquer letra rápida.

O sonho é uma pele sem cor.

Que insiste em ser aguda. uma imagem branca do
Teu véu sobre. um caldeirão Etíope.

Devo quebrar a correnteza – entende?
Separar o mim e o tu.

Trazer o que é a tua para o meu
Poema de vidro.

De personagens planas em caráter
Até alguma harmonia que dispense
O peso.

E ainda,
Deixar a paixão.
Jogá-la no caldo.
E fazer-te minha.

Musa

No ato em que separaríamos a ficção
Da vida como se correndo abaixo das
Sebes molhadas na universidade irlandesa

Chamo-te para Yared Opera.
Ainda que de canto,
Passo-te uma conversa sobre o santo
Do mesmo nome.

Não o será um desprazer, de modo algum.

Somente um ethio-jazz numa saia
Desacostumada a musica
Da selva.

De fato e em ordem:
- A Mão, A carne e o Osso.

Andarei por todas as esquinas, num mundo,
Onde na memória houver espaço.

Borges o sabe que és como corredor.

Mais eu correrei mais. e arranco-te dessa sala
Limitada. pela métrica das escalas.

Será uma harmonia de grito, dor e
Prazer.

É um rito. Sem dúvidas o é.

Mas por que parar “Il gusto”
Durante o sonho?

A áfrica de noite.

Acho que delírio em sacada fria
Tem um quê de memória esfacelando-se

Quando eu passarei disto
Para os teus pés numa cama minha,
Num trabalho meu,
Numa vida a dois?

- há, sois carentes infelizes!

Se não de voz
De ti mesmos enquanto o dizem.

Apaguem as luzes, ao sair.

Fica mais fácil para que o artista os veja.

Tens um rabo divino
Que não entra em balanço
Com o meu desenho.

Assim é como separo. o mim da árabe
Que desfila. num deserto noturno.

A tua mão do falo algo
E entro em desalento numa viagem
Em sol percussionado por um deus.

Ah, e nutre esses meus dentes
Para ti. Esse som de viagem.

Numa carne que
Nunca gritou em harmonia.

Comigo
É como se fosse a faca
Em três silabas.

- Ah, ferre-se com sua carência de
Atividade em vida.

É complexo e bello nello stesso modo.

Sei La più bella lettera Che potrai arrivare.

Sul Le mani
Num sabático enfim.

E quando sarebbe fatto
Tu e lui,
moi
Tutti rideremo.

Enquanto do Mulatu
Só quero o que rendeu-me:

A musa


-acantiza.




 Bill Murray em primo piano com ainda Julie Delpy
scene from Broken Flowers movie
..





BEBOP READINGS



PRODUTOR

Segue abaixo alguma tentativa livre, desrespeitando qualquer ideal personalidade –estudada para o desenho- do músico e da musa. Peço ainda desculpas pela “crueza” de minhas palavras, Baden e Márcia.

A tentativa foi transmutar a sensação da música, prendendo-me na mesma cadeia que soe a mim a escala cromática em que somente e realmente os músicos, músicos de verdade, conseguem escapar e com tais consonantes conseguem algo que talvez o sinta. E que se tornou baixo em minhas letras prosaicas e duras: o que funciona bem em repetições melódicas necessárias à harmonia musical, parece não ser belo em função se levada no concreto na arte escrita.

Assim peço-vos, de novo, perdão a minha escala crua de pedras.

-palco livre-
(luz em tom bemol enquanto Márcia vai aparecendo)



MÁRCIA, EU TE AMO. Baden Powell 1971. Paris, França.

Da possível resposta.

                                                                             
Sobre toda a cena, toca Solitude on guitar. 


MÁRCIA (via telegrama)

Recebo tua carta Baden

Tento decifrá-la após cada letra

Lida e relida, o faço umas mil vezes, sem contar
Assim acalma-me o susto do primeiro contato
Apresentou-me,
De um alguém que sou, mas que nem percebi que fui.

Decifras-me em alma e de verdade o fez.

É Rio e faz imenso calor.

É sobre o amor que te faço falta, não é Baden?

Agora que a ouço na vitrola
Ao lado do bichano rosado
O pude notar

Sim que é!
Meu amor,
Baden,
É uma ode à saudade!

E eu também te amo.
Márcia.


- CARTA DE BADEN POWELL À MÁRCIA-

MÁRCIA, EU TE AMO. Baden Powell 1971. Paris, França.


BADEN

Não!
Não foi assim como digo
Simples despertar sem vc.
Não foi mesmo e o repito.

É bem de manhã aqui
E o gelo derrete, no vidro e em mim.
Você não veio me ver.
E a neve era todo o silencio de nós.

E o dia foi nascendo frio
Por toda França. Da torre
Aos campos do sul em lavanda.

Era o gelo sobre os meus pés.
Era o começo do gelo sobre os meus pés.

Mas, ah Márcia, ah
Não pense que não vi na minha memória
Dezenas de vezes a tua pele.
Era linda como na primeira vez.

E ainda nem havia tocado o chão
Não ousei descer vendo vc ir
Na madeira, no teto duma cama sem ti.

Não pense tão leviano de nós.
Não penses, amor.

Márcia, eu te amo.

Vc está no rio
No Rio de Janeiro
E não aqui! E é a musica mais triste da cidade
Saindo dum caffe parisian a milhas de nós! Sim o é sim o é!

Tam Tam tin tin tan tin tan tan tin fez o bonde
Que acabou de passar por mim
E mil vezes eu te amo.

Márcia
Onde está você?

Leve-me para sair?
Iremos compor sobre a França.

Vou cantando-te
Por todos os lados
Tento encontrar-me.

Vem vem vem me ver, por favor.

Sim e por sobre
Os trens azuis
Mais uma vez repito: onde você esteve?

Andei de noite pelo vazio,
Vou correndo, somente e sempre correndo.

Que me revolvo e revolto e resolvo-me

E pergunto e pergunto e pergunto

Márcia, Márcia, Márcia
Eu te amo
Te amo
Quanto te amo.

Paris Paris Paris
Pra quê? Sem ter vc sem ter vc sem ter vc
Onde está, onde está, a luz cai
E cadê vc?

Leve-me para ai, por favor, leve-me para sair!

Sair com vc
Por todo esse pesadelo de distancia
Que é esperar-te do outro lado do mundo.

Do outro lado do mundo,
Márcia, amor meu?

Eu te amo. (em cifra)


.fim.
Acantiza. 7 jul. 11





RHAPSODÍA.
Clave de La.


É um presente em memória
E acompanha-me, desde ontem até hoje.

Como se faz isso? De como cruzamos a linha da
Realidade, vendo-nos em algum outro ser?

Propõem-nos, plausivelmente, o esquecimento total do eu.

Soa impossível, o saberia quem és, muitas milhas e milhares distante,
Que ainda és tu ali.

Mas peço a Deus que o saiba.
(Com vc!
Um dia, na rocha ou na brisa.

Com vc que ainda nem existe,
Que não seria assim tão egoísmo.
Que nos transmutamos quando não somos mais somente 1(um).

 Percebe?
Ainda nem chegaste a Ítaca
Konstantinos resta somente no link de pesquisa
E não no teu sangue, novo e quente,
Quando o entenderá, já velho e sábio.

Pois não viveste, criança!
E tem sido mais de ti, a vida toda, sem que ao menos o tivesse notado.

Ah, artista, tens te colocado nos lugares dos outros;
Tens te visto nas peles dos outros
Por tanto tempo e tão naturalmente
Que não julgas disso o quanto é difícil aos “normais”!

Ah, se soubesses, meu filho rebelde, o quanto o trabalho
De transformar esse mundo seria menos penoso
Se os seus irmãos, por uma manha, fizessem esforço tal para sair
De si mesmos.

Em verdade, como o fazes em delírio descabido e
Musicado.

Serias como uma lírica cujo único sentido é
A felicidade do próximo

Porque o Si
Já não é.

És tu mesmo
Tu mesmo ai, calado nesta frase,
Ès feliz! Quero que tu saibas!

Pois além de um dia ser dois três quatro cinco
Como manda a naturalesa
E com ela
Na rocha e na brisa
Duma linda praia, sereis mais.

Sois-vos felizes, (os vejo agora sorrindo)
Porque sois vários.

E não me trazem o mesmo problema trágico de sua era:
Pensar no eu.

Defender uma imagem dum eu:
Grosseria e pedantismo, na Terra, duma imagem feia.

Enquanto La fora
Existe o mundo inteiro.

Aguardando ser descoberto
Sem a ignorância dum ver idiossincrático por
Sui generis.

Sois felizes,
Pois sois todos mesmo sendo
O casal mais belo dessa minha figura
Numa praia
Numa manha
Na descoberta que sois
De um para o outro
O que completa!

Vos amo
E sei que tu
E ela
O amam em oito
Se possível
E logo serão cinco

Como manda a naturalesa.


-carta de mim para o futuro-
Acantiza
8 jul. 11



Processo de desintoxicação.


Estou nele.
Só quero que vc saiba
E não é tão sério como de costume
Pois estou na casa
E recebem-me como o lagarto sorrindo.

And my costume is Just
A zoomp pajamas
Ganhado do velho jao que de longe
Não é Jó, e sim daros.
Vc já viu lagarto ser pego por bem-te
vi. Cara, é algo que não se deve perder!

Da dinastia do uísque, há-me dado
O tal CD, lembra-te? Diz a história deles
Ainda que para que o mesmo chegasse
Até aqui, fazendo-me delirar
Na trilha do “i`m not there”

Eles andaram, jonny e Suzi,
Esse não é o filme, e sim um cara legal
Que apelidou sua mulher com o establishment
Her as his doll. Weird but amazing
Love.

Bom diz a historia que correram toda Miami
Bitch after bitch... on the coast
To find out what a hell was this kind
Of fine “original soundtrack”
Regardless my gift
Mas o vosso esforço.  

Australian Love used to be a
Such freak child`s song.
Estou ouvindo o compact disk
E lembro-me de vos,
Meus queridos.

E
(É como digo a ela
Que estou no tal processo
De desintoxicação). Falem baixo
Shiii  assim, bem discreto.

O vosso é
Diferente do nosso amor,
Que nem passou á ser normal
Para que pudéssemos troná-lo assim
Derivativo e anormal, do tipo vc criar-me
Um apelido e eu pensar-te “boneca!”.

-agora dou-me conta do quanto é insano-
Essa tal cumplicidade é bizarra.

Escuto o som, meus pais novos e australianos,
E lembrando-me do quanto é bom ter esse tipo de lembrança
Esqueço de citar-me que devo esquecê-la por completo.

Numa loja de departamento
Nas salas dos fundos
A dos brinquedos quebrados na infância
Ou na sacada do lado do meu cigarro d`adulto
Deixo-te sem roupas nem apitos.

Não é tão simples quando penso
No perfil da giselle e constato que apesar de
Impressionável por saber da origem de sua anedota
Predileta,
Não podemos como humanos
Limitados e estúpidos que somos
Apagar-nos como um spot sem luz!

Ah que não é tão simples imaginar
Brincadeiras, depois de adultos,
Sem que as mesmas nos machuquem,
De algum corrompido modo e momento
No fim das contas.

Criança não tem conta para pagar
E agora a vida é como um insulto
Para quem deprave nossos apelidos secretos!

E da minha cama
Não posso sequer imaginá-la
Em seu pijama branco
Porque é bom lembrar-te
Esse é um processo de desintoxicação.

E eu pago por ele
A cada segundo que escrevo essa porra
Toda de merda somente para não constatar

Que pago caro
Apesar d`eu amar a minha família
Na Austrália ou na Namíbia
Ouvindo um som infernal de psicodélico do
Dylan que nunca deve ter chamado ninguém de boneca
- já apelou á rainha Maria – (falo baixo)
Mas boneca, não lembro-me nunca
Não.

E de ti, sua canalha

Lembro a cada fim de linha
E tento pensar no que está ouvindo
Que não aqui do meu lado

Seria
Quando o processo termina
E nos comemos como a espuma
Que bate na exuberante e metidamente
Extravagante

Miami,
Cadela, mil vezes cadela!

Do que a gente não nos esquece
Dirigimo-nos com vulgaridade.

Ensina-me um psicoterapeuta índio e zumbi.
Tb louco de amor, e sem brincadeiras, arco ou flecha
Ele me diz que é na faixa 12 de um compact
Ipad que nos devemos concentrar-nos
Again into the sanity.

For sure I would not had called you bitch
By coincidence.

Let me be your dog?

Qualquer daqueles seus, naquele som
Que despeço-me cru de vos emprestado
Pouco leve e livre da imaginação
“A pistola sex”
Dos homens que amam insanamente.

Contanto preso a memória dos que vivem.

Na miséria de ser um dos bons de Lacan
Na voz de Richard
Dum outro louco Prof. Simanke
“Aquele que não enxerga os símbolos
És esquizofrênico
Pq não vê o código montado para amparar os estúpidos,
“Médios e normais”.

Assim chamo-te como bem quiser
Nunca ousando ser o simplório
Obsoleto
Sem chama e fogo:
“Minha mulher”.

Desapareça
Q´eu prometo que a técnica
Irá funcionar.

Meus caros, não me convidem:
Estou em processo de desintoxicação.

E dessa vez,
É para voltar de lá, ou dela,
Bicth bicht cadela, como canino de raça.

E saio de fino
Pra`qu`ela não me veja saindo
Já qu`ela nunca deixou-me entrar
A não ser em seus sonhos
Que sei que entrei!

Essa habilidade foi-me dada de brinde
No tratamento com o tal cacique
Na selva da Ethiópia.
Onde nunca houve loja de departamento e
Nem memória.

11.julio.2011. acantiza.


.


 (let England Shake) tribute


Eu li uma aula de roteiro dizia: a personagem
Por ser forte de caráter
Jamais poderia fumar durante a gravidez.

Na biografia de Walter Salles.

Há um futuro branco e brando
Na vista embaçada dessa página.

As pessoas são ambíguas disse-me: caro estudioso
De merda, ande nas ruas e veja o quanto
Somos animais acima de qualquer escaleta!

Fui parado na rua por mim mesmo.
Perguntei-me:
Como irei explicar o que sou à gerente
Olhos castanhos da loja?

Teatro, meu caro.
Estás velho e ninguém quer saber de personagens planas.

Apesar de serem as mais bem pagas,
As personagens planas da vida, vc é?

Let my Darling polly your dreamed England
Shake.

Haverá o dia em que todos eles serão os chatos.

E lá estaremos nós, dançando aos pés duma colina de giz,
Criando história para Catharines e outras putas além
Que não passaram de ser nossa pretensão por um nome.

Eu me taco no mercado de trabalho como um ator que sobe ao palco:
“O que vai ser”? Disse-me agora a olhos verdes.
Serei o improviso dos teus dentes.

E o farei com a classe d`alguma música bem composta
Onde se equilibra o todo, e não o “erro” duma grávida
Pelo deslize dum fumo fora de hora.

Isso é coisa de acadêmicos metódicos e críticos.
Deixa pra lá a vida plana deles!
E o velho ainda me olhou: venha dançar comigo.

Sabe o que é, tenho que inventar um trabalho
Ser o ator de mim mesmo numa prancheta
E vomitar, no fim, toda a vossa grande medíocre e segura covardia.

Let it burn
Let it burn
Let it burn

É aqui que seremos seguros nos nossos braços e
Vc me salva.
Pois é uma selva e eu não sou animal, apesar de
Humano.


(acantiza). 19 julho. Quinto capítulo d`uma série musical. 


 ..


Miranda aquele fantasma acaba de não ser mais santo.

Estive percebendo e tentando sentir como se fosse
Possível sentir vendo-me e sentindo de novo o que
Era enquanto cuspiam slumdog millionaire
Numa tela de assento d`alguém que nunca soube
Voltando duma Itália mas especifica Milano.

Você sabe me dizer o que é depois de ser mãe? Miranda- “Não sou
Mais santa”.

É um evento que muda. Como pode o meu humor destruir um
Bom filme?

Assim perturba-me nessa distancia segura que coloco-me da vida
Somente em lógica antevejo que sou algum imbróglio de mim mesmo
Que será determinante naquilo que existe daqui em diante.

A lógica platônica não equilibra essa cidade. Por Dio: poderia iluminar
Essa alameda lúgubre e insegura?

Não desejo rastejar de novo no lodo desse país com vermes nojentos i ignorantes
Esbaldando-se e dançando sobre o descontrole de minhas emoções.

Quando estou alto, meu, que pode vir o inferno que o contorno em Castello.
Não julgue referir-me aqui a droga química de porra nenhuma: refiro-me aqui
A pergunta primeva, a que faço a Miranda enquanto escuto psicodelia nos fones:
“Como acontece?”

Ser trocentos mil? É assim com vc também?

Vc se transforma em mais, ou será simplesmente uma mãe dedicada para
Uma cria egoísta?

Ilumine os meus braços, por favor. As pernas, a virilha coloque suas mãos sobre
Mim.
É a cidade que pediria a Plathos se o víssemos saindo duma trepada.

Estou remetendo-me n`algum inferno astral para voltar.
As pessoas em geral preferem remeter-se ao sétimo céu.

Prefiro conhecer o baixo, para tentar controlá-lo quando esse
Humor arrebatar-me numa poltrona a doze mil pés de altitude
Novamente e sem vinho. Estragando o bom filme.

Miranda vem foder comigo antes qu`eu enlouqueça, por favor.
E nós iremos lentamente voltar no tempo apagando do nosso ser
Tudo o que não nos cabe mais na vida atual:
A minha bússola;
O teu filho;
Perguntas sem respostas;
As químicas inúteis;
Os livros de Platão;

E acima de todos os céus:

Os humores sem controle! Bani-los daqui em diante.

-acantiza-20julho23:17.
  


The delusion to our sunbeam on weekns has just fall.

(nun guardanapo)
Waht thus is worth for John?
Could you imagine n` come to say it to me?

Meu colega, as pessoas aqui têm somente a curiosidade por pessoas
Interessantes. Elas compram livros sobre vc, vc “saca” isso dear, e de-
Pois enchem os lábios, ainda ignorantes em desprendimento, enchem-no
De elogios. Em realidade pretendem como compreensão de si mesmos aos
Gritos numa sala de estar bem decorada, envoltos em petiscos e “bébes”. Atributos
Duma vidinha tecniquizada e bem sucedida, se estamos nessa de lê-lo, nessa perspectiva,
Leva em consideração, meu amigo, que são pessoas que se “deram bem”!

Elas não se envolvem em nada além do ritual que estão habituadas. São somente curiosas e estúpidas.

Nunca caíram. Não suportariam cair. E expõem o seu livro de fotos e poesia na estante
Somente porque é importante exibi-lo como conceito dum luxo frio, e nunca, seria uma raríssima
Peça se o fosse, se o exibissem porque sabem um pouco do que é estar na pele duma
Poesia ao ditá-la para aquela platéia muda que nunca fiz parte.

Cara, eu tou cansado disso tudo.
É serio que tou.

Queria me trancar num apartamento e posar pelado ao lado d`uma fêmea como há fatto lei.
Por mais certo ou errado, pareceu-me algo como felicidade. É simples assim, é não estar em porcaria de estante alguma no futuro quando um maníaco imbecil lhe criva de balas. É viver e só.

Mas não cara, as mulheres daqui deste estilo são tão raras quanto um estilo novo de arte que valha a alma e vale a pena ser escutado. Que vale dobrar a esquina para um adeus depois dum encontro íntimo.

Deixa eu te contar uma historia de ontem: “meus amigos zombam de minhas simples tentativas de sair-me bem sucedido com alguma garota, com peculiaridades simples, feito um bilhete bem escrito. Sei cara, que as mesmas mulheres fracas zombam talvez mais!”

Então qual valor tem o teatro que vc monta para uma grande trepada? (Eu deveria era zoar a todos que somente conseguem se dar bem depois de convidar uma prostituta fina para uma pousada ilustre).

Sei que isso tem significado, saca cara, sei tratar como ninguém uma fêmea.
É digno que escute-me nessa parte, sou legal nisso.
Mas se não tenho hj como fazê-la, então de que mal seria s´ela notasse isso, compreendesse isso, e saíssemos pelo que nós somos, sem precisar de cenário ilustre?
Ela ajuda-me ser mais feliz “aqui nesse casebre que é minha alma degenerada”, que ali na frente a dava um castelo.
Sem promessas, com tamanho ódio e amor, hj mesmo daria a uma mulher de verdade, a melhor noite da vida dela, sem a porra de um penny no bolso.

Tenho andado há tanto tempo assim em companhia errada? Besides beasts girls?
Cara, disse-lhe o quanto é raro, andar em melhor ar. Talvez bem menos á um Inglês, mas sou brasileiro. Rapaz, e aqui é a selva dura em sentimentos profundos.
Isso de compreensão humanitária ainda pouco veio até a “fazendinha” que vivo. Aliás, o nome de um puteiro de luxo.
O piquenique aqui acabou de cair.

Elas querem o pagamento para não correr o risco dum pé sem nada terem levado. Pq somente conheceram e convivem com esse tipo de idiotie na vidinha tecniczada delas. A coisa aqui tende a estar cada vez mais esquisita, John. 

Essas putas são tão curiosas como uma gerente de departamento ou como o canalha que compra seu livro mesmo sendo um retardado, porém bem casado, ao menos Imagine.

Estou trazendo-lhe um relato deprimente e um tanto escuro.
Foi o que pediu-me com sua composição “woman is the nigger of the world”
Ao menos, imagino com uma bella resposta.

Os tempos têm sido melhores.
As sementes têm melhor terreno para crescer.

As garotas descentes viram em mulheres grandes;
Seguras de si e independentes se o quiserem ser.

                (rindo)
Sou eu quem estou andando pelo jardim errado, meu querido artista. E aí, ao invés de árvores sadias de bons frutos, somente colho esterco.

Vou arrumar o bom emprego. Concurso público de merda. Pq esta seção musical, que deu-me tanto prazer em compor, encerra-se adesso. (Sem revisões. Sem zelo) algum para soar-me agradável. Assim não corre o risco de acabar numa estante de trogloditas.

Sincero delusion,
Mim.


Acantiza. 22 julho. Sétimo e adeus.