Gorila Café
INT. Noite.
A TENSÃO DO TÍTULO PARA O TEU NOME.
- eu sinto falta do meu corpo
- de tal modo que a comida te escapa ao gosto
- s´eu falar, já não seria mais de mim falta.
Ela pega a bolsa, retira um maço e uma sombra.
É a anfitriã.
- onde aprendera desfilar tais modos?
- no mesmo armário onde guardamos as roupas.
As pessoas vestem sorrisos bonitos em noites de leitura.
Declamação bem feita dá vontade de fumar,
No banheiro do segundo piso.
- como se sente?
- abandonado.
- um poema deveria ser quantificado em força
Pelo tempo que nos deixa abandonados.
É ela quem vai ler.
Tanto faria quem o fosse.
Quem ouve presta mais às luzes que
Às vozes.
Assim o Leonardo, pode servir as mesas
Com a mesma tranqüilidade que lê,
Com a absoluta certeza que ninguém o ouve.
- não és tu, Leonardo?
-não.
Sem pormenores,
Tu escreves aquilo que é.
Aquele quem ouve, já não é mais tu.
-você me emprestaria o isqueiro?
- você não é daqui, é?
Sempre nessa parte da festa, penso que não há resposta a ser dada.
- cantaste uma pedra em lá maior!
(lá maior, repetia a entusiasmada platéia)
- é do porque o título é somente uma base.
Realmente as pessoas se vestem bem para cantar.
- moro aqui do lado e é tão fácil como uma partitura.
À noite, na Normandia ou no Gorila,
A luz que o dia esconde
É um espanto!
- a palavra, toda ela tem massa.
- você já encontrou o seu peso?
- refere-se ao meu corpo?
Ela acena que sim.
- é um peso que causa a tensão do título para o teu nome.
Já são bem menos pessoas agora.
- então, deixe-me ler algo que escrevi.
INT. Noite.
A TENSÃO DO TÍTULO PARA O TEU NOME.
- eu sinto falta do meu corpo
- de tal modo que a comida te escapa ao gosto
- s´eu falar, já não seria mais de mim falta.
Ela pega a bolsa, retira um maço e uma sombra.
É a anfitriã.
- onde aprendera desfilar tais modos?
- no mesmo armário onde guardamos as roupas.
As pessoas vestem sorrisos bonitos em noites de leitura.
Declamação bem feita dá vontade de fumar,
No banheiro do segundo piso.
- como se sente?
- abandonado.
- um poema deveria ser quantificado em força
Pelo tempo que nos deixa abandonados.
É ela quem vai ler.
Tanto faria quem o fosse.
Quem ouve presta mais às luzes que
Às vozes.
Assim o Leonardo, pode servir as mesas
Com a mesma tranqüilidade que lê,
Com a absoluta certeza que ninguém o ouve.
- não és tu, Leonardo?
-não.
Sem pormenores,
Tu escreves aquilo que é.
Aquele quem ouve, já não é mais tu.
-você me emprestaria o isqueiro?
- você não é daqui, é?
Sempre nessa parte da festa, penso que não há resposta a ser dada.
- cantaste uma pedra em lá maior!
(lá maior, repetia a entusiasmada platéia)
- é do porque o título é somente uma base.
Realmente as pessoas se vestem bem para cantar.
- moro aqui do lado e é tão fácil como uma partitura.
À noite, na Normandia ou no Gorila,
A luz que o dia esconde
É um espanto!
- a palavra, toda ela tem massa.
- você já encontrou o seu peso?
- refere-se ao meu corpo?
Ela acena que sim.
- é um peso que causa a tensão do título para o teu nome.
Já são bem menos pessoas agora.
- então, deixe-me ler algo que escrevi.