domingo, 22 de fevereiro de 2015

Concerto Para Violino - Brahms

HAVERÁ SANGUE
CONCERTO PARA VIOLINO – BRAHMS

Cheguei na beira do promontório
De lá lancei uma pedra contendo
Numa fita larga teu nó simplório.

Contanto seu nome ainda não tinha
Sido inventado pelos anjos. Tremendo
Eu saí de lá porque esnobaste linha
Após linha a minha fita.

Não há de saber daqui se entendo
O calor é algo vão que me limita
Você pode sentir o sangue escorrer
E voltar fazer parte desse solo.

Tenhas piedade e não faça-me correr
Por um irrefletido, de mim, consolo
Amor igual é algo que tende consumir
Descendo a ladeira, pois lá é onde dormes
Calada e acobertada pelo nosso não existir.

Ainda não inventaram você
E a mim tampouco fizeste falta.

Mas os violinos soam nódoas da tua boca
Carne do meu sangue

Tendes paciência que no próximo lance
Estaremos um para o outro

Do mesmo modo que o concerto
Está para os créditos que se levantam.

A única forma que devo criar
É olhar da ponta o teu véu
Cair pelo vento que sopra uma harmônica
E nós vamos nos repetir quando Deus
Quiser ter nos inventado em outro momento
Como um drible e lanço de dados.

Um médio acelerado duma casta
Que vesti moldado um término e basta.

Eu correrei lá de novo
Portanto lá esteja para o povo
Curioso de nos ver abraçados
Desprezando todos os males dados.

Eu busco e você sabe que sim
Não ter nome não é tão mal assim

Nontanto diga-me o teu que lançarei na fita
E nossa sorte será arremessada em outra dita.

Esteja lá que eu te busco
Como um violino segue ao outro
Em harmonia, carne e boca.

Esteja lá que vamos ofuscar o resto da existência
Ainda não inventada, para nós dois, de pouca ciência

Pulsaremos juntos como um concerto para os créditos
Você está para mim como estou para ti.

E assim nós construiremos nossa maluca matemática
Porque ambos temos a mesma sílaba que colocarei na
Fita, no lance, nos dados e em nossa carne e boca.

.Acantiza.